por Fernando Zocca, em 16.04.12
Pois foi então meu amigo, minha amiga e senhoras donas de casa que deu-se tudo o que se deu. Da mesma forma que o Iscariotes executou o que havia antes sido traçado pra ele, as almas perversas também efetuaram os planos corruptores dantes planejados.
A astúcia dos corruptores é a mesma tanto na elaboração dos projetos de sangria dos cofres públicos, quanto nas armadilhas afetivas que elaboram contra os que a eles se opõem.
A marca da administração de uma cidade você averigua pelo estado em que se encontram os seus habitantes. O atendimento nos postos de saúde, a atenção nas creches municipais e a má gestão das verbas destinadas à educação, destacam-se tão ou mais vivamente, do que os viadutos e pontes.
Posso afirmar, com muita certeza, que em Piracicaba, nunca houve um embotamento popular tão intenso, quanto o havido durante a gestão desse pessoal do PSDB.
Os caras não pensam de outra forma que não seja pela atribuição de valor monetário no que fazem.
Se o benefício político próprio é maior do que os custos, no asfaltamento do que já está asfaltado, fazer pontes onde não há necessidade, e viadutos que não levam a lugar nenhum, do que aplicar o dinheiro na educação das crianças, e na melhoria do atendimento público na área da saúde, eles assim o farão.
O PSDB doou uma área de terras enorme à multinacional Hyundai, concedendo-lhe também a isenção de impostos por um século ou mais. Em troca do quê?
De emprego? Engana-se o piracicabano se pensa que poderá trabalhar nesta fábrica. Primeiro, que ela é totalmente automatizada, isto é, não ocupará força muscular. Segundo, que para desempenhar atividade ali é preciso ter conhecimento relacionado à construção de automóveis, e aqui em Piracicaba, com raras exceções, isso não é comum.
Portanto a vinda desta montadora para Piracicaba só tem como vantagem, única e exclusivamente, o “capital político” para o PSDB, nada mais.
Esse pessoal já constrói um presídio com a capacidade para mais de 700 condenados. Um vereador já alertou a todos sobre a possibilidade de atentados contra os bens públicos municipais.
A vulnerabilidade dos dutos de gás, pontes, e viadutos estaria aumentada, na mesma proporção crescente do turismo, praticado pelos parentes dos presos.
Com o PSDB quem ganha são os industriais, os bancos, as grandes empresas de comunicação e os latifundiários.
Quem perde é você eleitor que lá os mantém.
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por Fernando Zocca, em 17.03.10
Esse pessoal do PSDB em Piracicaba gosta mesmo é de criar caso. Se já não bastasse o escândalo das sanguessugas em que os Vedoin, proprietários da empreiteira Planan entregaram o prefeito Barjas Negri a Polícia Federal, como um dos participantes do esquema de superfaturamento das ambulâncias, agora nos aparece com a aventura de instalar aqui, uma fábrica de automóveis.
A multinacional receberia, gratuitamente, toda a área do terreno onde construiria sua sede caipira. Além disso, teria por gerações e gerações, a isenção dos impostos municipais e até estaduais. Sem levar em conta o fato de que o transporte dos carros feitos aqui, até os portos ou aeroportos, os tornaria mais caros, diga-se que os empregos não seriam ocupados por cidadãos piracicabanos.
Para trabalhar numa fábrica de automóveis, o operário precisaria ter conhecimentos especializados. A cidade não dispõe de ninguém detentor de tanta experiência no ramo, que impeça a tal indústria de trazer de fora, os trabalhadores necessários.
Então a pergunta é: Que vantagem teria a cidade de Piracicaba com a instalação da fábrica de automóveis?
Ora, se a prefeitura não receber os impostos, não embolsar os valores correspondentes à venda das áreas de terras e, se as pessoas nascidas na cidade, não puderem trabalhar na indústria, pra que mais serviria a tal presença aqui?
Acreditamos que os alugueis pagos pelos funcionários, vindos do exterior aos proprietários das casas, seria muito pouco em troca do que a cidade daria.
