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Um Prato Cheio para a Psiquiatria

por Fernando Zocca, em 17.04.12

 

 

       A loucura, a doença mental grassa por esse Brasil afora. Tem gente doente crente, em balelas de seitas, que chegou a rechear empadas e coxinhas com carne humana, vendendo o produto às pessoas da cidade.

       Aconteceu em Garanhuns (PE), no começo desta semana. A polícia prendeu um trio que matou pelo menos oito mulheres, segundo o delegado Wesley Fernandes, usando a carne das vítimas para confeccionar coxinhas e empadas.

       Os assassinos, que praticavam rituais, utilizavam os tecidos do tórax e das nádegas das vítimas na receita dos acepipes.

       Para atrair as vítimas, os matadores valiam-se de promessas de emprego e davam preferência para as candidatas que afirmavam ser pessoas ruins, más.

       A polícia informou também que o trio ocupou uma casa no bairro Rio Doce em Olinda, onde haverá busca de possíveis restos de cadáveres.

       Há informações de que depois do assassinato, uma das componentes da quadrilha assumiu a identidade da vítima, comportando-se como se fosse ela, inclusive cuidando da sua filha, de cinco anos.

       Cinco delegados estão envolvidos na apuração do caso: Paulo Berenguer, da delegacia de Olinda; Joselito Kherle, gestor do DHPP; Wesley Fernandes, titular do inquérito; Marcos Omena, delegado da seccional de Garanhuns, e mais um delegado do serviço de inteligência da Polícia Civil.

         

       Os suspeitos dos crimes formam um triângulo amoroso composto por um homem e duas mulheres. Elas estão detidas na Colônia Penal Feminina de Buíque (agreste pernambucano) e o homem no presídio de Recife. 

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publicado às 15:02

Salve Usinadeletras!!!

por Fernando Zocca, em 03.04.12


 

Publicamos ontem (03/04), em nossa rede de blogs (hum, que chique!) a matéria que noticiava o aniversário do nosso querido monitornews.blog.terra que completou seis anos de existência no dia 01 de abril.

Entretanto para que o nosso querido leitor sinta-se mais bem informado, sobre essa nossa atividade na internet, devemos dizer que não foi no monitornews.blog.terra que a história começou.

Foi no site www.usinadeletras.com.br do nosso querido Waldomiro Guimarães lá de Brasília. Por volta do ano 2000 um dos nossos primeiros textos foi ali inserido, abrindo um horizonte imenso de liberdade e auto-realização.

Ao longo do tempo publicamos 669 artigos, três cartas, 215 contos, 141 crônicas, um ensaio, 19 textos eróticos, 10 frases, 11 textos de humor, um texto com temática infantil, três textos de poesia, um de redação e 39 com temática religiosa.

Ao todo, segundo os numerais do site, foram 1.119 trabalhos publicados no usinadeletras. A última matéria foi dada a lume no dia 14 de outubro de 2009 às 12h51min; falava sobre a atriz Maitê Proença e sua “saia justa” ao gravar um vídeo “tirando o maior sarro” das coisas e costumes portugueses.

No vídeo, postado na internet e depois retirado do ar, a atriz global terminava sua “obra” com uma cuspida de desprezo numa fonte portuguesa. Para quem conhece a história da moça, cujos pais faleceram de forma bastante trágica, esse comportamento hostil pode parecer escusável.

Com a possibilidade de criação de blogs consideramos ser mais fácil essa iniciativa, sem no entanto, deixar expressa publicamente a nossa gratidão, imorredoura admiração e respeito por Waldomiro Guimarães e seu site www.usinadeletras.com.br.  

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publicado às 13:31

Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe

por Fernando Zocca, em 24.02.10

 

Por Fernando Zocca
                    
                      Por quais caminhos você andava em maio de 1997? Parece que foi ontem mesmo, não é? E tudo pode estar assim tão vivo, na memória, que a recordação assemelhar-se-ia a um vídeo possível de ser revisto a qualquer ocasião.
                   Em maio de 1997 ocorreram momentos de muita covardia, traição, engodos, disseminação de boatos destruidores, mentiras forjadas que objetivavam segregar, hospitalizar e destruir pessoas em nome do dinheiro e da posição social.
                   Com muita cerveja, os matadores se reuniam ao redor da piscina, onde se tramava o destino dos pobres. A destruição era a meta.  Havia a adesão de seitas, cujos fins eram os de exterminar, de envergonhar, de humilhar, em nome de não se sabe o que.
                   Políticos se envolveram prometendo o cumprimento da sentença de morte, em troca de mais uma temporada, com direito aos salários no final do mês.
                   Que vergonha! E dizem depois que essas associações têm escopo humanitário, fazem filantropia e promovem o crescimento dos seus adeptos.
                   Mas ninguém garante que não façam esses encantos todos sobre os cadáveres dos divergentes. Que falta de juízo! Quanta grosseria, ignorância, quanta impiedade!
                   Isso tudo leva a concluir que é verdadeira a assertiva de que a riqueza, de algumas pessoas, é feita com a destruição de outras, mais ingênuas. E que até o cobalto usariam no assassínio.
                   Os inocentes, crentes nas noções das tais seitas, são os primeiros, a serem danados, destruídos. A lengalenga os prepara para o desapossamento dos bens, da saúde, das amizades e da própria vida.
                   Mas há um tempo para tudo. Não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe. Como diria o nosso amigo Van Grogue: “A gente esperamos receber a bufunfa que nos pertence”. Até o químico bêbado, mais surdo, compreende isso.  

