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Faíscas Perigosas

por Fernando Zocca, em 11.02.16

 

 

 

Ibirapuera 08 02 2016 034.JPG

 

Na segunda-feira, (8/2) em São Paulo (foto) logo de tardezinha, caiu uma tempestade, meu amigo, que vou te falar: não foi brinquedo não.

Relâmpagos precediam os trovões sincronizados com os raios que aqueciam ou calcinavam onde tocassem.

A carbonização, isto é, a queima da madeira, por exemplo, d´uma árvore, não deixa de fazer lembrar o uso dos eucaliptos na alimentação do fogo dos antigos fogões a lenha.

Muito antes da chegada do gás butano como combustível usual nas cozinhas, os alimentos eram feitos com a cineração das árvores.

Havia estabelecimentos especializados (as carvoarias) em fornecer o carvão para as pessoas; tinha também os dedicados ao reflorestamento que empregavam trabalhadores e maquinário pesado como os tratores.

O mesmo tipo de lenha usada pelas pessoas no preparo dos alimentos era utilizado nas fornalhas das locomotivas movidas a vapor.

Perceba que a queima, o crepitar do madeiro, tem o inconveniente de produzir fumaça e as faíscas perigosas.

E, do mesmo jeito que alguém, ao receber poeira, ou areia nos olhos, buscava socorro nos assopros dos familiares, na água fria das torneiras, ou corria para a farmácia, quando uma fagulha do braseiro, entrava-lhe nos olhos, não tinha outras alternativas terapêuticas além destas.

Depois de passados os momentos de maior desconforto os apelos à Santa Luzia reforçavam a esperança da pronta recuperação e, se possível, o castigo dos possíveis causadores de tantos males.

Desde os mais remotos tempos da vida política brasileira (de Dom Pedro II), por exemplo, o “carbone” (carvão) servia também para os pintores esboçarem os temas das suas telas.

Da mesma forma que a retirada da areia do fundo dos rios pode causar danos ao meio ambiente, a impermeabilização desvairada das grandes extensões de terra, com pedra britada e asfalto, dificulta o escoamento das águas das chuvas, (vindas com muitos relâmpagos, trovões e raios) causando enchentes danosas.

Este ano – 2016 – é daqueles em que ocorrem eleições. Permita Deus que a lucidez da cabeça de alguns políticos possa fazer inserir na constituição da república o voto voluntário, facultativo.

A desobrigatoriedade do ato de votar pode amenizar a consciência de que gente muito desonesta como prefeitos, vereadores e deputados, enriquecem ilicitamente com minha ajuda, meu voto.

Não creio e nem espero nada de político nenhum. Na minha opinião a imensidão dos encargos impostos aos cidadãos reduzir-se-ia em muito se não tivesse a nação a obrigatoriedade de pagar salários e benefícios a essa gente que mais empobrece que enriquece o país.

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publicado às 17:58

O burrinho do freio

por Fernando Zocca, em 02.04.15

 

