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O Berimbau e o Piano

por Fernando Zocca, em 30.05.16

 

 

 

Ficamos felizes quando ganhamos presentes bons, úteis; mais alegres ainda se, ao recebermos os agrados, somos crianças.

Cremos que em qualquer idade, tanto na infância quanto na velhice, os presentes podem significar o grau de importância atribuída ao presenteado, por aqueles presenteadores.

Quando ainda pequenos o quanto não nos pode agradar os brinquedos recebidos de um conhecido, mesmo sabendo que eles não são novos?

A troca da posse, a mudança do domínio sobre os objetos infantis, ou mesmo das coisas desejáveis pelo adulto presenteado, indica a diminuição de certo valor do rol dos bens de quem presenteia, em troca da satisfação e prazer do favorecido.

O objeto presente, ou a coisa com que se presenteia, precisa ser próprio do presenteador; se assim não for haveria a caracterização daquela prática condenável de “fazer gentileza com chapéu alheio.”

Mas o objeto presente, isto é, a coisa com que se agrada a alguém, não é a mesma (embora até possa ser) do que o estar presente, por exemplo, numa sala de aulas ou sessão camarária.

Nem sempre presentear significa o desejo sincero de alegrar ou felicitar o presenteado; tanto é assim que o tal “presente de grego” não é salutar aos considerados amigos.

E aos que consideram que “ninguém dá ponto sem nó”, a função do presente seria a da obtenção da satisfação posterior.

Então, desta forma, não seria nada esquisito que, numa determinada época do ano, alguém presenteando seus concidadãos com um pé de sapato, do tênis caro, ou mesmo com a metade duma nota de dinheiro, prometesse doar a outra parte, logo depois de eleito.

Revestidos de retribuições são os presentes que se obtém na forma de vitórias nas licitações públicas de determinadas cidades, estados ou país.

Já imaginaram o que seria de certos candidatos sem as empreiteiras que lhes financiassem as campanhas?

Nem sempre a troca de presentes está restrita às datas importantes, como por exemplo, no Natal. Neste sentido o entendimento de presentear deve ser o de troca de favores; ou seja: “Você me dá a grana pra financiar a campanha e eu te dou o direito (por passes de mágica nas licitações), de fazer as obras públicas com os superfaturamentos rendosos, é claro”.

Mas presentes bons mesmo são aqueles que suprem necessidades, carências, precisões.

De nada serviria a alguém receber algo que já tivesse. Então, camisas para os descamisados, sapatos para os pés descalços, casas para os desabrigados, empregos para os desempregados, e amores para os mal amados, não seriam presentes desnecessários.

Se o berimbau e o piano têm cordas ou fios não são as crianças que o sabem. Melhor presente seria informar sobre o desconforto que as traquinagens infantis causariam aos adultos do que levá-las ao cometimento dos atos condenáveis pela família e a sociedade.

Mas político não é professor, compreende? Se para este o objetivo é conduzir seus alunos aos bons caminhos e ideais, para aquele a preferência seria a de salvar-se da penúria, mesmo que com isso causasse o arruinamento das instituições da sua cidade, do seu estado ou país.

Infeliz o político que ao enganar, mentir, subtrair para si, ou para alguém, as coisas públicas, pensa que faz igual aos jogadores de futebol, que com aqueles seus dribles fabulosos, enganam os adversários, levando o seu time à vitória.

 

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publicado às 11:34

O Destino Final

por Fernando Zocca, em 22.05.16

 

 

 

Mônica Lewinsky.jpeg

 

Que auxílio mais significativo, os fabricantes norte-americanos de veículos, poderiam receber do seu governo?

É claro que não haveria incentivo maior, para a produção de carros e caminhonetes grandes, como a redução dos preços dos combustíveis.

Então, se as vendas andavam raras, com essa “forcinha” governamental, baixando os preços da gasolina, e os outros derivados do petróleo, a indústria e o comércio dos veículos, conhecidos por consumirem muito combustível, estão agora sob bons ventos.

