Meus irmãos, não se façam todos de mestres. Vocês bem sabem que seremos julgados com maior severidade, pois todos nós estamos sujeitos a muitos erros.
Aquele que não comete falta ao falar, é homem perfeito, capaz de pôr freio ao corpo todo. Quando colocamos freio na boca dos cavalos para que nos obedeçam, nós dirigimos todo o corpo deles. Vejam também os navios: são tão grandes e empurrados por fortes ventos! Entretanto, por um pequenino leme são conduzidos para onde o piloto quer levá-los. A mesma coisa acontece com a língua: é um pequeno membro e, no entanto se gaba de grandes coisas.
Observem uma fagulha, como acaba incendiando uma floresta imensa! A língua é um fogo, o mundo da maldade. A língua, colocada entre os nossos membros, contamina o corpo inteiro, incendeia o curso da vida, tirando a sua chama da geena. Qualquer espécie de animais ou de aves, de répteis ou seres marinhos são e foram domados pela raça humana; mas nenhum homem consegue domar a língua. Ela não tem freio e está cheia de veneno mortal. Com ela bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. Da mesma boca sai a bênção e a maldição. Meus irmãos isso não pode acontecer! Por acaso, a fonte pode fazer jorrar da mesma mina água doce e água salobra? Meus irmãos, por acaso uma figueira pode dar azeitonas, e uma videira pode dar figos? Assim também uma fonte salgada não pode produzir água doce.
Tg 3, 1-12.
A comunidade tem medo dos loucos agressivos. A todo momento podem atacar a qualquer pessoa
PIRACICABA. SP. BRASIL Tenho dito que num bairro periférico sempre há os loucos mais atrevidos. Desse tipo que atira tijolos sabe-se que o desconforto no próprio lar é um fator enlouquecedor de estresse. A imundície nas dependências da casa, o aglomerado de muita gente e a crença nas seitas satânicas, torna a vida, especialmente das crianças, bastante sofrida.
Quando o pai e a mãe já não conseguem mais o controle do filho problemático e da nora analfabeta, percebe-se que a atividade econômica do patriarca, encontra-se numa encruzilhada, prestes a cerrar as portas.
O sustento do tal núcleo familiar problemático, que gera desconforto aos vizinhos, dependerá então, da pensão alimentícia que um dos filhos da concubina percebe, por força da decisão judicial. A própria comunidade, alertada para os transtornos emergidos naquele centro, e distribuidos ao bairro todo, se precaverá ao prestar auxílio material até que o comportamento se coadune com as normas da boa educação.
Uma enorme discussão envolvendo o fechamento dos hospitais psiquiátricos, ocupou a atenção dos especialistas do setor, durante algum tempo, levando boa parte deles a conclusão de que o simples servir como asilo ou “depósito de loucos”, não seria humanitário e nem mesmo terapêutico.
Então como proceder nesses casos de comportamento desviante, reinvindicativo, hostil, ameaçador e inconformado? Pode uma comunidade sujeitar-se às suscetibiidades do grupamento malfeitor que se escora nas crenças do satanismo?
Na vizinhança desse modelo de família problemática, a rotatividade das pessoas que alugam as casas, mudam-se e logo depois partem, rescindindo os contratos, é enorme. Considera-se neurotizante, enlouquecedor até, a contiguidade a esse tipo de associação. Poucas famílias conseguem ficar por muito tempo, nas proximidades.
O poder público pouco se importa com a existência dos confliltos. As possíveis soluções não serviriam como troféus ou conquistas a serem exibidas nas prováveis campanhas eleitorais futuras. Não renderiam prestígio e muito menos votos.
Paciência, dizem alguns. É preciso ter paciência com crueldade alheia. O alcoolismo, considerado uma doença relevante, geradora desse tipo de situação, precisa ser tratado. A integridade moral, física e patrimonial das demais pessoas, viventes no entorno, depende da argúcia dos terapeutas públicos.
Na verdade o problema é um desafio àquelas autoridades sanitárias do município que se preocupariam, de verdade, com o bem estar da população. Antes mesmo da ufania que a metástase dessa infecção, possa causar nas ideologias políticas do momento, a cura poderá trazer consigo a distinção e os méritos reservados aos bons médicos.