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É chegada a hora

por Fernando Zocca, em 23.04.14

 

 

 

 

 

 

Você já pensou como pode ser absurdo um dos herdeiros avançar sobre a herança da viúva, pedindo-lhe parte do dinheiro do espólio, a fim de comprar um carro, com a justificativa de que alguém, a qualquer momento, poderia precisar do transporte de emergência?

O espertinho só conseguiria sucesso, no seu intento, se a viúva não soubesse responder que, em caso da precisão de um transporte urgente, poderia valer-se das ambulâncias dos serviços de saúde da sua cidade.

Se o aproveitador obtiver antecipadamente o dinheiro (que deveria ser dividido num processo de inventário ou arrolamento), estará "ligando" a numerosa turma do "eu também quero".

Ai, meu amigo, o roteiro segue conforme diz o ditado: "onde passa um boi, passa uma boiada"; e lá se vão mais fundos para o outro apressado com a justificativa de que o seu negócio de torrefação de café precisa de reforço, de capital de giro.

As lorotas enrolativas são tão convincentes que nem mesmo as notícias de que o tal "empresário" perdeu seu dinheiro nas mesas de carteado, impedem mais um desfalque contra os bens deixados pelo defunto.

O próximo da fila, a valer-se da caridade da viúva, obtendo a permissão para ocupar, com sua mulher e o filho, um imóvel do monte-mor, não poderia imaginar que seus descendentes sofreriam perseguições implacáveis dos outros que não tiveram a mesma sorte.

Perceba que a impossibilidade para descontar nos adultos, supostamente causadores dos males materiais, conduziria os prejudicados a praticarem, veladamente, maldades contra quem não pode se defender: as crianças.

Então aquele "tiozão" neurótico, bêbado e bastante infeliz com o seu casamento, pode atribuir seus fracassos todos à ausência do aporte do dinheiro, imobilizado com o "invasor".

E creia, não haveria melhor catarse para as tais "neuras", do que pegar um dos filhos do parente e "descarregar" nele os ódios todos acumulados. 

Veja a importância que o rancor tem no desenvolvimento das crianças indefesas. 

Você consegue pensar e meditar no poder maléfico que alguém teria sobre outra pessoa; entretanto pondere nos malefícios que a maldade, dentre elas a ganância, exerce sobre populações inteiras.

Imagine o quanto os habitantes das grandes cidades economizariam ao pagar seus impostos, no caso da ocorrência da lisura nas licitações, para a construção dos metrôs e trens. 

É claro que tudo seria mais barato. Entretanto as diferenças todas que saíram dos cofres públicos, hoje, fazem parte da fortuna particular dos responsáveis diretos por aquelas obras.

Então mansões, iates, aviões, carros importados, viagens, apartamentos luxuosos, compõem o rol dos bens dos que ainda não foram atingidos pela lei. 

É ingenuidade não acreditar que o enriquecimento de alguns não representa a ruína de centenas de milhares.

Seria equivocado dizer que a economia de bilhões de dólares, pelo poder público, não serviria para atender as necessidades de infraestrutura dos locais habitados por pessoas mais pobres?

É chegada a hora em que o povo deve reivindicar as suas riquezas, injustamente apropriadas, por quem não poderia fazê-lo. 

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publicado às 20:19

O Gato e o Rato

por Fernando Zocca, em 03.06.12

 

A política em Piracicaba é esquisitíssima: há décadas sustenta um lonGATO e agora, nas vésperas das eleições municipais, surge o tal de ferRATO.

E os eleitores, mais por serem obrigados a votar, do que por idealismo, sempre dão a essa gente, o direito de usar e gozar as delícias pagas com o dinheiro do povo.

Será a continuidade das festas do gato e do rato. Eles com certeza armarão as maiores estripulias, tão alegres e felizes, quanto os desenhos animados que retratam os dois bichinhos.

O tráfico de influência aqui nesta urbe é tão vergonhoso que praticamente não existe oposição ao executivo.

O legislativo piracicabano dança vergonhosa e servilmente conforme as músicas tolas, executadas por Barjas Negri (PSDB), e seus apaniguados.

Perceba que Barjas Negri foi ministro da saúde durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Esse fato ao invés de favorecer o desenvolvimento da prestação de serviços relacionados à saúde, muito ao contrário, emperrou e arruinou todo o sistema.

Não se sabe bem ao certo qual razão haveria pra tanto retrocesso. Talvez o fato de ter havido o envolvimento do senhor prefeito no escândalo nacional conhecido como o caso das sanguessugas, tenha mesmo contribuído para a deterioração do atendimento ao público nos postos de saúde da cidade.

