Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]


O Bicho de Sete Cabeças

por Fernando Zocca, em 22.11.16

 

 

 

Touro.jpg

 

O enunciado é bíblico: a paz vem da justiça. Certamente a turbulência pela qual passa o Brasil decorre dos grandes desníveis sociais causados, antes de tudo, por situações de corrupção.

Não gera certa indignação, revolta, quando se sabe que, por exemplo, engraxates da câmara de vereadores de São Paulo ganham até 10 mil reais mensais, enquanto que muita gente estudada, formada nas mais supimpas universidades brasileiras, come o pão que o diabo amassou?

A situação está tão feia que até mesmo a criatividade precisa ser muito bem pesada, medida e meditada.

Num desses dias de muita atividade física, no Parque do Piracicamirim, conheci um cidadão, que pretendendo fazer um filme, pensou logo no script que continha, na trama, a história dum gato que tinha sete vidas.

- São sete vidas, sete histórias interligadas – dizia ele entusiasmado, enquanto caminhava ao meu lado, no parque.

- Se são sete vidas, sete gatos, certamente serão sete cabeças – ponderava eu.

- Sim. O tema não é inédito, mas imagine se essa história vira livro de sucesso, peça de teatro, filme... Saio logo da pindaíba, compro apartamento e até carro novo – contava ele, olhando pro chão, tentando desviar dos buracos do calçamento.

- É... Você poderia ficar mais famoso que o Rodrigo Santoro naquele filme “Bicho de Sete Cabeças” dirigido por Laís Bodanzky.

- É isso mesmo, cara! – concluiu o atleta de fim de semana. Já pensou na fama, no tanto de dinheiro, que isso tudo pode dar?

- Ah, sim, com certeza – confirmei. – Imagina depois disso tudo, a ventura, a felicidade, no romance, no amor, como o vivido com a Luana Piovani. Você não ficaria famoso só em Piracicaba. Mas no mundo inteiro também.

- A gente poderia incrementar a história colocando uma arena, touros bravos, capas vermelhas, toureiro barrigudo, muita cena de sangue, suor e cerveja... – continuava a divagar aquele esboço de diretor de cinema.

- Hãhã – concordava eu pensando no quanto os problemas provocados pelo arruinamento das relações familiares influiriam negativamente no imaginário e no comportamento das pessoas.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 17:38

Deficiência e Educação

por Fernando Zocca, em 04.09.12

 

A língua descontrolada não deixa de ser uma tremenda chateação. E tudo fica mais angustiante ainda quando o portador dessa característica é analfabeto e crente nas superstições.

Há quem entenda o fenômeno como transtorno obsessivo compulsivo, hiperatividade ou que haja a ocorrência de lesão significativa na região do cérebro responsável pela fala.

Quando o paciente tem o vocabulário limitado, por desconhecer o alfabeto, ele repete as mesmas palavras da mesma forma que a impressora de uma gráfica, repete os impressos ao longo do tempo.

Há os que defendem e mistifiquem os portadores, bem como a própria anomalia.   

O obsessor, falador compulsivo, busca o controle numa interação, não havendo lógica no seu "discurso"; o alívio da possível tensão minimizar-se-ia com a abstenção da ingesta do álcool, do tabaco e dos estimulantes. 

Perceba que o ciúme, atuando como combustível, do portador da doença, torna-o cruel, maldoso e totalmente desprovido de compaixão. 

Note que o paciente possuidor dessa afecção, objetivando impressionar as pessoas do seu convívio, controlando-as e obtendo delas o respeito, procura "influenciar" e "dominar" os vizinhos.

Não se pode deixar de admitir que os portadores desse tipo de transtorno sejam deficientes muito mal educados.

Não é incomum, de forma alguma, o aproveitamento dessas situações anômalas por políticos desprovidos de boas intenções. Geralmente as omissões na área da saúde pública e prevenção, ocorrem como retaliação à discordância das opiniões que interessam a eles.

O auxílio de especialistas pode trazer mais conforto para o doente e as pessoas que o circundam.

