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Até parece que o cidadão de bem, frequentemente atacado na rua, por cão vadio, vai deixar de se defender por causa da lei de proteção aos animais.
E se há pessoa que prefira dar razão ao cachorro, ao invés de ao humano, injustamente sempre atacado, então seria melhor reciclar sua escala de valores, ou providenciar que aconteça o mesmo com ele.
A gente percebe que nesse tempo de chuvas quase que diárias as ruas estão sempre precisas de limpeza. E aqueles que têm árvores defronte suas casas em muito ajudariam ao poder público se providenciassem a varrição das folhas secas.
Por falar em folha lembrei-me do Jornal Folha de S. Paulo. Outro dia, depois da corrida diária, que faço na área de lazer do Piracicamirim, encontrei-me com um cidadão residente no local, que descansava num dos bancos ali existentes.
Depois de eu ter tomado a ducha super gelada, já bem seco e vestido, ao passar por ele, o cidadão puxou prosa.
E você sabe: o assunto predominante nestes dias é a sacanagem dos políticos.
O pacato e aposentado eleitor me dizia ter perdido a fé nessa gente que pede voto, e depois que é eleita, começa a roubar descaradamente prejudicando até mesmo as pessoas que votaram nela.
Então eu confirmei essa noção do meu colega dizendo que lia sempre as notícias na Folha de S. Paulo, um jornal até agora conceituado, que comunicava os fatos de corrupção.
Para o meu espanto o experiente e conceituado sexagenário, há algum tempo aposentado, garantiu que existia jornal que não servia nem mesmo pra ser usado como papel higiênico ou embrulhar peixe por tão nociva ser aquela sua consistência nojenta.
Não querendo polemizar, mas antes de tudo concorde com as opiniões do conceituado morador da cidade, disse-lhe que se o judiciário não conseguisse punir os safados, que drenam os recursos públicos, para as suas próprias contas particulares, essas instituições políticas estariam seriamente desacreditadas e consequentemente desnecessárias.
Concordes nesses aspectos e, em vista das nuvens ameaçadoras, que se formavam naquele momento, nos ajustamos também sobre as ações da natureza: em alguns lugares há chuvas em abundância, enquanto que em outros falta. E não é violando normas que as ações do tempo enriquecem uns minguando outros.
- Uma coisa é bem certa – garantiu-me o eletricista aposentado – hoje em dia você não precisa de jornal nem pra embrulhar peixe. A gente compra enlatado.
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Geraldo Alckimin mesmo diante dos fatos, nega a existência da greve dos professores, da mesma forma que negava o racionamento de água há algum tempo atrás.
Talvez o que explique esse tipo de reação do governador seja "a defesa do ego", muito bem definida pelo psicanalista Sigmund Freud.
Segundo o médico austríaco, por não ter como resolver o problema, o paciente nega a sua existência.
Pode ser que a noção preconizada pelos nazistas de que a repetição de uma inverdade tornava-a verdadeira, motivasse o governador a negar a existência da seca, do racionamento, e da greve dos professores, até que tudo se tranformasse nos seus opostos.
Talvez a postura do governador seja a manifestação da sua fé, consistente em ter como já existente, algo ainda bem indefinido.
Os fatos porém demonstraram a estiagem, o racionamento de água e a greve dos professores.
Por falar em tucanos, lembrei-me de que na sessão de 23/04 os vereadores aprovaram - com 19 votos - as contas de 2011 do ex-prefeito Barjas Negri.
Esse ato politico retificou a sentença do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo que reprovou as tais contas por não ter o então prefeito Barjas, aplicado os 25% do total da arrecadação dos impostos, na educação municipal.
Então você percebe que praticamente o legislativo municipal todo, foi levado a votar contra determinações constitucionais. Ou seja, a câmara decidiu contrariamente às leis maiores.
É claro que o fim - objetivo - definido como "o encerrar um capítulo", da história de uma administração tucana, em Piracicaba, não poderia justificar esse meio de o conseguir.
Da mesma forma que o objetivo de contrapor o avanço da ideologia comunista, na Alemanha da década de 1930, não justificava o favorecimento da ascensão dos nazistas ao poder.