Não há como negar que a proximidade das eleições inspiraria esse e muitos mais outros atos oficiais componentes do enorme pacote de bondades ofertados pelos ocupantes da Casa Branca.

Nesses tempos são mais fortes os motivadores da queima despreocupada dos derivados do petróleo – retirados do subsolo e incinerados na atmosfera – do que a minimização do desconforto dos ambientalistas queixosos da contaminação do ar, da água e da terra.

A corrida presidencial para ocupar a Casa Branca chega a um momento em que os Democratas, há já um bom tempo na presidência, ainda não decidiram quem será o seu candidato real: se Hillary Clinton ou Bernie Sanders.

Os Republicanos, que no Brasil se equivaleriam ao PSDB, despontam com Donald Trump, um bilionário obcecado em defender os valores, as instituições, o povo norte-americano, com a construção de muros na fronteira do México e com a proibição da entrada dos muçulmanos no país.

Hillary é esposa do ex-presidente Bill Clinton que participou de um episódio escandalizante da instituição, quando manteve relação amorosa com a estagiaria Mônica Lewinski (foto), num dos salões da Casa Branca.

A estagiária escreveu até um livro contando a história. Diziam as más-línguas que logo depois dos fatos tornarem-se do conhecimento da opinião pública, ela não podia ver alguém chupando sorvete, pirulito, ou tocando flauta doce, que adoecia.

Mas Hillary é a primeira mulher com grandes possibilidades de exercer o cargo de presidente dos Estados Unidos. Essa tendência das mulheres ocuparem os mais importantes postos de comando é mundial. No Chile, Argentina, Alemanha e Brasil as mulheres superando os limites, foram eleitas, governam e governaram sem maiores problemas.

Quando o machismo cruel deixa de influir de forma tão sufocante parece que a fluidez de tudo fica mais favorável.

Mas é certo também que a incompreensão, a falta de paciência e a queda para as atitudes precipitadas podem, utilizando dois pesos e duas medidas, abreviar de forma bem injusta, o mandato de quem o obteve legitimamente.

São raros os golpes destituidores de presidentes e chefes do executivo nas nações mais antigas. Há quanto tempo não se fala nisso na Itália, França, Alemanha, Espanha, Portugal e outros?

Talvez o mais constante uso dos meios racionais de resolver os problemas – em detrimento dos impulsivos - seja o componente indispensável das causas da paz aparente nestes países.

Afinal, conversar vale mais do que agredir com “voadoras” o suposto adverso. Dialogar custaria menos do que os bofetões e safanões em quem não poderia concordar com o que não lhe agradasse.

Não devemos fazer aos outros o que não desejaríamos que fizessem conosco. É bom, salutar até, que façamos a alguém tudo o que gostaríamos que nos fizessem.

Desta forma muitos conflitos se resolveriam; haveria sossego e muitos mais bons momentos durante essa caminhada até o destino final.

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publicado às 18:16

Árvore alta

por Fernando Zocca, em 03.04.16

Neste verão passado, chuvas torrenciais, muita água e vento, durante as tempestades, derrubaram milhares de árvores na capital paulista.

Houve muitos prejuízos materiais, feridos e até mortos. A imprevisibilidade e a negligência podem estar no rol das causas dos tantos males sofridos pelos cidadãos.

Quando a gente vê uma árvore muito grande, bem alta, já envelhecida, com o tronco muita vez circundado por parasitas, pode imaginar que suas raízes já não são as mesmas. Então quando surgem as ventanias elas simplesmente não aguentam vindo ao solo causando a destruição.

Aqui em Piracicaba existem centenas de árvores muito altas, cujas copas espalhando-se pela vizinhança do tronco, acumulam muita água das chuvas tornando o peso praticamente insuportável para as raízes já não tão saudáveis.