 

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 13:17

Um Prato Cheio para a Psiquiatria

por Fernando Zocca, em 17.04.12

 

 

       A loucura, a doença mental grassa por esse Brasil afora. Tem gente doente crente, em balelas de seitas, que chegou a rechear empadas e coxinhas com carne humana, vendendo o produto às pessoas da cidade.

       Aconteceu em Garanhuns (PE), no começo desta semana. A polícia prendeu um trio que matou pelo menos oito mulheres, segundo o delegado Wesley Fernandes, usando a carne das vítimas para confeccionar coxinhas e empadas.

       Os assassinos, que praticavam rituais, utilizavam os tecidos do tórax e das nádegas das vítimas na receita dos acepipes.

       Para atrair as vítimas, os matadores valiam-se de promessas de emprego e davam preferência para as candidatas que afirmavam ser pessoas ruins, más.

       A polícia informou também que o trio ocupou uma casa no bairro Rio Doce em Olinda, onde haverá busca de possíveis restos de cadáveres.

       Há informações de que depois do assassinato, uma das componentes da quadrilha assumiu a identidade da vítima, comportando-se como se fosse ela, inclusive cuidando da sua filha, de cinco anos.

       Cinco delegados estão envolvidos na apuração do caso: Paulo Berenguer, da delegacia de Olinda; Joselito Kherle, gestor do DHPP; Wesley Fernandes, titular do inquérito; Marcos Omena, delegado da seccional de Garanhuns, e mais um delegado do serviço de inteligência da Polícia Civil.

         

       Os suspeitos dos crimes formam um triângulo amoroso composto por um homem e duas mulheres. Elas estão detidas na Colônia Penal Feminina de Buíque (agreste pernambucano) e o homem no presídio de Recife. 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 15:02

Salve Usinadeletras!!!

por Fernando Zocca, em 03.04.12


 

Publicamos ontem (03/04), em nossa rede de blogs (hum, que chique!) a matéria que noticiava o aniversário do nosso querido monitornews.blog.terra que completou seis anos de existência no dia 01 de abril.

Entretanto para que o nosso querido leitor sinta-se mais bem informado, sobre essa nossa atividade na internet, devemos dizer que não foi no monitornews.blog.terra que a história começou.

Foi no site www.usinadeletras.com.br do nosso querido Waldomiro Guimarães lá de Brasília. Por volta do ano 2000 um dos nossos primeiros textos foi ali inserido, abrindo um horizonte imenso de liberdade e auto-realização.

Ao longo do tempo publicamos 669 artigos, três cartas, 215 contos, 141 crônicas, um ensaio, 19 textos eróticos, 10 frases, 11 textos de humor, um texto com temática infantil, três textos de poesia, um de redação e 39 com temática religiosa.

Ao todo, segundo os numerais do site, foram 1.119 trabalhos publicados no usinadeletras. A última matéria foi dada a lume no dia 14 de outubro de 2009 às 12h51min; falava sobre a atriz Maitê Proença e sua “saia justa” ao gravar um vídeo “tirando o maior sarro” das coisas e costumes portugueses.

No vídeo, postado na internet e depois retirado do ar, a atriz global terminava sua “obra” com uma cuspida de desprezo numa fonte portuguesa. Para quem conhece a história da moça, cujos pais faleceram de forma bastante trágica, esse comportamento hostil pode parecer escusável.

Com a possibilidade de criação de blogs consideramos ser mais fácil essa iniciativa, sem no entanto, deixar expressa publicamente a nossa gratidão, imorredoura admiração e respeito por Waldomiro Guimarães e seu site www.usinadeletras.com.br.  

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 13:31

O mundo é pequeno, Piracicaba menor ainda (parte II)

por Fernando Zocca, em 08.07.11

                

                    Mas falando ainda dos tempos em que predominavam a falta de compromisso e a relativa responsabilidade, as horas de alienação eram vividas também no balcão da lanchonete Daytona, que ficava na esquina das ruas Moraes Barros e Boa Morte.

                    O que destacava o ambiente era a decoração feita com uma réplica de carro de corrida tipo Fórmula 1, vermelho, fixado no alto, na parede dos fundos.   

