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O Líder do Quarteirão

por Fernando Zocca, em 28.09.11

 

                        Muitas pessoas têm dificuldades para, mudando o comportamento, tornarem-se mais amistosas, mansas, pacíficas e socializadas.

            Uma das causas impeditivas do amestramento eficaz seria a crença equivocada de que os bons são ingênuos, tolos e passíveis de serem enganados. Daí o exercício da crueldade.

            A hereditariedade influi muito na conduta do indivíduo insistente na pratica dos malefícios a enteados, irmãos, mãe e vizinhos. O sujeito inquieto, querelante, espelha-se na figura do pai que também agia sem compaixão nenhuma com os filhos, a mulher e os vizinhos.

            Para se tornar um líder respeitável no quarteirão a pessoa deve demonstrar sensibilidade e muito tato no trato com as pessoas, a começar consigo mesma.

      O líder do quarteirão deve conhecer o alfabeto, interpretar corretamente as escrituras sagradas, permanecer atento às notícias dos jornais e estar sóbrio a maior parte do tempo, a fim de que suas percepções sejam reais.

      O indivíduo que deseja ser influente num quarteirão deve conhecer as leis, evitar os motins de rua, os crimes, não usar drogas e respeitar a mãe viúva.

      Não é o tempo de permanência num determinado local da cidade que habilita o indivíduo a ser o digamos... ”Xerife” do trecho. É preciso muito mais do que isso. É necessário, além das qualidades elencadas acima, ter alguma inteligência e bons propósitos.

      Sem essas características o tal pretenso líder permanecerá lá no fundo do quintal onde só há choro e ranger dos dentes.

28/09/11

             

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publicado às 21:01

Rodeando o toco

por Fernando Zocca, em 02.06.10

 

Gabrielzinho “boca de porco” (ô sujeito nojento!), aproximou-se da empregada doméstica bem devagarzinho e valendo-se da concentração dela, que lavava a louça do almoço, detonou:

 

- Barriguda do pé rachado!

 

A pobrezinha que pensava nas palavras ouvidas no sermão da missa matinal daquele dia, quase teve um chilique.

 

- Miserável! Vagabundo, ao invés de arrumar um serviço pra ajudar nas despesas, fica aprontando safadeza. Que papelão é esse? – reagiu Maria Helena que, com o susto,  deixara cair a panela de pressão dentro da pia, provocando um ruído intenso.

 

- Se eu for trabalhar fora quem é que vai cuidar dessas crianças? – perguntou o “boca de porco” enquanto ocupava o lugar da mulher, para ter o acesso livre à torneira.

 

- Essas meninas passam muito bem sem a sua presença. Aliás, tudo vai melhor quando você dorme. Já percebeu? -   garantiu Maria Helena com sofreguidão. Ela quase perdeu a dentadura durante a fala enérgica.

 

- E eu, vou trabalhar de quê? Onde? – Gabrielzinho acabara de lavar um copo e enchia-o com água do pote.

 

- No salão de beleza do Delsinho, ora. Ele me disse que lá precisam de alguém pra lavar os cabelos das clientes.

 

- Cabeleireiro? Eu? Eu sou é macho, minha filha. Não vem não! – Gabrielzinho ficara nervoso e depois de beber um gole d´água, percebia-se que seu rosto intumescera.

 

- Gabrielzinho, pelo amor de Deus! Você não percebe que tenho ainda que lavar a frente da casa, varrer toda aquela calçada e outras 201 coisas pra fazer? Para de me zoar. Por que você não leva a cachorra pra passear? Faça alguma coisa útil. Ô criatura danosa!

 

- A última vez que levei essa cadela peluda pra passear ela fez cocô, defronte o portão da vizinha da esquina, e o velhote veio me chamar a atenção. Não saio mais com a pulguenta.

 

- Que futuro você terá criatura? Fica enrustido nesse quintal feito um “cabeça fraca”, um débil mental. Você não se toca, malandro? Olha, já está demais essa loucura, essa irresponsabilidade.  Como é que vai terminar isso?

 

- Eu não sei como vai terminar. Mas sei muito bem que trabalhar eu não vou. Se for, pode ter a mais absoluta certeza: eu não me chamo Gabrielzinho, o legítimo “boca de porco”.

 

Dizendo essas palavras o babá rebelde saiu em direção à calçada; então, com toda a calma do mundo, sentou-se no toco, de onde  passou a admirar o movimento.

 

Menina que morreu após sofrer abuso sexual é enterrada em PE

 

Mercedes-Benz

 

Antes de morrer, vítima de abuso disse nome de tio, segundo a polícia

 

Reapresentação XV de Piracicaba

 

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publicado às 14:03

O Filho da Devassa

por Fernando Zocca, em 03.03.10

Louco é louco mesmo, não tem jeito. O funileiro filho da devassa, quando percebe que você está chegando a sua própria casa, cansado, suado, querendo beber aquele copo d água, logo liga o compressor de ar comprimido e a enche  com tinta spray.
         Tem sujeito mais filho da devassa que esse? O camarada tem parentes funcionários públicos que lhe garantem a comida na mesa.
         Na funilaria não tem corajoso que se disponha a deixar seu carro para ser consertado. Além disso, o amancebado reforça o orçamento com o dinheiro que um enteado seu ganha do pai biológico.
         É a pensão alimentícia mantendo o ócio predador do padrasto vagabundo.
 

A Praça José Bonifácio tornou-se o paraíso dos desocupados. Deficientes e aposentados passam seu tempo olhando o movimento das pessoas e automóveis.

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publicado às 16:18


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