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Em cidade pequena quase todos se conhecem, pelo menos de vista. Essa familiaridade implica em conhecimento dos hábitos relacionados a tudo.
Dessa forma não é exagero afirmar que as preferências alimentares, e as reações a determinados estímulos, não sejam do saber dos vizinhos.
Se você está em Roma deve agir como os romanos. Mas se você está num bairro cercado por idiotas, o não comportar-se como tal, pode distingui-lo, e isso gera, inclusive, bastante ciúme.
Então, as atitudes hostis prevalecerão no entorno do menos estúpido, com o objetivo de afastá-lo do lugar.
A concentração do lúmpen torna o quarteirão bastante sujo, com a qualidade do ar comprometida, depredações, pichações, furtos e agressões.
A incapacidade dos vereadores, prefeitos e demais autoridades em revitalizar certas áreas, faz com que a deterioração se alastre pelo bairro todo, tornando a qualidade de vida bem medíocre.
Na verdade não há interesse dos políticos, que vivem do superfaturamento das obras públicas, em melhorar o nível de vida das pessoas, nos bairro periféricos. Isso não lhes daria visibilidade e por consequência não lhes traria votos.
Para essas pessoas que enriquecem com o dinheiro destinado a pontes, viadutos e edifícios públicos, quanto menos instrução e informação o eleitor tiver, mais facilidade haveria para a permanência dos modos de vida oportunistas.
Então, numa sociedade que tem líderes obscurantistas, dizer que "despertadores matam sonhos", não teria outro significado que não fosse "a instrução pode acabar com a alegria dos corruptos", aliás, há décadas no poder.
Os antigos senhores de engenho, escravocratas, hoje nos mais altos postos governamentais de Piracicaba, podem até tolerar a presença de todos, desde que sejam concordes com tudo o que lhes é dito.
Entretanto a partir do momento que há discordância, o autoritarismo entra em ação objetivando o abafamento das opiniões contrárias.
Nesse contexto julgo que a cordialidade, a boa educação e o respeito entre as pessoas devem ser muito mais importantes do que qualquer obra pública.
É o que eu tenho dito.
Cercado de analfabetos por todos os lados a leitura suscita muita inveja. Nesse meio é mais sensato um leitor tornar-se cortador de cana, do que milhares deles tornarem-se leitores.
Então, não é a toa que o velho ditado “Em Roma seja como os romanos”, mantenha-se atual e corretíssimo.
Já imaginou um torcedor do Corinthians vestindo a camisa 10, esgoelando “aqui tem um bando de loucos” no meio da torcida palmeirense? É conflito na certa.
No estádio safanões e sopapos poriam o intruso no seu devido lugar, mas numa comunidade, as sutilezas são mais usadas.
O blogueiro que incomoda a vizinhança, suscitando nela o temor do desconhecido, pode ter as estruturas da sua casa totalmente abaladas pelo funcionar, durante horas e horas seguidas, de um compressor de ar comprimido.
Ninguém desconhece o fato de que a tal barreira não teria por escopo a atividade econômica, mas sim só o de demover para bem longe, a causa dos sentimentos de inferioridade dos incomodados.
O nível cultural de um bairro é amostra eficaz, do desempenho das autoridades públicas, no cumprimento das normas relativas ao ensino.
Ou seja, uma multidão de analfabetos comprovaria que professores, diretores e políticas municipais de ensino, estariam totalmente ineficientes.
Para as políticas insensíveis, fábricas de automóveis, viadutos e pontes teriam maior relevância do que o próprio bem estar da população.
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