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Da mesma forma que aquele que não vê a remela no próprio olho apontando, com insistência, o formato do olho alheio, a oposição, descuidando dos delitos praticados por si, cacareja os supostos desvios do governo.
E se, é claro, a oposição inquieta, reivindicativa e querelante pratica (ou praticou) o que condena, será indubitavelmente, também condenada.
Faz parte do ônus da vitória ter de suportar o descontentamento dos vencidos. Mas vem cá… Criticar só por criticar, não tem outro sentido do que o de demonstrar certa inquietude patológica.
Imagina se tem cabimento culpar o defensor pela condenação do réu, sabida e comprovadamente, cometedor do crime?
A pena do delito criminal é circunscrita ao criminoso. Por exemplo: não pode ser isento do castigo aquele que, por ter alguém xingado sua mãe, dentro do ônibus, atropela propositalmente um cachorro, rouba a corrente de ouro de uma transeunte ou dispara contra o proprietário do trailer de lanches.
Imagine se “cola” justificar os crimes dizendo que fez isso tudo por estar ofendido, sua mãe foi xingada, ou blasfemaram.
Da mesma forma, ressalvadas as devidas proporções e os nexos, que culpa teria o administrador público, nos crimes praticados por alguém nomeado antes, por ele, com base nas informações de que era um ótimo funcionário?
Num destes dias o presidente dos Estados Unidos Barack Obama discursava, na Casa Branca, sobre a aceitação, pelos tribunais norte-americanos, dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo.
Durante a sua fala alguém começou a protestar insistentemente, quando então o presidente disse que ele – o que protestava – estava na casa dele – Obama – e que portanto deveria calar-se.
E é mais ou menos isso; é por aí. Enquanto o ocupante do cargo estiver legalmente exercendo a função, é ele quem manda. A casa é dele.
E não adiantam as tentativas de desalojamento com calúnias sob temas de pedofilia, inadimplência ou blasfêmia. Se querem a devolução da casa, o desalojamento dos seus ocupantes, é melhor procurar as vias legais, tipo impeachment, se houverem motivos, é claro.
Hoje o cidadão com 16 anos já tem noção do que seja certo ou errado, lícito ou ilícito, portanto deve responder criminalmente por seus atos. A ignorância – desde os tempos da Roma antiga – não exime ninguém das penas.
Cabe ao Judiciário, diante dos casos concretos, reais, analisar as provas, tanto as contrárias, quanto as favoráveis, existentes em relação aos acusados com 16 anos.
Milhões de pessoas devem, hoje no Brasil, muito dinheiro aos bancos.
E o crédito dessas instituições é, antes de tudo, formado por oferta fácil do dinheiro, a preços exorbitantes raramente vistos, em qualquer parte do mundo civilizado.
De fato, quem pode negar que a esperteza de tomar emprestados milhões de dólares nos bancos norte-americanos, cujas taxas não passam de três ou 4% ao ano, e depois repassá-los no Brasil, a 12 ou 13% ao mês, não seja um negócio da China?
Quem pratica esse tipo de empreendimento não poderia deixar de enriquecer. Pelo menos a legião dos devedores será tão maciça, compacta, significativa e suscetível de manobras, que estimulará muitos empresários a fazê-lo.
Engana-se quem disse que o banqueiro joga uma pedra para quem está se afogando e uma boia pra quem sabe nadar? Não haveria outra forma mais antiga, para o exercício do poder politico, do que o endividamento do cidadão.
O endividado sofre com o açoite diário do credor, muitas vezes, a serviço da política do muito mais forte, no passado representada pelos senhores de engenho escravagistas.
Pobre do desavisado que cai na conversa, no canto da sereia, do banqueiro ofertante do crédito. A aceitação desse tipo de dinheiro não deixa de ser semelhante à aquisição da corda para o próprio enforcamento.
O credor se verá tão limitado, por essas verdadeiras correntes morais, que muita vez sentirá vergonha por não poder adimplir as obrigações assumidas.
E esse tipo de acicate não é mesmo um instrumento poderosíssimo da elite dominante?
No mínimo, a pessoa que aceita o uso dos cartões de crédito, não deixará de se sentir um verdadeiro idiota. Primeiro porque não conseguiu pagar as contas mensais e segundo, por aceitar regras tão desvantajosas para si.
Esse tipo de negócio não deixa mesmo de ser daqueles grilhões semelhantes aos instrumentos usados, em outros tempos, para escravizar e subjugar as pessoas?
Dessa prisão moral faz parte a hora certa dos castigos. Se no período da escravidão havia o pelourinho, a chibata e todos aqueles instrumentos de tortura, hoje há a mídia bombardeadora que, a peso de ouro, coloca sua tecnologia a serviço dos credores.
O endividamento do usuário dos cartões de crédito os coloca na mesma situação dos corruptos, lesadores dos cofres públicos, e dos ladrões de herança.
Estes pecaram por levar e dever o que não lhes pertencia. Aqueles infringiram pela ingenuidade própria, ignorância, e o engodo maldoso do menos burro.
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