Quem tem computador, e usa a Internet, sabe muito bem o que representa o perigo das ameaças dos vírus.
O receio de sofrer danos pode se concretizar quando o navegante incauto, ao clicar em determinadas exibições, recebe a invasão das manifestações capazes de provocar perturbações no comportamento do computador.
Os vírus têm a pretensão de tirar esta ou aquela virtude do hardware/software das máquinas.
As pessoas que atuam, disseminando a peçonha, agem dolosa ou culposamente, mas sempre produzindo o dano.
Os legisladores já elaboram as regras que nortearão as ações de repressão, e reparação dos danos deste crime cibernético.
Usando a analogia podemos inferir que os ataques dos vírus assemelham-se às agressões das bactérias aos organismos vivos.
Dependendo da intensidade do digamos "constrangimento", não haveria salvação para as vítimas, tanto PCs, quanto humanas.
Ainda usando a analogia, podemos equiparar os efeitos danosos, aos computadores, com os produzidos na pele dos mecânicos, quando lavam as peças com gasolina.
Quando eu era criança trabalhei algum tempo numa oficina mecânica.
O proprietário era um senhor alto, gordo, careca; um verdadeiro titã no ofício; ele ostentava um bigodinho fino que lhe margeava o lábio superior; apesar de estar sempre com as maçarocas de estopa nas mãos, com as quais buscava livrar-se dos efeitos da gasolina, notava-se as consequências malignas da dita cuja na pele.
Um outro colega que, por muito tempo foi dono de oficina mecânica, também sofreu com a abrasão do combustível.
Este mecânico excelente teve de se aposentar mais por causa da debilidade na saúde, do que pela chateação incessante por chamarem-no de pintor de rodapés ou jóquei de pônei, devido a sua baixa estatura.
Os laudos médicos periciais apontavam senilidade precoce incapacitante.
Mas alguns garantiam que o baixinho calvo, especialista em "burrinhos de freio" - por suas atitudes estranhas, como o permanecer defronte a sua casa, na esquina do quarteirão, sentado numa cadeira de rodas, e portando muleta, sem a necessidade real disso, - demonstrava indubitável demência senil.
Alguns mais chatos e ousados comparariam os tais vírus aos "fura-olho", ou os sujeitos que namoram mulheres casadas.
Mas isso, meu amigo, já é outra história, ficção, que pode até gerar livro ou livros, tantos, que encheriam estantes e estantes dos sebos e bibliotecas.

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publicado às 16:24

Dentes na boca de pobre 

por Fernando Zocca, em 24.01.15

 

 

 

O povo desdentado de Piracicaba agradeceria muitíssimo se o atendimento odontológico municipal (CRAB), situado na Rua Gonçalves Dias, nº 70, funcionasse corretamente. 

Os certificadores de que tudo vai bem, não podem, entretanto, negar que a demanda seja bem superior que a capacidade do atendimento. 

Aliás a deficiência pública, nesta área da saúde, reflete o amadorismo político, atualmente vigente em Piracicaba, desde há muitos e muitos anos. 

O cidadão sem dentes, que se candidata à uma dentadura municipal, precisa seguir certos trâmites burocráticos, eficientíssimos na desesperança que provocam.

A ausência da capacitação, nesta área odontológica da cidade, talvez precise de tantas idas e vindas dos candidatos, como forma de barreira de contenção, das verdadeiras procissões sucessivas dos carentes.

A dinâmica que o eleitor sem dentes de Piracicaba deve seguir é essa: 1. Precisa ir ao posto  de saúde municipal do seu bairro; 2. Lá o funcionário  o encaminhará ao CRAB do Piracicamirim; 3. No CRAB o pobre desdentado piracicabano pode ser informado que deve voltar ao posto do seu bairro, onde lhe informarão quem é o dentista - se está de férias ou não -  que pode atendê-lo.

Percebe-se que os casos em andamento obtêm, depois da espera demorada, a atenção dos encarregados. 

Entretanto novos candidatos, a essa dádiva miraculosa municipal, só poderão ser aceitos quando dentistas responsáveis voltarem das férias, ou quando houver, depois de meses e meses de mastigação ineficiente, o prêmio duma vaga nova, ofertado pela abertura dessa espécie de vestibular, onde só passa quem está bem trumbicado.

Não dá pra deixar de concluir que há muita gente precisando de tratamento dentário e pouca em condições de oferecê-lo. 

Então meu astuto e inteligente leitor perguntaria: "Mas por que não contratam mais dentistas, instalam outros consultórios?" Ora, porque teoricamente, a administração municipal teria de aportar mais verbas neste setor. Além disso, a prefeitura deveria criar mais cargos e isso, depende da Câmara Municipal.  

