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Quer aparecer

por Fernando Zocca, em 30.12.14

 

 

O que seriam das TVs, das câmeras filmadoras, fotográficas, dos filmes e das apresentações teatrais se prevalecesse a noção de que o exibir-se é condenável?
Não podemos deixar de crer que reprovam as manifestações pessoais, ao público - o querer aparecer - todos aqueles que julgam não ter predicados para fazer o mesmo.
Há indivíduos portadores de personalidades psicóticas que não admitem ser olhados por julgarem ter algo físico causador da zombaria. 
Na maior parte das vezes, porém, a base do desejo de viver às ocultas, pode estar na autoestima debilitadíssima. 
Então, ao contrário do que fazem as pessoas do mundo inteiro, postando na Internet selfies e filmes com imagens próprias, os que se menosprezam, procuram hostilizar moral e fisicamente aqueles que assim agem ao seu redor.
O que se vê é a negação da tecnologia ou a sua incapacidade para utilizá-la em proveito próprio. Na verdade é a negação de si mesmo e tentativa de sufocação dos que não são reputados semelhantes. 
Desconsiderando as possíveis descompensações orgânicas, razões prováveis de tanta insensatez, conclui-se que a deficiência, no aproveitamento dos benefícios trazidos pela tecnologia, só pode ter origem na falha da educação fundamental. 
Agora adicione-se à essa formula o uso imoderado do álcool, tabaco, e drogas ilícitas. 
O resultado é a exacerbação dos núcleos retardatários agressivos, impermeáveis às tentativas de socialização.
Das hostilidades morais, partem então, os criminosos, para a intimidação, o constrangimento; não raras vezes eles - os criminosos - obtém o beneplácito de algumas "autoridades" do legislativo/executivo, mal informadas ou desejosas de retaliação. 
O absurdo nisso tudo é fazer os incomodados retirarem-se quando os incômodos são a expressão das violações das leis. 
O inacreditável nisso tudo é o temor de frequentar as cerimônias religiosas da paróquia, das reuniões dos grupos filantrópicos e praticar as ações a eles relacionadas. 
Quando isso ocorre, meu amigo, inexiste nada mais educativo do que a aplicação das penas impostas pelas leis. 
É o que temos dito.
Faz tempo.

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