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Aprender para viver

por Fernando Zocca, em 18.09.15

 

O telejornal Hoje, da Rede Globo, exibiu nestes dias, reportagens sobre alguns resultados da alfabetização de crianças na fase do aprendizado das primeiras letras.
A constatação de que meninos e meninas, com 10 anos ou mais, regularmente matriculados e frequentadores das salas de aula, com sérias dificuldades para concluir as mais elementares operações matemáticas e de leitura, poderia causar estranheza, mas nem tanto.
A análise concluiu que do universo do grande número de crianças com limitações do aprendizado, faz parte o analfabetismo dos responsáveis.
Desta forma os adultos como pais, padrastos, avós e tios incumbidos da manutenção e educação dos pequeninos, sob sua reponsabilidade, não teriam como conduzir eficazmente a alfabetização deles, por indisporem das noções básicas sobre o assunto.
Assim, como poderia alguém falar de algo que desconhece para outrem com o intuito de, educando-o, inserí-lo nas relações sociais deste mundo moderno?
Crianças com 10 ou 11 anos, no mínimo, já deveriam saber ler fluentemente, contar moedas e notas de pequeno valor.
Essa deficiência, se não corrigida a tempo, gera adulto inábil para concorrer a qualquer vaga de emprego. Se adicionarmos a esse fator limitante o fato de que a automação das máquinas, irreversível entre os atos humanos, na indústria e no comércio, podemos concluir que o futuro da criança, que não aprende, será bastante tenebroso.
Uma colheitadeira de cana faz o trabalho de uma centena de homens. Caixas eletrônicos, que não exigem aumentos salariais, férias, e nem faltam ao trabalho, por dores de cabeça, ocupam os lugares de quem antes exercia o ofício de caixa de banco.
Da mesma forma, máquinas que vendem jornais, refrigerantes e cervejas, instaladas nas ruas, fazem o trabalho de muitos que antes poderiam dedicar-se às ocupações de camelô.
Quem há alguns anos passados vivia do emprego de cobrador, nos ônibus circulares, hoje vê as máquinas eletrônicas exercendo a função.
Oficiais de pintura, nas fábricas de automóveis, eram considerados de extrema importância para o resultado positivo dos produtos finais.
Hoje robôs enormes pintam os carros com a mesma eficiência. Eles trazem também, aos bolsos dos industriais, aquelas verbas todas que seriam utilizadas no pagamento dos salários e demais encargos trabalhistas.
Portanto para as crianças de hoje, que não teriam a compreensão da língua mãe, do português, falado em nosso país, de que valeriam os computadores, tablets e outras maravilhas da tecnologia, se não conseguem utilizá-los nem ao menos para o desfrute nos momentos de lazer?
Para os meninos e meninas que, projetando fugir da escola, com a certeza de no futuro sobreviverem como taxistas, a notícia destacada é a de que automóveis sem motorista já circulam no mundo todo.
Sem a educação fica dificílimo o relacionamento pessoal.

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publicado às 20:11

As Gazelas Assustadas

por Fernando Zocca, em 16.01.13

 

 

A ignorância, a má educação, a grosseria e a incivilidade são sempre os resultados de alguma coisa. E esta não poderia ser outra do que a politica vigente numa localidade.


Se os mesmos políticos, dedicados há décadas, a desenvolver planos, traçarem metas e a dirigir os destinos das pessoas, numa determinada região, estão atentos única e exclusivamente às questões relativas às obras que envolvem o cimento, o tijolo, a areia, e o concreto, com certeza neste local, não haverá bons modos e nem tantas gentilezas.


E onde impera a estupidez, o turista geralmente, não é bem recebido. Pode ter a certeza.


Veja então que se o tal gabinete se dedica a atender aos usuários dos transportes individuais, gastando o tempo, o dinheiro e a paciência do cidadão com asfalto, pontes, viadutos e prédios voluptuosos, não poderá satisfazer as demais necessidades da população, relacionadas aos transportes públicos, à segurança, à saúde, e nem mesmo à educação.


Desta forma a selvageria, a incivilidade e a estupidez, tornam-se notáveis características, que destacam grande parte da fauna da região.


Estudos psicológicos apontam que a incivilidade e a grosseria, além de serem manifestações do inculto, teriam por base a personalidade frágil, sensível e bastante medrosa.