Muitas e muitas pessoas diante de um problemão desses liga para o 156 da prefeitura comunicando a possibilidade dos estragos que a situação pode causar.

Mas nem sempre os moradores são atendidos. A posse dos protocolos e mais protocolos, da entidade pública, solicitada a resolver os problemas, não vale nada.

O sujeito perde mais tempo indo atrás das pessoas responsáveis pela solução destes imbróglios do que ganha esperança de resolvê-los.

E quando a canseira é bem maior do que o medo de que a queda da árvore possa danar os automóveis, os telhados, os muros e as casas dos moradores, então não resta nada mais do que rezar pedindo a Deus o livramento das chateações tamanhas.

Apesar de existirem normas reguladoras desse assunto donde emanam enunciados de que quem promover o corte ou a poda da árvore, existente na rua, pode ser apenado com multas pesadas, ainda, mesmo assim, tem quem destrua a planta existente defronte a sua casa.

E como geralmente quem faz isso é muito “esperto”, aos possíveis questionamentos das autoridades, sempre poderá responder que “ela estava podre e morreu”.

Uma técnica observada, com muita frequencia, na ação fatal contra as árvores, é a do anelamento que consiste em tirar a casca do tronco, na altura da raiz.

Passadas algumas semanas depois deste ato vandálico, o vegetal começa a secar. Da mesma forma que o cão, envenenado por uma vizinha maluca, morre aos pouquinhos, sem chance de sobreviver, a árvore inicia também, sem poder se nutrir e respirar, um processo mórbido deixando cair as folhas; seus galhos logo secam inapelavelmente.

Então, da mesma forma que o dono do cão neurótico, louco, que ataca as pessoas nas ruas, ao ser questionado, afirma não ser o proprietário dele, o matador das árvores nega veementemente não ter sido ele o autor da tão condenável atitude.

O mal que habita pessoas assim é o mesmo que leva o deputado federal a receber propina depositando a fortuna no exterior.

Ou seja, não haveria um mínimo de consideração para com as coisas, inclusive as públicas. A perversidade é mais intensa do que o medo das possíveis punições que os tais meliantes possam receber.

Perceba que a alegação do desconhecimento da proibição da prática do ato destruidor da árvore pode, muita vez, encorajar a mentalidade insana a diariamente buscar a degeneração do vegetal plantado na calçada, bem na frente da sua própria casa.

Os “cabeças de burro” de um quarteirão valorizam mais os zumbidos bizorrais que podem produzir suas gargantas do que a estética e a limpeza do lugar onde vivem.

É uma pena que, ainda hoje, os ensinamentos escolares sejam insuficientes para formar personalidades capazes de valorizar mais o todo, o ambiente em que vivem, do que seus direitos de serem loucos irresponsáveis, agressores impunes, daqueles a quem antipatizam.

Mas apesar disso tudo, meu amigo, a gente ainda tem esperança de ver o sujeito que mata as árvores, o cão do vizinho, o padrasto maligno que abusa sexualmente dos enteados, a doidona que sendo portadora de afecção pulmonar, usa teimosamente o tabaco, descontando depois o sofrimento obtido, no inusitado bater violento da porta do barraco, o deputado ladrão esperto, a gente ainda tem, repetimos, a esperança de vê-los receberem o retorno, as consequencias, que merecem.

Colhe-se o que se planta.

                                        

 

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publicado às 14:24

Drone

por Fernando Zocca, em 27.03.16

 

 

 

Nunca antes em toda história do mundo houve tanto espaço para as pessoas escreverem e expressarem os seus sentimentos como agora nestes tempos da Internet.

O sujeito pode criar centenas de Blogs, páginas e mais páginas nas redes sociais, mas, mesmo assim, ainda tem aquele espírito de porco, cabeça de bagre anormal, que prefere escrever nas paredes e portas dos banheiros públicos.

