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As mágicas do PSDB

por Fernando Zocca, em 17.03.16

 

 

 

 

Não é porque o sujeito ocupa um cargo no judiciário que ele estaria acima da lei. Ou seja, por ser juiz de direito pode ele divulgar publicamente resultados obtidos com os crimes de violação de privacidade?

O PSDB tem como costume, principalmente em Piracicaba, usar de mágicas. São engodos que permitem obscurecer os fatos administrativos tornando o povo alheio aos acontecimentos.

O parido usa práticas antigas de roubo de informações do mesmo tipo daquelas que transtornaram o pontificado de Bento XVI.

Este partido não é santo e nunca foi. Tem tendências fascistas e usa principalmente da covardia para manter-se onde está até hoje.

Esta política corrupta, maldita, empregada hoje aqui em Piracicaba mantém-se já por longos anos; apesar das inúmeras condenações exaradas pelos Tribunais de Contas sempre safa-se com as aprovações delas pela câmara municipal.

É esta mesma câmara que comete as maiores insanidades contra a população da cidade ao ratificar os aumentos equivocados, doidos, do serviço municipal de águas e esgoto.

Essa estratégia de transferir ao povo da cidade uma suposta punição que o partido julga ser aplicável aos seus adversários políticos é que não deixa de garantir a tamanha burrice norteadora das ações políticas dos tais penosos emplumados.

Querem estas manobras lançar o povo contra atitudes que por ventura possam ser atribuídas aos que os contradizem.

É lamentável que a bancada do PSDB na câmara municipal se negue a reconhecer que legisla contra o povo quando rejeita moções de repúdio e instalação de CPI para investigar as causas, os motivos, que levaram a autarquia municipal Serviço Municipal de Águas e Esgoto (SEMAE) a aumentarem os preços cobrados pelo consumo da água.

Com os mesmos passes de mágica que levaram ao engavetamento das investigações contra Barjas Negri no escândalo conhecido como Sanguessugas que superfaturou os preços das ambulâncias no ministério da saúde no tempo de FHC, promove agora o PSDB a escuta telefônica, viola a privacidade da presidenta da república e ainda divulga publicamente os delitos que comete. Supostos crimes não podem justificar outros.

Enquanto o eleitor vê e revê a construção de pontes, passarelas, asfaltamento das ruas já asfaltadas, construções suntuosas de prédios públicos percebe também que empobreceu e muito. O cidadão que poderia obter melhores atendimentos nos postos de saúde, nas repartições da administração, nas delegacias de polícia, nas escolas, não os têm por não serem estas as prioridades dos atuais governantes.

Esta mesmice tucana prioriza mais aos empresários, minimiza o sofrimento da população e não se preocupa muito com os possíveis flagrantes em que possa incorrer nos ilícitos licitatórios.

As mágicas administrativas tucanas são feitas de forma que não haja transparência. Querem, no entanto, os bicudos emplumados que por meios condenáveis transpareça até mesmo o mais íntimo momento dos seus adversários políticos.

Falta de respeito não se resolve com a violação de privacidade. O juiz Sérgio Moro deve ser responsabilizado pela divulgação dos resultados dos fuxicos obtidos de forma ilegal.

Fofocas de palácio, de repartição pública, de cartório, de fórum, de gabinete, de sala de audiências são condenáveis. Ainda mais quando com o objetivo de causarem danos morais são divulgadas pela imprensa. 

 

 

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publicado às 21:35

O Jeitinho que acabou em revolução

por Fernando Zocca, em 29.01.16

 

 

 

Getúlio Vargas.jpg

 

Uma das causas da revolução paulista de nove de julho de 1932, foi sem sombra de dúvidas, o golpe militar liderado e desencadeado em 1930, por Getulio Vargas (no centro da foto).

Se analisarmos os motivos que levaram Vargas, e seus seguidores, a agir daquela forma veremos que a intenção era a de finalizar um jeitinho que favorecia a alternância entre mineiros e paulistas na presidência da república.

Esse jeito de governar o Brasil começou logo no início da república, depois da proclamação em 1889.

Nas eleições de março de 1930 concorriam à presidência o candidato paulista Júlio Prestes, apoiado pelo então presidente Washington Luís, o mineiro Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e Getúlio Dornelles Vargas.

Como acostumava acontecer todo o processo eleitoral era corroído pelas fraudes, evidenciadas na contagem dos votos, número de eleitores e com as atas que intencionalmente não continham a verdade dos fatos.

