Para que haja progresso material e espiritual, uma pessoa precisa estar bem preparada para isso. Além do conhecimento básico, que se obtém nas escolas, é preciso um algo mais, adicionado ao interesse em aprender.
Mas não é somente isso que promove um cidadão. É necessário um pouco de sorte, que definiríamos como a combinação de fatores e acontecimentos influentes de forma positiva.
E o local onde vive o cidadão é decisivo nessa questão de influir de forma não negativa.
Não é à toa que alguns políticos vivem sugerindo à muita gente, que se mude para outro lugar. É que as vibrações e fluídos existentes ali, podem ser tão malignos que feneceriam qualquer empreendimento.
Se, por exemplo, uma fábrica não vai bem num determinado local da cidade, quem sabe se mudando as suas instalações, para uma localidade distante, ela não progride mais eficientemente?
E essa questão de sorte implica também em desconhecer o futuro da empresa nesse novo lugar. Já imaginou a trabalheira em ter de mudar as estruturas imensas para uma localidade que também não garante o sucesso do empreendimento?
Como incentivo você pode receber gratuitamente uma área imensa de terra, ter a isenção de impostos por um século ou mais, obter a garantia de trabalho, para alguns conterrâneos qualificados, mas não terá, com certeza, mais sorte que precisa.
Sucesso é vida, movimento, ação. A degeneração, o apodrecimento, ocorre quando se para, se estanca.
O lugar onde tudo para não é, com certeza, um bom lugar para quem deseja enriquecer, destacando-se dentre os mais bem sucedidos da indústria mundial.
Mudando de assunto: você viu o galo que, ao cantar, diz: “Vai Corinthians!”?
Observa-se aqui em Piracicaba, nestes tempos, a junção entre espíritas e crentes ao redor do senhor prefeito Barjas Negri. Estamos em tempo de eleições e como a composição da câmara municipal quase sempre foi feita com base nessas crenças, adensa-se a ligadura.
Em termos de estado isso também ocorre; os ataques ao papa Bento XVI e aos seus sacerdotes pode muito bem ter a origem nessa vã tentativa de defender-se acusando. De fato o prefeito Barjas Negri (PSDB) foi mencionado nos Inquéritos da Polícia Federal que investigam a sua participação no esquema de corrupção denominado sanguessugas.
Luis Antônio Vedoin e Darcy Vedoin proprietários da empreiteira Planan garantiram que Barjas Negri (PSDB) embolsava lucros ao participar das falcatruas que superfaturavam ambulâncias. Foram mais de 600 prefeituras as servidas com esses veículos cujos preços estavam aumentados.
Há vereadores que, com base num eleitorado formado por evangélicos, permanece no cargo por mais de 20 anos. Como as feridas provocadas na administração pública federal foram expostas pra quem quisesse ver, nada mais recíproco do que atacar os sacerdotes da igreja católica.
Os políticos de Piracicaba sabem que não são corretos, que não são honestos. Procuram agora trazer pra si as atenções da sociedade brasileira, com uma fábrica de automóveis que a ninguém da cidade aproveita.
Enquanto isso favorecem a proliferação de empreendedores mal preparados que, desconhecendo as técnicas de manuseio dos equipamentos, prejudicam a vizinhos. É inegável que Piracicaba seja uma cidade onde os restolhos dos antigos coronéis desejem perpetuar-se no poder.
Eles não sabem fazer outra coisa. Nunca souberam. As licitações, por diversas vezes declaradas viciosas pelos tribunais, são a galinha dos ovos de ouro desse pessoal. O desvio de riquezas e as tentativas de ocultação passam pela estratégia de constranger os sacerdotes católicos.
Veja você o seguinte: O PSDB deseja trazer para a cidade a Hyundai Motor Brasil fabricante de automóveis. A empresa receberá gratuitamente a área de terras onde se estabelecerá e ainda a isenção de impostos por uma centena de anos.
Como para trabalhar nessas empresas é preciso ter conhecimento técnico especializado, deduz-se que os habitantes atuais da cidade não ocuparão seus postos de trabalho. Aqui não existe ninguém com treinamento para laborar nesse tipo de empreendimento.
Aliás, diga-se de passagem, que hoje em dia a automação das linhas de produção dispensa os trabalhos musculares. Então a quem interessa esse show promovido pelos políticos?