Bom, como estamos em tempo de eleições presidenciais, cremos que esse assunto, assim como aquele dos trens, que teriam seus ramais reativados, o da construção de presídio e outras balelas, não passaria mesmo de oferta publicitária, semelhante as que fazem os magazines, quando desejam liquidar seus produtos.
Ao vermos pela TV e internet a desestruturação do ensino e das escolas públicas, quando assistimos a agonia da mãe que se obriga a acorrentar o filho, escravo das drogas, numa cadeira de rodas, concluímos que haveria muita omissão das autoridades, nesse setor.
Não saberíamos dizer como viadutos, pontes, asfaltamentos de ruas já calçadas, e outras obras materiais, seriam tão ou mais importantes do que a atenção que os chefes da cidade deveriam prestar aos seus cidadãos.
É preciso ainda que se diga sobre a enorme preocupação que tem causado a degradação do meio ambiente. Sabe-se hoje em dia que a retirada do mazute do subsolo queimando-o na superfície terrestre tem contribuído para o aquecimento da terra. Esse fenômeno causaria o derretimento das calotas polares aumentando o volume de água dos mares. Com mais matéria em estado liquido, haveria também o aumento da freqüência e intensidade das chuvas.
O caso. Fábrica de automóveis em Piracicaba. A atenção dos cientistas volta-se agora para o desenvolvimento e construção de motores elétricos.
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por Fernando Zocca, em 11.03.10
Os políticos de Piracicaba conduzem a cidade numa direção contrária a do resto do mundo desenvolvido. Nas regiões mais evoluídas o meio ambiente é a prioridade, pois se sabe que com a degradação do local onde se vive, degrada-se também a população ali existente.
Um veículo usuário de combustível, feito com a matéria orgânica, retirada do subsolo e transformada em gases na superfície, produz o equivalente a cinco toneladas de material tóxico por ano.
Enganam-se aqueles que acham que não seja nociva, para a saúde, a absorção desse lixo gasoso pelos organismos biológicos. Isso sem falar no espaço ocupado por um carro, geralmente contendo uma só pessoa.
Os gênios da política caipira desejam trazer para a província uma fábrica de automóveis. A justificativa principal é a de que o empreendimento trará aproximadamente 5.000 mil novos empregos.
Sim. Mas para quem? Para trabalhar numa fábrica dessas é necessário ter experiência, conhecer o manuseio das máquinas utilizadas na produção dos componentes dos veículos. E ao que nos consta, trabalhadores hábeis nas oficinas mecânicas, especializadas na fabricação e manutenção de usinas e peças de usinas de açúcar e álcool, não seriam os mais indicados.
Na engenharia também o processo é o mesmo. Os projetistas e desenhistas experts na criação de maquinário utilizados pelos usineiros nas suas propriedades, não teriam o mesmo preparo que os profissionais das fábricas de automóveis.
Isso ocorre também com o pessoal da burocracia. Os trabalhadores de colarinho branco, encarregados dos trâmites relativos aos escritórios, das usinas de açúcar, teriam uma rotina completamente diferente, na indústria automobilística. As experiências são diversas.
Portando para a fábrica, que pretende se instalar em Piracicaba, mesmo recebendo gratuitamente as áreas de terras e a isenção de impostos por muitas gerações, seria mais lucrativo trazer, de fora, os trabalhadores de que necessita.
Então, que vantagem levaria a nossa querida província com instalação desse empreendimento, se ele não proporciona direito a impostos, não emprega as pessoas nascidas no local e não contribui para a melhoria do meio ambiente?
É suficiente para o ego do cidadão piracicabano dizer: “Esse carro foi feito em Piracicaba”?
Além do prestígio para os políticos, que atualmente ocupam os cargos eletivos, aliás, há um bom tempo, em nada mais serviria esse projeto pobre. Na verdade isso se compararia a um espetáculo de palco, a um show pirotécnico, onde os “Maquiavéis” do PSDB exercitariam suas capacidades prestidigitadoras.
Aos homens públicos interessa a manutenção dos cargos por causa dos lucros. Em tempo de eleição não se pode duvidar da existência de prefeitos que inaugurariam até pontes de safena, se isso lhes rendesse votos.
A proteção do meio ambiente conduz a indústria automobilística a desenvolver projetos que utilizam energia limpa.
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