Desta forma o candidato paulista Júlio Prestes obteve a maioria dos votos tendo sido eleito.

Do sul então emerge o movimento liderado por Vargas, objetivando a deposição de Washington Luis e o impedimento da posse do candidato paulista Júlio Prestes.

Juntagovernativa1930.png

 

A 24 de outubro de 1930, assume o controle a Junta Governativa Provisória formada por Augusto Tasso Fragoso, Isaías de Noronha e João de Deus Mena Barreto (foto).

Getúlio toma posse da presidência no dia 03 de novembro de 1930.

No dia 9 de julho de 1932, as forças paulistas, frustradas com os acontecimentos de 1930, iniciam uma revolução chamada constitucionalista e, mais uma vez, não conseguiram seus intentos.

 

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publicado às 17:54

Inteligência Emocional

por Fernando Zocca, em 05.05.15

 

O governador do Paraná Beto Richa agrediu violentamente, por meio da polícia militar, a classe dos professores do seu estado.
Esse ato de selvageria, pode ser interpretado como dificuldade para resolver os seus problemas, sem o uso da pancada.
Sem dúvida a ausência da facilidade para se adaptar às novas situações contribuiram para que o "cabra macho" resolvesse a pendenga com a categoria dos mestres, na bordoada e tiros de balas de borracha.
Talvez até o espanto, e a admiração que ele esperava obter do seu grupo, pudesse ter feito com que ele se deixasse levar pelo impulso agressivo.
E não tinha ninguém, ao seu lado, naquele momento crítico, que lhe dissesse: "Olha, seu Beto, o senhor está errado, não pode agredir assim essas pessoas. Afinal, elas também ajudaram e ajudam a manter a sua situação de conforto. Que coisa mais feia, seu menino, sair assim dando pancada nos outros, no meio da rua. Onde já se viu isso?"
Há quem afirme que o agressor tem sérios problemas mentais. Inteligência emocional é que ele não teria mesmo.
Talvez o medo do olho no olho, tivesse contribuído também na exacerbação da ansiedade que a possibilidade do diálogo se apresentava naqueles momentos conturbados.
Bater nas pessoas, no meio da rua, seja por qualquer motivo, indica indigência de compreensão. A miséria do sujeito é revelada quando ele foge da conversa, esconde-se nas trevas, e procura de lá, controlar aqueles que o sustentam.
Tem gente mais afoita dizendo que "o cara desceu o cacete pra fazer bonito pras negas dele".
Coisa de louco, seu Beto.
Essa derrapada indica erro na escolha dos meios para resolver os problemas.
Já viu aquele cidadão que, pra "sustentar os três filhos", resolve não se importar se o maquinário instalado por ele na parede, está arruinando a casa do vizinho?
Em que parte do mundo o cidadão, ou o governador de Estado, podem fazer algo em benefício próprio, ou dos seus, causando danos à outrem?
Então é justa a licitação que privilegia a empresa que, por sua vêz, contratará todas as outras demais concorrentes - fazendo uma terceirização -, para a construção dos trens e metrôs?
Esses fins - trens e metrôs - justificam os tais meios - fraudes e formação de cartel?
No jogo político, pancada não vale. E muito menos terceirização (na verdade panos quentes) justificadora das fraudes.
A imperfeição das leis geram imperfeições e injustiças. E estas, meu amigo, resultam em sofrimento, miséria e morte.

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publicado às 12:37

O prefeito mágico

por Fernando Zocca, em 04.05.15

 

Telégrafo.png

 

