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- É verdade que fecharam o bar do Maçarico? - perguntou ansioso Van de Oliveira Grogue, ao se aproximar atordoado da Dina Mitt, que saboreava a sua segunda cerveja, no boteco do Bafão.
- Van Grogue, seu focinho de porco desalinhado! Você não é caspa, mas também não sai da minha cabeça. - reagiu a mulher sentindo alegria ao ver o parceiro de copo.
- Eu não acredito que você já se encharcou. Você soube do Maçarico? - quis saber Grogue sedento também de notícias.
- Fecharam a baiuca do cara. Também... Não tinha alvará, não tinha autorização pra nada. Como é que poderia funcionar uma espelunca daquelas sem causar danos às pessoas? - antecipou-se o Bafão adiantando as novidades ao Grogue.
- E depois tem mais: Eu mesma presenciei muita sujeira naquele salão; muita sacanagem e vi até que acendiam velas pro capeta atrás da porta do banheiro. - confirmou a Dina Mitt.
- É sim. Os caras da prefeitura baixaram em peso no boteco mais mal falado do bairro. Maçarico levou cada multa que não sei se ele consegue pagar. - disse Bafão limpando o tampo do balcão com o seu guardanapo alvo.
Grogue fez-lhe o sinal de que queria uma cerveja enquanto dizia:
- É uma vergonha pra comunidade esse tipo de gente. O Maçarico é um mau elemento. Dizem que ele não pagava os funcionários. Que vinha gente de fora pra ajudar no serviço, mas ele não registrava em carteira, não depositava o fundo de garantia e nem recolhia o INSS. Os empregados trabalhavam a troco de pinga, cigarro e cerveja.
- O bairro inteiro esperava essa atitude da prefeitura. Teve gente que foi falar diretamente com o caquético testudo. Apesar de não acreditarem que ele mandaria cumprir a lei, ele mandou o pessoal averiguar e pronto: confirmaram as irregularidades - falou Bafão servindo a cerveja ao Grogue.
- Sabe o que eu ouvi dizer? - indagou Dina - Disseram que o Maçarico e a mulher dele, sabe aquela retardada mental, que catava latinha de cerveja na rua e que depois amigou com ele? Então... Contaram-me que foram reclamar pro bispo que eles eram perseguidos.
- Mas como perseguidos? - quis saber Van de Oliveira Grogue. - Eles devem se adequar à lei. Se a lei manda pagar as multas e os impostos, então devem fazer isso.
- É que eles são ignorantes. Idiotas. E você sabe: gente assim pensa diferente. Pra começar não sabem ler. Como é que a comunidade pode esperar coisa boa de gente que mete os pés pelas mãos? - questionou Dina Mitt.
- É. O Maçarico é bem retardado. Se disserem pra ele que botar fogo no boteco dá direito a seguro, ele é capaz de incendiar tudo.
- Eu sabia que ele era "mental", mas não acredito que ele seja capaz de fazer isso. - duvidou Van de Oliveira Grogue.
- Não duvide. O pai do Maçarico era demente também. Louquinho de pinga. Numa ocasião, no meio da madrugada, ele saiu na rua deserta, e começou a disparar o revólver. Os vizinhos se apavoraram. Mas teve um corajoso que se aproximou, bem devagarzinho, e perguntou ao cara o que estava acontecendo. Sabe o que ele respondeu? Respondeu que tinha um ladrão tentando roubar o carro do vizinho - contou Bafão.
- Mas e daí? - quis saber Van de Oliveira.
- E dai que quando disseram pro maluco que nem o carro e nem o vizinho estavam ali, o demente envergonhou-se parando com a balburdia. Mas voltou pra cama resmungando.
- É só em Tupinambicas das Linhas que isso acontece - definiu Dina Mitt. - Mas vem cá: O Maçarico não tinha uma cadela Poodle que latia a noite inteira infernizando a vizinhança?