É bom não confundir escrever no banheiro com garatujar nas paredes do recinto. A escritora inglesa Agatha Christie foi uma das que, da água morna da sua banheira, em Londres, escreveu centenas de histórias policiais que encantaram milhares de leitores, durante muitos e muitos anos, no mundo todo.

Mas por falar em banheiro lembrei-me de uma figuraça da política piracicabana, hoje deputado federal. Diziam que ele esteve mais tempo nos cargos legislativos do que os dinossauros no período triássico.

Com relação a essa figura, pessoa de alta estatura, fala mansa, cabelos brancos, hoje já bem encarquilhadinho, diziam as vozes das ruas, que ele gostava de passar as férias na Europa, onde nos banheiros públicos londrinos, expressava os seus afetos libidinosos diversos da conjunção carnal. 

Se era verdade ou mentira não se podia confirmar. Como não se confirmava também que há muito tempo, quando um jovem cortador de cana chegou a Piracicaba vindo num dos 100 ou 150 ônibus fretados pelo filho de um usineiro que, naquela época era pretendente ao cargo de prefeito, e conhecendo o deputado frequentador dos banheiros públicos, resolveu lançar-se candidato a vereador, mas não sem antes trocarem carícias no banheirinho do diretório do partido.

O então trabalhador braçal, transformado em candidato a vereador, lançou a sua candidatura na garagem de uma casa que ficava defronte a um estacionamento na Rua São José.

Ele começou tão bem, dando churrasco e cerveja pra quem quisesse, servidos nas mesas distribuídas na garagem do diretório, que há 28 anos ainda ocupa uma cadeira na câmara municipal. Que sorte, hein?

Essa parceria entre o deputadão de Brasília e o ex-cortador de cana (hoje ainda vereador), rendeu também certas alianças garantidoras de várias e várias gestões do partido no executivo municipal.

Quem tem mais de 40 anos sabe que Pelotas no Rio Grande do Sul e Campinas SP tinham, no passado, a fama de serem cidades onde havia a maior concentração de gays. Mas nunca se soube se o prefeito, vereadores ou deputados das tais cidades eram homossexuais, como afirmavam serem os de Piracicaba. Aqui não há quem ganhe dessa turma.

Olha já vou avisando que não tenho nada contra os gays ou lésbicas. O que não é certo acontecer é ser tachado de homofóbico por discordar da política de vereador ou prefeito homossexuais.

Da mesma forma creio ser errôneo dizer que o cidadão é racista por discordar da política do vereador negro.

Mas agora me diga: tem atitude mais absurda do que criar um curso, uma escola, para vereador recém-eleito? Quem faz esse tipo de coisa não imagina que os novos escolhidos seriam tão idiotas a ponto de precisarem de ensinamento escolar?

Como a gente sabe que as pessoas julgam pelo que elas são, não é difícil imaginar que o vereadorzinho, que tentou instalar um curso supletivo de vereador, estava naquele tempo, logo depois de eleito, mais desorientado e perdido que cego em tiroteio.

A gente brinca, mas a coisa é bem séria. Quando pomos um sujeito desses lá na câmara municipal, ou prefeitura, sabemos que é o IPTU que a gente paga que vai garantir o salário dele.

Teoricamente o camarada eleito é empregado do povo. E aí a gente pergunta: o que faz o sortudo em troca do dindim que recebe?

É bom fiscalizar, ficar atento, acompanhar as sessões camarárias. Afinal não é difícil que o sujeito que você favoreceu com seu voto venha a fazer coisas prejudiciais a todo mundo como essa recente da majoração injusta dos preços da água.

A gente sabe que tem vizinho fuxiqueiro e enxerido que nem aqueles drones. Conhece aqueles objetos voadores que, com câmeras, invadem as áreas alheias? Então...

Mas o pior mesmo acontece quando esse tipo de chato, apesar de tudo, se elege vereador. Aí já viu né? Já imaginou o tipinho discursando na tribuna da câmara municipal?