No final da década de 1960 havia uma agência dos correios na esquina das Ruas Alferes José Caetano e 13 de Maio.
Nela trabalhava um funcionário responsável pelo telégrafo. Atrás de um guichê ele ouvia as palavras das mensagens que o remetente desejava transmitir, e manipulando o equipamento, as transmitia até a agência da localidade onde morava o destinatário.
Por volta de 1837 as comunicações por esse meio só eram possíveis graças às conexões dos pontos distantes, por fios e cabos. Mas depois do aparecimento do telégrafo sem fios houve a abolição dessa forma inicial, digamos, mais concreta.
Numa ocasião eu estava passando defronte aquela agência quando uma senhora, já bem idosa, me abordou pedindo que eu escrevesse, numa folha, as palavras que ela ditaria.
A mulher queria comunicar-se com uma parente distante e tinha ido àquele local dos correios para tal fim.
Acontece que o funcionário mandou ela escrever a mensagem num papel, que ele então a transmitiria, usando o código morse, pelo telégrafo.
Mas como ela tinha dificuldades com as palavras escritas, pediu logo pra mim, o primeiro que passava na sua frente, que as escrevesse.
Então ela começou a falar e eu a garatujar: "Neném, para com essas atrapalhações, com esses enganos todos, com essas histórias de Mandraque. Que coisa mais feia, minha filha. Não presta enganar os outros desse jeito. Tem prefeito mágico que faz sumir o dinheiro da prefeitura. Mas você pensa que ninguém vai saber? É claro que vai, minha filha. Para de sacanagem. Você precisa arrumar um marido decente, que goste de você e que tenha coragem de trabalhar para te sustentar. Cria vergonha na cara, minha filha. Olha, o povo todo já sabe desse seu negócio de ser, de dia, Maria e, de noite João. Arruma um serviço decente, minha nega. Passou o tempo da vadiagem."
Depois de grafadas as palavras no papel entreguei a ela, que logo em seguida passou ao funcionário. Quando ele viu o tamanho do texto, ficou abismado. Disse que a transmissão custaria uma fortuna, porque o valor a ser cobrado baseava-se na quantidade das palavras da mensagem.
Bom, voltando o texto para mim eu comecei a compactá-lo. Risca ali, rabisca aqui e pronto; achando que agora tudo ficaria dentro das possibilidades, passei o comunicado ao funcionário.
Mesmo assim, dizendo que a tarifa seria bem alta, ele resumiu ainda mais a mensagem da velha senhora que ficou mais ou menos assim: "Vai trabalhar, minha filha. Esse negócio de cinema não combina muito com você".
Por ter saído do lugar, durante as tratativas entre a usuária e o encarregado, não fiquei sabendo se houve ou não a transmissão do conselho.

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publicado às 13:37

Orgulho e ostentação

por Fernando Zocca, em 08.04.15

 

Barjas Negri.jpg

 

Quantas dentaduras a secretaria municipal de saúde financiaria com R$ 6.375?
Pode o meu querido leitor ter a certeza de que não seriam poucas e nem poucos desdentados, desta cidade de Piracicaba, se sentiriam tão felizes com o cumprimento da mais sigela obrigação constitucional promovida pelo município.
Essa verba toda pode vir, em pouco tempo, dos bolsos do ex-prefeito de Piracicaba, sr. Barjas Negri (foto), que foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, a pagar a importância de R$ 6.375, a título de multa por irregularidades licitatórias.
As inobservâncias da lei em 2009, quando Barjas Negri (PSDB) firmava o contrato, e seus aditamentos, com a empresa Nutriplus Alimentação e tecnologia Ltda, no valor de R$ 4,6 milhões, levaram o TCE a apontar os erros em março de 2014, e aplicar as penas cabíveis, reiteradas agora, com a confirmação da sentença condenatória.
As pesquisas deficientes dos preços, exigências indevidas de supostas irregularidades fiscais, cotação de preços das frutas não condizentes com as ofertas de abacaxi, maçã ou mamão, e notas de empenho, com números iguais/valores diferentes, foram alguns dos deslizes cometidos pelo prefeito, ainda nos editais da licitação.
Note que em fevereiro de 2015 a atual administração municipal homologou o contrato com a Nutriplus no valor de R$ 18,6 milhões.
Barjas Negri ocupou cargo relevante no Ministério da Saúde, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) era presidente. Na ocasião um tremendo escândalo financeiro envolvendo o superfaturamento dos preços das ambulâncias desencadeou uma operação da Polícia Federal denominada "Sanguessugas".
Houve abertura de inquéritos, instalação de CPIs, mas ao contrário do que ocorre hoje, quando os crimes dos coarinhos brancos são investigados, e os culpados punidos, o então procurador da república Geraldo Brindeiro, opinou pelo arquivamento das investigações.
Esses jeitinhos, ocultações das falcatruas "debaixo dos tapetes", nos dão a certeza de que toda a fortuna, riqueza, ostentação, orgulho, saúde e felicidade de alguns senhores políticos, só são possíveis com a miséria e o sofrimento de milhões e milhões de outros irmãos brasileiros.

 

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publicado às 15:11

O saguizinho bigodudo

por Fernando Zocca, em 17.07.14

 

 

Muita gente considera as reeleições sucessivas - às vezes cinco ou seis - dessa gente habituada a usufruir os bônus dos cargos públicos, como resultado das fraudes magistrais. 