- Não. Quem tinha um demônio desse era o Célio Justinho, casado com a Luísa Fernanda, aquela gerente de banco que precisou de treinamento intensivo durante um ano, quando a direção trocou a cor das guias que ela deveria carimbar diariamente.
- Gente... Vocês não sabem o que aconteceu - gritou esbaforido Donizete Pimenta ao entrar correndo no boteco.
- Fala o que aconteceu criatura careca e cabeçuda - exortou a Dina Mitt alarmada.
- A polícia acaba de chegar no bar do Maçarico. Pararam bem na porta e deram voz de prisão pra ele. Quando os homens chegaram ele estava lendo um jornal na porta do estabelecimento. Confirmaram que ele roubava carros no bairro vizinho. - concluiu Pimenta arfante.
- Lugar de bandido é na cadeia - garantiu Van Grogue.
- Bandido bom, é bandido falecido - respondeu Dina Mitt.
Alguém duvidaria?
Van de Oliveira Grogue parou seu fusca branco defronte ao Bar do Maçarico e sem dizer qualquer palavra acomodou-se numa das mesas ao fundo.
Dina Mitt chegou logo em seguida, olhou ostensivamente para o fusca velho, parado longe da guia, e entrou no boteco pisando com o pé direito. Ao ver o colega macambuzio com o rosto inchado perguntou-lhe:
- Van, é verdade que você vai ter de retificar o cabeçote?
Para não responder com palavras de baixo calão, Van Grogue olhou pro Maçarico, e com um gesto pediu-lhe cerveja.
Dina Mitt sentou-se numa cadeira ao lado do colega perguntando-lhe em seguida:
- Por que a cidade está cheia de lixo? Já faz mais de trinta dias que não passa o caminhão pra recolher, e veja a situação da cidade. Ela apodrece.
- Isso é culpa do caquético testudo. Ele não foi reeleito e em represália, não renovou o contrato com a empresa terceirizada que recolhe o lixo.
- Estamos cercados por tanta sujeira. – observou Dina.
Maçarico que estava atento à conversa, ligando o rádio e aproveitando a deixa, entrou na roda:
- Li ontem a notícia, no Diário de Tupinambicas, que o sucessor do caquético vai fazer uma pista nova no aeroclube.
- Mas aquele sítio só tem aeromodelos. Como é que pode?
- O quê? Aeromodelo? – Maçarico mostrou-se indignado. – Eu já vi muito Teco-Teco decolar e pousar no aeroporto. Não brinca não. Num domingo teve até bimotor voando por lá.
- O caquético não estava com câncer? – indagou a Dina, mudando completamente de assunto.
- Estava, mas sarou. Eu li a notícia no jornaleco da cidade.
- Como ele sarou? – quis saber a pinguça.
- Tomando chá de ipê roxo. – concluiu Maçarico.
A tarde transcorria dessa forma na pacata e distante Tupinambicas. O pouco movimento que se percebia nas ruas era creditado aos latifundiários, grandes proprietários de canaviais extensos, alimentadores das usinas de açúcar e álcool da região.
O comércio, bastante fraco, não suportava grandes empreendimentos. A prestação de serviços limitava-se a poucas oficinas mecânicas encarregadas da manutenção do maquinário dos usineiros.
Não havia motivos econômicos para que os grandes bancos se instalassem numa economia tão modesta. Tupinambicas das Linhas mirrava. Fenecia.
Mas no jornal e nas rádios o prefeito (comprometido com a ética) pavoneava-se contando loas.
Apesar de tudo muitos criam que Tupinambicas nunca deixaria de ser o eterno fim da linha que sempre foi.
Quem já passou algum tempo em cidade pequena sabe que, às vezes, a única diversão que os moradores têm é a praça. E Tupinambicas das Linhas não era diferente.
No sábado, logo depois do Jornal Nacional, Van Grogue caminhando bem devagar, aproximou-se do pessoal reunido sob a marquise do Banco da Colônia.
- O que é que é? Já tá com mal de Parkinson, você também? - desafiou Dina Mitt, aspirando profundamente a fumaça da bituca do cigarro barato.