 

 

 

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publicado às 21:29

As mágicas do PSDB

por Fernando Zocca, em 17.03.16

 

 

 

 

Não é porque o sujeito ocupa um cargo no judiciário que ele estaria acima da lei. Ou seja, por ser juiz de direito pode ele divulgar publicamente resultados obtidos com os crimes de violação de privacidade?

O PSDB tem como costume, principalmente em Piracicaba, usar de mágicas. São engodos que permitem obscurecer os fatos administrativos tornando o povo alheio aos acontecimentos.

O parido usa práticas antigas de roubo de informações do mesmo tipo daquelas que transtornaram o pontificado de Bento XVI.

Este partido não é santo e nunca foi. Tem tendências fascistas e usa principalmente da covardia para manter-se onde está até hoje.

Esta política corrupta, maldita, empregada hoje aqui em Piracicaba mantém-se já por longos anos; apesar das inúmeras condenações exaradas pelos Tribunais de Contas sempre safa-se com as aprovações delas pela câmara municipal.

É esta mesma câmara que comete as maiores insanidades contra a população da cidade ao ratificar os aumentos equivocados, doidos, do serviço municipal de águas e esgoto.

Essa estratégia de transferir ao povo da cidade uma suposta punição que o partido julga ser aplicável aos seus adversários políticos é que não deixa de garantir a tamanha burrice norteadora das ações políticas dos tais penosos emplumados.

Querem estas manobras lançar o povo contra atitudes que por ventura possam ser atribuídas aos que os contradizem.

É lamentável que a bancada do PSDB na câmara municipal se negue a reconhecer que legisla contra o povo quando rejeita moções de repúdio e instalação de CPI para investigar as causas, os motivos, que levaram a autarquia municipal Serviço Municipal de Águas e Esgoto (SEMAE) a aumentarem os preços cobrados pelo consumo da água.

Com os mesmos passes de mágica que levaram ao engavetamento das investigações contra Barjas Negri no escândalo conhecido como Sanguessugas que superfaturou os preços das ambulâncias no ministério da saúde no tempo de FHC, promove agora o PSDB a escuta telefônica, viola a privacidade da presidenta da república e ainda divulga publicamente os delitos que comete. Supostos crimes não podem justificar outros.

Enquanto o eleitor vê e revê a construção de pontes, passarelas, asfaltamento das ruas já asfaltadas, construções suntuosas de prédios públicos percebe também que empobreceu e muito. O cidadão que poderia obter melhores atendimentos nos postos de saúde, nas repartições da administração, nas delegacias de polícia, nas escolas, não os têm por não serem estas as prioridades dos atuais governantes.

Esta mesmice tucana prioriza mais aos empresários, minimiza o sofrimento da população e não se preocupa muito com os possíveis flagrantes em que possa incorrer nos ilícitos licitatórios.

As mágicas administrativas tucanas são feitas de forma que não haja transparência. Querem, no entanto, os bicudos emplumados que por meios condenáveis transpareça até mesmo o mais íntimo momento dos seus adversários políticos.

Falta de respeito não se resolve com a violação de privacidade. O juiz Sérgio Moro deve ser responsabilizado pela divulgação dos resultados dos fuxicos obtidos de forma ilegal.

Fofocas de palácio, de repartição pública, de cartório, de fórum, de gabinete, de sala de audiências são condenáveis. Ainda mais quando com o objetivo de causarem danos morais são divulgadas pela imprensa. 

 

 

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publicado às 21:35

Bafafá na Câmara Municipal 

por Fernando Zocca, em 02.03.16

 

 

 

Vereadores, representantes do Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE) e populares agrediram-se fisicamente ontem (01/03) durante a audiência publica realizada na câmara municipal de Piracicaba.

O ato público tinha como objetivo ouvir as explicações do presidente da autarquia municipal Vlamir Schiavuzzo sobre os aumentos abusivos nas contas de água.

