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O Santo do Dia

por Fernando Zocca, em 19.02.10

 

Santo Gabino
 
19 de fevereiro
 
Gabino nasceu na Dalmácia, atual Bósnia, numa família da nobreza romana cristã, radicada naquele território. Na idade adulta, ele foi viver em Roma com a intenção de se aproximar da Igreja, mesmo sabendo dos sérios riscos que correria. Nesta cidade, ele se tornou senador e se casou. Com a morte da esposa, Gabino decidiu ser padre. Transformou sua casa numa igreja, consagrou a jovem filha Suzana, à Cristo, e a educou com a ajuda do irmão Caio, que já era sacerdote. Juntos, eles exerciam o apostolado em paz, convertendo pagãos, ministrando a comunhão e executando a santa missa, enfim fortificando a Igreja neste período de trégua das perseguições.

Segundo os registros encontrados, Gabino e os familiares, eram aparentados do imperador Diocleciano. Assim, quando o soberano desejou ter a filha de Gabino como nora, não conseguiu. Enviou até mesmo um emissário para convencer a jovem, que não cedeu, decidida a se manter fiel à Cristo, sendo apoiada pelo pai e o tio Caio, que fora eleito papa, em 283. O imperador ficou mais irritado do que já estava, devido as tensões que circundavam o Império Romano em crescente decadência. Decretou a perseguição mais severa registrada na História do Cristianismo, apontado como causador de todos os males. O parentesco com o soberano de nada serviu, pois o final foi trágico para todos.
 Quando começou esta perseguição, verificamos pelos registros encontrados que o padre Gabino, não mediu esforços para consolar e amparar os cristãos escondidos. Enfrentou com serenidade o perigo, andando quilômetros e quilômetros a pé, indo de casa em casa, de templo em templo, animando e preparando, os fiéis para o terrível sacrifício que os aguardava. Montanhas, vales, rios, florestas, nada o impedia nesta caminhada para animar os aflitos. Foram várias as missas rezadas por ele em catacumbas ou cavernas secretas, onde ministrava a comunhão aos que seriam martirizados. Finalmente foi preso, junto com a filha, que também foi sacrificada.
Gabino foi torturado, julgado e como não renegou a fé, foi condenado à morte por decapitação. Antes da execução, o mantiveram preso numa minúscula cela sem luz, onde passou fome, sede e frio, durante seis meses, quando foi degolado em 19 de fevereiro de 296, em Roma.

Ele não foi um simples padre, mas sim, um marco da fé e um símbolo do cristianismo. No século V, sua antiga casa, que havia sido uma igreja secreta, tornou-se uma grande basílica. Em 738, o seu culto foi confirmado durante a cerimônia de traslado das relíquias de São Gabino, para a cripta do altar principal desta basílica, onde repousam ao lado das de sua santa filha.

No século XV, a basílica foi inteiramente reformada pelo grande artista e arquiteto Bernini, sendo considerada atualmente uma das mais belas existentes na cidade do Vaticano. A sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.
Fonte: site da Diocese de Piracicaba.
 

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publicado às 18:54

Absolvendo culpados, condenando inocentes

por Fernando Zocca, em 16.07.09

 

Você já percebeu a existência de pessoas que se sentem as donas da cidade? O sujeito pode achar-se o “dono do pedaço” quando por obra da corrupção vê-se reeleito cinco ou mais vezes para o exercício do mandato parlamentar.
                        O “proprietário” da cidade age como se realmente estivesse agindo dentro da sua própria casa ou da sua fazenda. Os contumazes ocupadores dos cargos eletivos atribuem o seu sucesso, mais ao “carinho” que podem ter do eleitorado, do que às manobras corrompedoras da vontade do eleitor.
                        “Mas, espera um pouco ai...” - pode tentar contestar nosso arguto leitor - “De que forma corromperiam os tais homens a vontade do cidadão?”.
                        Algumas pessoas sabem que o nobilíssimo presidente do legislativo piracicabano, numa audiência pública, havida há algum tempo em Piracicaba, discursou defendendo a tese de que se o candidato não ofertar mimos aos seus simpatizantes, certamente não se elegerá.
                        Dizia naquela ocasião, o preclaro homem político interiorano, que se o postulante não pagasse as contas de água, luz, oferecesse dentaduras, cestas básicas e conseguisse vagas hospitalares aos necessitados, ele não teria chance de ser alçado ao cargo pretendido.
                        Então o que vemos ai não deixa mesmo de ser a realidade anunciada pelo presidente da casa de leis piracicabana. O político tem que praticar bastante o seu lado “assistente social”.
                        Se o meu leitor esperto fizer uma conta bem simples, notará que os benefícios que os ocupantes dos cargos eletivos causam aos mais pobres são muito inferiores ao que lucram no final de doze meses de salários.
                        A perpetuação no poder vicia as instituições que passam a funcionar como se fossem propriedade do seu tutor, benfeitor, em detrimento do caráter impessoal que deve ter toda e qualquer instituição pública.
                        Então, especialmente numa cidade pequena, qual funcionário de repartição se negaria a conceder favores ao político que ocupa a vaga há quinze ou vinte anos? Ai está a base, o cerne, do tráfico de influencia.
                        E o que pode a lei ante o tráfico de influência? Você pode ter todos os argumentos, razões, provas e formas de expressão de um litígio do qual faça parte. Mas numa cidade onde as instituições estão cancerosas e disfuncionais de que lhe valeria o direito?
                        Não é difícil você mesmo constatar que o “jeitinho” brasileiro nada mais é do que a utilização da amizade pessoal e da opinião pública, para a solução injusta de problemas.
                        Com esse tipo de filosofia, com muita facilidade, absolve-se com freqüência o culpado e condena-se o inocente. Que maldita justiça é essa?
                        E sabe o que acontece depois? Os corruptos tentam enfiar-lhe goela abaixo outra solução “semelhante”. Os poderosos agem assim igual ao farmacêutico criminoso que não tendo o remédio que a receita lhe pede, procura empurrar-lhe outro similar.
                        Assim vamos indo. Eles lá saciados, satisfeitos, irônicos,  enfadados, com os cofres e contas bancárias transbordantes e nós, da mundiça catinguenta, aqui a observar sem poder fazer nada.
                        Falta muito para que o MST comece a praticar a ordem unida?
 
Fernando Zocca.
 
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publicado às 14:48


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