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Os pecados da gula e da preguiça têm os seus castigos. Deles decorrem a obesidade, a pressão alta, o diabetes, o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral.
Além dessas verdadeiras punições o obeso enfrenta problemas de relacionamento social. Ou seja, o gorducho, nas disputas esportivas não se dá muito bem.
No relacionamento afetivo não lhe resta muita alternativa a não ser um parceiro também rechonchudo.
O fofão atrai os olhares do pessoal mais fino. No ponto do ônibus muitos ficam à espreita para ver como se sairá o corpulento ao atravessar a catraca.
Durante a aquisição de peças do vestuário poucas alternativas têm o reforçado. Camisas, calças, cuecas, calcinhas, camisetas e sapatos, às vezes, precisam ser feitos por encomenda.
Imagine o fofucho tentando se encaixar na poltrona do cinema ou teatro. Tudo ficará pior se houver abelhudos à espreita do comportamento constrangido da pessoa.
Se fosse um país o gorducho seria aquele cuja economia está inflacionada, a produção industrial prejudicada e o comércio reduzido.
A política externa do Estado semelhante ao gordo é aquela que importa mais do que exporta.
Em consequência do acumulo de tecido adiposo, gordura, a lentidão faz do gordo uma característica própria, inseparável.
Geralmente o gorducho, por não dispor de agilidade física desenvolve outras como a de bom conversador e contador de piadas.
Na infância e adolescência podem sofrer com a perseguição e a gozação dos colegas. Não poucos reagem com violência às provocações insuportáveis.
Além desses dois pecados gula e preguiça, a pessoa que se torna obesa pode desenvolver os de ciúmes e inveja.
A inveja que lhe desperta os magros com suas habilidades físicas e o encanto que provocam nas pessoas do sexo oposto podem torturar o gordão.
O ciúme lhe fará tanto mal quanto maior for a sua dificuldade para atrair e manter o afeto da pessoa que o encanta.
A pessoa obesa, para ficar legal, deve malhar e muito. Ela deve se acostumar e aprender a tolerar o desconforto físico que produz a atividade física. Afinal é o excesso de conforto que leva ao sedentarismo e aos pecados causadores de tantos castigos.
Texto aumentado e revisado.
11/10/13
Um incêndio de grandes proporções atinge barracões de escolas na Cidade do Samba, Rio de Janeiro.
Até o momento quatro barracões estão praticamente destruídos pelas chamas.
O fogo teve início por volta das 7h e se alastrou rapidamente por causa do material inflamável. O funcionário da escola Grande Rio, Simon Garcia de 26 anos, feriu-se e está internado no Hospital Souza Aguiar.
Apesar dos esforços dos Bombeiros do Quartel Central do Rio, os danos causados nas edificações das escolas atingidas, são irreversíveis.
Algumas paredes rachadas caíram e há ainda o risco de outras cederem.
No início do incêndio poucas pessoas estavam no local. Grande quantidade de material inflamável usado na confecção das fantasias e carros alegóricos foi consumida pelas chamas.
"O carnaval é festa, mas hoje o dia é de tristeza. Peço que as autoridades olhem para as escolas afetadas e nos ajudem a partir de agora. Vamos ver o que podemos fazer. Temos que nos unir em um grande mutirão e recomeçar do zero. É lamentável, não estou em condições de analisar nada neste momento, mas não vamos nunca perder a nossa alegria", disse o presidente da Escola de Samba União da Ilha Ney Filardes, numa entrevista ao telejornal Bom Dia Brasil.
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Foto: TerraNotícias/Reprudução
Quem não se lembra desse livro publicado por mim em 1982? Era um romance e deu um bafafá dos infernos. Teve marido que pensou logo na possível cornitude própria.
As reações foram tão sérias que o ciumento arregimentou parentes, vizinhos e os colegas de copo, pra confabular sobre as prováveis intenções adúlteras deste autor que vos fala.
Do boteco de periferia você sabe que nascem planos pra tudo: desde assaltos a banco, invasões de residências, furtos, assassinatos, estelionatos mil e até motins de rua.
Eu vendia bem o tal livrinho. Caminhava pelas ruas do centro de Piracicaba, com um pacote de vinte ou trinta exemplares e ao encontrar colegas, amigos, conhecidos e pessoas desconhecidas, oferecia o meu trabalho, obtendo assim grande, como direi, “fluxo de caixa”.
Cheguei a fazer uma poupança substanciosa com os recursos provenientes das vendas.
Mas você sabe como é: ninguém tirava da cabeça do travesso que a Ana do livro não era a mulher dele. O pior ainda acontecia quando o tal entrava nos botecos e era zoado pela torcida sobre a iminente eclosão dos chavelhos.
O cara não sossegou enquanto não obteve a satisfação íntima de que o escritor não passava de um zé-ninguém, um ingênuo do qual tiravam o que quisessem.
Pois foi o que aconteceu. Um advogado e corretor de imóveis, parente desse nosso homem que suspeitava, induziu clientes seus a nos procurar e desenvolver uma história pungente de abandono, separação, doença e morte.
Os homens se aproximaram de mim quando eu saia da Caixa Econômica do Estado, depois de efetuar mais um depósito na minha já gorducha conta corrente.
Conversa vai, conversa vem, os bons cidadãos disseram que me conheciam e que tinham um negócio muito bom pra mim.
Então falaram de uma pobre velhinha que não se dava bem com os vizinhos, que não bebia água, mas só refrigerantes, que estivera muito doente, acometida por diabetes e que viera a falecer deixando um imóvel numa localidade rural da cidade.
Esses generosos homens se propunham a ceder seus direitos hereditários sobre a referida propriedade, desde que recebessem o preço que julgavam justo.
Você não vai acreditar, mas o valor solicitado era o mesmo que havia na minha caderneta. E não é que a besta aqui, sem nem ao menos visitar o tal imóvel – apenas possuído pela compaixão - acabou adquirindo os direitos sobre ele?
Houve até escritura de cessão de direitos hereditários. Bom, isso era o que faltava para o suposto futuro traído acalmar a ebulição da alma que a tal hipotética cornitude provocava.
Logo depois foi a vez desse nosso querido quase atraiçoado nos mandar rosa. Era uma de carne e osso, idosa, tinha ascendência italiana, andava pelas ruas em andrajos e dizia ser proprietária de cinco imóveis em Piracicaba.
Mas isso, meu amigo, é outra história.
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