Mas foi exatamente o que aconteceu. Tanto na Alemanha quanto em Piracicaba, a sociedade, por meio dos seus legisladores, validou acontecimentos repletos de incertezas.
Na Alemanha, a escolha do povo, das suas instituições, e dos politicos, resultou naquilo que todos nós sabemos.
Aqui em Piracicaba, em que pese a danação dos bens públicos, dos "jeitinhos" nas licitações, queira Deus que as consequências não sejam tão dolorosas quanto foram para os alemães em 45.
É inegável, hoje em dia, que o poder pertence mesmo às mulheres. Só pra citar alguns exemplos veja quem governa a Argentina, o Chile, a Inglaterra, o Brasil e a Alemanha.
Os especialistas dizem que elas têm mais sensibilidade, delicadeza e afeto (semelhante ao de mãe) que lhes enriquece o espírito.
Muito mais suaves, não deixam de reconhecer acolhendo, os carentes e sofridos.
Essas características, entretanto, não são as únicas desse ser tão amável, amado. Quando portadoras de necessidades especiais, podem "trocar as bolas" de forma tão surpreendente que as consequências são devastadoras.
Podem acalmar-se em 7 minutos ou não. Às vezes nem isso demoram para alcançar a plenitude da paz.
Há casos em que a amabilidade, que algumas delas portam, não as livram das autocríticas por não sustentarem pelo menos 7 gatinhos abandonados.
Quem pode negar que elas são as melhores comerciantes, apresentadoras da TV, políticas, e jogadoras de futebol?
A delicadeza, a inteligência e a sensibilidade não as impedem de presidirem - por exemplo - a mesa diretora do legislativo.
Responda rápido, meu prezado leitor: não sairia do nosso velho quadro político o marasmo, a mesmice e o bucolismo se a querida vereadora Madalena do PSDB, fosse escolhida para dirigir os trabalhos da câmara municipal?
Perceba que não seriam somente o estado, o país ou a América do Sul os únicos a verem essa nova tela pintada com tais cores.
E por que não? Devemos valorizar a prata e o santo da casa. É ou não é?
Afinal a vereadora Madalena, que quando solteira morou numa casinha humilde, cujo quintal minúsculo era praticamente conectado ao meu, foi ou ainda é, amicíssima de pessoas da redondeza, diz ou não diz a que veio?
Olha, uma, duas, três, quatro, cinco, seis ou sete legislaturas seguidas, assim, sem sair de dentro, não incomodam quase ninguém, desde que o escolhido cumpra direitinho o seu papel.
Quero aproveitar a oportunidade para mandar meu abraço e os cumprimentos respeitosos à vereadora Madalena e a todos os demais componentes da Câmara Municipal.
É interessante esse fenômeno de você mesmo aumentar os seus próprios salários para alguém pagar.
Imagine o meu querido leitor, uma empresa com 30 funcionários que decidam majorar os seus ganhos mensais pagos pelos donos da empresa.
Se não houver a concordância dos dirigentes do empreendimento, dificilmente a pretensão se realiza.
No caso do aumento dos próprios vencimentos, efetivado pelos senhores vereadores de Piracicaba, a anuência certamente positivou-se, em decorrência da existência de fundos.
Não há dúvida de que o numerário, vindo anualmente lá do executivo e que, por não ter uso é comumente devolvido, nos finais dos anos legislativos, reforçará os ganhos mensais dos nobres senhores representantes dos seus eleitores.
A sobra do numerário que poderia financiar o transporte público gratuito para a população, ao invés disso, servirá para o engrandecimento pessoal dos eleitos.
Esse aumento dos próprios salários causou estranheza, em parte do eleitorado, durante a sessão que votou o tal benefício.
Houve protestos veementes vindos da plateia que acompanhava a reunião. No plenário somente um vereador votou contra a proposta de enriquecimento.
Pessoas mais exaltadas, talvez com maior instabilidade emocional, puseram-se em bate-bocas homéricos, que nenhum proveito trouxeram para o decoro da casa.
Vai longe o tempo em que o cidadão se candidatava por ideal. Ou seja, o sujeito se apresentava para o exercício da legislatura em troca do que não era salário.
