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As eleições municipais estão chegando e a gente pode observar o que a mídia aristocrática tem usado com muita frequência no bombardeio diário da população: o terrorismo médico.
Exatamente. As informações relativas à saúde física, mental, as doenças e afecções mil, são lançadas diariamente sobre o público, objetivando mais atemorizar do que vender produtos e serviços.
Da mesma força que o pescador lança suas redes ao mar, trazendo de lá cardumes e mais cardumes de peixes, essa espécie de terrorismo midiático, teria o poder de fisgar os hipocondríacos, trazendo-os a tratamentos muitas vezes dispensáveis.
O PSDB pretende fazer do seu candidato mais forte, o médico Geraldo Alckmin, o novo presidente da República e tira dessa área do conhecimento – a medicina – o seu arsenal para “enquadrar” os adversários.
Perceba que a atual carência de médicos e a indigência dos serviços públicos de saúde na grande maioria das cidades brasileiras, refletem uma reserva de mercado pertencente a poucos.
Laboratórios, redes de farmácia, planos de saúde e associações médicas, exploram há muito tempo, o desconhecimento sobre o próprio corpo que as pessoas comuns têm.
Temores corriqueiros podem levar a tratamentos e cirurgias danosas, piores até do que a convivência com a sintomatologia desconfortável.
Não é à toa a vigência da terrível resistência da classe médica contra a abertura de faculdades e o ensino da medicina atualmente aqui no Brasil. Se o conhecimento médico tornar-se popular, com certeza o poder, tanto econômico quanto político, dessa grande parte da elite brasileira, se reduzirá a níveis nunca antes visto na história deste país.
A população toda, de praticamente o Estado de São Paulo inteiro, tem a consciência de que é muito mal atendida, pelos responsáveis em ministrar os procedimentos minimizadores das afecções e também nos de preveni-las.
Veja que a ausência do conhecimento científico de excelência e a postura humanística, não são os causadores dessas deficiências danosas.
Não se forma um pais sem a nação; não se faz uma novela sem os atores, da mesma forma que não se funda um time de futebol sem os jogadores. O Estado jamais cumprirá as determinações legais concernentes à saúde, se não tiver o suficiente pessoal formado para isso.
Tudo bem que ser médico não seja semelhante a ser sacerdote, e que o desempenho da profissão exija compromisso, responsabilidade, entrega e formação impecável; ocorre que há vazios imensos nos tecidos institucionais destinados aos médicos e não é a insuficiência dos salários e das condições de trabalho, que os mantém vazios. É a falta, a carência de pessoal formado, de gente para trabalhar.
Se a atual quantidade de faculdades de medicina suprisse realmente o mercado dos necessários bons profissionais, a situação calamitosa dos hospitais, prontos-socorros, relações conflituosas entre médicos e pacientes, que todos vêem diariamente na mídia, não seriam tão escandalosas.
Contra fatos, não há argumentos. Como é que se nega essa ineficiência relacionada à saúde, estampada quase que diariamente nos jornais, rádios, revistas e telejornais? Os critérios para a abertura de cursos médicos seguem os padrões tradicionais de terem corpo docente qualificado, infraestrutura adequada, hospitais-escola e compromisso social. Ocorre que são insuficientes em formar a quantidade necessária de pessoal.
A atual situação terrível em que se encontra o atendimento médico, aos necessitados, é um risco mortal a que todos estão sujeitos. Não há que se falar em formação inadequada, desperdício para os cofres públicos, incompetência, tratamentos prejudicados, aumento dos gastos com a assistência, se não suprirem as lacunas nos postos de trabalho, destinados aos médicos e enfermeiros.
As afecções existentes no relacionamento médico/estado, médico/paciente, médico/planos de saúde são matérias quase que diárias na mídia. Ninguém faz vista grossa; não tem como. O Governo Federal, através dos Ministérios da Saúde e da Educação, propõem as terapêuticas consideradas necessárias para a obtenção cura.
O Brasil não tem a quantidade suficiente de médicos, e se o plano de aumentar o número de profissionais por habitantes for concretizado, o problema dos maus atendimentos será minimizado. Pelo menos não haverá a omissão por parte das autoridades.
As condições dignas de trabalho, estrutura física, equipamentos, acesso aos exames de diagnóstico, remuneração justa no sistema de saúde, gestão séria, e mais recursos para a saúde, devem ser próprios de todos aqueles que se dispuserem a praticar, durante o exercício da profissão, o juramento que fazem ao se formar.
Perceba que o governo busca com a proposta de trabalho dos formandos, nas cidades carentes, por até dois anos, (Programa Saúde da Família), levar à população necessitada, os conhecimentos médicos obtidos pelo futuro profissional, em troca da Bonificação da Residência Médica. Profissionais recém-formados, tensos e ansiosos pelas condições de trabalho e pela pouca experiência, existirão tanto nos grandes, quanto nos pequenos centros.
Os meios de formar médicos e os colocar a serviço da população, não podem ser barreiras que impeçam os governos de cumprir as determinações constitucionais.
Piracicaba precisa de uma Faculdade de Medicina que forme bons médicos e enfermeiros. As autoridades legislativas municipais, estaduais e federais, as autoridades executivas municipal, estadual e federal, sabem que a cidade é capaz de realizar com seu trabalho, estudo, ciência e honradez essa missão importante no cenário nacional.
Sinto muito, meus amigos, mas hoje vocês voltarão para casa. Testemunhamos os esforços dispendidos na busca da vitória; porém nesta data, forças maiores impuseram-se de forma inexorável.
Foi terrível; eles estavam implacáveis, impiedosos, astutos, unidos e conseguiram os objetivos previamente traçados; tudo planejado.
As tramas urdidas realizaram os desejos de muitos, satisfazendo a todos os participantes. Esse é o resultado. Nossa aliança, entretanto, continua.
A mobilização foi muito forte. Teria começado com o passar do tempo, de forma bem tênue; agigantou-se depois de momentos tensos, culminando nesse presenciamento.
Valeu a torcida forte, bem informada, compacta; valeram as chegadas em grupo, os grandes lançamentos; as combinações na retaguarda e a ação em conjunto.
De que adiantou a torcida calorosa? De que adiantaram os avisos, os pedidos, as solicitações para que reforçassem mais a defesa?
Antes do início estavam bem cientes de que não seria brincadeira. O confronto dar-se-ia entre forças desiguais; desserviram os clamores: estava já tudo escrito na caderneta.
Eu bem que avisei. Às vezes é desnecessário sacar uma espada tão grande, pra afastar uma simples mosca.
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