                    Os mais bêbados chegavam logo depois das 8 da noite para beber muita cerveja, stanheguer e, de vez em quando, comer batatas fritas.

                    De lá, muitas vezes, só saiam após a meia noite, completamente nocauteados nos assentos traseiros dos carros, sob as vibrações do rádio em alto volume.  

                    O DJ da moda era o Big Boy, da Rádio Mundial AM 860 KHz (Rio de Janeiro), que iniciava suas apresentações com o clássico “Hello Crazy People!!!”

                    Em Piracicaba, Atinilo José comandava o programa Varandão da Casa Verde, na Rádio Difusora, onde também trabalharam meus primos Roque De Lello e Arthêmio De Lello.

                    Para quem não sabe, Roque e Arthêmio eram filhos de Olanda e João De Lello, irmã e cunhado do meu pai; ambos foram preteridos numa questão de herança.

                    Aos desavisados como eu, era então surpreendente, mas muito surpreendente mesmo, ouvir no rádio, as músicas que se referiam ao que fazíamos em alguns momentos.

                    Assim, por exemplo, quando criança, depois que eu e alguns colegas chegávamos de um passeio pelo matagal, existente no final da Rua Ipiranga, era bem esquisito escutar “O que você foi fazer no mato Maria Chiquinha?”.

                    E no ônibus, a caminho do Ginásio Jerônimo Gallo, era desconfortável sentir que aquelas músicas e notícias, emanantes do rádio portátil do motorista, postado entre o para-brisa e o painel, tinham algo a ver conosco.

                    As questões mal resolvidas de herança começaram logo depois do falecimento do meu avô José Carlos Zocca, em 1943.

                    Mas nem tudo era sofrimento. Uma das gratas recordações que trago da infância é a de quando tomei a minha primeira limonada.

                    Isso aconteceu na casa da vizinha da minha avó Amábile Pessotto Zocca. O menino Paulo Zaia era um daqueles que brincavam conosco nas ruas. E um dia, quando chegamos suados à sua casa, a mãe dele, dona Lídia Zaia, tirando da geladeira uma vasilha com água, fez uma inigualável e inesquecível limonada.

                    Dona Lídia deve hoje estar com quase cem anos.  

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 16:38

Gente Assassina

por Fernando Zocca, em 15.05.10

Assassinos espíritas do PSDB piracicabano providenciaram a impossibilidade do nosso acesso aos blogs http://laranjanews.blog.terra.com.br, http://monitornews.blog.terra.com.br e outros. São os loucos medíocres que não conseguem ouvir nada que não lhes seja favorável. Essas pessoas estão no poder há décadas e ali são mantidas por força da imprensa venal e das seitas amaldiçoadas.

A riqueza que essa gente analfabeta tem provém da usurpação dos cofres da cidade, dos cofres públicos. Esses malditos possuem a saúde e o bem estar graças aos roubos que praticam. São coronéis acostumados a usar a violência moral e física para manter o que possuem.
 
Piracicaba é um dos lugares mais atrasados do mundo. A consciência dessa deficiência faz com que haja a criação de fantasias tais como "cidade das escolas", "atenas paulista" e outras tolices.
 
Quando não conseguem impedir a manifestação cultural, que não lhes agrada, pela violência física tratam logo de calá-la usando recursos escusos, ocultistas, maquiavélicos.
 
O poder público é uma fonte inesgotável de recursos que mantém a vida viciosa desses incompetentes. Eles simplesmente destroem a todos os que ousam manifestar opiniões diversas das deles.  Essa gente, gente assassina, está cada vez mais rica e opulenta, enquanto que a grande maioria permanece na miséria.
 
Pobre Piracicaba que carrega a maldição dos pajés.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 14:08

O Devasso

por Fernando Zocca, em 06.05.10

                          -  Seu marido anda pulando a cerca, minha amiga? Você sabe quem seria a sirigaita? Ora neném não se apoquente. Não precisa ficar nervosa, neurótica, depressiva ou buscar ajuda lá no doutor Silly Kone. Nada disso. Relaxa e releve.