No passado não muito distante, da história brasileira, houveram até revoluções onde muitos pereceram, ou foram mutilados, quando da preterição dos seus direitos às sinecuras centenárias. 

Há quem agradeça, entretanto, a redução sensível, do nível da violência empregada usualmente nesta área da atividade humana.

O chavão "manda quem pode, obedece quem tem juízo" usado durante séculos pelos coronéis do sertão e interior do Brasil, expressa a realidade inegável do uso da força bruta para a manutenção do poder. 

As mudanças tecnológicas, de certa forma, proporcionaram a troca gradativa do uso das pancadas, lesões corporais e até das mortes, por satisfações emocionais (e libidinais) frenadoras das oposições ferrenhas. 

Os anticoncepcionais, as camisinhas e a miríade de opções do arsenal farmacológico, a disposição do controle das doenças venéreas, vieram facilitar as estratégias de apaziguamento dos inconformados. 

Hoje, faz-se mais amor do que guerra. Isso é bom pelo fato de também alavancar tudo o que envolve as situações. A mídia se farta com os assuntos, a indústria de cosméticos vende horrores, viagens realizam-se facilmente, conceitos e opiniões pululam nos meios de comunicação, roupas e modas reformulam-se desenvolvendo as atividades construtivas. 

E o nosso saguizinho bigodudo ainda continua lá, na cadeira da presidência, por mais quatro anos e seus 48 salários.

A carência da vocação para safadezas é, de certa forma, um óbice à candidatura de gente que gostaria de vivenciar esse lado profissional da arte de ganhar muito dinheiro e não fazer nada. 

O cidadão comum levanta cedo, toma um café chinfrim, espera durante horas o ônibus, sacoleja-se durante outras horas sofridas no trajeto para chegar ao trabalho, produz bens de consumo palpáveis e, no fim do dia submete-se à mesma rotina torturante em troca de, no final do mês, um salário risível. 

O nosso homem político, ao contrário, com as verbas de gabinete, salários e falcatruas mil, que recebe em troca dos lero-leros parlamentares, pavoneia-se, exibe-se, humilha o povo, faz e desfaz.

Você já imaginou quanta incivilidade poder-se-ia reduzir usando os salários de um deputado federal ou senador?

O dinheiro usado para pagar esses políticos profissionais é muito mal empregado pela sociedade brasileira. Se fosse utilizado para melhorar os salários dos professores responsáveis pela educação e civilização das crianças, excepcionais ou não, o sucesso do Brasil seria mais louvável. 

Ou seja, um senador ou deputado federal ganha muito pra não fazer nada ou fazer menos do que faria o professor responsável pelo polimento das crianças.

Civilidade, bons modos, respeito aos mais velhos, às mulheres, às crianças, são mais indispensáveis à coesão social, do que um senador ou deputado federal. 

 

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publicado às 13:03

É chegada a hora

por Fernando Zocca, em 23.04.14

 

 

 

 

 

 

Você já pensou como pode ser absurdo um dos herdeiros avançar sobre a herança da viúva, pedindo-lhe parte do dinheiro do espólio, a fim de comprar um carro, com a justificativa de que alguém, a qualquer momento, poderia precisar do transporte de emergência?

O espertinho só conseguiria sucesso, no seu intento, se a viúva não soubesse responder que, em caso da precisão de um transporte urgente, poderia valer-se das ambulâncias dos serviços de saúde da sua cidade.

Se o aproveitador obtiver antecipadamente o dinheiro (que deveria ser dividido num processo de inventário ou arrolamento), estará "ligando" a numerosa turma do "eu também quero".

Ai, meu amigo, o roteiro segue conforme diz o ditado: "onde passa um boi, passa uma boiada"; e lá se vão mais fundos para o outro apressado com a justificativa de que o seu negócio de torrefação de café precisa de reforço, de capital de giro.

As lorotas enrolativas são tão convincentes que nem mesmo as notícias de que o tal "empresário" perdeu seu dinheiro nas mesas de carteado, impedem mais um desfalque contra os bens deixados pelo defunto.

O próximo da fila, a valer-se da caridade da viúva, obtendo a permissão para ocupar, com sua mulher e o filho, um imóvel do monte-mor, não poderia imaginar que seus descendentes sofreriam perseguições implacáveis dos outros que não tiveram a mesma sorte.

