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Geraldo Alckimin mesmo diante dos fatos, nega a existência da greve dos professores, da mesma forma que negava o racionamento de água há algum tempo atrás.
Talvez o que explique esse tipo de reação do governador seja "a defesa do ego", muito bem definida pelo psicanalista Sigmund Freud.
Segundo o médico austríaco, por não ter como resolver o problema, o paciente nega a sua existência.
Pode ser que a noção preconizada pelos nazistas de que a repetição de uma inverdade tornava-a verdadeira, motivasse o governador a negar a existência da seca, do racionamento, e da greve dos professores, até que tudo se tranformasse nos seus opostos.
Talvez a postura do governador seja a manifestação da sua fé, consistente em ter como já existente, algo ainda bem indefinido.
Os fatos porém demonstraram a estiagem, o racionamento de água e a greve dos professores.
Por falar em tucanos, lembrei-me de que na sessão de 23/04 os vereadores aprovaram - com 19 votos - as contas de 2011 do ex-prefeito Barjas Negri.
Esse ato politico retificou a sentença do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo que reprovou as tais contas por não ter o então prefeito Barjas, aplicado os 25% do total da arrecadação dos impostos, na educação municipal.
Então você percebe que praticamente o legislativo municipal todo, foi levado a votar contra determinações constitucionais. Ou seja, a câmara decidiu contrariamente às leis maiores.
É claro que o fim - objetivo - definido como "o encerrar um capítulo", da história de uma administração tucana, em Piracicaba, não poderia justificar esse meio de o conseguir.
Da mesma forma que o objetivo de contrapor o avanço da ideologia comunista, na Alemanha da década de 1930, não justificava o favorecimento da ascensão dos nazistas ao poder.
Mas foi exatamente o que aconteceu. Tanto na Alemanha quanto em Piracicaba, a sociedade, por meio dos seus legisladores, validou acontecimentos repletos de incertezas.
Na Alemanha, a escolha do povo, das suas instituições, e dos politicos, resultou naquilo que todos nós sabemos.
Aqui em Piracicaba, em que pese a danação dos bens públicos, dos "jeitinhos" nas licitações, queira Deus que as consequências não sejam tão dolorosas quanto foram para os alemães em 45.
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