                        As palavras de consolo eram ditas por Van de Oliveira Grogue à Elza. Ambos partilhavam o almoço num local reservado do Bar e Restaurante do Bafão, o pioneiro em servir as primorosas e famosíssimas bistecas grelhadas de Tupinambicas das Linhas.

                        - Sabe que a tal zinha pode até ser casada? E se for mesmo você pode estar à beira de um escândalo daqueles! – profetizou Grogue sorvendo um gole generoso de cerveja.

                        - Essa carne está dura demais. – reclamou Elza. - Eu prometi que nunca mais comeria carne vermelha, mas não consigo segurar  a vontade.

                        - Não se preocupe. Quem não come carne pode ficar anêmico. Sabe aquela cor pálida, o emagrecimento exagerado e a falta de ânimo? Então, isso pode ser consequência da carência de carne vermelha.

                        - Mas que ódio! Veja só as minhas olheiras! Faz 15 dias que não durmo direito. Veja as manchas escuras nos meus braços. – Elza falava e mostrava os cotovelos depois de ter apontado as nódoas arroxeadas debaixo dos olhos. Estou me acabando com tanto sofrimento. Eu nunca traí o sacana. Sempre tive o maior respeito pelo cara e olha o que eu ganhei. No meu prédio todo mundo sabe que o galinha anda com vadias.

                        - Não fica assim não Elza, minha querida. Olha, beba mais um pouco de cerveja que ajuda a acalmar. E, perceba, você não comeu a salada. Não gosta de alface? – Van parecia mesmo preocupado com a saúde da amiga.

                        - Estou emagrecendo por causa do nervoso. Já notei até pelancas. Está vendo aqui ó, debaixo do braço? Isso não é pelanca? – A moça tinha o tom choroso na voz.

                        - Para com isso. Imagina que uma princesa como você pode ter pelancas nessa idade. Mas nem 10 chifres do safado arreliado podem te fazer isso. Ora veja. – Acalmou Grogue pigarreando em seguida.

                        - Sabe Van me contaram que a mulher com quem o infeliz me trai é casada e tem dois filhos. – confidenciou a moça em tom baixo e lamentoso. – E que a filha da puta é empregada doméstica. – concluiu a traída.

                        - Não, não, não. Não se desespere, não faça nada que possa te comprometer. Talvez você se sinta melhor se pagar na mesma moeda. Entende?

                        - Não sei se tenho coragem. Nunca fiz isso em toda minha vida. – rebateu Elza ao tocar os lábios com um guardanapo.

                        - Eu não te aconselho a fazer coisas erradas. Se você quiser eu mesmo chamo o devasso e conto a ele que você já sabe de tudo. Ih, olha lá quem vem chegando. – Van fez um gesto com a mão chamando a atenção do moço que acabara de entrar no recinto.

                        O rapaz alto, esbelto e muito bem vestido, ao perceber o amigo sentado à mesa, com uma jovem, se aproximou.

                        - Olá Mauro, como vai? Você conhece a Elza? – perguntou, em tom cordial, o Van de Oliveira. E depois: - Elza, esse é o meu amigo Mauro. – ambos cumprimentaram-se deixando transparecer interesse mútuo. - Você não quer sentar-se? – arrematou Van Grogue.

                        Para a sofrida Elza que nunca esperara uma traição por parte daquele marido, a quem dedicara todo o afeto do mundo, abria-se a oportunidade de encontrar o tão esperado equilíbrio.

 

 

Alunos de 35 nacionalidades acolhem Presidente

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 15:36

Piracicaba fede

por Fernando Zocca, em 16.02.10

 