Se fosse só esse o problema até que seria suportável. Mas veja que as escolas municipais, creches e o saneamento básico são preteridos em favor das obras ostensivas de concreto armado.  

 

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publicado às 00:46

A Mancha

por Fernando Zocca, em 22.02.12

 

         Mesmo agindo sob a inspiração do genial prefeito Luciano Guidotti, a atual administração de Piracicaba deixa muito a desejar.

       Guidotti (nascido em Avaré SP.), foi quem abriu avenidas, criou bairros, construiu prédios públicos, estabeleceu recordes de pavimentação, concluiu a Avenida Independência, traçou a Saldanha Marinho e construiu o viaduto da Rua Governador Pedro de Toledo.

       Nem por isso tudo Guidotti deixou de lado os interesses do funcionalismo municipal, e muito menos os da população da periferia, no que tange ao atendimento nos serviços públicos de saúde.

       Durante a II Guerra Mundial, Luciano teria enriquecido vendendo óleo de laranja, numa casa comercial no Largo do Mercado.

       Mesmo agindo como agia o seu ícone inspirador, o professor Barjas Negri, que também tem no curriculum, a ocupação do cargo de ministro da Saúde, durante o governo de FHC, não conseguiu destacar-se fazendo algo que apagasse a mancha atribuída a ele no caso do escândalo das Sanguessugas.

       Aliás, fez pouco, muito pouco, durante o tempo de duas gestões, o senhor Barjas Negri.

       Pelo potencial, experiência e vivência na vida pública, poderia o senhor prefeito, ter produzido mais e com menos numerário, tirado via impostos, da população.

       Barjas Negri construiu, no local onde era o Parque Infantil, o prédio próprio da Biblioteca Ricardo Ferraz de Arruda Pinto.

       No vazio deixado pelos livros, pessoal e equipamentos, da entidade que se mudou, acomodou os gabinetes dos vereadores.

       Antes disso, os legisladores despachavam no porão acarpetado de verde, do prédio da câmara.

       Muitos consideravam o local mal ventilado e úmido, não tendo faltado quem atribuísse a tal situação, o adoecimento do finado vereador professor Hely de Campos Melges.

       Para quem não conheceu, Hely Melges foi diretor do Ginásio Jerônimo Gallo, no final dos anos 1960; quando se candidatou à vereança – na década de 1980 - residia numa casa ampla, situada na esquina das Ruas José Pinto de Almeida com a Prudente de Morais.

       A habilidade do professor chegava ao ponto de conseguir, usando um barbante, destravar a porta do Chevrolet Opala 78, cujo proprietário o fechara com as chaves dentro.

       Olha meu amigo, do jeito que anda hoje, o trato da coisa pública, aquele que sugerisse o teste da abertura das portas travadas, de automóveis, sem o uso das chaves, numa seleção de candidatos a vereador, não estaria muito longe de receber algumas festivas menções de louvor.


21/02/2012       

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publicado às 00:00

Superfaturando Ambulâncias

por Fernando Zocca, em 24.09.11

 

 

 

                            

Realmente a pergunta que não quer calar, neste sábado, é a seguinte: como é possível um grupo de políticos prejudicar, por tanto tempo, tantos usuários dos serviços públicos de saúde?

             Quem não se lembra daquela operação da Polícia Federal, conhecida mundialmente como Sanguessugas?

             O esquema possibilitava o superfaturamento dos preços das ambulâncias, praticado por integrantes do Ministério da Saúde, quando FHC era o presidente da República.

             Darcy Vedoin, um dos proprietários da empreiteira PLANAN, ao ser preso pela polícia federal, denunciou Barjas Negri, atual prefeito de Piracicaba, então nomeado no ministério da saúde, como um dos responsáveis pela supervalorização das ambulâncias destinadas a mais de 600 municípios brasileiros.

             Diante da gravidade de tais crimes instaurou-se inquérito policial e CPI, mas até hoje milhões de pessoas ficaram sem saber o resultado das investigações.

             Perceba o meu ilustre leitor que o progresso material de alguns políticos medíocres aumenta na exata proporção em que prosperam as desgraças para o eleitor, nos setores de saneamento básico, saúde e segurança, dos locais onde ele atua.

             Assim, quanto mais enriquecido, mais abastado o político, mais mal atendida ficará a população, nas áreas da saúde, educação, segurança e saneamento básico.

