Se o leitor acha que trabalhar é única e exclusivamente levantar-se pela manhã, e logo em seguida sair para cumprir suas obrigações no banco ou no meio da papelada do escritorizinho de contabilidade, está muito enganado.
Existem outras formas de trabalho além dessas. E a nossa capacidade limitada para compreender isso, nos autorizaria a dizer que todas as pessoas, que não fazem essas coisas, seriam vagabundas.
É essa ignorância, esse estreitamento de consciência, a responsável também pela disseminação de boatos e maledicências sobre as pessoas de quem não gostamos nos bares, cartórios, bancos, igrejas, sindicatos e no próprio bairro.
Não é porque temos o dinheiro sobrando que abusaremos da vizinhança, maltratando-a com os latidos irrefreáveis e diuturnos do Poodle neurótico.
Não é porque temos a posse de alguma fortuna que podemos invadir a privacidade alheia, atormentando os do entorno, com as repetições obsessivas das músicas queridas.
Afinal, não sabemos, nem imaginamos saber, se as pessoas que de nós se acercam, o fazem por gostarem de nós ou do nosso dinheiro.
Quando covardemente espancamos alguém não pensamos nas consequencias. Sabemos que temos ao nosso lado a concubina e a filha, que nos reforçam, mas nos esquecemos que a violência física, apesar do nosso dinheiro todo, pode nos comprometer.
E acreditem, não é corrompendo as pessoas que vivem ao lado da vítima que nos livraremos da culpa. De nada adianta subornar os amigos daquele que sofre por causa da tirania do contabilista meliante.
Se o vadio não se entender diretamente com a pessoa a quem causou tanto mal, de pouca valia será presentear os conhecidos do ofendido.
A timidez precisaria dar lugar à coragem de se aproximar e desculpar-se. Aliás, coragem não é atributo do sujeito que só age ou se solta em grupo.
A mesma safadeza que compõe o contabilista cachaceiro, sua concubina bancária neurótica e a filha, candidata à meliante de periferia, forma também o miserável que simula doença, pra receber esmola numa esquina qualquer, e os ladrões que desviam dinheiro público em Brasília.
A sacanagem só muda de pessoa. É como se ela incorporasse em sujeitos predispostos a agir assim. Essa disposição pode ser até genética. A semelhança entre o contabilista bêbado, sua concubina bancária neurótica e a filha, candidata à meliante de periferia, com os malandros de Brasília está na quadrilha que os assessora.
Os malandros do Distrito Federal, agora presos, têm auxílio de pessoas que deles receberam favores como empregos, facilidade em licitações, e muitas outras benesses ainda ocultas.
O tal contabilista bêbado, sua concubina bancária neurótica e a filha candidata à meliante de periferia, são assistidos por grupelhos professantes de pseudo-religião, cujos membros fazem parte do secretariado dessa Prefeitura de Piracicaba.
Na verdade são assassinos carentes de qualquer escrúpulo diante da possibilidade de sacrificar suas vítimas.
Piracicaba está cheia disso. A cidade fede. Imperam a falsidade, as segundas intenções, a dissimulação e a hipocrisia.
Esse contabilista bêbado, sua concubina bancária neurótica e a filha candidata a meliante de periferia, são pessoas que têm muito dinheiro. Ou aparentam ter. Eles corrompem consciências com a maior facilidade. Lastreados nessas crenças espiritistas arregimentam almas ingênuas que se deixam enganar pela prosápia fazendo o que eles sugerem.
A corrupção de funcionários está no rol formador da caixa de malignidade dessa gente perversa. Há quem se venda por churrascos, cervejas, CDs; mas também existem os que se deixam levar pela lengalenga difamante.
Pessoas assim envergonham a cidade, o partido político, os sindicatos de classe, a prefeitura e os políticos que os protegem.
São ladrões de herança, matadores de alma e como tal, responderão pelos crimes que cometeram.
Um contabilista bêbado, uma bancária neurótica, sob tratamento psiquiátrico, e alguns funileiros assassinos, podem surgir no seu caminho durante essa longa estrada da vida. Mas nenhum deles será tão nocivo quanto o panaca lesador, de milhões de pessoas, quando retém para sí o dinheiro público.
Os funileiros assassinos que enchem diária e impunemente a casa do vizinho com tinta, impedindo-o de respirar podem receber, a qualquer momento uma saraivada de balas, que os mandem logo pro inferno, lugar de onde não deveriam ter saído.
Piracicaba foi matéria da grande imprensa nacional quando seu prefeito Barjas Negri (PSDB) era indicado pelos Vedoin, proprietários da empresa Planan, de ser um dos beneficiários do esquemão conhecido como escândalo das sanguessugas. A Polícia Federal que apurou os indícios formando, com as provas colhidas um inquérito, registrou que o prefeito piracicabano, quando era ministro da saúde do governo de Fernando Henrique Cardoso, levava vantagens pecuniárias nas licitações de ambulâncias, distribuídas a mais de 600 municípios brasileiros.
Essa vergonha caipira, minimizada pelos simpatizantes do PSDB como um comportamento normal, dentre os procedimentos usuais dos políticos vivazes, não ocupou mais o espaço midiático, tendo o grande público ficado sem qualquer certeza da culpabilidade ou não do grandessíssimo prefeito.
A gestão do senhor Barjas Negri, em que pese ser ela assessorada por gente do quilate da senhora chefe do gabinete Isaura Francisco Bonato Mazzuti, é uma das mais medíocres e imprudutivas do PSDB, que governou esta Piracicaba por várias vezes.
Nem os governos municipais do atual deputado federal Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB) e do professor catedrático da Esalq Huberto de Campos, também do PSDB, foram tão fracos e insossos como esse do professor doutor Barjas Negri.
A ideologia professada por esses senhores é a do empreendedorismo que quando mal feito e instruído, gera essas aberrações do tipo da funilaria que funciona prejudicando vizinhos e comércio de bebidas no corredor de habitação popular.
Quase tudo o que não presta acompanha esse governo incolor, inodoro, insípido e vacilão. Tentando justificar o conforto que o assento das cadeiras públicas lhes causam nos derrières aristocráticos, esses senhores asfaltam ruas já calçadas, constroem pontes onde não há tanta necessidade e deixam fraquejar o atendimento à saúde pública. Parece praga. E vai ver é mesmo.
O Tribunal de Contas do estado de São Paulo tem rejeitadas, reiteradas vezes, as contas prestadas pela administração do senhor professor Barjas Negri. A aplicação das verbas federais e estaduais recebidas, não corresponde ao que determina a Constituição Federal, na educação, principalmente. Enquanto isso obras suntuosas, aparatosas, viscosas e inúteis para a população carente, brotam no solo piracicabano.
Tem horas, meu amigo, que dá vergonha ter nascido neste lugar.