O glamour do cargo, o destaque oferecido por ele na sociedade, motivava o cidadão comum a candidatar-se. Nos dias atuais, torna-se cada vez mais torpe a prática do tal papel.
Parece-nos que a função hoje se tornou muito mal vista, porém suficientemente remunerada.
Mas, mal vista ou não, gratuita ou remunerada, a atribuição do vereador é a de servir ao povo. E este servir, além das moções e sessões de prestigiamento, é feito de elaborar normas que, em tese, facilitariam a vida do cidadão pagador de impostos.
Bem diferente do que produz - por exemplo - um operário da fábrica de televisores, que num ano é o corresponsável por cinco ou 10 mil aparelhos, ganhando em troca, no máximo R$ 5 mil mensais, um vereador poderá elaborar dois ou três projetos denominadores de bairros ou ruas e receber por isso salários que passam dos R$ 10 mil por mês.
E perceba meu querido leitor, que a fonte deste dinheiro é o cidadão que paga o IPTU, as taxas de poder de polícia, de iluminação e de ISSQN.
Bom, eu não sei onde está a sensatez popular de aceitar o aumento das suas próprias obrigações em troca de, com o devido respeito, coisa nenhuma.
Um movimento popular organizou-se em Piracicaba objetivando, dentre outras coisas, estancar a pouca vergonha comandada pelo presidente da Câmara de Vereadores, senhor João Manoel dos Santos.
A organização do povo denominada Reaja Piracicaba, luta inclusive contra a imoralidade do aumento salarial dos próprios vereadores, prefeito, vice-prefeito e secretários.
O Reaja Piracicaba mobilizou-se, há alguns dias, para em manifestação pacífica de protesto, na câmara de vereadores, demonstrar a sua indignação contra o reajuste de 66% dos salários concedidos por eles a eles mesmos.
Negando-se a conversar com o grupo, o senhor João Manoel dos Santos desqualificou os componentes da organização, dizendo serem eles baderneiros, "drogados" e "alcoólatras".
Numa vergonhosa manobra antidemocrática o presidente do legislativo piracicabano determinou que assessores parlamentares ocupassem as 70 cadeiras destinadas ao público, momentos antes do início da sessão em que se demonstraria, pelo Reaja Piracicaba, todo o desagrado popular pelas medidas tão imorais e impopulares tomadas pela casa.
A ocupação das cadeiras, por quem não devia ocupá-las, fez com que os participantes do Reaja Piracicaba se limitassem a 20 pessoas presentes no plenário, que permaneceram de pé durante a sessão.
O senhor João Manoel dos Santos disse também que alguns integrantes do movimento Reaja Piracicaba riscaram carros estacionados nas imediações da sede do legislativo.
O excelentíssimo senhor presidente afirmou que não conversa com pessoas desqualificadas. Na verdade quem não possuiria eficiência para o verdadeiro debate democrático, não seria outro que não aquele que se nega ao confronto das ideias.
É vergonhosa e humilhante, para o povo de Piracicaba, essa política medíocre, mesquinha e imensamente idiota que ocupa o legislativo piracicabano há tantos e tantos anos.
Desqualificando, denegrindo e desmoralizando, essa verve política tem a coragem de afirmar que foram encontrados uma barra de aço e um pedaço de pau, com uma parte envolvida em papelão e barbante, durante as manifestações do dia 1º de agosto.
Para não ir muito longe com esse assunto é bom lembrar o que já dizia Eça de Queiróz: as fraldas e os políticos devem ser trocados frequentemente pelos mesmos motivos.
Muitos creem que, em Piracicaba, já passou da hora.
14/08/12
Estamos hoje de volta após alguns dias de inatividade nesse vosso Blog muito mais querido. Quem nos acompanha sabe que vivenciamos essa lida há praticamente dez anos sem interrupção. Portanto nada mais salutar do que um recesso restaurador das energias.
Enquanto estivemos fora, as coisas não deixaram de acontecer. Ocorreram muitos acidentes no trânsito, incêndios, inundações, prisões de gente metida nas falcatruas politicas e tudo o mais.