É como despir um santo pra vestir outro. E as pontes, o asfalto, o luxo dos prédios públicos que todo mundo vê? Como ficaria a imagem da administração se essas coisas, visíveis ao eleitor, tivessem sua seiva minguada em benefício das dentaduras ocultas?

É claro que mais vale, aos políticos profissionais, os salários e seus acessórios, garantidos pela satisfação popular, nascida nas visões do asfalto recapeado, do que nos sorrisos proporcionados pelas dentaduras municipais.

Ou seja: asfaltar ruas provoca mais ideia de competência do que botar dente na boca de pobre. 

É urgente a instalação de novos gabinetes dentários e a contratação de mais dentistas compromissados com o atendimento eficiente da população carente desta cidade. 

 

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publicado às 12:28

Coisas que enojam  

por Fernando Zocca, em 03.12.14

 

Não seria difícil concluir que, por baixo - na região do subconsciente - dos surtos psicóticos que induziram - por exemplo - a agressões da filha do pai adúltero, ou das reações histéricas, durante a recepção das notícias do falecimento de parente próximo, haveriam traumas dolorosos terríveis.

Essas reações emocionais violentas seriam formas de protesto - de indignação até -, contra o que se pode chamar da repressão agressiva considerada injusta.  

Poderíamos compará-las ao rompimento de uma barragem, quando então toda aquela enxurrada emocional transbordaria causando as consequencias condenáveis. 

Até mesmo alguns autores do crime de rixa que, cercando a casa do vizinho, promovendo o maior banzé-de-cuia, quase derrubando o portão da casa de quem não tinha nada a ver com as quizumbas familiares antigas, teriam em suas mentes, de "pavio curto", históricos de trauma.    

É indispensável que, com o objetivo da manutenção da paz na rua, no quarteirão e no bairro, haja a participação mais ativa de alguns segmentos importantes da sociedade.

Um deles seria o responsável pela segurança pública. As autoridades policiais, tanto civil, quanto militar, devem estar atentas para a identificação dos verdadeiros psicóticos criminosos do local.

Ao poder Judiciário cabe o julgamento dos casos levados ao seu conhecimento, tendo em consideração que o exercício arbitrário das próprias razões, ou o linchamento, não podem, de forma alguma, substituir a prestação jurisdicional, mesmo que os promotores das rixas aleguem serem culpadas as vítimas, ora assediadas.

Nos regimes democráticos todos têm direitos. Inclusive os loucos. Mas, é claro, com algumas restrições impostas pelas leis. Por exemplo: o cidadão não pode, ao instalar um compressor de ar, junto à parede do imóvel do seu vizinho, provocando trepidações e rachaduras nas paredes, só porque teria três filhos pra criar.

Por causa dessa sua incumbência - de criar os filhos -, não pode também o tal vizinho, fazer todos os demais moradores do local, respirar a tinta com as quais ele pintaria os automóveis na sua funilaria.

E o que dizer do doido que, invadindo as madrugadas, fazendo o maior escarcéu com aquele projeto de banda musical, induzindo depois os parentes, e demais autoridades a acreditarem que os incomodados deveriam se retirar?

Está certo o maluco, ou deficiente auditivo, achar que por ele gostar de um determinado gênero musical, todos os demais à sua volta também gostarão? 

E com esse tipo não haveria escolha: se não gosta desta ou daquela música tem de gostar, na marra.

E o que falar da tese enojante de que os prejudicados devem ficar quietos sob pena de tudo piorar?

A gente não pode deixar de crer que esse comportamento opressor, autoritário e injusto seja o resto daquele que governou o Brasil de 1964 até 1985.

Chega de opressão. Chega de loucura.    

 

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publicado às 12:59

Nem ligue

por Fernando Zocca, em 28.08.13

 

Você já percebeu quanta verdade existe na frase "Só o amor constrói"?


Construção se faz para que haja o desenvolvimento das pessoas, das famílias, da sociedade e das nações.


Acontece que, em certas situações, para que haja o pleno progresso e desenvolvimento, é necessário a ocorrência das demolições.