A mesma safadeza que compõe o contabilista cachaceiro, sua concubina bancária neurótica e a filha, candidata à meliante de periferia, forma também o miserável que simula doença, pra receber esmola numa esquina qualquer, e os ladrões que desviam dinheiro público em Brasília.
A sacanagem só muda de pessoa. É como se ela incorporasse em sujeitos predispostos a agir assim. Essa disposição pode ser até genética. A semelhança entre o contabilista bêbado, sua concubina bancária neurótica e a filha, candidata à meliante de periferia, com os malandros de Brasília está  na quadrilha que os assessora.
Os malandros do Distrito Federal, agora presos, têm auxílio de pessoas que deles receberam favores como empregos, facilidade em licitações, e muitas outras benesses ainda ocultas.
O tal contabilista bêbado, sua concubina bancária neurótica e a filha candidata à meliante de periferia, são assistidos por grupelhos professantes de pseudo-religião, cujos membros fazem parte do secretariado dessa Prefeitura de Piracicaba.
Na verdade são assassinos carentes de qualquer escrúpulo diante da possibilidade de sacrificar suas vítimas.
Piracicaba está cheia disso. A cidade fede. Imperam a falsidade, as segundas intenções, a dissimulação e a hipocrisia.
Esse contabilista bêbado, sua concubina bancária neurótica e a filha candidata a meliante de periferia, são pessoas que têm muito dinheiro. Ou aparentam ter. Eles corrompem consciências com a maior facilidade. Lastreados nessas crenças espiritistas arregimentam almas ingênuas que se deixam enganar pela prosápia fazendo o que eles sugerem.
A corrupção de funcionários está no rol formador da caixa de malignidade dessa gente perversa. Há quem se venda por churrascos, cervejas, CDs; mas também existem os que se deixam levar pela lengalenga difamante.
Pessoas assim envergonham a cidade, o partido político, os sindicatos de classe, a prefeitura e os políticos que os protegem.
São ladrões de herança, matadores de alma e como tal, responderão pelos crimes que cometeram.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 00:06

O uso terapêutico do nabo

por Fernando Zocca, em 14.02.10

 

           A compulsão é uma coisa horrível que torna seu portador um verdadeiro escravo. O falar seguidamente, o olhar para o espelho, o beber, o usar determinada cor no vestuário são tipos de obsessões perturbadoras.
            É muito difícil o sujeito acometido por essas idéias fixas, se livrar do sofrimento. Às vezes nem incômodo isso é para ele.
            O voyeurismo é considerado patologia consistente na obtenção do prazer sexual pela observação dissimulada de cenas íntimas. Por exemplo: o olhar reiteradas vezes, pelo buraco da fechadura do quarto, a própria irmã trocando de roupa, indica ter o tal sujeito as características que definem a patologia.
            Se o camarada é daqueles que sobe até no muro do quintal para “buraquear” a filha do vizinho tomando banho, reforça-se a noção de ter ele o tal desvio de personalidade, que o identifica com os traços dos portadores da afecção.
            O falar de forma incontrolada palavras sem sentido, repetindo-as da mesma forma que numa tipografia, a máquina impressora repete a idêntica impressão, demonstra o desequilíbrio emocional desconfortável que pode ser tratado por especialistas.
            Esses transtornos, ideações fixas, assemelham-se aos pântanos, águas paradas que, apodrecidas, fermentam impregnando os circundantes. Parentes próximos, nas habitações superlotadas, são os primeiros a contaminarem-se com esse tipo de doença.
            Assim como existem os sofrimentos, do mesmo jeito há também as formas de curá-los. Existiria uma corrente fitoterápica que lecionaria ser o nabo um recurso redutor importante do padecimento dos faladores compulsivos.
            Empregado na forma de supositório o nabo teria a propriedade de induzir o conforto que o padecente não dispõe. A agitação psicomotora e até mesmo as afecções dermatológicas seriam curadas com o uso contínuo da brassicássea.
            O nabo é um vegetal muito conhecido, popular e eficiente devendo ser bem lavado antes da utilização. É preciso observar se não há excesso de herbicidas ou qualquer outro produto químico utilizado durante o plantio. Isso pode se constatar pelo odor que emana do produto.
            Se o vegetal estiver muito desenvolvido, ou seja, se estiver com acúmulo de água aparentando inchaço, haverá de ter o paciente, algum cuidado no modo de usá-lo. Os nabos mais antigos carecem de fervura preliminar.
            As folhas e demais penduricalhos aderidos ao vegetal devem ser afastados. Os parasitas que acercariam a planta não teriam outra função do que a de minar os substratos componentes da estrutura.
            As experiências comprovariam  serem as fixações desconfortáveis reduzidas a níveis de equilíbrio semelhante aos observados nas pessoas normais.
 

