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Nestes 16 dias que estivemos na cidade do Rio de Janeiro, tivemos a oportunidade de assistir celebrações religiosas em Igrejas distintas de lugares diversos.
Numa delas foi na do Santo Cristo (foto). Na peregrinação em que "As raposas tem suas tocas e as aves do céu seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça", não é incomum encontrar pessoas com a sorte semelhante.
Depois de uma missa sentei-me num dos bancos da praça onde antes ali havia um cidadão já acomodado.
Os diálogos, que nestes casos, começam sobre o tempo e a temperatura, naquele momento principiaram com o lamento choroso de quem dizia ter perdido todos os seus bens em decorrência de alguns atos escusos praticados por seus familiares.
Subnutrido, mal vestido, sem banho há dias, o homem explicava que a confiança que depositara em seus irmãos, numa questão de herança, valeu-lhe a perda da parte que lhe cabia, restando-lhe somente o sofrimento.
Suas lágrimas embargavam-lhe as palavras e sua questão principal era saber o que teria feito - e em qual momento da sua vida - de tão ofensivo assim à irmandade.
Expliquei-lhe que independente dele haver ou não feito algo que ofendesse profundamente os irmãos, o caráter deles seria o determinante das condutas justas ou injustas, relacionadas às questões de herança.
Desta forma, expliquei, se tivessem eles mais crueldade nos corações, do que compaixão, certamente que não seria este ou aquele erro, este ou aquele acerto, os determinantes das atitudes corretas relacionadas aos bens da herança.
O homem seguiu dizendo que com alguns documentos seus e seu nome, abriram contas bancárias, fizeram aquisições no comércio e depois, sem pagar, sumiram deixando-lhe somente a reputação de estelionatário.
Ele dizia-se temeroso quanto ao futuro. Sem ter para onde ir, o que comer, o que fazer, e a quem recorrer, indagava-me se podia ajudá-lo.
Sem dúvida nenhuma este - dentre outros milhares - era mais um caso para a assistência social do município, para as caridosas almas cristãs e o predomínio do reino dos céus.
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