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Dois Senhores

por Fernando Zocca, em 18.06.16

 

 

 

O governo da petista Dilma Rousseff tem como objetivo maior a política voltada ao povo.

Essa orientação diverge das ações do governo em exercício que demonstra privilegiar a classe política dirigente.

Na filosofia da primeira notamos os programas projetados para a satisfação das necessidades populares. Então O Minha Casa Minha Vida não tem outro escopo que não seja o de contemplar, com habitação própria, a milhões de pessoas hoje ocupantes dos cortiços e favelas.

O Bolsa Escola favorece, com incentivo financeiro, as famílias que têm crianças na idade escolar e não teriam como mantê-las estudando sem esta atenção especial do governo.

Da mesma forma, com este mesmo espírito de auxílio, de colaboração, existe o financiamento da agricultura, voltado aos agricultores familiares e às pequenas empresas do ramo.

O programa Mais Médicos objetiva a arregimentação dos profissionais da área da medicina dispostos a atenderem as populações residentes nas regiões mais afastadas dos grandes centros industriais e populacionais. 

Veja que a neutralidade do governo central relacionada às investigações da polícia federal que tem investigado, levado a julgamento, obtido a punição dos culpados envolvidos nos atos de corrupção, demonstra também que vale menos a salvação dos malfeitores do que a satisfação da sede e senso de justiça do povo.

Percebemos, por outro lado, a política direcionada às elites, à classe política dirigente, quando as intenções de abafamento das investigações contra a corrupção, e até mesmo com a promoção de mudanças na lei da delação premiada, pelo chamado “governo golpista”, começam a tomar vulto.

A política não pode servir a dois senhores ao mesmo tempo. Ou dá ao povo o que é bom para ele ou a César o que o revigora.

Neste sentido, desta forma, notamos que a intenção ingênua de agradar aos dois senhores, com as isenções fiscais feitas às indústrias, pelo governo federal, não trouxeram nada mais do que déficits de caixa dos tesouros públicos com a consequente necessidade de socorrer-se das reservas do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, quando do pagamento dos seus programas sociais.

É bom relembrar que essas operações bancárias não são consideradas irregularidades. Foram feitas por governos anteriores não questionados sobre o assunto.

Diante do quadro econômico mundial atual podemos perceber que a situação brasileira não é a única. Os países vizinhos da América do Sul, bem como vários outros da Europa, também passam por dificuldades econômicas semelhantes.

Desta forma seria bem duvidoso atribuir somente às diretrizes financeiras do governo federal a atual situação considerada bastante crítica.

A saúde monetária do país é o resultado da comercialização das suas produções agrícolas, industriais, dos seus prestadores de serviços, tanto no território nacional quanto no exterior com as exportações.

Ora, se não há produção, ou se há, mas não existe o consumo, a venda, a exportação, estabelece-se uma estagnação bastante insuportável para alguns setores mais sensíveis.

A fórmula para a saída, desta chamada crise, não é difícil de entender: basta gastar menos, economizar e produzir mais.

Quando o governo golpista, autorizando aumentos salariais ao poder judiciário e para pagar também as suas contas, imprime dinheiro, pinta papéis, está na verdade incentivando a inflação; desvaloriza a moeda colocando bilhões e bilhões de reais sem lastro em circulação.

E, meu amigo, para um país como o Brasil não haveria nada mais desagradável do que a inflação incontrolável. Já vivemos isso no passado. Rezemos para que esse mal não se repita.

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publicado às 22:22

Drone

por Fernando Zocca, em 27.03.16

 

 

 

Nunca antes em toda história do mundo houve tanto espaço para as pessoas escreverem e expressarem os seus sentimentos como agora nestes tempos da Internet.

O sujeito pode criar centenas de Blogs, páginas e mais páginas nas redes sociais, mas, mesmo assim, ainda tem aquele espírito de porco, cabeça de bagre anormal, que prefere escrever nas paredes e portas dos banheiros públicos.