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 08:37

Fazendo Pontes

por Fernando Zocca, em 10.01.10

 

                  - Tá vendo no que dá fumar, seu burro? Agora fica ai deitado nessa cama, largado feito uma trouxa. Muito homem, né? Cadê o machão que queria matar, fazer e acontecer? Está doendo o peitinho, neném? Recebí o recado daquela sua sobrinha. Mas isso não modifica em nada essa  situação deplorável. Que vergonha! Um macho desse porte e agora ai derrotado por um infartozinho. Vamos fazer umas pontes nesse coraçãozinho?
                A enfermeira, aos pés do leito de Charles Bronchon, observava as reações que suas palavras causavam naquele paciente sedado. O soro gotejava lentamente ingressando na corrente sanguínea pela veia do braço esquerdo.
               Este poderia ser o começo de mais uma história sobre o tabagismo, o alcoolismo e suas consequências.
                O alcoolismo é uma doença terrível que torna suas vítimas praticamente uns loucos insones, capazes de uma miríade de maldades sem fim. O álcool tem essa característica de fazer do seu usuário um sujeito cruel, insensível, insensato e bastante prejudicial para si, aos seus familiares e aos vizinhos.
                Na grande maioria dos casos o alcoólatra é um medroso, incapaz de  falar diretamente sobre seus problemas. O uso da projeção faz dele um “craque” quando alucinado. Além da agressividade física, a violência moral o faz também insultar à distância. O distanciamento das suas vítimas  lhe proporciona uma certa segurança para agir.
                Um louco desses é capaz de permitir, que da sua funilaria vaze tinta spray, usada na pintura de automóveis, durante a madrugada toda. No dia seguinte, com a maior “cara de pau” ele estará pronto para negar qualquer irregularidade.
                O alcoólatra praticamente nunca está sozinho, ou melhor num grupamento familiar, pode haver mais alguns dos seus componentes, acometidos pela doença. Eles se reforçarão usando no feedback, o material dos desafetos colhido nas conversas anteriores.
                Essa doença transforma suas vítimas em seres improdutivos. Não são raros os casos em que parentes próximos, geralmente funcionários públicos, sustentam o grupo familiar adoecido, com as sobras dos salários e cestas básicas.
                O teor das manifestações verbais do alucinado é composto também por elementos obtidos nas entrevistas de partidários seus com os desafetos. A regra de que deveria haver sigilo entre os interlocutores não impede muita vez, que os assuntos ouvidos na confissão, ultrapassem seus limites, servindo de munição para os litígios intermináveis.
                Quando o alcoólatra não é acometido por surtos alucinatórios agudos, durante os quais poderá atacar qualquer um que se lhe apresente, estará sujeito à erosão contínua dos seus substratos biológicos.
               Veja o que diz a Bíblia sobre o alcoolismo:
               Ai da coroa soberba dos bêbados de Efraim, da flor murcha que usam como enfeite e que cresce no alto do vale fértil! Ai dos que estão encharcados de vinho. Is 28, 1.
                A senhora insensatez é irriquieta, é uma ingênua que não conhece nada. Ela fica sentada na porta da casa, num banco de onde domina a cidade. Daí ela chama os que passam e vão seguindo o caminho reto. Ó ingênuos venham aqui. Quero falar aos que não tem juízo.  A água roubada é mais doce, e o pão comido às escondidas é mais gostoso. Ela não sabe que na casa dela estão os mortos, e que os seus convidados irão para o reino dos mortos. Pr 9, 13-18.
 
O alcoolismo é uma doença e precisa ser tratada. Os cuidados objetivam proteger os familiares, os vizinhos e o paciente dele mesmo.

Autoria e outros dados (tags, etc)

publicado às 04:41


Mais sobre mim

foto do autor


Pesquisar

  Pesquisar no Blog

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.


Arquivo

  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2019
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2018
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2017
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2016
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2015
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2014
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2013
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2012
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2011
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2010
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2009
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D