Aqui em Piracicaba a prefeitura conseguiu recapear com asfalto a Rua Fernando Febeliano da Costa, desde a Avenida Independência até a Alberto Vollet Sachs. E para que não houvesse dúvida nenhuma de que foi ela mesma, a prefeitura, a autora dessa tão nobre façanha, mandou fixar placas com os créditos da obra, em alguns postes.
Mas por falar em tratantada você viu o que aconteceu lá na prefeitura de Campinas? Pois é, a Câmara Municipal cassou o mandato de dois prefeitos.
Em Limeira a esposa do mandatário, os filhos dele e também as noras, foram todos encaminhados para as repartições policiais competentes, em decorrência das provas substanciosas do desvio da dinheirama que não lhes pertencia.
Aqui em Piracicaba não falta quem diga serem as tais pontes em construção, alusões ao falo agregador das duas metades equidistantes. E que essa mania de plantar as armações de concreto, não passaria de auto-afirmação da macheza combalida dos vetustos senhores, há muitos e muitos anos, fincados no poder.
Para serem construídas as tais obras precisaram de licitações públicas. Será que os atuais ocupantes do poder se sentiriam à vontade, durante as prováveis e inevitáveis investigações?
Por falar em corrupção veja o vídeo abaixo:
Tupinambicas das Linhas não era a Líbia, mas também tinha o seu Muammar Kadaffi. Era o vereador Fuinho Bigodudo, conhecido como Muar Fuinho Bigodudo.
Da mesma forma que o ditador líbio insistia em não deixar o poder, mantido com injustiças e violência, o Muar Tupinambiquense também se negava a “largar o osso”, mantido com verbas substanciosas, aos comunicadores dependentes da cidade.
Mas na manhã de domingo, no bar do Maçarico, quando já degustava a cerveja gelada, com a barriga encostada no balcão, Gelino Embrulhano pôde notar a presença espalhafatosa do Omar Dadde que vestindo bombacha, chapéu de abas largas, bota de cano longo, camisa azul pavão e um lenço de cetim amarelo, amarrado no pescoço, entrou em cena declarando:
- Eu vou/Eu vou/Pra casa agora eu vou... – Dadde mal terminou sua mensagem matinal quando foi interrompido por Gelino Embrulhano, que falou ao Maçarico, em alto e bom som:
- Pronto! Acabou o sossego! O chato acaba de chegar.
- Mas, olha... Veja quem está aqui. É o sujeito mais mentiroso, enrolado e falso que a cidade já viu. – respondeu Omar Dadde, olhando irônico para o Maçarico.
E depois ainda, aproveitando o silêncio que se fez, por alguns segundos no botequim, Dadde continuou:
- Que mané chato, mano? Parece que não me conhece.
Gelino Embrulhano respondendo a pergunta defendeu-se:
- Onde eu estou você logo vem atrás. Parece boiolagem, tesão de argola; qual é a tua parceiro?
- O quê? Tesão de argola? Ocê tá louco Embrulhano? Eu sou é muito macho, meu chapa – indignou-se Omar Dadde. A cidade é livre, eu também sou. Por isso vou onde quero.
- A cidade pode ser livre e seus habitantes também – interviu Maçarico interrompendo a conversa entre os dois fregueses. Ele julgou que a rixa poderia descambar para a agressão física e o quebra-quebra.
- Ouvi um comentário que esse tal vereador Fuinho Bigodudo fez uma lei que proíbe o funcionamento de todos os bares e restaurantes da cidade, depois das 10 horas da noite. Ele instituiu o famoso toque de recolher.
- O quê? Ele fez isso? – perguntaram em uníssono os dois contendores.
- Fez sim. E se não me engano, o projeto de lei está no gabinete do prefeito Jarbas, pra ser aprovado – completou Maçarico, vendo que os birrentos esqueceram as hostilidades por alguns instantes.
- Isso quer dizer que ninguém mais poderá tomar seus birinaites nos bares, depois das dez horas da noite? – questionou Embrulhano.
- Mas isso é um absurdo! Vamos iniciar um abaixo assinado pedindo a cassação disse Fuinho. Ô Sujeito maldoso! Votar nele é a mesma coisa que adubar erva daninha – proclamou Omar Dadde brindando com um copo de cerveja que acabara de encher.