É bom não confundir escrever no banheiro com garatujar nas paredes do recinto. A escritora inglesa Agatha Christie foi uma das que, da água morna da sua banheira, em Londres, escreveu centenas de histórias policiais que encantaram milhares de leitores, durante muitos e muitos anos, no mundo todo.

Mas por falar em banheiro lembrei-me de uma figuraça da política piracicabana, hoje deputado federal. Diziam que ele esteve mais tempo nos cargos legislativos do que os dinossauros no período triássico.

Com relação a essa figura, pessoa de alta estatura, fala mansa, cabelos brancos, hoje já bem encarquilhadinho, diziam as vozes das ruas, que ele gostava de passar as férias na Europa, onde nos banheiros públicos londrinos, expressava os seus afetos libidinosos diversos da conjunção carnal. 

Se era verdade ou mentira não se podia confirmar. Como não se confirmava também que há muito tempo, quando um jovem cortador de cana chegou a Piracicaba vindo num dos 100 ou 150 ônibus fretados pelo filho de um usineiro que, naquela época era pretendente ao cargo de prefeito, e conhecendo o deputado frequentador dos banheiros públicos, resolveu lançar-se candidato a vereador, mas não sem antes trocarem carícias no banheirinho do diretório do partido.

O então trabalhador braçal, transformado em candidato a vereador, lançou a sua candidatura na garagem de uma casa que ficava defronte a um estacionamento na Rua São José.

Ele começou tão bem, dando churrasco e cerveja pra quem quisesse, servidos nas mesas distribuídas na garagem do diretório, que há 28 anos ainda ocupa uma cadeira na câmara municipal. Que sorte, hein?

Essa parceria entre o deputadão de Brasília e o ex-cortador de cana (hoje ainda vereador), rendeu também certas alianças garantidoras de várias e várias gestões do partido no executivo municipal.

Quem tem mais de 40 anos sabe que Pelotas no Rio Grande do Sul e Campinas SP tinham, no passado, a fama de serem cidades onde havia a maior concentração de gays. Mas nunca se soube se o prefeito, vereadores ou deputados das tais cidades eram homossexuais, como afirmavam serem os de Piracicaba. Aqui não há quem ganhe dessa turma.

Olha já vou avisando que não tenho nada contra os gays ou lésbicas. O que não é certo acontecer é ser tachado de homofóbico por discordar da política de vereador ou prefeito homossexuais.

Da mesma forma creio ser errôneo dizer que o cidadão é racista por discordar da política do vereador negro.

Mas agora me diga: tem atitude mais absurda do que criar um curso, uma escola, para vereador recém-eleito? Quem faz esse tipo de coisa não imagina que os novos escolhidos seriam tão idiotas a ponto de precisarem de ensinamento escolar?

Como a gente sabe que as pessoas julgam pelo que elas são, não é difícil imaginar que o vereadorzinho, que tentou instalar um curso supletivo de vereador, estava naquele tempo, logo depois de eleito, mais desorientado e perdido que cego em tiroteio.

A gente brinca, mas a coisa é bem séria. Quando pomos um sujeito desses lá na câmara municipal, ou prefeitura, sabemos que é o IPTU que a gente paga que vai garantir o salário dele.

Teoricamente o camarada eleito é empregado do povo. E aí a gente pergunta: o que faz o sortudo em troca do dindim que recebe?

É bom fiscalizar, ficar atento, acompanhar as sessões camarárias. Afinal não é difícil que o sujeito que você favoreceu com seu voto venha a fazer coisas prejudiciais a todo mundo como essa recente da majoração injusta dos preços da água.

A gente sabe que tem vizinho fuxiqueiro e enxerido que nem aqueles drones. Conhece aqueles objetos voadores que, com câmeras, invadem as áreas alheias? Então...

Mas o pior mesmo acontece quando esse tipo de chato, apesar de tudo, se elege vereador. Aí já viu né? Já imaginou o tipinho discursando na tribuna da câmara municipal?

