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Quem casa quer casa. Nem duvide disso. Pois não pode existir coisa mais chata e torturante do que morar com a sogra, cunhado e até com aquele tiozão enrustido do cônjuge.
Os casais recém-constituidos começam a definir os seus hábitos diários, seus horários, a manifestar os seus gostos e prazeres, enquanto que o pessoal que já vivia na casa, tem os seus modos próprios, que podem gerar conflitos.
Veja que se a sogra gorducha tem por hábito, decorrente da determinação médica, caminhar dia sim dia não, nas redondezas da sua casa e, por causa disso levanta-se bem cedo, fazendo aquele escarcéu perturbador da nora dorminhoca, o embaraço perene é certo.
Se não houver diálogos sinceros, elucidativos, as mágoas acumuladas provocarão distúrbios somáticos posteriores bem nocivos.
Acontece que as conversas resolutivas nem sempre são possíveis. Então, para evitar a confusão, é bom ensebar as canelas e buscar um imóvel que sirva bem ao casal novo e aos filhos amados.
A nossa economia passa por um momento possibilitador da expansão do setor da construção civil. Só não percebe quem não quer.
Quem tem a felicidade de poder caminhar e percorrer os mais veriados bairros da cidade, pode notar o azáfama jamais visto na construção de apartamentos, casas e condomínios fechados.
As ofertas são tantas que não é crível que os preços não sejam acessíveis até mesmo aos mais modestos salários.
A política que se preze deve, numa cidade moderna, além dos viadutos, pontes, asfalto, edifícios públicos suntuosos, dedicar-se também à construção dos núcleos residenciais populares.
Além de enriquecer o curriculum do senhor administrador, e de todo o seu secretariado, fortalecerá o desenvolvimento da cidade, gerando empregos e consequentemente mais impostos.
Qual é o político que não ama os impostos?
A movimentação de pedreiros, caminhões betoneiras, guindastes, ruídos mil da construção civil, dão-nos a esperança de que novas oportunidades emergem para o bem-estar do pessoal trabalhador.
Nos bairros novos, mesmo nos mais distantes, não deixa de haver farmácias, bares, armazéns, padarias, postos de gasolina, oficinas mecânicas, igejas, postos de saúde, linhas de ônibus, casas lotéricas e praças públicas.
Só curte os dissabores de morar junto com a sogra, com o cunhado serelepe e o tiozinho enrustido, aquele casal financeiramente fraco que, sem dúvida nenhuma, não dispensaria qualquer tipo de ajuda.
Ontem, 23 de abril, além de ter sido o dia em que se comemora São Jorge, padroeiro da Inglaterra, do Corinthians, Oxum no Candomblé e dos escoteiros, também foi o dia do livro.
Para quem gosta da leitura de livros no seu formato tradicional, isto é, impresso no papel, não há coisa mais útil do que os sebos.
Nessas lojas de livros usados, você pode encontrar tudo a preços muito acessíveis. Desde romances, livros técnicos de todas as áreas do conhecimento, até gibis e discos em vinil.
Não foi raro o tempo em que o leitor podia se deparar com exemplares históricos, autografados por autores como Machado de Assis, Castro Alves e José de Alencar.
O advogado, empresário e bibliófilo José Mindlin (foto) que fundou a conhecidíssima fábrica de peças para automóveis Metal Leve, depois que se aposentou, dedicou-se a garimpar, também nos sebos, os livros com os quais formou sua biblioteca composta por mais de 40 mil exemplares.
Entretanto ainda há pessoas que não gostam de valer-se dos objetos que já foram de alguém. Da mesma forma que as roupas usadas poderiam, em tese, trazer os fluídos do seu antigo proprietário, os livros assim o seriam.
Pode até ser que seja verdadeira essa crença. Mas também do mesmo jeito que as pessoas neutralizam as influências nos carros, casas e apartamentos, que pertenceram a outrem, com as roupas e os livros, não poderia deixar de ser diferente.
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