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É certo que o empoderamento das pessoas mais humildes seja necessário para o progresso de um bairro, de uma cidade, do estado e do país.
Entretanto é preciso saber se o tal empoderado se comportará de forma construtiva com os benefícios que lhe foram acrescentados.
Por exemplo: a comunidade pode tirar da rua uma catadora de lixo, favorecendo-lhe o estabelecer-se como prestadora de serviços.
Então, para quem puxava carroça, a nova atividade de manicure e pedicure significa substancial mudança, tanto funcional, quanto financeira na vida da empoderada.
Contudo faz-se necessário observar se nesse seu novo emprego ela age corretamente, conforme os usos, costumes e as regras norteadoras da profissão.
Como as pessoas são conhecidas pelo que fazem e falam, logo todos da comunidade saberão se a promovida tem ou não suficiente treinamento para continuar a fazer o que faz.
Se a manicure - por exemplo - atropela a regra de esterilizar o equipamento usado no ofício, provocando com isso, danos físicos àqueles do seu entorno, então o puxar carroça pelas ruas da cidade pode ser menos doloroso e muito mais útil.
A pessoa precisa, no mínimo, ter a noção do que o que faz é certo ou errado. Se a tal, além de infeccionar os dedos das clientes, achar que a culpa é delas mesmo - das tomadoras dos serviços - então, meu amigo, é preciso seríssima revisão no script da personalidade da figura.
A comunidade empodera alguém para receber de volta algo mais positivo. De que vale empregar tanto tempo e dinheiro num projeto que se mostra inócuo para a sociedade?
Você elege um vereador, mas durante a gestão inteira dele, percebe que o camarada não disse uma única palavra nas sessões; o sujeito não fez discurso nenhum, não participou dos debates, não requereu apartes, não manifestou-se nas questões polêmicas e muito menos esteve presente quando necessário.
De que vale esse mandato? O que ganhou a cidade com as ações do eleito?
Ou seja, a sociedade é mais útil para ele, do que ele, para a sociedade.
Considero o sistema educacional mais eficiente aquele em que, quando um aluno não se dava bem nas provas, deveria refazer o estudo das matérias que não aprendeu.
A reprovação nos exames indicava que o discente não estava apto a seguir adiante. Para exercer qualquer profissão é preciso saber pra que serve isso ou aquilo, distinguir uma coisa de outra, entre ronco e sororoca, por exemplo.
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