Perceba que a impossibilidade para descontar nos adultos, supostamente causadores dos males materiais, conduziria os prejudicados a praticarem, veladamente, maldades contra quem não pode se defender: as crianças.

Então aquele "tiozão" neurótico, bêbado e bastante infeliz com o seu casamento, pode atribuir seus fracassos todos à ausência do aporte do dinheiro, imobilizado com o "invasor".

E creia, não haveria melhor catarse para as tais "neuras", do que pegar um dos filhos do parente e "descarregar" nele os ódios todos acumulados. 

Veja a importância que o rancor tem no desenvolvimento das crianças indefesas. 

Você consegue pensar e meditar no poder maléfico que alguém teria sobre outra pessoa; entretanto pondere nos malefícios que a maldade, dentre elas a ganância, exerce sobre populações inteiras.

Imagine o quanto os habitantes das grandes cidades economizariam ao pagar seus impostos, no caso da ocorrência da lisura nas licitações, para a construção dos metrôs e trens. 

É claro que tudo seria mais barato. Entretanto as diferenças todas que saíram dos cofres públicos, hoje, fazem parte da fortuna particular dos responsáveis diretos por aquelas obras.

Então mansões, iates, aviões, carros importados, viagens, apartamentos luxuosos, compõem o rol dos bens dos que ainda não foram atingidos pela lei. 

É ingenuidade não acreditar que o enriquecimento de alguns não representa a ruína de centenas de milhares.

Seria equivocado dizer que a economia de bilhões de dólares, pelo poder público, não serviria para atender as necessidades de infraestrutura dos locais habitados por pessoas mais pobres?

É chegada a hora em que o povo deve reivindicar as suas riquezas, injustamente apropriadas, por quem não poderia fazê-lo. 

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publicado às 20:19

É o jogo

por Fernando Zocca, em 21.03.14

 

 

Eu sabia que era impossível a inexistência de uma "treta” tão grande, grave e riquíssima, por trás daquele zunzunzum inquietante.

O PSDB é a cristalização da chamada livre iniciativa, do empreendedorismo, das ações que formam grandes latifúndios, fazendas e empresas particulares.

Durante a vigência do estado de exceção, quando os militares assumiram o governo central, a ideologia tucana era expressa pela sigla ARENA que significava Ação Renovadora Nacional.

Contrapondo-se aos proprietários empreendedores, há os trabalhadores que nada mais teriam do que a força do trabalho. 

Estas duas vertentes sociais estão no poder há algum tempo. Os trabalhadores, representados pelo PT, ocupam o governo central, enquanto que  o partido dos patrões governa São Paulo há décadas.

Contra os trabalhadores houve a comprovação de crimes em desfavor da administração pública. Punições exemplares foram executadas e os culpados sofrem as consequências. 

Mas, como ninguém é perfeito, surgem agora revelações na Europa e também para as autoridades judiciais brasileiras, sobre a existência de crimes de formação de cartel e outras irregularidades nas licitações para a construção de metrôs e trens de várias cidades brasileiras. 

Todos os crimes cometidos durante a administração do PSDB, e que lesaram os cofres públicos em bilhões de dólares, saciaram a poucos, bem poucos, empobrecendo, por outro lado, milhões de brasileiros. 

Corrupção semelhante você, meu querido leitor, pode notar no governo deposto da Ucrânia. Lá Viktor Yanukovich e seu gabinete, com tendências pró-Rússia, enriqueceu empobrecendo o povo, até o momento em que  este reagiu depondo-o.

Viktor Yanukovich pediu ajuda à Moscou e Putin, presidente Russo, invadiu com suas tropas a Criméia, parte do território ucraniano. 

O presidente norte-americano Barack Obama e os representantes da União Europeia, aparentemente derrotados neste cabo de guerra, não puderam impedir a grave perda de território, sofrida pela Ucrânia.

Perceba que a perda do domínio sobre uma vasta extensão de terras está relacionada à corrupção de um grupo de traidores.

Viktor Yanukovich, sua quadrilha e o governo Russo gozarão as delícias das riquezas roubadas, enquanto que o povo ucraniano sentirá na pele, durante longos anos, os gravames da escassez.

Tanto aqui no Brasil, quanto lá, na Ucrânia, as coisas são parecidas. 

É o jogo.   

 

 

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publicado às 14:53

Respeito é bom e todos gostam

por Fernando Zocca, em 25.10.13

 

Obama, o fuxiqueiro mundial, quis saber, às escondidas, da vida de todos os governantes do planeta. 