 

 

 

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publicado às 21:29

Bafafá na Câmara Municipal 

por Fernando Zocca, em 02.03.16

 

 

 

Vereadores, representantes do Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE) e populares agrediram-se fisicamente ontem (01/03) durante a audiência publica realizada na câmara municipal de Piracicaba.

O ato público tinha como objetivo ouvir as explicações do presidente da autarquia municipal Vlamir Schiavuzzo sobre os aumentos abusivos nas contas de água.

Presidida pelo vereador Laércio Trevisan Jr., sessão foi realizada, desde o início, sob um clima tenso que a aparente calma do engenheiro Schiavuzzo não conseguiu dissipar.

Centenas de cidadãos reunidos no andar de cima, revoltados com as consideradas injustiças perpetradas, desde há muito tempo, pelo representante do PSDB na cidade, acompanhavam pelo telão, as ações que aconteciam no plenário da casa.

As perguntas escritas, feitas por vereadores, populares e jornalistas, eram encaminhadas à mesa, onde o presidente do SEMAE, da empresa terceirizada Águas do Mirante tentavam responder sem no entanto conseguir justificar o tremendo desequilíbrio causador de tanta revolta popular.

Vlamir Schiavuzzo que também é o presidente do PSDB em Piracicaba foi prefeito de Saltinho, de onde se transferiu para Piracicaba.

Há 11 anos no controle da empresa municipal, a administração do engenheiro Schiavuzzo é acusada, por milhares de cidadãos e vereadores oposicionistas, de gestão temerária cujo objetivo seria o de privatização da entidade por meio de sucateamento prévio.

O líder do PSDB na câmara municipal vereador Pedro Cruz, numa tentativa de reação em defesa dos motivos de tanta revolta afirmou que não poderia condenar as atitudes da diretoria do SEMAE por não ter contra ela os números.

Calou-se vergonhosamente o vereador quando lhe exibiram as contas de água com os números injustos e equivocados nelas estampados.

Os vereadores que defendem a politica do SEMAE, ao fazê-lo opõem-se contra os interesses da população.

José Aparecido Longatto, Márcia Pacheco, Madalena, Ary de Camargo Pedroso, João Manoel dos Santos, André Bandeira, Luizinho Arruda e outros, que são a base de apoio desta política danosa do PSDB em Piracicaba, com certeza desejarão (e muito) se reeleger, participando das eleições deste ano de 2016.  

 

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publicado às 11:16

Faíscas Perigosas

por Fernando Zocca, em 11.02.16

 

 

 

Ibirapuera 08 02 2016 034.JPG

 

Na segunda-feira, (8/2) em São Paulo (foto) logo de tardezinha, caiu uma tempestade, meu amigo, que vou te falar: não foi brinquedo não.

Relâmpagos precediam os trovões sincronizados com os raios que aqueciam ou calcinavam onde tocassem.

A carbonização, isto é, a queima da madeira, por exemplo, d´uma árvore, não deixa de fazer lembrar o uso dos eucaliptos na alimentação do fogo dos antigos fogões a lenha.

Muito antes da chegada do gás butano como combustível usual nas cozinhas, os alimentos eram feitos com a cineração das árvores.

Havia estabelecimentos especializados (as carvoarias) em fornecer o carvão para as pessoas; tinha também os dedicados ao reflorestamento que empregavam trabalhadores e maquinário pesado como os tratores.

O mesmo tipo de lenha usada pelas pessoas no preparo dos alimentos era utilizado nas fornalhas das locomotivas movidas a vapor.

Perceba que a queima, o crepitar do madeiro, tem o inconveniente de produzir fumaça e as faíscas perigosas.

E, do mesmo jeito que alguém, ao receber poeira, ou areia nos olhos, buscava socorro nos assopros dos familiares, na água fria das torneiras, ou corria para a farmácia, quando uma fagulha do braseiro, entrava-lhe nos olhos, não tinha outras alternativas terapêuticas além destas.

