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Injustiça Gera injustiça

por Fernando Zocca, em 22.12.10

 

                                              Teoricamente os poderes componentes da estrutura dos Estados democráticos são três. O legislativo, cuja incumbência seria a de elaborar as regras norteadoras do agir na sociedade, o executivo cuja proposta é a de praticar as ações determinadas, e o judiciário que se incumbiria de julgar as condutas havidas no meio social.

 

                    Em tese haveria independência entre essas três instituições, mas na prática não é bem isso o que acontece. Observa-se que não é incomum a obtenção da disfunção de uma entidade, ao contaminá-la nomeando correligionário.

 

                    Numa administração municipal, o prefeito teria grande poder neutralizador da câmara de vereadores, ao nomear legislador para o exercício das funções secretariais.

 

                    A hegemonia política representada pela subserviência legislativa é obtida assim, também pela inibição das funções crítica e fiscalizadora.

 

                    Em não estando o judiciário imune à corrupção, promovida pelo abuso do poder político e econômico, teria em tese, o tal prefeito, um completo domínio político no seu território.

 

                    Nesse cenário sombrio e autoritário seriam frequentes a consumação da injustiça geradora dos vários conflitos graves, conducentes a enfrentamentos físicos e até homicídios.

 

                    Os desvios das grandes fortunas públicas conseguidas com as licitações viciadas, a cumplicidade legislativa municipal e a inocuidade judiciária, seriam fatores desencadeadores dos desentendimentos e crimes de morte.

 

 

 

08/03/2010 - O vereador de Águas de Lindóia Edson Âmbar chamou de chifrudo o presidente da Câmara Municipal, Joel Raimundo de Souza, durante a sessão na cidade localizada a 170 km de São Paulo. O insulto ocorreu diante das câmeras de TV. Houve confusão e briga entre os vereadores. A Polícia Militar foi chamada para intervir na questão.

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publicado às 11:54

O jeito estúpido de ser

por Fernando Zocca, em 09.09.09

 

                        Quem ainda não assistiu ao CQC da Band, pode ficar sossegado. Você até agora não perdeu nada de imprescindível e nem deixou de ganhar o indispensável.
 
                        O pessoal do CQC tenta superar a falta de jeito, de tato nas abordagens, com os constrangimentos que provoca, nos seus entrevistados, exibidos para o Brasil todo.
 
                        Cremos que essa turma, liderada por Marcelo Tass, motivada pelo que acreditam terem feito de errado, algumas personalidades políticas, ao fazer o que faz, intenciona puni-las com o vexame.
 
                        A truculência como resposta, do tempo da ditadura, não é utilizada em virtude das possibilidades da ampla divulgação oferecidas pela internet e pela emissora que hospeda o programa.
 
                        Porém isso não significa que a falta de bons modos desse pessoal, que a semelhança daqueles que agridem aos professores, e outros alunos vulneráveis, nas escolas e bairros periféricos das cidades,  possa ficar sem qualquer tipo de reação.
 
                        Até que ponto a suspeita de irregularidades, cometidas por políticos, justificaria a deseducação e a grosseria nas entrevistas?
 
                        Falta de educação tem cura?
 
                        O público quer mesmo ver as autoridades políticas e demais personalidades constrangidas pela deselegância, pela ausência de etiqueta?
 
                        A satisfação que levaria alguém a ver esse tipo de exibição, até então inédita na TV brasileira,  motivaria os idealizadores do programa. Faz parte da concepção do projeto o prejulgamento de que o entrevistado tem atitudes moralmente condenáveis.
 
                        O CQC achou na falta de educação, na grosseria, a forma de participar do mercado. Ninguém nunca tinha visto isso antes, na história da nossa TV.
 
                        No caso de o CQC fazer escola, teríamos uma legião de entrevistadores truculentos, vindo por ai?
 
                        A diferença existente entre os praticantes do bullying  nas escolas e bairros periféricos das cidades, da linha seguida pelo CQC, está no fato de que os primeiros hostilizam às ocultas e à distância, enquanto que o segundo o faz face a face.
 
                        A semelhança entre ambos está na hostilização. 
 
                        Esse jeito de agir autoritário, prepotente é característica dos grandes latifundiários e senhores de engenho escravocratas do século XVIII,  que ainda compõe a ideologia norteadora das seitas e partidos políticos no poder, nos dias atuais.
 
                        Esse jeitão estúpido de ser é traço daqueles que defendem as privatizações, incentivam os juros bancários impagáveis, conduzindo milhares de incautos aos meandros escuros e incertos das pedreiras, do empreendorismo.
 
                        Bons modos e respeito não fazem mal a ninguém.  
 
 
Fernando Zocca.
 
 
 
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publicado às 17:56


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