Presidida pelo vereador Laércio Trevisan Jr., sessão foi realizada, desde o início, sob um clima tenso que a aparente calma do engenheiro Schiavuzzo não conseguiu dissipar.

Centenas de cidadãos reunidos no andar de cima, revoltados com as consideradas injustiças perpetradas, desde há muito tempo, pelo representante do PSDB na cidade, acompanhavam pelo telão, as ações que aconteciam no plenário da casa.

As perguntas escritas, feitas por vereadores, populares e jornalistas, eram encaminhadas à mesa, onde o presidente do SEMAE, da empresa terceirizada Águas do Mirante tentavam responder sem no entanto conseguir justificar o tremendo desequilíbrio causador de tanta revolta popular.

Vlamir Schiavuzzo que também é o presidente do PSDB em Piracicaba foi prefeito de Saltinho, de onde se transferiu para Piracicaba.

Há 11 anos no controle da empresa municipal, a administração do engenheiro Schiavuzzo é acusada, por milhares de cidadãos e vereadores oposicionistas, de gestão temerária cujo objetivo seria o de privatização da entidade por meio de sucateamento prévio.

O líder do PSDB na câmara municipal vereador Pedro Cruz, numa tentativa de reação em defesa dos motivos de tanta revolta afirmou que não poderia condenar as atitudes da diretoria do SEMAE por não ter contra ela os números.

Calou-se vergonhosamente o vereador quando lhe exibiram as contas de água com os números injustos e equivocados nelas estampados.

Os vereadores que defendem a politica do SEMAE, ao fazê-lo opõem-se contra os interesses da população.

José Aparecido Longatto, Márcia Pacheco, Madalena, Ary de Camargo Pedroso, João Manoel dos Santos, André Bandeira, Luizinho Arruda e outros, que são a base de apoio desta política danosa do PSDB em Piracicaba, com certeza desejarão (e muito) se reeleger, participando das eleições deste ano de 2016.  

 

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publicado às 11:16

Faíscas Perigosas

por Fernando Zocca, em 11.02.16

 

 

 

Ibirapuera 08 02 2016 034.JPG

 

Na segunda-feira, (8/2) em São Paulo (foto) logo de tardezinha, caiu uma tempestade, meu amigo, que vou te falar: não foi brinquedo não.

Relâmpagos precediam os trovões sincronizados com os raios que aqueciam ou calcinavam onde tocassem.

A carbonização, isto é, a queima da madeira, por exemplo, d´uma árvore, não deixa de fazer lembrar o uso dos eucaliptos na alimentação do fogo dos antigos fogões a lenha.

Muito antes da chegada do gás butano como combustível usual nas cozinhas, os alimentos eram feitos com a cineração das árvores.

Havia estabelecimentos especializados (as carvoarias) em fornecer o carvão para as pessoas; tinha também os dedicados ao reflorestamento que empregavam trabalhadores e maquinário pesado como os tratores.

O mesmo tipo de lenha usada pelas pessoas no preparo dos alimentos era utilizado nas fornalhas das locomotivas movidas a vapor.

Perceba que a queima, o crepitar do madeiro, tem o inconveniente de produzir fumaça e as faíscas perigosas.

E, do mesmo jeito que alguém, ao receber poeira, ou areia nos olhos, buscava socorro nos assopros dos familiares, na água fria das torneiras, ou corria para a farmácia, quando uma fagulha do braseiro, entrava-lhe nos olhos, não tinha outras alternativas terapêuticas além destas.

Depois de passados os momentos de maior desconforto os apelos à Santa Luzia reforçavam a esperança da pronta recuperação e, se possível, o castigo dos possíveis causadores de tantos males.

Desde os mais remotos tempos da vida política brasileira (de Dom Pedro II), por exemplo, o “carbone” (carvão) servia também para os pintores esboçarem os temas das suas telas.