Às vezes, os planos maiores não podem ser executados se não houver a coragem para demolir o que não está bem feito ou o que poderia prejudicar ainda mais se continuasse do jeito que estava.


O desabamento de um imóvel de dois andares, ocorrido ontem em São Paulo é uma prova disso.


Alguns trabalhadores já haviam alertado aos responsáveis pela obra, de que a construção, que estava na fase final, apresentava sinais de colapsamento.


Isto é, alguns pedreiros identificaram sinais de que os trabalhos não terminariam bem.


Com um pouco mais de bom senso, zelo, cuidado e respeito, os engenheiros e encarregados poderiam então interromper os serviços, para pelo menos, certificarem-se da veracidade das suspeitas.


Com alguma coragem a mais, tomariam a decisão de por tudo abaixo.


Se a interrupção dos trabalhos e a demolição tivessem ocorrido, não haveria a desgraça que houve e as famílias envolvidas não chorariam, como agora choram, as mortes dos seus entes queridos.


Portanto podemos concluir que, às vezes é bastante necessário, demolir as velhas estruturas, ou até mesmo as novas, que não demonstram segurança, para que os danos maiores não venham a ocorrer.


Perceba que um dos erros pode estar na combinação dos materiais. Não se pode utilizar elementos considerados de qualidade inferior para a formação de estruturas importantes.


A perícia constatou que na argamassa e concreto do prédio Palace II, que desabou no Rio de Janeiro, havia areia do mar. Ou seja, o material era impróprio para os fins que os construtores desejavam.


Além do barateamento do custo das obras, o que mais poderia indicar essa combinação equivocada de material, do que a negligência?


Sabe aquela velha forma de pensar "Ah, isso não dá em nada" ou "É assim mesmo, nem ligue" indicativa da negligência? Pois ela, com certeza, é também responsável pelas tragédias que poderiam ser evitadas.


Há quem afirme que esse tipo de mentalidade é consequência da impotência para a solução dos problemas. E o "nem ligue" conclusivo seria o reconhecimento de que não se pode mesmo fazer nada e que não seria má ideia deixar de lado as preocupações indo, na boa, tomar uma cerveja no bar da esquina.


Como punir os responsáveis?


Nada melhor do que as sanções pecuniárias para, em substituição das notas zero, das provas de cálculos estruturais, fazer ver aos responsáveis, que eles foram vergonhosamente reprovados.

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publicado às 18:48

LADRÕES JOGAM TIJOLOS NOS MOTORISTAS

por Fernando Zocca, em 18.07.11

 

Do Metro, Band e Globo News


Ladrões têm atirado tijolos nos para-brisas dos veículos que seguem pela marginal Pinheiros e Tietê, na tentativa de assalta-los. Os marginais jogam também pedras na pista, obrigando a parada, quando então ocorrem as abordagens criminosas.

Além disso, os motoristas têm sido vítimas dos arrastões que acontecem durante os engarrafamentos.  

Em decorrência desses fatos a Polícia Militar começa a usar hoje, por tempo indeterminado, 28 motos em 54 pontos das vias Pinheiros e Tietê.

O CPTran (Comando de Policiamento de Trânsito) também  atuará nas marginais, fazendo a fiscalização e o policiamento ostensivo como forma de ajudar os 12 batalhões da PM responsáveis pelas marginais.

Os policiais permanecerão por 12 horas em outros 13 trechos. Já na marginal Tietê, eles terão uma rotatividade maior se revezando em 37 pontos ao longo do dia.  Na marginal Pinheiros a PM terá viaturas 24 horas por dia em quatro pontos da pista.

Os motoristas devem ligar para o 190 e relatar a existência de objetos ou pessoas em atitudes suspeitas na via, ou nos canteiros.

Veja também no vídeo da Globo News uma reportagem sobre a ação dos ladrões.

 


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publicado às 18:37


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