Van apresentou-lhe o dedo médio da mão esquerda, enquanto sentava-se no banco verde maltratado.
- Percebo que o embarangamento já se avizinha. - resmungou Grogue com voz cansada.
- Ta vendo, sua besta? O tempo escorreu-lhe pelos dedos. - decretou Dina emitindo um sorriso de satisfação.
- Deixa disso Dina. O Van é gente boa. Não precisa pegar desse jeito no pé do pobre. - pediu Pery Kitto com voz de quem sentia compaixão.
- Pobre nada... Essa carniça tem herança pra receber. O avô dele bateu as botas e deixou uma casa enorme pra ele.
- E o que é que você tem com isso? - quis saber Donizete Pimenta, depois de pigarrear.
- O que eu tenho é um crédito com ele. O safado não paga ninguém. Vive andando de um lado pro outro, no quarteirão da casa dele. Trabalhar, mesmo que é bom, nada. Nadica de nada.
- Quem te deve não sou eu. Foi meu pai que fez o furdunço. Eu não tenho nada com isso. - defendeu-se Van Grogue.
- Não ligue pra essa mulher, meu querido Van de Oliveira. Todo mundo sabe que ela está a serviço do Jarbas o energúmeno. - declarou Zé Cílio Demorais, ajeitando a mecha de cabelos que lhe caia pela testa.
- Na verdade essa fulana aí recebe como assessora parlamentar do Fuinho Bigodudo. É por isso que ela vive a te desancar. - corrigiu Billy Rubina, ao rodar o anel de cristal, no dedo mindinho da mão esquerda.
- Nada a ver. Eu sou aposentada do INSS. Já faz quatro anos. - explicou Dina Mitt, jogando a bituca fora.
- Veja você como funciona a coisa. A cidadã trabalha dois anos, recolhe as contribuições por 24 meses e já se aposentou há quatro. - criticou Zé Ciliodemorais.
- É com gente assim que o instituto vai a pique. - concluiu Donizete.
- Van, você está na minha lista; não vai ter um minuto de sossego. Vou infernizar a sua vida. - ameaçou Dina Mitt.
Enquanto a mulher maldosa se levantava pra deixar, esbravejando, a reunião, um Camaro amarelo, aproximando-se lentamente, parou defronte ao grupo. O condutor baixou lentamente o vidro da janela do carona, quando então pòde ouviu as últimas palavras da perigosa Mitt.
O pessoal todo ouviu a voz feminina forte que veio lá de dentro:
- Dina Mitt, sua retardada!! Eu perdoei a dívida que você tinha comigo. Por que você maltrata assim o seu devedor? - era a vovó Bim Latem que, saindo abruptamente do veículo, avançava em direção da algoz.
O pessoal reunido encolheu-se todo ante a bravata da mulher. Ouviu-se um cochicho logo abafado pelo medo que predominou:
- Hum... É a vovó Bim Latem. Misericórdia!
Naquele momento, Dina Mitt apertando-se pra não molhar as calças, percebeu que a sua alucinação persecutória poderia cessar.
Dina Mitt trajando uma camiseta amarela, bermuda azul e chinelos verdes, entrou no bar do Maçarico onde Van Grogue, sentado à mesa de canto, bebia a sua segunda cerveja.
- Você não é vassoura, mas também vive encostado, hein colega? - disse a mulher depositando sobre o balcão o maço de cigarros e o isqueiro verde.
Pery Kitto, Edgar D. Nall, Billy Rubina e Donizete Pimenta, que também degustavam as cervejas geladíssimas, gargalharam à solta.
- É preciso ter alguma altura pra falar comigo. Altura intelectual, espiritual e abastança material. Você é muito baixa. Assim não dá. Assim não pode. - respondeu Grogue ingerindo um gole da bebida.
- Sou baixa, mas tenho meus poderes. Não brinque comigo. Gosto de botar ladrões, principalmente de herança, na cadeia ou no sanatório. Se não pego o pai, pego o filho.