Depois de passados os momentos de maior desconforto os apelos à Santa Luzia reforçavam a esperança da pronta recuperação e, se possível, o castigo dos possíveis causadores de tantos males.

Desde os mais remotos tempos da vida política brasileira (de Dom Pedro II), por exemplo, o “carbone” (carvão) servia também para os pintores esboçarem os temas das suas telas.

Da mesma forma que a retirada da areia do fundo dos rios pode causar danos ao meio ambiente, a impermeabilização desvairada das grandes extensões de terra, com pedra britada e asfalto, dificulta o escoamento das águas das chuvas, (vindas com muitos relâmpagos, trovões e raios) causando enchentes danosas.

Este ano – 2016 – é daqueles em que ocorrem eleições. Permita Deus que a lucidez da cabeça de alguns políticos possa fazer inserir na constituição da república o voto voluntário, facultativo.

A desobrigatoriedade do ato de votar pode amenizar a consciência de que gente muito desonesta como prefeitos, vereadores e deputados, enriquecem ilicitamente com minha ajuda, meu voto.

Não creio e nem espero nada de político nenhum. Na minha opinião a imensidão dos encargos impostos aos cidadãos reduzir-se-ia em muito se não tivesse a nação a obrigatoriedade de pagar salários e benefícios a essa gente que mais empobrece que enriquece o país.

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publicado às 17:58

Baby

por Fernando Zocca, em 19.03.15

 

 

Nesta guerra entre emissoras de TV, partidos políticos, ideologias celestes, filosóficas, esportivas, comerciais e industriais, o cidadão fica mais perdido que o cego no tiroteio.
Todos querem provar que suas atitudes são as melhores, as ideias mais recomendáveis e infalíveis.
Então você vê irmão brigando com irmão por causa de herança, vizinho atacando vizinho porque não gosta dele, padrasto humilhando enteado que demonstra ciúme da mãe e por ai vai.
Nessa bagunça toda tem gente que emite palavra quando espirra ou tosse. Você já viu isso? Pois fique sabendo que existe.
Não é nada raro, nesse clima, a instalação dos dilemas homéricos na cabeça dos embasbacados. Direita ou esquerda, Corinthians ou São Paulo, esposa ou amante, Avenida Paulista ou Copacabana, psicologia ou filosofia, blog ou site, Fluminense ou Flamengo, São Paulo ou Rio de Janeiro, espiritismo ou catolicismo?
Se a paz do cidadão mantiver estabilizada, livre dos sustos provocados pelas explosões das bombas surpresa, então pode-se dizer que tudo, de certa forma, uma hora ou outra, se acomodará.
A gente sabe que sem dinheiro não se faz nada. E quando você descobre que foi covardemente roubado e em consequência disso afunda-se inapelavelmente na miséria, sua tendencia de paciencioso tende a fortalecer.
Mas se isso não acontece, você pode se juntar ao MST, organizar-se, pensar em ordem unida, disciplina e, com o devido respeito, "mandar ver".
Como é que pode, neste século XXI pessoas, ou grupelhos perseguirem alguém em nome do que quer que seja?
O tempo da inquisição já passou há muito. Mas você ainda acha que os radicais que atacaram o jornal frances Charlie Hebdo não tem uma ramificaçãozinha aqui no Brasil?
Loucos existem em todos os lugares. E, travestidos, em nome das teorias obscuras oprimem e destroem.
Uma das definições do direito é "dar a cada um o que é seu". Não seria nada novo dar a Cezar o que é de Cezar, a Deus o que é de Deus, à Petrobras o que é dela e a herança ao herdeiro.