Interessa aos senhores ocupantes dos cargos eletivos que desejam perpetuar-se no bem-bom. Na atual conjuntura não seria exagero afirmar ser possível o casamento entre a Rede Globo e a Record. Pelo menos até a posse do senhor José Serra.
Esse pessoal do PSDB em Piracicaba gosta mesmo é de criar caso. Se já não bastasse o escândalo das sanguessugas em que os Vedoin, proprietários da empreiteira Planan entregaram o prefeito Barjas Negri a Polícia Federal, como um dos participantes do esquema de superfaturamento das ambulâncias, agora nos aparece com a aventura de instalar aqui, uma fábrica de automóveis.
A multinacional receberia, gratuitamente, toda a área do terreno onde construiria sua sede caipira. Além disso, teria por gerações e gerações, a isenção dos impostos municipais e até estaduais. Sem levar em conta o fato de que o transporte dos carros feitos aqui, até os portos ou aeroportos, os tornaria mais caros, diga-se que os empregos não seriam ocupados por cidadãos piracicabanos.
Para trabalhar numa fábrica de automóveis, o operário precisaria ter conhecimentos especializados. A cidade não dispõe de ninguém detentor de tanta experiência no ramo, que impeça a tal indústria de trazer de fora, os trabalhadores necessários.
Então a pergunta é: Que vantagem teria a cidade de Piracicaba com a instalação da fábrica de automóveis?
Ora, se a prefeitura não receber os impostos, não embolsar os valores correspondentes à venda das áreas de terras e, se as pessoas nascidas na cidade, não puderem trabalhar na indústria, pra que mais serviria a tal presença aqui?
Acreditamos que os alugueis pagos pelos funcionários, vindos do exterior aos proprietários das casas, seria muito pouco em troca do que a cidade daria.
Bom, como estamos em tempo de eleições presidenciais, cremos que esse assunto, assim como aquele dos trens, que teriam seus ramais reativados, o da construção de presídio e outras balelas, não passaria mesmo de oferta publicitária, semelhante as que fazem os magazines, quando desejam liquidar seus produtos.
Ao vermos pela TV e internet a desestruturação do ensino e das escolas públicas, quando assistimos a agonia da mãe que se obriga a acorrentar o filho, escravo das drogas, numa cadeira de rodas, concluímos que haveria muita omissão das autoridades, nesse setor.
Não saberíamos dizer como viadutos, pontes, asfaltamentos de ruas já calçadas, e outras obras materiais, seriam tão ou mais importantes do que a atenção que os chefes da cidade deveriam prestar aos seus cidadãos.
É preciso ainda que se diga sobre a enorme preocupação que tem causado a degradação do meio ambiente. Sabe-se hoje em dia que a retirada do mazute do subsolo queimando-o na superfície terrestre tem contribuído para o aquecimento da terra. Esse fenômeno causaria o derretimento das calotas polares aumentando o volume de água dos mares. Com mais matéria em estado liquido, haveria também o aumento da freqüência e intensidade das chuvas.
O caso. Fábrica de automóveis em Piracicaba. A atenção dos cientistas volta-se agora para o desenvolvimento e construção de motores elétricos.
Os políticos de Piracicaba conduzem a cidade numa direção contrária a do resto do mundo desenvolvido. Nas regiões mais evoluídas o meio ambiente é a prioridade, pois se sabe que com a degradação do local onde se vive, degrada-se também a população ali existente.
Um veículo usuário de combustível, feito com a matéria orgânica, retirada do subsolo e transformada em gases na superfície, produz o equivalente a cinco toneladas de material tóxico por ano.
Enganam-se aqueles que acham que não seja nociva, para a saúde, a absorção desse lixo gasoso pelos organismos biológicos. Isso sem falar no espaço ocupado por um carro, geralmente contendo uma só pessoa.
Os gênios da política caipira desejam trazer para a província uma fábrica de automóveis. A justificativa principal é a de que o empreendimento trará aproximadamente 5.000 mil novos empregos.
Sim. Mas para quem? Para trabalhar numa fábrica dessas é necessário ter experiência, conhecer o manuseio das máquinas utilizadas na produção dos componentes dos veículos. E ao que nos consta, trabalhadores hábeis nas oficinas mecânicas, especializadas na fabricação e manutenção de usinas e peças de usinas de açúcar e álcool, não seriam os mais indicados.