Maçarico, percebendo que poderia nascer ali uma discussão prejudicial aos negócios, tratou logo de esfriar os ânimos.
- Dona Dina a senhora sua mãe melhorou? Ela estava com o diabetes alto, não é isso?
- Melhorou sim Maçarico. Eu fui ontem na agência do INPS e marquei uma consulta. O doutor atendeu e ela já está medicada.
- Vaso ruim não quebra. - Resmungou Van Grogue lá do fundo.
- Você é filha única. Sua mãe, já bem idosa, é dependente. E você não se preocupa com a própria saúde, frequentando os bares da cidade? - Quis saber Maçarico tomado por uma estranha onda de compaixão.
- Que nada, minha mãe é forte pra caramba. Ela manda arrancar os dentes sem anestesia. Me dê uma cerveja.
Dina acendeu um cigarro, pegou a garrafa, o copo e caminhou em direção à mesa vizinha a de Grogue.
- É verdade que você foi professor Van? - perguntou ela ao sentar-se.
Van percebendo que a mulher começaria outra das suas sessões de menosprezo pensou que se falasse algo enobrecedor da sua pessoa, talvez amenizasse a gozação daquela figura chata.
- Hã-hã. Fui professor sim.
- Você dava aula do quê? - quis saber a inquiridora.
Sentindo a angustia de quem se vê acuado Van soltou:
- De português.
- De português? Eu não acredito!! - Disparou Dina Mitt com uma sonora gargalhada.
- É verdade. - garantiu Van Grogue, meio sem jeito.
- Então conjugue pra mim o verbo ver. Se acertar eu pago as cervejas que você bebeu hoje. - Desafiou Dina.
Apesar de estar já embriagado, Van não deixou de sentir um desconforto terrível, com a provocação daquela maldosa.
- Eu olho, tu olhas, ele olha. Nós olhamos, vos olhais, eles olham.
Maçarico, que bebia um café, engasgou e teve um acesso de tosse. O pessoal todo, em silêncio, voltou-se para Grogue olhando-o fixamente.
- Está vendo com são as coisas? O cara não sabe nada e ainda ganhou do estado pra ensinar tudo errado. - Concluiu Dina.
- Mas eu acertei a resposta. Você me deve as cervejas. Ver e olhar são a mesma coisa. - Argumentou Van.
Maçarico, mais uma vez, percebeu que iniciaria ali uma daquelas polêmicas tremendas, que poderiam terminar em ações extremamente prejudiciais, à integridade dos objetos do botequim.
- Para tudo. Vamos fazer uma enquete aqui e agora. Quem acha que a Dina Mitt deve pagar as contas do Grogue levanta a mão.
Todos os presentes olharam-se espantados com a atitude inusitada do proprietário do estabelecimento. Mas, falando muito mais alto, "o espírito de corpo” fez com que a desafiante Dina Mitt pagasse, mais uma vez e sem discussão, as despesas do desafiado.
24/09/12
Van Grogue entrou lentamente no bar do Maçarico naquela manhã de quinta-feira e disse em alto e bom som:
- Parei de beber. Hoje completam 30 dias que deixei de lado esse vício do inferno.
Billy Rubina, Célio Justinho, Donizete Pimenta, Pery Kitto e Zé Cílio Demorais paralisaram-se, depois de fitarem o afobado que chegava.
Van aproximou-se do grupo reunido e, num gesto heroico, aspirou desafiadoramente os vapores do álcool que, tal qual uma nuvem densa, envolvia os amigos assustadíssimos com a bravata.
- Quero comunicar a todos que não faço mais parte desse time e que me considero livre desse tormento. Hoje, exatamente hoje, completam trinta dias que estou sem beber nada dessa coisa vergonhosa que vocês põem na boca.
Célio Justinho não acreditando no que ouvia, tratou logo de menosprezar o parceiro de copo, que já tentara deixar o hábito, muitas e muitas vezes sem, no entanto obter sucesso.