- Vamos depor esse Kadaffi tupinambiquense! – decretou Gelino Embrulhano.
A partir daquele momento Maçarico teve a certeza de que o bar e a sua própria integridade física, estariam assegurados.
Não se pode negar que o fortalecimento das ações criminosas, principalmente no complexo do Alemão e Vila Cruzeiro, tiveram a “contribuição” de alguns políticos omissos.
Então quando você, na sua cidade natal, percebe as falcatruas relacionadas com licitações, ambulâncias e superfaturamento de obras, cometidas pelos distintos ocupantes do poder, e não faz nada contra, certamente estará incentivando o surgimento de “governos paralelos” como esses desbaratados ontem no Rio de Janeiro.
O sucateamento das instalações hospitalares públicas, a deterioração dos salários dos professores, os abusos cometidos nos pedágios, o enriquecimento ilícito, o controle da imprensa, em cidades vulneráveis aos corruptos, são o resultado da completa omissão e alheamento da participação popular.
O que seu deputado federal tem feito para melhorar o conforto, o bem estar e a paz na sua cidade? Ele só se dedica a financiar programas culturais e jornalísticos objetivando acicatar adversários políticos?
Você pode imaginar qual é o salário do deputado federal que acabou de reeleger? Você consegue ter a noção de quanto tempo teria de trabalhar, recebendo um salário mínimo, para conseguir o que um só deputado federal recebe, entre verbas diversas e salários, num mês?
E aquele vereador analfabeto, que quando se candidatou, afrontou a constituição da república apresentando documentos falsos? Hoje ele comemora vinte, trinta anos de ocupação no cargo. Você teria a “cara de pau” para fazer isso?
São essas mazelas que induzem, de uma forma ou de outra, o surgimento do tal poder paralelo, que acabamos de ver derrotado no Rio de Janeiro.
Só para relembrar: seria difícil entender que a sensação de injustiça provocada pela vitória de uma única empreiteira, durante o mandato de um prefeito, conduziria a consequências tão graves, como o desencadeamento de ações criminosas e organizações semelhantes às que acabamos de ver pela TV?
O PSDB, nestes últimos oito anos, foi o responsável pelo recrudescimento e generalização do assédio moral em Piracicaba.
Não se sabe se por ignorância, ou má-fé mesmo, esse nefasto partido permitiu a multiplicação das querelas pessoais de um jeito tal que a cidade inteira viu-se, de certa forma, neurotizada.
Ninguém duvida que o “dividir para governar” seja um dos lemas preferidos desses homens toscos, insensíveis e cruéis dessa tal instituição em Piracicaba.
Na verdade o PSDB, aqui neste local, é basicamente composto por seguidores evangélicos e espíritas, produzindo infelicidades tremendas para muita gente.
É certeiro que a intranquilização, e o incentivo constante dos cidadãos ao confronto, tenham sido formas escolhidas como “punição” para todos aqueles dissidentes não satisfeitos com as humilhações, rebaixamentos e “desobediência” às sugestões apresentadas.
Esses senhores “dirigentes” partem, nos seus raciocínios, de premissas falsas, desqualificadoras, obtendo no final, resultados inesperados.
Eu me lembro que numa ocasião – se não me engano em 2000 - quando fui candidato a vereador por essa sigla, de ter comparecido, a pedidos, à casa da professora Carolina Thame, mãe de Antônio Carlos Mendes Thame, que ficava à Rua Boa Morte, no centro de Piracicaba.
Na casa daquela professora, hoje falecida, havia uma espécie de QG do partido, onde se providenciava algumas soluções aos integrantes do grupo.
Naquele tempo eu jamais teria a noção de que um vizinho, réu numa ação judicial proposta por mim, obtivesse a simpatia, motivada por identidade religiosa, da direção toda do partido.
Pois foi no ambiente doméstico, travestido de escritório comercial, que usando meios indiretos e velados, dando mais valor para alguém alheio ao partido, me fizeram sentir ser o sujeito mais detestável do universo.
Então posso concluir que a covardia, seja também uma característica bem relevante desse partido tosco. É óbvio que com a temporada das eleições tenha havido certo comedimento nas ações insensatas desses senhores.