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publicado às 15:12

Homem mata a mulher e depois se suicida

por Fernando Zocca, em 15.10.09

 

Um homem matou a mulher a tiros e depois se suicidou por volta das 19h30 na Avenida Rebouças, na cidade de São Paulo, informou a Polícia Militar (PM). Ainda de acordo com os primeiros dados da PM, os dois morreram na hora e não chegaram a ser socorridos.
 
A polícia ainda não tem detalhes do suposto homicídio. O 15° Distrito Policial (Itaim Bibi) atende a região do fato e o caso deve ser encaminhado para registro nesta delegacia.
 2508081009
 

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publicado às 15:38

Cefaléia

por Fernando Zocca, em 25.08.09

 

A tensão muscular da região posterior do meu pescoço mais o nervosismo me levaram a pensar que deveria fazer, naquela noite, um programa legal, bem feito e memorável. Por isso passei no posto e mandei lavar o carro. Que o fizessem com o maior esmero e capricho.
 
Passei em casa e lá dormitava minha mãe. Meu pai, se vocês não sabem, digo-lhes rapidamente, que fugiu com a empregada gostosona, logo depois que nasci. Mas, tomei uma chuveirada rápida e nem ao menos jantei.
Mandei para o sovaco o desodorante que no dia anterior comprara no boteco esquinal.
 
Saí à caça. Permaneci na esquina da avenida movimentada durante o tempo suficiente para que a visse. Ela ainda era imberbe. Moçoila mesmo. Era uma adolescente. Não tinha traços de patricinha, mas também não era operária.Como poderia classificar seu tipo? Não lhes poderia responder. Não agora. Mas percebi quando ela apareceu e estacionou o seu ciclomotor defronte a casa de frutas.
 
Eu a acompanhei com os olhos. Estava decidido. Seria ela mesma. Desci do meu carro e entrei no ambiente cheiroso.
 
Ela escolhia maçãs quando a abordei. Iniciamos um diálogo e um halo de simpatia nos envolveu. Havia sorriso no seu rosto e alegria no seu falar.
 
Trocamos informações básicas de forma quase que imperceptível.
 
Minha sorte foi tamanha que a convenci a deixar sua Monareta estacionada ali defronte o comércio e seguir-me no meu bólido pelas avenidas tortuosas daquela urbe sem graça.
 
Depois das vinte e duas horas, ela mostrou-se impaciente. Pediu-me para que a levasse de volta eis que seus pais a aguardavam.
 
Mas eu ainda não fizera nada que me aliviasse daquela tensão responsável por minha cefaléia. Cria que se não tivesse no mínimo dois orgasmos naquela noite não me sentiria bem. Por isso, contra sua vontade entrei bruscamente no motel que ficava afastado.
 
Sob seu protesto empurrei-a para o quarto e sapecando-lhe uns beijos joguei-a sobre a cama. Ao cair deitada gritou pedindo socorro. Pulei por cima de seu corpo e ao tentar tirar sua roupa rasgaram-se.
 
Estava excitadíssimo e com sofreguidão tentei penetrá-la. Não deu. Não sei por que motivo, mas de um instante a outro, me vi brocha. O seu rubor e seu ódio ante meu comportamento logo se transformaram em hilária gargalhada.
 
Quando ela percebeu que me constrangia com seu riso defensivo, mais e mais ria. O sangue me subiu à cabeça. Fiquei cego e dei-lhe a primeira porrada. Ela caiu ao solo carpetado e ficou quieta arfando. Chutei-lhe as costas.Bati sua  cabeça no chão e ela perdeu os sentidos. A libido se avolumou no meu sangue e pude penetrá-la no ânus. Houve um rompimento e jorrou sangue. Depois de meia hora tentei outra penetração vaginal. Novamente falhei.
 
 
Bati mais na sua cabeça até o momento em que notei a sua respiração: estava parada. Tentei escutar o seu coração, mas um nervosismo forte tomou conta de meu ser. Não conseguia controlar meus movimentos. Meu raciocínio não era do jeito que sempre tinha sido.
 
Carreguei seu corpo mole, frio e pálido colocando-o no porta-malas do carro velho.
 
 
Saí procurando disfarçar meu nervosismo. Passei pela portaria sem que ninguém desconfiasse.
 
Olhei o relógio e estávamos já no dia posterior ao da abordagem. Era madrugada.
 
Numa rua deserta, mais precisamente na sarjeta deixei seu corpo seminu e estuprado.
 
Aguardo a justiça divina, pois que a dos homens não me atingiu. Aleguei na delegacia e para o juiz que ela era viciada e que estávamos numa sessão de consumo conspícuo e plenamente consciente das drogas que havíamos adredemente adquirido.
 
Teria Deus comiseração de minh' alma?
 