Na engenharia também o processo é o mesmo. Os projetistas e desenhistas experts na criação de maquinário utilizados pelos usineiros nas suas propriedades, não teriam o mesmo preparo que os profissionais das fábricas de automóveis.
Isso ocorre também com o pessoal da burocracia. Os trabalhadores de colarinho branco, encarregados dos trâmites relativos aos escritórios, das usinas de açúcar, teriam uma rotina completamente diferente, na indústria automobilística. As experiências são diversas.
Portando para a fábrica, que pretende se instalar em Piracicaba, mesmo recebendo gratuitamente as áreas de terras e a isenção de impostos por muitas gerações, seria mais lucrativo trazer, de fora, os trabalhadores de que necessita.
Então, que vantagem levaria a nossa querida província com instalação desse empreendimento, se ele não proporciona direito a impostos, não emprega as pessoas nascidas no local e não contribui para a melhoria do meio ambiente?
É suficiente para o ego do cidadão piracicabano dizer: “Esse carro foi feito em Piracicaba”?
Além do prestígio para os políticos, que atualmente ocupam os cargos eletivos, aliás, há um bom tempo, em nada mais serviria esse projeto pobre. Na verdade isso se compararia a um espetáculo de palco, a um show pirotécnico, onde os “Maquiavéis” do PSDB exercitariam suas capacidades prestidigitadoras.
Aos homens públicos interessa a manutenção dos cargos por causa dos lucros. Em tempo de eleição não se pode duvidar da existência de prefeitos que inaugurariam até pontes de safena, se isso lhes rendesse votos.
A proteção do meio ambiente conduz a indústria automobilística a desenvolver projetos que utilizam energia limpa.
Diziam em Tupinambicas das Linhas que Jarbas, o caquético testudo, provando ser seu governo o melhor que a cidade jamais tivera, construiria uma fábrica de automóveis.
Os comentários eram oportunos. As eleições se aproximavam e, da mesma forma que durante esses períodos o pessoal do partido retomava as balelas sobre a ferrovia, sua reativação e expansão, desta vez, falavam também sobre os automóveis tupinambiquences.
O Diário de Tupinambicas das Linhas vinha todo dia recheado com as notícias sobre o prefeito. Nas colunas sociais, na página de opinião, de negócios e todas as demais, as matérias sobravam com elogios e afagos.
Jarbas achava que fazia o que podia pela cidade. E segundo seus assessores, “quem faz o que pode, a mais não é obrigado”; no entanto era deficiente o atendimento à população carente, da periferia, nos postos de saúde; o ensino nas escolas públicas nunca estivera tão ruim.
O Tribunal de Contas do Estado de São Tupinambos reprovara diversas vezes seguidas, a utilização das verbas públicas, enviadas pelos executivos estadual e federal.
O município preferia a construção de viadutos e asfaltamento das ruas já calçadas, para onde carreava os valores recebidos, do que melhorar os salários dos professores municipais.
A merenda escolar também foi esquecida; as crianças não se alimentavam durante o tempo em que permaneciam nas escolas.
Muitas ruas da periferia não tinham asfalto e a poeira levantada pela passagem dos carros, causava danos respiratórios aos idosos e crianças.
Mesmo assim Jarbas queria construir a tal fábrica de automóveis. Ele justificava a teimosia afirmando que haveria emprego para milhares de pessoas.
O prefeito e sua equipe viajaram diversas vezes ao exterior, objetivando convencer os empresários a se instalarem no município. A fábrica ganharia, de presente, áreas enormes de terra bem como a isenção de impostos por cem anos.
Tanto fizeram Jarbas e sua equipe que realmente o seu sonho se concretizou. Depois de algum tempo os primeiros carros tupinambiquences começaram a rodar nas ruas da cidade.
Convencido do sucesso Jarbas achava que ganhar as próximas eleições seria fácil.
Veja o teste de um dos primeiros carros construídos em Tupinambicas das Linhas. A fábrica, que ganhou áreas enormes de terra e isenção de impostos por cem anos, foi trazida do oriente por Jarbas e sua equipe.