E essas reações animalescas, bem selvagens mesmo, nada mais seriam do que os jeitos próprios de se defender, daqueles muito delicados, que se sentiriam ameaçados.


E não deixa de haver quem creia e diga que, debaixo da pele de todo machão amedrontador, existe sempre uma gazela assustada.


É impossível não relacionar a incivilidade com a deficiência intelectual, e esta, com as más formações genéticas, resultados dos cruzamentos consanguíneos.


É certo que se pode muito bem civilizar idiotas. Educá-los. Mas se os governos só gastam dinheiro com pontes, viadutos e concreto isso é praticamente impossível.


Piracicaba que o diga.

 

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publicado às 19:13

As Tais Almas Angustiadas

por Fernando Zocca, em 15.12.12

 



Só o amor constrói. Não é o sibilo da serpente ou a chibata do feitor; não são as pancadas do odiento, nem a agressão do vociferador.


Não é a teimosia do perseguidor, nem a luxúria ou as traições da concubina. Só o amor, o afeto pode construir.


O amor não agride, não maltrata, não procura sufocar ou destruir. A compreensão pode curar as doenças da alma, fazer ler o analfabeto, dissolver as maldades da superstição.


Os maus humores perenes, doentios, patológicos são amenizados pelos gestos de afeto, respeito e consideração. Há quem diga que até mesmo a idiotia, resultado dos incestos covardes e vergonhosos, diluir-se-ia com o amor.


Será?


O amor de mãe, incondicional, livraria da culpa o filho que, com a própria irmã, satisfaria a luxúria atormentadora da alma e da carne miseráveis.


Por que as revoltas danosas, das relações incestuosas, não haveriam de sanar-se ante a complacência e as bênçãos do divino perdoador?


Não restaria coragem, aos amantes consanguíneos, para num momento de sanidade salvadora, comunicarem as alegrias e os prazeres que o relacionamento secreto lhes proporcionou durante tanto tempo?


Seria o temor das condenações horripilantes da sociedade insensível, a verdadeira causa do ocultamento deste afeto tão importante e saciador?


Que possa o criador do mundo fazer vir a lume a tão bela história, que no passado não muito distante, fez repousar em berço esplêndido, as tais almas hoje angustiadas.


Seria muito condenável, pedir a paz também, aos perturbadores amantes incestuosos?

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publicado às 13:07

Despertadores Matam Sonhos

por Fernando Zocca, em 10.09.12

Em cidade pequena quase todos se conhecem, pelo menos de vista. Essa familiaridade implica em conhecimento dos hábitos relacionados a tudo.

 

Dessa forma não é exagero afirmar que as preferências alimentares, e as reações a determinados estímulos, não sejam do saber dos vizinhos.

 

Se você está em Roma deve agir como os romanos. Mas se você está num bairro cercado por idiotas, o não comportar-se como tal, pode distingui-lo, e isso gera, inclusive, bastante ciúme.

 

Então, as atitudes hostis prevalecerão no entorno do menos estúpido, com o objetivo de afastá-lo do lugar.

  

A concentração do lúmpen torna o quarteirão bastante sujo, com a qualidade do ar comprometida, depredações, pichações, furtos e agressões.

  

A incapacidade dos vereadores, prefeitos e demais autoridades em revitalizar certas áreas, faz com que a deterioração se alastre pelo bairro todo, tornando a qualidade de vida bem medíocre.

 

Na verdade não há interesse dos políticos, que vivem do superfaturamento das obras públicas, em melhorar o nível de vida das pessoas, nos bairro periféricos. Isso não lhes daria visibilidade e por consequência não lhes traria votos.

 

Para essas pessoas que enriquecem com o dinheiro destinado a pontes, viadutos e edifícios públicos, quanto menos instrução e informação o eleitor tiver, mais facilidade haveria para a permanência dos modos de vida oportunistas.

 

Então, numa sociedade que tem líderes obscurantistas, dizer que "despertadores matam sonhos", não teria outro significado que não fosse "a instrução pode acabar com a alegria dos corruptos", aliás, há décadas no poder.

 

Os antigos senhores de engenho, escravocratas, hoje nos mais altos postos governamentais de Piracicaba, podem até tolerar a presença de todos, desde que sejam concordes com tudo o que lhes é dito.

 

Entretanto a partir do momento que há discordância, o autoritarismo entra em ação objetivando o abafamento das opiniões contrárias.