F.A.S.C.
 
 
 
 
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publicado às 14:44

Psicose

por Fernando Zocca, em 13.08.09

Fernando Zocca

 

 

 

 

 
 
 
 
Quando cheguei a minha casa naquele dia, estava realmente cansado. Não tinha sido nada fácil lá na empresa. Mas tirei o paletó jogando-o no sofá. Desapertei a gravata. Escutei um ruído que vinha do meu quarto. Fazia nove meses que havia me separado e não poderia ser minha mulher que estivesse ali. Tenso caminhei pé ante pé até a porta que ficou entreaberta. Não acreditei no que vi. Ela estava deitada de calcinha, na minha cama. Massageava a púbis e com as pernas fechadas fazia movimentos de quem tinha orgasmos.
 
Não provoquei nenhum barulho. Esperei com o coração aos pulos que ela terminasse. Ela logo depois virou-se para o seu lado direito e pareceu dormir, ajeitando os cabelos.
 
Mas quem seria? Estava ficando louco? Estaria eu na minha casa? Busquei reconhecer os objetos a mim familiares. Sim, ali era tudo meu conhecido. Mas quem era aquela mulher seminua na minha cama?
 
Completamente aturdido pensei em algo para fazer. Ficaria bem quieto e a observaria sem que me notasse. Os minutos passavam agoniadamente. Sentia certa atração por ela, mas o medo também estava presente. Depois que ela acordou levantou-se e vestiu sua minissaia. Penteou os cabelos calçou os sapatinhos delicados. Ajeitou novamente os cabelos e saiu do quarto. Tomou uma chave que tinha em sua bolsa e abrindo a porta da rua com naturalidade, caminhou como se tivesse saindo de sua própria casa.
 
Meu queixo caído e meus olhos vidrados não se moviam. Babei. Minha respiração ofegante foi se acalmando. Meus batimentos cardíacos voltaram ao normal.
 
Entrei no quarto e pude sentir o cheiro do seu perfume. Havia um aroma gostoso de xampu caro. Não conseguia ordenar os pensamentos. Fui até a cozinha e tomei um copo d'água gelado. Peguei o telefone e disquei o primeiro número que me apareceu na memória. Era de Suzana, minha gerente geral. Ela não demonstrou surpresa. Perguntou se eu havia bebido. Pediu para que eu descansasse mais. Disse para que não me preocupasse muito com as contas a pagar. Desliguei embasbacado.
 
Tomei um banho rápido. Quando saía o telefone tocou. Uma voz sensual de mulher sussurrava palavras que me produziram um arrepio na espinha. Perguntei quem era. Não me respondeu. Eu ficava aterrorizado a cada momento. Abri a porta do quintal e lá no fundo minha cachorra jazia morta. Seus dentes estavam expostos na boca entreaberta. Uma descarga motora me arrebatou.
 
Caí desfalecido. Quando acordei a enfermeira me olhava sorridente. Disse que tivera uma síncope nervosa. Perguntei por minha cachorrinha e ela me acalmou dizendo que estava tudo bem. Falei-lhe do que havia ocorrido e ela disse que estava estressado. Que tudo não passava de ilusão. Seria alucinação provocada pela tensão nervosa dos momentos difíceis nos negócios.
 
Eu me consolei. Estava sozinho no quarto. Quando olhei para a porta, ela a bonitona da minha cama lançou-me um sorriso ajeitando os cabelos. Deu-me adeusinho e virou-se caminhando com aquela minissaia reveladora.
 
Chamei a enfermeira. Gritei desesperado. Estava enlouquecendo? A moça surgiu afoita. Quando me viu assim agoniado buscou logo ali na enfermaria uma injeção que me aplicou no braço. Naquele momento um pensamento estranho me passou pela cabeça: gostaria que colocassem o meu nome num prédio de entidade pública enquanto ainda vivesse. Era uma loucura. Mas eu estava mesmo louco.
 
Meu problema era compreender o que estava se passando. Teria tudo isso a ver com o pessoal da caixa d'água?
 
Estariam tais fatos relacionados com A Seita Maligna do Dr. Val?
 
Quem é que sabe? Disfarcei então toda aquela minha ignorância e procurei mostrar-me como que se nada de anormal estivesse acontecendo. Como poderia classificar aquele surto psicótico? Qual seria sua etiologia? Teria algum nexo causal com Gertrudes ou com sua magia negra? Eu comecei a crer que não teria tantas respostas assim. Não naquele dia e enquanto o relógio não deixasse de indicar 16h19min, o momento fatídico em que aquela mulher pedante e de canelinha fina, com seu carrão potente, trafegando pela contramão, se esborrachou toda na Rodovia do Açúcar defronte um caminhão de areia.
 
Nos escombros o pessoal do resgate encontrou o velocímetro que congelado no momento do impacto indicava: 174 km por hora.
 
Fatal.
 
 
Vende-se o apartamento 93 do 9º andar  no Edifício Araguaia. Contém sala em L, três quartos (uma suíte), quarto para empregada, lavanderia ampla e cozinha.  Tratar pelo fone 19 3371 5937.
 
 

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publicado às 19:01


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