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Aprendendo a ser gente

por Fernando Zocca, em 26.03.10

         O nhenhenhém, os murmúrios, as lamentações e as cobranças  não ajudam em nada. Isso tudo não resolve as nossas angustias se não fizermos algo que modifique a situação.

         E o pior ocorre quando, tomados por esses sentimentos de desespero, tentamos controlar outras pessoas para que façam elas algo por nós.

         A situação se assemelharia a do neném que úmido pelo xixi, ou esfomeado, chora e esperneia, manifestando seu desagrado, até que venha alguém para aliviá-lo.

         O indivíduo prefere lamentar-se, queixar-se e até mesmo maldizer a situação, mas não pode pensar em fazer algo que transforme aqueles mal-estares em coisas positivas.

         As pessoas assim estão habituadas a esperar as soluções vindas de outras e nunca delas mesmas. Isso é um equívoco semelhante àquele de atribuir a alguém a causa do próprio fracasso.

         A criança que chama a atenção dos pais, quando chora no berço, não pode levantar-e e ela mesma limpar-se ou providenciar a mamadeira que a esperaria na geladeira.

         Os adultos que lamentam, angustiam-se e esperam dos outros todos os bálsamos das suas dores, careceriam da indiferença dos próximos, a fim de que percebam serem inócuos esses comportamentos.

         De nada resolveria queixar-se da escuridão. Mais proveitoso e salutar seria acender as velas, mesmo que isso traga o desconforto por ter de se mexer.

         O fazer muito e falar menos mudariam significativamente as disposições ambientais particulares. Temos que a gratidão e o louvor a Deus auxiliariam mais no progresso pessoal e da família do que os lamentos infindáveis.

         Acontece que não sabemos agradecer ao Criador pelo que temos e, ao contrário de exaltar a bondade daqueles que nos proporcionam essas graças, nós os maltratamos, a semelhança dos que fixaram os cravos nas mãos e pés de Jesus.

         O estágio de desenvolvimento em que nos encontramos é ainda muito tosco, simplório, ignorante. Isso não nos permite agir com educação, civilidade e bons modos.

         Enquanto não aprendermos a nos comportar como cristãos entre os nossos familiares, diante dos nossos amigos e das pessoas do bairro, todos haverão de ter, para conosco, muita paciência.

 

 

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