             E essa velha história tende a se perpetuar, caso persista a impunidade, geradora de tantos desníveis sociais.     

             

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publicado às 18:43

Vendendo a alma para o demônio

por Fernando Zocca, em 09.02.11

 

                                              O cerco que os nazistas impuseram a Stalingrado, durante a II Guerra Mundial, foi determinante para o início da queda do III Reich.

 

                        Os nazistas, com um exército numeroso, bem treinado, coeso e armado, sitiaram os soviéticos por alguns anos.

 

                        A pertinácia de Adolf Hitler, no entanto, depois de conseguido o seu objetivo, não permitiu que suas tropas se rendessem, quando todos esfomeados, maltrapilhos e sem munição, viram-se sozinhos, nos escombros da cidade abandonada.

 

                        A loucura de Hitler, que não o deixava ver os fatos, equilibrado pelo bom senso, levou-o à morte, juntamente com a maioria dos que compunham o seu governo.

 

                       Entre 1933, ano em que subiu ao poder, até 1943, quando seus exércitos começaram a ser derrotados, o eleitor alemão deveria, para se ver livre das perseguições, juntar-se aos nazistas. Isso equivalia a vender a alma ao demônio.

 

                        Estudos psiquiátricos posteriores davam conta de que o Fuhrer sofria de impotência sexual e negava-se a tomar os remédios prescritos para a deficiência, advinda em decorrência da perda de um dos testículos, na I Guerra.

 

                        Hitler era teimoso, colérico. Ele agredia facilmente aos que se recusassem a obedecer aos seus comandos e não hesitava em mandar suprimir a vida daqueles com quem antipatizava.

 

                        Os judeus eram os alvos preferidos de Adolf Hitler e seus comandados. Durante a guerra, ele mandou matar milhões de pessoas em vários campos de concentração.

 

                        Antes de mandar seus prisioneiros para as câmaras de gás, Hitler os escravizava. Milhões de cidadãos, dentre eles poloneses, tiveram de construir estradas, pontes e realizar várias outras obras sob o domínio nazista.

 

 

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publicado às 17:57

Largo e chato igual a uma pá

por Fernando Zocca, em 14.10.10

                               Considero o senhor deputado federal Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB), um dos maiores picaretas que Piracicaba já produziu.

 

                        Você já ouviu dizer que o malandro pra ser bom tem que fazer tudo certinho, bonitinho, sem borrões ou rasuras? Pois esse pernóstico é assim. É chato e largo igual a uma pá.

 

                        No tempo em que era mocinho, diziam que ele não era tão homem assim. Para terminar o curso, gratuito, de engenheiro agrônomo na ESALQ, fundou um cursinho supletivo com o qual enricou, ganhou notoriedade e lançou-se na política.

 

                        Esse, hoje já idoso senhor, presunçoso, considera que o poderio econômico, que amealhou por força dos engodos que propõe, é bem suficiente para manter a injustiça que lhe corrói até os ossos.

 

                        Foi guindado a prefeito uma ou duas vezes, fato que lhe inflou o ego delicadíssimo, proporcionando-lhe incentivo pra seguir em frente na carreira política.

 

                        Quando prefeito tinha como chefe da guarda municipal o já falecido Paulo de Castro que também, veja só, ministrava um curso de teosofia aqui nesta insigne cidade interiorana.

 

                        Do seu partido fazem parte o senhor Barjas Negri, que foi, salvo melhor juízo, naqueles tempos de Fernando Henrique Cardoso, ministro da saúde. Pois foi naquele tempo que vieram a lume as denúncias do envolvimento do primeiro, num bafafá nacional conhecido como o Escândalo das Sanguessugas.

 

                        Nesse esquemão estava o falecido Abel Pereira, proprietário da empreiteira CICAT, a única a vencer mais de trinta licitações públicas nestas terras piracicabanas. O detalhe a ser percebido, é que a tal empresa, só venceu as concorrências depois da posse do senhor Barjas Negri como prefeito.

 

                        Nas duas gestões de Barjas Negri ninguém mais tinha competência suficiente, para asfaltar ruas e levantar algumas paredes, do que o empreendedor proprietário da CICAT.

 

                        Vá agora saber se é sorte, ou parte com o Demônio: o cara foi reeleito e vai desfrutar, ao lado do Tiririca, durante longos quatro anos, todas as mumunhas inerentes ao cargo.

 

                        Isso tudo é pra quem pode não pra quem quer.

 

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publicado às 21:29


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