por Fernando Zocca, em 12.10.13
Os pecados da gula e da preguiça têm os seus castigos. Deles decorrem a obesidade, a pressão alta, o diabetes, o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral.
Além dessas verdadeiras punições o obeso enfrenta problemas de relacionamento social. Ou seja, o gorducho, nas disputas esportivas não se dá muito bem.
No relacionamento afetivo não lhe resta muita alternativa a não ser um parceiro também rechonchudo.
O fofão atrai os olhares do pessoal mais fino. No ponto do ônibus muitos ficam à espreita para ver como se sairá o corpulento ao atravessar a catraca.
Durante a aquisição de peças do vestuário poucas alternativas têm o reforçado. Camisas, calças, cuecas, calcinhas, camisetas e sapatos, às vezes, precisam ser feitos por encomenda.
Imagine o fofucho tentando se encaixar na poltrona do cinema ou teatro. Tudo ficará pior se houver abelhudos à espreita do comportamento constrangido da pessoa.
Se fosse um país o gorducho seria aquele cuja economia está inflacionada, a produção industrial prejudicada e o comércio reduzido.
A política externa do Estado semelhante ao gordo é aquela que importa mais do que exporta.
Em consequência do acumulo de tecido adiposo, gordura, a lentidão faz do gordo uma característica própria, inseparável.
Geralmente o gorducho, por não dispor de agilidade física desenvolve outras como a de bom conversador e contador de piadas.
Na infância e adolescência podem sofrer com a perseguição e a gozação dos colegas. Não poucos reagem com violência às provocações insuportáveis.
Além desses dois pecados gula e preguiça, a pessoa que se torna obesa pode desenvolver os de ciúmes e inveja.
A inveja que lhe desperta os magros com suas habilidades físicas e o encanto que provocam nas pessoas do sexo oposto podem torturar o gordão.
O ciúme lhe fará tanto mal quanto maior for a sua dificuldade para atrair e manter o afeto da pessoa que o encanta.
A pessoa obesa, para ficar legal, deve malhar e muito. Ela deve se acostumar e aprender a tolerar o desconforto físico que produz a atividade física. Afinal é o excesso de conforto que leva ao sedentarismo e aos pecados causadores de tantos castigos.
Texto aumentado e revisado.
11/10/13
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por Fernando Zocca, em 17.03.10
Esse pessoal do PSDB em Piracicaba gosta mesmo é de criar caso. Se já não bastasse o escândalo das sanguessugas em que os Vedoin, proprietários da empreiteira Planan entregaram o prefeito Barjas Negri a Polícia Federal, como um dos participantes do esquema de superfaturamento das ambulâncias, agora nos aparece com a aventura de instalar aqui, uma fábrica de automóveis.
A multinacional receberia, gratuitamente, toda a área do terreno onde construiria sua sede caipira. Além disso, teria por gerações e gerações, a isenção dos impostos municipais e até estaduais. Sem levar em conta o fato de que o transporte dos carros feitos aqui, até os portos ou aeroportos, os tornaria mais caros, diga-se que os empregos não seriam ocupados por cidadãos piracicabanos.
Para trabalhar numa fábrica de automóveis, o operário precisaria ter conhecimentos especializados. A cidade não dispõe de ninguém detentor de tanta experiência no ramo, que impeça a tal indústria de trazer de fora, os trabalhadores necessários.
Então a pergunta é: Que vantagem teria a cidade de Piracicaba com a instalação da fábrica de automóveis?
Ora, se a prefeitura não receber os impostos, não embolsar os valores correspondentes à venda das áreas de terras e, se as pessoas nascidas na cidade, não puderem trabalhar na indústria, pra que mais serviria a tal presença aqui?
Acreditamos que os alugueis pagos pelos funcionários, vindos do exterior aos proprietários das casas, seria muito pouco em troca do que a cidade daria.
Bom, como estamos em tempo de eleições presidenciais, cremos que esse assunto, assim como aquele dos trens, que teriam seus ramais reativados, o da construção de presídio e outras balelas, não passaria mesmo de oferta publicitária, semelhante as que fazem os magazines, quando desejam liquidar seus produtos.
Ao vermos pela TV e internet a desestruturação do ensino e das escolas públicas, quando assistimos a agonia da mãe que se obriga a acorrentar o filho, escravo das drogas, numa cadeira de rodas, concluímos que haveria muita omissão das autoridades, nesse setor.
Não saberíamos dizer como viadutos, pontes, asfaltamentos de ruas já calçadas, e outras obras materiais, seriam tão ou mais importantes do que a atenção que os chefes da cidade deveriam prestar aos seus cidadãos.
É preciso ainda que se diga sobre a enorme preocupação que tem causado a degradação do meio ambiente. Sabe-se hoje em dia que a retirada do mazute do subsolo queimando-o na superfície terrestre tem contribuído para o aquecimento da terra. Esse fenômeno causaria o derretimento das calotas polares aumentando o volume de água dos mares. Com mais matéria em estado liquido, haveria também o aumento da freqüência e intensidade das chuvas.
O caso. Fábrica de automóveis em Piracicaba. A atenção dos cientistas volta-se agora para o desenvolvimento e construção de motores elétricos.
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por Fernando Zocca, em 04.03.10
Diziam em Tupinambicas das Linhas que Jarbas, o caquético testudo, provando ser seu governo o melhor que a cidade jamais tivera, construiria uma fábrica de automóveis.
Os comentários eram oportunos. As eleições se aproximavam e, da mesma forma que durante esses períodos o pessoal do partido retomava as balelas sobre a ferrovia, sua reativação e expansão, desta vez, falavam também sobre os automóveis tupinambiquences.
O Diário de Tupinambicas das Linhas vinha todo dia recheado com as notícias sobre o prefeito. Nas colunas sociais, na página de opinião, de negócios e todas as demais, as matérias sobravam com elogios e afagos.
Jarbas achava que fazia o que podia pela cidade. E segundo seus assessores, “quem faz o que pode, a mais não é obrigado”; no entanto era deficiente o atendimento à população carente, da periferia, nos postos de saúde; o ensino nas escolas públicas nunca estivera tão ruim.
O Tribunal de Contas do Estado de São Tupinambos reprovara diversas vezes seguidas, a utilização das verbas públicas, enviadas pelos executivos estadual e federal.
O município preferia a construção de viadutos e asfaltamento das ruas já calçadas, para onde carreava os valores recebidos, do que melhorar os salários dos professores municipais.
A merenda escolar também foi esquecida; as crianças não se alimentavam durante o tempo em que permaneciam nas escolas.
Muitas ruas da periferia não tinham asfalto e a poeira levantada pela passagem dos carros, causava danos respiratórios aos idosos e crianças.
Mesmo assim Jarbas queria construir a tal fábrica de automóveis. Ele justificava a teimosia afirmando que haveria emprego para milhares de pessoas.
O prefeito e sua equipe viajaram diversas vezes ao exterior, objetivando convencer os empresários a se instalarem no município. A fábrica ganharia, de presente, áreas enormes de terra bem como a isenção de impostos por cem anos.
Tanto fizeram Jarbas e sua equipe que realmente o seu sonho se concretizou. Depois de algum tempo os primeiros carros tupinambiquences começaram a rodar nas ruas da cidade.
Convencido do sucesso Jarbas achava que ganhar as próximas eleições seria fácil.
Veja o teste de um dos primeiros carros construídos em Tupinambicas das Linhas. A fábrica, que ganhou áreas enormes de terra e isenção de impostos por cem anos, foi trazida do oriente por Jarbas e sua equipe.
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