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publicado às 14:34

Glória e Glamour

por Fernando Zocca, em 02.03.15

 

Chacrinha, o velho guerreiro, já dizia: "quem não se comunica, se trumbica".
E você sabe que comunicação além da pessoal, face a face, há a chamada comunicação de massa.
Esta se dá, por exemplo, quando um veículo de comunicação social, tipo jornal, expõe ao público suas ideias e opiniões.
O mesmo fenômeno comunicativo ocorre com as rádios, TVs, revistas, e agora, recentemente, com as chamadas redes sociais da Internet.
A importância dos meios de comunicação de massa está também na influencia sobre o público, que pode eleger, ou até mesmo desbancar um governante.
Não é à toa que a imprensa é conhecida como "o quarto poder", depois do executivo, legislativo e judiciário.
O poder manipulativo das massas é tão relevante que alguns governos autoritários perdem logo a paciência com as exposições, como ocorre na Argentina, na Venezuela, na Russia e dezenas de outros paises.
Aqui no Brasil o caso mais conhecido de tentar calar a imprensa foi o do ditador Getúlio Vargas que atuou diretamente na obstrução dos jornais manifestantes das opiniões contrárias às suas políticas.
A comunicação social não deixa então, de ser uma expecie de forma de governo, de dirigir as ações, os comportamentos, criando moda dizendo o que é certo ou o que é errado.
Na Russia, recentemente, um opositor ferrenho do governo autoritário de Putin, foi cruelmente assassinado depois de encontrar-se com uma modelo belíssima e estar com ela caminhando pelas ruas de Moscou.
Quem comparar esse tipo de emboscada com o golpe do "suadouro" aplicado por bandidos e prostitutas nos incautos não estaria tão redondamente enganado.
A propriedade de um veículo desses, de comunicação, além de grande prestígio e respeito aos seus proprietáios não deixa de assegurar também muita riqueza e satisfação pessoal.
Dentre os meios de se comunicar com o público o mais eficiente é, sem dúvida, a televisão.
Com ela todos os públicos são atingidos inclusive o de menor instrução escolar.
O grupo dono de emissora de TV estará sempre cercado por politicos influentes, artistas, escritores, iindustriais, religiosos.
Sempre haverá momentos em que a receita da empresa de comunicação terá mais consistência - aportes financeiros - dos contratos com os governos federal, estaduais e municipais do que com as demais instituições civis.
Quando isso não ocorre ou é dificultado por divergências de ordem ideológica, o "espancamento" da política, do partido ou até mesmo da figura do governante, será a constante na programação da emissora.
É claro que o surgimento de uma nova fonte de informação, para o público em geral, não é fácil de acontecer. Haverá sempre os empecilhos burocráticos, as opiniões contrárias, os momentos desagradáveis, mas também a glória e o glamour farão parte constante dos que conseguem atingir o ponto máximo.

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publicado às 16:24

Cristina e suas aprontadas

por Fernando Zocca, em 26.01.15

 

Alguém duvida que a presidente Cristina Kirchner era a maior interessada na morte do procurador federal Alberto Nisman?
Ha pouco tempo Cristina, e seu governo, buscavam calar a imprensa, sobretaxando o papel e todos os demais componentes utilizados na veiculação das notícias impressas.
Alberto Nisman investigava, há 10 anos, a responsabilidade do governo argentino na dificultação das investigações do ato terrorista que vitimou 85 judeus em Buenos Aires.
Fora as denúncias de corrupção, todos os demais fatores mantenedores de Cristina, e seus aliados no poder, estão abalados, mais por frustrarem, do que atenderem as expectativas do eleitorado.
Cristina defende-se dizendo que, realmente, não foi suicídio mas sim ato criminoso da oposição, objetivando culpar seu governo.
As más linguas, no entanto, garantem que ela teria se saido muito melhor, em silenciar o opositor, se lhe tivesse ajeitado uma namoradinha, cuja função seria corneá-lo, discretamente, toda vez que pensasse em dizer algo desagradável, não aceito por seu gabinete.
Ou ainda, a Casa Rosada poderia até financiar um curso universitário ao procurador. Se ele persistisse nas denúncias sofreria dissabores na universidade. Em caso de abandono das aulas teria conceitos desabonadores desta sua conduta.
Ainda que mal comparando existem semelhanças entre esse crime bárbaro e o ataque feito por seguranças de Getúlio Vargas, comandados por Gregório Fortunato (Anjo Negro), contra Carlos Lacerda e acompanhantes, no dia 5 de agosto de 1954, na Rua Toneleiro, quando morreu o oficial da Aeronáutica Rubens Florentino Vaz.
Esse episódio culminou no suicídio de Getúlio no dia 24 de agosto de 1954, no Palácio do Catete, Rio de Janeiro.
Governantes que se mantém no poder corrompendo, sendo corrompidos, matando e mantendo o povo na miséria, no sofrimento, não teriam mesmo outra alternativa do que a de deixarem os cargos tranquilamente sem promover mais derramamento de sangue.
Cidades cujas populações sofrem com as deficiências dos atendimentos médicos, de segurança, de saúde, educação e transporte dar-se-iam por satisfeitas se tivessem como prefeitos e vereadores pessoas dispostas a sanar as causas destas falhas todas e não em reprimir os descontentes.