- Conversa fiada. Parar de beber é para os fracos. Macho que é macho não tem medo de alucinação.
- Mas já estava mesmo na hora de você parar seu Grogue. - sentenciou Billy Rubina. - Ninguém aguentava mais as suas trapalhadas.
- Isso sem falar nos prejuízos para a família toda, da aposentadoria compulsória, dos desentendimentos com os filhos e a mulher, que de vez em sempre, levavam umas porradas. - Completou Zé Cílio Demorais.
- Imagine você que esse retardado, no estado em que estava, num dia, apareceu por aqui reclamando das dores nos joanetes. - relatou Pery Kitto - Ele disse que sentia muito incômodo e que por causa disso tinha até que usar uma bengala pra andar. Mas quando olhei pros pés dele vi que a besta estava com o sapato do pé direito no esquerdo e o do esquerdo no direito.
Diante da gargalhada que irrompeu no grupo, Pery Kitto arrematou:
- E já fazia uns 15 dias que ele andava assim. O "mental" tinha acabado de comprar os sapatos e gostou tanto deles que não tirava nem pra dormir.
Sentindo-se muito envergonhado Van Grogue tentou frear a gozação dizendo num tom sério, grave, que remetia a muita responsabilidade e importância.
- É minha gente... Eu parei mesmo com isso tudo. Não quero mais saber dessa vida. Queiram vocês saber que uma decisão dessas, igual a minha só é possível para poucos e bons.
Outra onda de gargalhada explodiu fazendo com que Maçarico se preocupasse com as possíveis queixas dos vizinhos que já davam sinais de mobilização, contra as 'gandaias' frequentes no boteco.
Van preparava-se para sair quando entrou a professora Dina Mitt. Ela trazia dois sacos de estopa que colocou cuidadosamente no chão logo depois que pediu uma cerveja.
- E aí Dina? Tudo certinho? - perguntou Donizete Pimenta. Vai tomar aquela cerveja esperta?
- Ninguém é de ferro, né meu filho? - respondeu a mestra, ajeitando com cuidado, os sacos que estavam no chão.
- Você já sabe da novidade? - indagou Pery Kitto.
- Que novidade? - Quis saber a mulher que recebia a garrafa de cerveja servida por Maçarico.
- O Van Grogue parou de beber.
- Verdade Van? - Perguntou Dina Mitt espantadíssima.
- Exatamente. Hoje faz 30 dias que parei com a esbórnia.
- Muito bem seu Van, mas eu só acredito vendo. Para ter a certeza de que você não pertence mais a essa nossa turma quero que passe uma semana comigo lá no meu rancho. Nós vamos pescar andar a cavalo e nos divertir muito. Estou saindo daqui a pouco. - desafiou Dina. - Topa?
Diante do pessoal todo que, em silêncio, o olhava, aguardando uma resposta, Van respondeu:
- Ah, vamos sim. Por que não?
Logo depois que Dina Mitt terminou de beber a cerveja, pagou a conta e, pegando os dois sacos com muito cuidado, pediu ao Grogue que a acompanhasse até o carro.
- O que é que tem nesses sacos dona Dina? - quis saber o Zé Cílio.
- Nesse aqui tem um garrafão de pinga. - garantiu a mulher levantando, com cuidado, um dos sacos.
- Mas pra quê? - indagou ingenuamente o Pery Kitto.
- É que lá tem muita cobra. E no caso de picada a gente cura com pinga. Você entende? - respondeu a mestra.
- Ah, bom. - Disse em uníssono o pessoal, já preocupado com o Van.
- Mas e no outro saco? O que é que tem? - inquiriu curiosíssimo o Donizete Pimenta.
- É uma cobra. Vai que a gente chegue lá e não tenha nenhuma, não é verdade?
Boquiabertos os amigos viram o Grogue entrar na velha Rural Willis da professora que, sem vacilar, pisou fundo no acelerador.
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