Olha, não posso mais duvidar que a quantidade dos votos por mim obtidos – 30 – tenha sido parte dos “castigos” impostos a mim pela cúpula da corja.
É preciso ter muito cuidado com esse senhor Antônio Carlos Mendes Thame.
Zelão Mané, um sujeito macérrimo, tinha os cabelos negros e seu rosto era afilado. Abaixo do nariz um bigode tosco e ralo lembrava o das fuinhas.
Nas últimas eleições Zelão Mané se enroscara com Jarbas (o caquético-testudo), e ambos revolvendo formas de manterem-se nas mamatas do poder, acharam a fórmula: uniriam as crenças, antes antagônicas, em torno do projeto de destruição dum sujeito previamente demonizado por ambos.
Só pra situar meu nobilíssimo leitor, o tipo da quizumba era igual à existente entre o Carlos Lacerda e Getúlio Vargas, em 54.
A fuinha viera dum local ermo, lá do estado de Minas, completamente abandonado pelas autoridades locais. Ao Chegar em Tupinambicas das Linhas, resolveu freqüentar aulas onde aprendeu as primeiras noções da língua que falava.
Seus 12 filhos nasceram na cidade. Quando ele percebeu que trabalhar como empregado, não seria brinquedo, pois não tinha qualificação nenhuma, ponderou nas chances de se tornar vereador.
Ora, Tupinambicas das Linhas, sempre conhecida como a cidade concentradora da maior quantidade de loucos, jamais vista em qualquer outra parte do mundo, não se opôs ao projeto do pretendente.
Afinal, não existia gesto maior, e nem mais completo, de prova da hospitalidade, do que o de oferta dum cargo bom e vitalício.
Zelão Mané elegeu-se então uma, duas, três, quatro e cinco vezes, como o mais supimpa e festejado vereador de todos os tempos da cidade histórica.
Seus filhos todos, empregados na prefeitura municipal e nas demais repartições autárquicas, cresceram, casaram-se e quando se viram enrolados com os problemas causados pelo excesso de adolescentes improdutivos, dentro das suas casas, procuraram logo o presidente da câmara municipal de Tupinambicas das Linhas.
Acontece que os quadros funcionais da prefeitura, da câmara municipal, e do departamento de águas, estavam lotados. Ora, como a pretensão do Jarbas, de instalar logo a tecelagem Tupinambicas, não poderia concretizar-se, por motivos alheios à sua vontade, resolveram eles, reinaugurar o zoológico municipal.
No princípio haveria poucos animais, porém como o objetivo principal, não era esse, mas sim o da criação de cargos, com muito jeitinho, reconstruíram aquele próprio público.
Foi assim então que ajeitaram o destino de toda aquela safra nobre dos legítimos descendentes do mais vigoroso, hábil, prolífero e maquiavélico vereador come-quieto, jamais vista nas terras Tupinambiquences.
A fuinha bigoduda, um dia porém, cansada com tanta solicitação, achou que deveria tirar umas férias lá pros lados do nordeste.
Junto com dois outros vereadores, sacou 10 mil reais, (dez mil pra cada um), dos cofres da câmara municipal e partiram numa caravana alegre, em direção às praias paradisíacas.
Durante o trajeto o vereador pensava em implantar um plano que objetivava enfraquecer os adversários: Em Tupinambicas das Linhas os critérios de apuração do consumo d água, não seriam os numerais dos medidores, mas sim o comportamento dos consumidores. Se suas opiniões políticas divergissem da dos governantes, pagariam mais, devido às anotações superestimadas, feitas por correligionários, e aplicadas como punição.
Esse projeto de sangria deveria ser estendido, num futuro próximo, aos departamentos de energia elétrica e aos de serviços telefônicos.
Quando o grupo chegou, perceberam que a imprensa toda tinha noticiado o fato. Houve burburinho e vozes clamavam pela punição dos edis.
À pergunta do repórter, a um matuto, sobre o que fazer com tanta gente daninha, roubando as instituições públicas daquele jeito, ele respondeu: "Ah, tem que tacá na oréia desses cara aí, ó!"
O piracicabano revoltado e a câmara de vereadores
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