Da mesma forma que a retirada da areia do fundo dos rios pode causar danos ao meio ambiente, a impermeabilização desvairada das grandes extensões de terra, com pedra britada e asfalto, dificulta o escoamento das águas das chuvas, (vindas com muitos relâmpagos, trovões e raios) causando enchentes danosas.

Este ano – 2016 – é daqueles em que ocorrem eleições. Permita Deus que a lucidez da cabeça de alguns políticos possa fazer inserir na constituição da república o voto voluntário, facultativo.

A desobrigatoriedade do ato de votar pode amenizar a consciência de que gente muito desonesta como prefeitos, vereadores e deputados, enriquecem ilicitamente com minha ajuda, meu voto.

Não creio e nem espero nada de político nenhum. Na minha opinião a imensidão dos encargos impostos aos cidadãos reduzir-se-ia em muito se não tivesse a nação a obrigatoriedade de pagar salários e benefícios a essa gente que mais empobrece que enriquece o país.

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publicado às 17:58

O Jeitinho que acabou em revolução

por Fernando Zocca, em 29.01.16

 

 

 

Getúlio Vargas.jpg

 

Uma das causas da revolução paulista de nove de julho de 1932, foi sem sombra de dúvidas, o golpe militar liderado e desencadeado em 1930, por Getulio Vargas (no centro da foto).

Se analisarmos os motivos que levaram Vargas, e seus seguidores, a agir daquela forma veremos que a intenção era a de finalizar um jeitinho que favorecia a alternância entre mineiros e paulistas na presidência da república.

Esse jeito de governar o Brasil começou logo no início da república, depois da proclamação em 1889.

Nas eleições de março de 1930 concorriam à presidência o candidato paulista Júlio Prestes, apoiado pelo então presidente Washington Luís, o mineiro Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e Getúlio Dornelles Vargas.

Como acostumava acontecer todo o processo eleitoral era corroído pelas fraudes, evidenciadas na contagem dos votos, número de eleitores e com as atas que intencionalmente não continham a verdade dos fatos.

Desta forma o candidato paulista Júlio Prestes obteve a maioria dos votos tendo sido eleito.

Do sul então emerge o movimento liderado por Vargas, objetivando a deposição de Washington Luis e o impedimento da posse do candidato paulista Júlio Prestes.

Juntagovernativa1930.png

 

A 24 de outubro de 1930, assume o controle a Junta Governativa Provisória formada por Augusto Tasso Fragoso, Isaías de Noronha e João de Deus Mena Barreto (foto).

Getúlio toma posse da presidência no dia 03 de novembro de 1930.

No dia 9 de julho de 1932, as forças paulistas, frustradas com os acontecimentos de 1930, iniciam uma revolução chamada constitucionalista e, mais uma vez, não conseguiram seus intentos.

 

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publicado às 17:54

Corrente Contínua

por Fernando Zocca, em 23.01.16

 

 

 

A palavra italiana “rossi” quer dizer vermelho, fulvo, do mesmo jeito que o é o cabelinho da espiga do milho, o cobre (cujo símbolo é Cu) com que são feitos os fios, os cabos elétricos, e é a matéria prima da qual o Chile é um grande produtor.

O vermelho também é a cor do sangue, que ruboriza a face, quando numa reunião, aquele chato não te deixa falar, interrompendo-o a todo momento, ou impedindo-o de se manifestar.

Vermelho você fica também com a repreensão por preencher erradamente o livro contábil da pequena empresa de reparos e comércio de rádios, TVs, gravadores e eletrolas, de propriedade dos seus primos, e ao tentar reparar o equívoco, diante do dono irado, causa os maiores borrões e a ruptura das páginas.

Quente e vermelhíssimo você não deixa de se perceber, ao receber o maior tapa no rosto, depois de ser perseguido por alguém que se identifica como o dono da oficina autoelétrica, que o acusa de furto, quando na verdade não se apropriou de nada alheio.

