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Gabrielzinho, o celerado, desejava tanto que Van de Oliveira Grogue se mudasse da Vila Dependência, que não se importava de passar noites e noites sem dormir praguejando contra ele.
Esse comportamento chamou a atenção da comunidade, tornando assunto bastante comentado entre as pessoas. Até nas rádios e jornais virou tema dos debates.
Numa entrevista ao Diário de Tupinambicas das Linhas, publicada no domingo, 16 de abril, o médico psiquiatra doutor Sily Kone, falara sobre esse tipo de patologia, asseverando que a inveja é um sentimento capaz de destruir o invejado.
“O sujeito que é dominado pela inveja não consegue fazer nem ter o que o invejado faz ou possui; portanto, além de desejar ter o que é dele, quer também ocupar o seu lugar, fazendo o que ele faz”. – ensinou o mestre.
“Na verdade o invejoso acha que não consegue nem fazer ou ser, semelhante a quem inveja. E por isso não medirá esforços para destruir aquela pessoa”. - dizia o conceituado doutor.
“Dentre esses esforços está o fazer muito barulho no horário das refeições, durante a noite, e nos momentos íntimos, quando a vítima usa o banheiro”. - prosseguia o expert.
Naquela manhã, de domingo, logo depois da entrevista ao vivo à rádio tupinambiquence, o especialista dissera em particular ao repórter:
- Veja situação do Jarbas, o nosso prefeito: durante o lançamento da candidatura dele à reeleição, ele ficou sozinho. Ninguém nem mesmo se apresentou para ser seu vice. Ele se estava só. Você percebeu o tamanho da reação ocorrida, provocada pelas ações invejosas dele? Tá vendo só no que deu toda aquela perseguição aos opositores? – perguntava o médico.
- Mas doutor, o partido dele é muito forte. Na verdade é um trem. Ninguém segura. – respondeu o jornalista com o gravador desligado.
- Pode até ser um trem, mas sem combustível. E como é que se faz num caso desses? O que a cidade precisa é de gente capaz de compreender que respeitar o próximo pode ser até muito mais importante do que dez ou vinte pontes.
Enquanto os homens falavam, defronte o prédio da rádio, uma viatura da polícia passou em alta velocidade com as sirenes ligadas.
Mais tarde soube-se que na casa de Gabrielzinho houvera outra ocorrência. Desta vez o cruel tentara esganar o enteado.
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Gabrielzinho “boca de porco” (ô sujeito nojento!), aproximou-se da empregada doméstica bem devagarzinho e valendo-se da concentração dela, que lavava a louça do almoço, detonou:
- Barriguda do pé rachado!
A pobrezinha que pensava nas palavras ouvidas no sermão da missa matinal daquele dia, quase teve um chilique.
- Miserável! Vagabundo, ao invés de arrumar um serviço pra ajudar nas despesas, fica aprontando safadeza. Que papelão é esse? – reagiu Maria Helena que, com o susto, deixara cair a panela de pressão dentro da pia, provocando um ruído intenso.
- Se eu for trabalhar fora quem é que vai cuidar dessas crianças? – perguntou o “boca de porco” enquanto ocupava o lugar da mulher, para ter o acesso livre à torneira.
- Essas meninas passam muito bem sem a sua presença. Aliás, tudo vai melhor quando você dorme. Já percebeu? - garantiu Maria Helena com sofreguidão. Ela quase perdeu a dentadura durante a fala enérgica.
- E eu, vou trabalhar de quê? Onde? – Gabrielzinho acabara de lavar um copo e enchia-o com água do pote.
- No salão de beleza do Delsinho, ora. Ele me disse que lá precisam de alguém pra lavar os cabelos das clientes.
- Cabeleireiro? Eu? Eu sou é macho, minha filha. Não vem não! – Gabrielzinho ficara nervoso e depois de beber um gole d´água, percebia-se que seu rosto intumescera.
- Gabrielzinho, pelo amor de Deus! Você não percebe que tenho ainda que lavar a frente da casa, varrer toda aquela calçada e outras 201 coisas pra fazer? Para de me zoar. Por que você não leva a cachorra pra passear? Faça alguma coisa útil. Ô criatura danosa!
- A última vez que levei essa cadela peluda pra passear ela fez cocô, defronte o portão da vizinha da esquina, e o velhote veio me chamar a atenção. Não saio mais com a pulguenta.
- Que futuro você terá criatura? Fica enrustido nesse quintal feito um “cabeça fraca”, um débil mental. Você não se toca, malandro? Olha, já está demais essa loucura, essa irresponsabilidade. Como é que vai terminar isso?
- Eu não sei como vai terminar. Mas sei muito bem que trabalhar eu não vou. Se for, pode ter a mais absoluta certeza: eu não me chamo Gabrielzinho, o legítimo “boca de porco”.
Dizendo essas palavras o babá rebelde saiu em direção à calçada; então, com toda a calma do mundo, sentou-se no toco, de onde passou a admirar o movimento.
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