Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Informação e entretenimento. Colabore com a manutenção do Blog doando para a conta 0014675-0 Agência 3008. Caixa Econômica Federal.
Apesar de todo desenvolvimento cultural/tecnológico pelo qual passa a humanidade ainda existem crendices, crenças absurdas, que povoam as mentes dos mais sensíveis.
Veja esta: por ter o vizinho respondido "cavalo" à pergunta "se você tivesse de escolher em ser uma peça do jogo de xadrez, qual gostaria de representar?", a vizinha do lado, bem simplinha achou que ele puxaria, a partir daquele momento, carroças.
Ela colocou então, na garagem da sua própria casa, como provocação, uma vistosa charrete marrom, para que fosse vista pelo chato, todas as vezes que por ali passasse.
Isso é um exemplo de "simpatia", definível também como gesto ou ação que baixaria o nível de tensão da ansiedade.
A mulher, por ter sido uma catadora de lixo quando solteira, depois que se casou mudou de profissão. Ela deixou a carroça, mas a carroça não a deixava tão facilmente.
Para amenizar a ansiedade que lhe provocava o fato de ter sito "burro sem rabo" ela fez a tal "simpatia" relatada.
Outra crendice que não tem nada a ver com a realidade refere-se às cachorras. Alguns proprietários creem que se elas não cruzarem, isto é, não tiverem filhotes, podem sofrer câncer nas mamas.
Não existe nada mais enganoso do que esse conceito. Tem cães que vivem quase uma vintena de anos sem ter crias e nem por isso adoecem.
Quer ver outra crendice que incomoda muita gente? É a que diz que as discussões entre pai e filho sujeitam o pai a sofrer infartos no miocárdio.
O que provoca doença no coração é o tabaco, o sedentarismo, a obesidade.
O fumo usado durante muito tempo, numa situação rara de estresse, potencializa a fatalidade do infarto.
Não existe entretanto simpatia mais eficiente para amenizar o sofrimento, por exemplo, dos caluniadores/difamadores, do que parar com os crimes e, se possível, desculpar-se com as suas vítimas.
Haveria melhor "simpatia", para eliminar o desconforto dos que se apropriam dos bens alheios, do que devolvê-los todos?
Perceba, contudo que, o pintar a quadra do ginásio estadual por aluno, em troca dos favores do diretor da escola, seriviria mais para o embolso das verbas estaduais, destinadas às tais reformas, do que a qualquer outro tipo de simpatia psicológica.
Não são confortáveis as lembranças que podem trazer os cocos e os coqueiros, especialmente para aqueles que, quando crianças, foram coagidos a cavalgar no pelo, por um longo percurso, um caquético cavalo branco.
- Mas o que teriam a ver os cocos, e os coqueiros, com os galopes desenfreados do cavalo magro na estrada rudimentar de terra? - perguntaria meu leitor inteligente.
Para o pessoal habituado com a TV e internet quase nada. Mas para os que ouviam as radionovelas, na década de 1960, a percussão das cuias (meia casca do coco), pelo pessoal da sonoplastia, dava a ideia do galope dos cavalos.
Dai então, o sofrimento.
O bater no bumbum das crianças traquinas, naquele tempo, era prática comum. Mas esfolar o fiofó do cara, numa cavalgada longa, denotava sofisticação na arte de castigar.
Mais sublime seria ainda o castigo, se o "delito" praticado pela criança, fosse forjado por adultos ressentidos.
Você sabe que numa relação adulto/criança, a parte mais vulnerável, fraca, é sempre a criança.
E que quando os adultos frustrados, desgostosos, vingativos, não conseguem "descontar", nos causantes dos seus desprazeres, os maus humores terríveis, acabam cometendo injustiças com os pequenos seres, justamente aqueles, que não teriam nada a ver com a lambança da tal gente grande.
Procurar repetir no adolescente, os traumas sofridos por ele, quando bebê, só pode ser coisa de maluco.
Sabe aqueles doidos especialistas em simular situações constrangedoras principalmente nos banheiros? Os caras mostram-se motivadíssimos nas tais práticas, se uma figura importante, do mundo dos negócios da cidade, cometeu o suicídio num local daqueles.
Para quem furtava dinheiro do caixa dos açougues do pai e avô, botando a culpa nos outros, a tessitura das artimanhas comprometedoras, contra a gente inocente, não era complicada.
A elaboração das patranhas todas, era mais fácil até do que navegar com os barquinhos feitos de junco ou pilotar aeromodelos a cabo.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.