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publicado às 00:28

O Senhor das Ondas Sonoras

por Fernando Zocca, em 13.12.14

 

É muito comum haver, nas pequenas cidades do interior, aquele vovozinho dedicado ao trato das coisas antigas.
Então, não é raro ver o velho cidadão, apaixonado por carros antigos, que costuma restaurar, gastando com mecânicos e funileiros, ser também diretor, presidente ou chefe de seção de asilos para idosos.
Por ser muito popular o cidadão prestante, geralmente se elege uma, duas ou até mais vezes para os cargos nas assembléias legislativas municipais e estaduais.
Depois de eleito, no exercício pleno da deputação, é frequente o recebimento da concessão de rádios, jornais e TVs, usados na manutenção do cargo por muitos anos, e a amealhação da riqueza pessoal.
Não deixa então, de ser a coisa mais comum do mundo, o uso dos programas radiofônicos, com o pretexto de defender, e valorizar o local que lhe mantém o sustento.
Acontece que quando o velho deputado deve escolher entre a prática da justiça ou da injustiça, porém com a manutenção do seu eleitorado, ele, invariavelmente escolhe a segunda opção.
Então as localidades afastadas, onde o cidadão comum não tem acesso à comunicação social, tornam-se os palcos das mais vergonhosas ações de opressão, desmandos, perseguições, crimes e covardia.
Mas nem só com a violência física consegue manter a sua liderança o bom velhinho já bem distante das tribunas.
Não haveria arma mais poderosa do que aquela do "amor inventado", do qual faz - o senhor das ondas sonoras - emergir, ao seu bel prazer, o ciúme e o ódio.
Mas quando lhe frustram os intentos, o que mais haveria de fazer o velho coronel, despossuído dos poderes outrora garantidores de toda pompa, honra e glória, ainda que forjadas?
Deve o velho político cuidar bem de todos, sem exceção, sob pena de, ao lhe secarem os poderes do Gigante Amaral, do Lothar ou até mesmo do Fantasma, ver-se, na aproximação do inverno da vida, mais desnecessário do que geladeira no polo norte.

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publicado às 20:25

A atriz e o bolo

por Fernando Zocca, em 06.12.14

 

 

 

 

 

 

 

Quem não gosta de bolo, não é verdade? Ainda mais se for daqueles dos quais saem de dentro uma loura

exuberante. Já imaginou?

Como assim? Sai mulher de dentro do bolo? 

Pode não ser comum, mas não é mentira ou invenção minha. O fato aconteceu de verdade.

Na comemoração do 45º aniversário do então presidente dos Estados Unidos, John Fitzgerald Kennedy, a atriz Marilyn Monroe saiu esfuziante de dentro de um bolo imenso, cantando "parabéns a você".

A festa aconteceu com antecedência de dez dias, em 19 de maio de 1962, no Madson Square Garden.

