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O profeta João Batista foi decapitado, a mando de Herodes, porque o denunciava por relacionar-se ilegitimamente com a sua cunhada, a bela Herodíades.
Herodíades era casada com Filipe, irmão de Herodes, e tinha uma filha lindíssima, certamente desejada pelo tio.
Então Herodes pediu para a sobrinha que, numa festa concorridíssima, dançasse para ele; em troca lhe daria qualquer coisa que ela quisesse, inclusive até metade do seu reino.
Então a menina, diante da centena de convidados, dançou.
Em seguida a moça aproximou-se da mãe (Herodíades) e perguntou o que ela deveria pedir em troca, ao rei.
Herodíades, que também estava chateada com as acusações verdadeiras de João Batista, mandou que a menina pedisse ao tio a cabeça do profeta, já preso.
Realmente, Herodes mandou um guarda à prisão e este consumou o crime.
Relacionamentos entre cunhados não são infrequentes. Na história recente da política brasileira, houve o caso de um ex-presidente que se engraçou pros lados da lindíssima esposa do seu irmão.
Irritadíssimo com os avanços, o marido foi a público e denunciou os esquemas financeiros fraudulentos que, comprovados, resultaram no impeachment do mandatário presidencial.
A mãe do presidente deposto, em decorrência da repercussão dos fatos na sociedade brasileira, sofreu um AVC (acidente vascular cerebral), vindo a falecer um ano depois da instalação da doença.
O próprio irmão do deposto, marido da mulher cobiçada, também sofreu um ictus, falecendo em pouco tempo.
Não se enganaria quem dissesse que o causador de todos esses transtornos foi o ciúme.
Esse assunto, ciúme, vem sendo um dos temas centrais da novela Em Família do dramaturgo Manoel Carlos.
Então você pode perceber como Helena (Bruna Marquezine) transtorma a cabeça do Laerte (Guilherme Leican), provocando nele a ebulição do ciúme.
Laerte não se controla, e isso serve de reforço para Helena, que vê nos problemas criados pelo ciumento - brigas e ataques de fúria - uma fonte de prazer.
Assim como na vida real e na dramaturgia, esse tipo de interação, de ação e reação, pode acabar mal. Os dois lados envolvidos carecem de moderação: a manipuladora precisa conter-se, torturando menos o cara que a ama. E ele deve no mínimo, ao ser provocado, não dar tanta relevância às insinuações.
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