Indignado você também se sente quando políticos da sua cidade, desejando mais uma reeleição, sugerem aos seus eleitores, que têm poder para prejudicá-lo ou expulsá-lo da sua terra.

Ressabiado você fica quando depois de visitar, a convite, uma meninazinha deficiente que, com a boca sempre aberta e a língua pra fora, babava sem parar, mostrando as bolhas salivares que lhe escorriam pelo peito, percebe que andaram dizendo, pela vizinhança, que você tirou o maior sarro da pobrezinha.

Bem chateado você não pode deixar de se sentir quando, quase meio século depois, percebe que foi vítima duma armadilha em que, num preparado “boa noite Cinderela”, foi instigado implacavelmente a vociferar contra Deus e a todo o mundo.

Os caciques políticos, os coronéis retardatários da cidade, querem a sua pele? Eles só conseguem a manutenção da credibilidade e os cargos eletivos depois da sua “crucificação”?

O que pensaria, a sua ilustre pessoa, do grupo partidário que sabendo ser você casado, ajeita-lhe uma “namorada”, supondo que dos seus males estaria a ausência do “amor”?

Não é bom exagerar, mas do jeito que estão as coisas, não erraria quem garantisse que político bom é o político morto.

 

 

 

 

 

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publicado às 18:06

Embrulhando o peixe

por Fernando Zocca, em 29.12.15

 

 

Até parece que o cidadão de bem, frequentemente atacado na rua, por cão vadio, vai deixar de se defender por causa da lei de proteção aos animais.

E se há pessoa que prefira dar razão ao cachorro, ao invés de ao humano, injustamente sempre atacado, então seria melhor reciclar sua escala de valores, ou providenciar que aconteça o mesmo com ele.

A gente percebe que nesse tempo de chuvas quase que diárias as ruas estão sempre precisas de limpeza. E aqueles que têm árvores defronte suas casas em muito ajudariam ao poder público se providenciassem a varrição das folhas secas.

Por falar em folha lembrei-me do Jornal Folha de S. Paulo. Outro dia, depois da corrida diária, que faço na área de lazer do Piracicamirim, encontrei-me com um cidadão residente no local, que descansava num dos bancos ali existentes.

Depois de eu ter tomado a ducha super gelada, já bem seco e vestido, ao passar por ele, o cidadão puxou prosa.

E você sabe: o assunto predominante nestes dias é a sacanagem dos políticos.

O pacato e aposentado eleitor me dizia ter perdido a fé nessa gente que pede voto, e depois que é eleita, começa a roubar descaradamente prejudicando até mesmo as pessoas que votaram nela.

Então eu confirmei essa noção do meu colega dizendo que lia sempre as notícias na Folha de S. Paulo, um jornal até agora conceituado, que comunicava os fatos de corrupção.

Para o meu espanto o experiente e conceituado sexagenário, há algum tempo aposentado, garantiu que existia jornal que não servia nem mesmo pra ser usado como papel higiênico ou embrulhar peixe por tão nociva ser aquela sua consistência nojenta.

Não querendo polemizar, mas antes de tudo concorde com as opiniões do conceituado morador da cidade, disse-lhe que se o judiciário não conseguisse punir os safados, que drenam os recursos públicos, para as suas próprias contas particulares, essas instituições políticas estariam seriamente desacreditadas e consequentemente desnecessárias.

Concordes nesses aspectos e, em vista das nuvens ameaçadoras, que se formavam naquele momento, nos ajustamos também sobre as ações da natureza: em alguns lugares há chuvas em abundância, enquanto que em outros falta. E não é violando normas que as ações do tempo enriquecem uns minguando outros.

- Uma coisa é bem certa – garantiu-me o eletricista aposentado – hoje em dia você não precisa de jornal nem pra embrulhar peixe. A gente compra enlatado.  

 

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publicado às 15:32


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