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A Tal Política Soberba e Insensível

por Fernando Zocca, em 22.08.12

 

 

É muito triste não conseguir identificar, na agressão ao monsenhor Jamil Nassif Abib, a ausência da educação, do descaso com a saúde e a deficiência na segurança pública.


Esses valores não são prioridade no município. Aqui o que vale, como todo mundo sabe, é a fábrica de automóveis, o presídio novo, as pontes, viadutos, asfaltamento de ruas já pavimentadas e a magnificência de alguns prédios públicos.


Enquanto isso o salário do funcionalismo desacorçoa os que o recebem e desestimula a quem deseja tornar-se um servidor municipal.


Achei muito esquisito, quando diante da quantidade de analfabetos e analfabetos funcionais na cidade, um professor justificou dizendo que "os alunos não querem aprender".


Daí surge a questão: os discentes não desejam aprender ou haveria a acentuada inabilidade na transmissão do conhecimento? A maior preocupação dos professores, hoje em dia, é o salário.


Com uma situação dessas quem é que consegue pensar em socializar eficientemente?


Sem os bons princípios que a escola pública não transmite a saúde também não teria tanta importância. O uso de drogas e a negligência no trato do próprio corpo, não resultariam em situações muito benignas, inclusive para as pessoas ao redor.


Diante de uma legião de desempregados, moradores de rua drogados e violentos, a cidade que não fortalecer o seu sistema público defensivo, porá em risco a integridade moral, física e patrimonial dos que pagam em dia os seus impostos.


Acontece, meu querido leitor, já dissemos e tornamos a repetir, que o que notabiliza os senhores governantes atualmente, aqui em Piracicaba, não é a saúde, a educação e a segurança públicas, mas sim a fábrica de automóveis, as pontes, os viadutos e os edifícios luxuosos. 


Então alguém tem que pagar por isso. Infelizmente o monsenhor Jamil Nassif Adib foi o primeiro a sofrer as consequências dessa tal política soberba e insensível.


É bom rezarmos para que os ânimos mais irascíveis se contenham adaptando-se às modernidades.


22/08/12

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publicado às 20:54

Os Antigos Coronéis do Sertão

por Fernando Zocca, em 07.08.12

 

 

 

Lugar de coisa antiga é no museu. E isso se aplica também às ideologias políticas obsoletas. Do contrário o eleitor terá sempre mais do mesmo.

 

E o mais do mesmo, atualmente em Piracicaba, é o descaso no trato da coisa pública concernente ao atendimento da enorme parcela da população mais necessitada.

 

Perceba que a estrutura religiosa, embasadora dessa ideologia privilegiante, das estruturas de concreto, há décadas no poder em Piracicaba, seria bem menos sensível e dedicada à caridade. Nem duvide.

 

Por essa ética imperante, tanto no Executivo quanto no Legislativo piracicabano, o sujeito deve tornar-se o empreendedor, criando empresas, dando empregos e sustentando o Estado com o pagamento dos impostos.

 

Nada contra isso. Desde que as iniciativas não sejam logo sufocadas por exigências burocráticas, e que os tributos pagos pela população sejam revertidos à saúde, à segurança e à educação públicas.

 

Na minha opinião, não há atualmente nesta cidade, uma ideologia mais límpida e transparente, dedicada inteiramente ao trabalhador e às suas lutas, do que a representada  pelo PT.

 

Você leitor querido, pode constatar pessoalmente, durante esse tempo de campanha, que ainda há os resquícios dos antigos coronéis do sertão, representando as políticas octogenárias, ainda dispostas a manter a cidade naquele tempo bem antigo, de antanho.

 

Nos últimos 16 anos nós não vimos praticamente nada, das verbas destinadas ao desenvolvimento pessoal dos cidadãos, serem aplicadas nos setores que realmente valem a pena para o habitante comum.

 

E perceba que não será a orientação política semelhante à essa, arvorada no poder há tanto tempo, que mudará o destino do eleitor contribuinte.

 

Na ânsia de eternizarem-se, usufruindo das mumunhas e tretas do poder, esse pessoal teimoso, não vacilaria nem mesmo em tentar quebrar a resistência dos opositores, destruindo-lhes o que, muita vez, seria a única coisa que ainda lhes restaria: a família.

 

Politico que age assim desmerece a credibilidade do eleitor. Lugar de coisa antiga é no museu. 

 

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publicado às 12:27

A Ideologia do Patronato

por Fernando Zocca, em 01.08.12

 

 

Nunca antes na história desta cidade a ideologia política dominante foi tão longe na direção errada.


Esculhambando com o respeito que o governante sério deve ter com o cidadão, esse pessoal do executivo simplesmente arruinou o possível crédito que ainda poderia ter com o eleitor.