O sujeito agiu igual aquelas comadres gorduchas e desocupadas das cidades pequenas. 


Ele, o abelhudo, invadiu a privacidade alheia com a maior naturalidade, como se as pessoas e as coisas de toda a terra fossem dele.


Obama, cara de pau: seria o complexo de superioridade que o faria agir assim?


Talvez a certeza de que não haveria nenhuma punição para seus crimes lhe desse a segurança que o levou a violar os limites do bom senso, da legalidade.


O enxerido esticou seus ouvidos para saber, sem que fosse notado, sobre o que falavam e faziam os governantes da maioria dos países da Europa e da América do Sul.


Quem dissesse que esse comportamento irresponsável assemelhou-se ao daqueles playboys inconsequentes, tripudiadores sobre a ingenuidade alheia, não estaria errado.


Se levado a julgamento por uma corte internacional, que punições sofreria o autor dessa patuscada  vergonhosa?


É chegada a hora de criar juízo, doutor Obama. A invasão de países, o uso de equipamento militar contra civis, e toda a sorte de injustiças praticadas contra pessoas, governos e países dão aos Estados Unidos um azar tão intenso, tão forte que não seria duvidoso afirmar que o tempo de glória do império norte-americano já passou.


Quantos países seriam invadidos, quantos governos derrubados e quantas toneladas de bombas seriam usadas em represália contra aqueles que ousassem interceptar as ligações telefônicas das autoridades norte-americanas?


Qual seria a reação dos dirigentes ianques se descobrissem e provassem que os e-mails e as ligações telefônicas dos secretários de estado, altos funcionários do governo e das empresas estratégicas estariam monitoradas?


Respeito e consideração são bons e todos gostam.

 

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publicado às 10:43

São Paulo e os trens

por Fernando Zocca, em 16.10.13

 



Em julho de 1983 a Revolução Constitucionalista, que levou São Paulo a bater-se contra o Brasil, completava 51 anos.


A geração nascida em 1951 surgia à luz depois de passados 19 anos do fim daquele embate, no qual o Estado Paulista, sofreu a mais vergonhosa derrota militar de toda sua história.

 
Mas, - perguntaria meu nobilíssimo leitor - a causa dessa revolta frustrada teria sido uma ocupação irregular das terras alheias como aconteceu em 1948, quando Israel apropriou-se, com o apoio do governo norte-americano, da parte do território palestino?


Não. A causa da insurreição paulista deu-se pela preterição do candidato do Estado de São Paulo à ocupação da presidência da República. 


Todos nós sabemos, ou quase todos, que a República foi proclamada no dia 15 de Novembro de 1889. Desta data até 1930 o cargo de presidente era ocupado alternativamente por políticos paulistas, representantes dos latifundiários produtores de café, e dos mineiros, representantes dos fazendeiros, produtores de leite.


Esse "esquemão" conhecido como política do "café com leite" que continha fraudes eleitorais grosseiras, foi interrompido a "Manu militari" por Getúlio Vargas em 1930, quando a vez de ocupar a presidência e gozar de todos os seus privilégios, era dos paulistas.

 
A indignação da classe dirigente frustrada, por meio das rádios, dos jornais e outras formas usuais de comunicação, fez a opinião pública acreditar, que o Estado de São Paulo se bateria por uma causa nacional justa que seria a obtenção da Constituição da República.


Fazia parte do arsenal dos paulistas um trem considerado imbatível, pois podia transitar por quase todo o estado, armado com canhões, transportando carros, caminhões e tropas.


Acontece que, em sendo a teoria na prática, outra coisa bem diversa, deu-se muito mal o Estado de São Paulo, no confronto com o Exército Brasileiro, formado por contingente maior e mais bem equipado.


Parece que o trem, que outrora fora esperança de vitória dos políticos paulistas, volta agora para demonstrar que os fatos não são como aparentam ser e que há algo de bem podre na suposta solidez do governo PSDB do Estado de São Paulo.


Desde 1932 o Brasil não elege um candidato paulista a presidente da República.

 
Diante dos fatos, e ao que tudo indica se depender dos senhores Antônio Carlos Mendes Thame, Barjas Negri, Geraldo Alckmin e muitos assemelhados, o Estado de São Paulo passará outros 82 anos sem ter um filho seu eleito presidente da República.

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publicado às 18:32


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