John F. Kennedy (29/05/1917 - 22/11/1963) foi o 35º presidente dos Estados Unidos. Eleito em 1960 aos 43 anos, tomou posse em 1961, e governou até ser assassinado, aos 46 anos, por Lee Harvey Oswald em Dallas, Texas, no dia 22 de novembro de 1963.

O nome de batismo de Marilyn, nascida no dia 1 de junho de 1926, em Los Angeles, Califórnia, era Norma Jeane Morteson.

Marilyn Monroe tinha outros codinomes, foi casada várias vezes e participou de inúmeros musicais. Destacou-se também no drama Bus Stop de 1956.

Em 1963 eu tinha 12 anos de idade. Lembro-me perfeitamente da matéria sobre o assassinato do presidente, exibida em preto e branco, pela TV. 

John Kennedy e sua mulher Jacqueline, no dia 22 de novembro de 1963 (sexta-feira) eram conduzidos, num desfile em carro aberto, pela Praça Dealey, na cidade de Dallas, quando às 12:30, foi atingido por dois disparos feitos por Lee Harvey Oswald. 

O assassino era empregado de um armazém chamado Texas School Book Depository situado sob o número 411, na esquina das Ruas Elm Stret e Houston, de onde efetuou os disparos. 

Hoje, no local há um museu. 

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publicado às 23:30

A galera internacional

por Fernando Zocca, em 30.11.14

 

 

Algumas observações sociológicas nos dão conta de que a era industrial, iniciada por volta de 1750, chega finalmente ao fim.

Nesse espaço de tempo - entre a metade do século 18 até o advento da Internet - quem não tivesse uma colocaçãozinha produtiva que fosse, numa fábrica qualquer, era logo diagnosticado como deficiente. 

E se antes o trabalhador braçal julgava ser vagabundo o servidor sedentário, hoje em dia, com o desenvolvimento dos equipamentos substituidores da força muscular, - as colheitadeiras de cana, por exemplo - ele pode falar o mesmo de si próprio. 

Sabe-se que até nos casos em que a morfologia não favoreceu plenamente os componentes do grupo turbulento, na grande maioria das situações de conflito, pode haver a acomodação, com a aplicação das penalidades legais.

Considero, no presente momento, os maiores vilões da paz social, a ausência da educação, da cortesia, da solidariedade, agravados com o analfabetismo, uso abusivo do álcool, drogas e tabaco.

Esses elementos, mais a omissão das autoridades, são os ingredientes do desassossego de uma rua, de um quarteirão, de um bairro inteiro.

Não é possível manter a opinião "os incomodados que se retirem", quando a efervescência antissocial é produzida contra as leis. 

Como pode a sâ consciência de um deputado federal, de uma "dirigente espiritual", e outras mentalidades legislativas/executivas municipais, fazerem crer que todos os que se incomodam - por exemplo - com os ensaios de uma banda se mudem do local, mesmo sabendo que o tal grupo invade as madrugadas, espargindo o pandemônio, confrontando a legislação existente? 

É claro que o conflito não terminaria bem para os que, afrontando as disposições legais antes aceitas, renega-as no momento considerado oportuno, em benefício próprio e em detrimento dos outros. 

O suprassumo da incoerência, do contraditório, da injustiça dos dois pesos e das duas medidas, não podem nunca sobrepor-se sob pena do arrepio geral da galera internacional atenta.

Mesmo por serem os turbulentos, infratores do sossego público, tidos como carecedores dos bons substratos fisiológico/morfológico, bases da boa saúde mental, não haveria ausência da compreensão do que seria certo ou errado, razão pela qual a impunidade serviria como estimuladora de mais e mais distúrbios. 

Como progridem as personalidades se não recebem, plenamente, o que lhes proporcionam as suas más obras?

A alegação do desconhecimento da lei não exime os infratores das penas a eles cominadas. 

 

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publicado às 16:37


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