Na ânsia louca de tornarem-se perenes, lançaram-se doidamente na construção de pontes, edifícios suntuosos e obras desnecessárias.


Enquanto isso o atendimento nos postos de saúde, nas escolas municipais e nas creches minou-se de tal forma que quase ninguém consegue ser bem atendido.


Verbas imensas são gastas na divulgação dessa política desinteressada no bem estar do eleitor. A promoção pessoal do senhor agente político tem prioridade quando, diante de uma escolha entre beneficiar os moradores de uma periferia ou a imagem própria, escolhe-se o pódio com os flashes da promoção própria.


As manobras eleitoreiras destrutivas, antes usadas com maestria pelos senhores antigos coronéis do engenho, hoje em dia, no tempo da internet, já não teriam o efeito tão avassalador.


O tempo passa muito rápido e com ele, todas as técnicas administrativas da opressão vil, mostram-se cada vez mais ineficazes.


Pode parecer que não, mas a religião é ainda usada, em muitos rincões, na defesa de certas correntes politicas melhor remunerantes.


E veja que a inabilidade patente, na composição dos conflitos sociais no município, teria sem sombra de dúvidas, componentes fortíssimos de desprezo, desdém e preconceito.

  

O administrador não consegue sair da sua redoma de vidro, deixar o alto do seu pedestal, para saber pessoalmente sobre as causas que lhe corroem as bases do poder que ruirá.


A mentalidade muito antiga, já não permitiria a adaptação aos novos tempos e isso redundaria no fracasso de todas as tentativas de manter-se no topo das preferências populares.


A atenção gasta com a segurança pública nos bairros é tão vergonhosa que as desordens provocadas pelo uso do álcool e drogas ilícitas, são mais frequentes do que se imagina.


De todo o tempo em que essa ideologia do patronato esteve no comando, só nos restou uma certeza: isso não poderia mesmo prestar.


31/07/12

 

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publicado às 13:39

A Mancha

por Fernando Zocca, em 22.02.12

 

         Mesmo agindo sob a inspiração do genial prefeito Luciano Guidotti, a atual administração de Piracicaba deixa muito a desejar.

       Guidotti (nascido em Avaré SP.), foi quem abriu avenidas, criou bairros, construiu prédios públicos, estabeleceu recordes de pavimentação, concluiu a Avenida Independência, traçou a Saldanha Marinho e construiu o viaduto da Rua Governador Pedro de Toledo.

       Nem por isso tudo Guidotti deixou de lado os interesses do funcionalismo municipal, e muito menos os da população da periferia, no que tange ao atendimento nos serviços públicos de saúde.

       Durante a II Guerra Mundial, Luciano teria enriquecido vendendo óleo de laranja, numa casa comercial no Largo do Mercado.

       Mesmo agindo como agia o seu ícone inspirador, o professor Barjas Negri, que também tem no curriculum, a ocupação do cargo de ministro da Saúde, durante o governo de FHC, não conseguiu destacar-se fazendo algo que apagasse a mancha atribuída a ele no caso do escândalo das Sanguessugas.

       Aliás, fez pouco, muito pouco, durante o tempo de duas gestões, o senhor Barjas Negri.

       Pelo potencial, experiência e vivência na vida pública, poderia o senhor prefeito, ter produzido mais e com menos numerário, tirado via impostos, da população.

       Barjas Negri construiu, no local onde era o Parque Infantil, o prédio próprio da Biblioteca Ricardo Ferraz de Arruda Pinto.

       No vazio deixado pelos livros, pessoal e equipamentos, da entidade que se mudou, acomodou os gabinetes dos vereadores.

       Antes disso, os legisladores despachavam no porão acarpetado de verde, do prédio da câmara.

       Muitos consideravam o local mal ventilado e úmido, não tendo faltado quem atribuísse a tal situação, o adoecimento do finado vereador professor Hely de Campos Melges.

       Para quem não conheceu, Hely Melges foi diretor do Ginásio Jerônimo Gallo, no final dos anos 1960; quando se candidatou à vereança – na década de 1980 - residia numa casa ampla, situada na esquina das Ruas José Pinto de Almeida com a Prudente de Morais.

       A habilidade do professor chegava ao ponto de conseguir, usando um barbante, destravar a porta do Chevrolet Opala 78, cujo proprietário o fechara com as chaves dentro.

       Olha meu amigo, do jeito que anda hoje, o trato da coisa pública, aquele que sugerisse o teste da abertura das portas travadas, de automóveis, sem o uso das chaves, numa seleção de candidatos a vereador, não estaria muito longe de receber algumas festivas menções de louvor.


21/02/2012       

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