 

Nesse contexto julgo que a cordialidade, a boa educação e o respeito entre as pessoas devem ser muito mais importantes do que qualquer obra pública.

 

É o que eu tenho dito. 

 

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publicado às 13:15

Os Idiotas Hostis

por Fernando Zocca, em 09.08.12


 

Quando você está cercado por idiotas hostis, se não tiver algum cuidado, pode se complicar e muito.


Sua integridade física e até mental está ameaçada se da personalidade, dos morfologicamente prejudicados, fizer parte o analfabetismo, associado ao uso das drogas lícitas e ilícitas.


E não adianta reclamar contra a opressão, pois a turba pode ter simpatizantes na igreja, na câmara de vereadores, na prefeitura e em muitos outros lugares da cidade.


O importante é manter a calma diante das provocações diuturnas. Os idiotas hostis utilizam as mais variadas maneiras pra tirar, a quem não simpatizam, do sério: furtam-lhe o lixo, jogando-o depois defronte a sua casa; espalham boatos e mentiras a seu respeito nos bares; provocam ruídos e contaminação do ar, durante os horários das refeições; buscam prejudicar-lhe o sono incitando cães a ladrar durante horas e horas seguidas, e por ai vai.


Uma das características dos portadores desse tipo de má formação genética é a conhecida fala automática em que o deficiente repete, incansavelmente, durante muito e muito tempo, estereotipias com as quais julga maltratar seus vizinhos.


A dinâmica de que se valem os boçais é semelhante à praticada nos jogos de futebol: provocam, de forma bastante velada, a um determinado jogador até que ele reaja com faltas.


No quarteirão onde os idiotas predominam há invariavelmente muita sujeira; os arbustos ornamentais são sempre danificados, as casas vazias, donde se mudaram os moradores, são muitas vezes invadidas, depredadas e até postas abaixo.

 

Não há quem ouse meter-se contra os idiotas hostis. As autoridades religiosas e civis, não se sabe se por impotência ou ignorância, buscam mais "passar a mão na cabeça" dos transgressores do que ensiná-los a se comportar civilizadamente.


Nos Estados Unidos algumas reações a esses tipos de provocações geralmente não terminam muito bem.

 

 

 

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publicado às 13:12

Os Tempos Modernos na Educação

por Fernando Zocca, em 17.05.10

 

                             Desculpa de analfabeto é a visão deficiente. Já lhes contei que durante o curso primário eu era um dos que mais apanhava na sala de aulas.

                   Naquele tempo eu não sabia porque a professora descarregava  em mim as frustrações daquela sua ânsia  de alfabetizar a molecada.  

                   Eu me lembro que ao copiar errado uma frase escrita na lousa, recebi um croque tão forte no cocuruto que as lágrimas brotaram inesperadas dos meus olhos.

                   Depois do coque a professora disse em alto e bom som para que todos da classe ouvissem:

                   - Seu burro, vê se aprende pelo menos a escrever o seu nome!

                   Quando nós não recebíamos pancadas dadas com as mãos, suportávamos o espancamento feito com uma vara de bambu, daquelas que o vizinho usava pra pescar mandis e cascudos no rio Piracicaba.

                   Mas mesmo assim, apanhando muito, aprendemos a ler e a escrever. Por isso, salvo motivo de força maior, não tomamos os ônibus que conduzem aos lugares que não desejamos ir.

                   O analfabeto, além de botar a culpa na vista ruim,  justifica sua deficiência com a alegação de que tinha de trabalhar quando criança e por isso, não pôde estudar.

                   O ignorante pensa de forma diferente do instruído. Suas conclusões são diversas uma vez que fundadas em preceitos equivocados.

                   As pessoas que não têm leitura ou não conseguem escrever, não podem ter juízos críticos. Elas precisam seguir alguns balizadores para tomar as decisões.   E por isso mesmo tornam-se a alegria dos políticos enganadores que as manipulam ao bel prazer.

                   Sem os analfabetos o panorama político em muitas cidades mudaria radicalmente. Ou melhor,  com a maioria da população alfabetizada a permanência de alguns políticos, por uma vintena de anos no cargo eletivo não seria assim tão fácil.

                   É por isso que a muitos interessa a desorganização do ensino público no Brasil. A fórmula é fácil: quanto mais gente sem saber das coisas, melhor para os espertos que permanecem por muito mais tempo usufruindo as alegrias das maracutaias.

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publicado às 14:39


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