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Embrulhando o peixe

por Fernando Zocca, em 29.12.15

 

 

Até parece que o cidadão de bem, frequentemente atacado na rua, por cão vadio, vai deixar de se defender por causa da lei de proteção aos animais.

E se há pessoa que prefira dar razão ao cachorro, ao invés de ao humano, injustamente sempre atacado, então seria melhor reciclar sua escala de valores, ou providenciar que aconteça o mesmo com ele.

A gente percebe que nesse tempo de chuvas quase que diárias as ruas estão sempre precisas de limpeza. E aqueles que têm árvores defronte suas casas em muito ajudariam ao poder público se providenciassem a varrição das folhas secas.

Por falar em folha lembrei-me do Jornal Folha de S. Paulo. Outro dia, depois da corrida diária, que faço na área de lazer do Piracicamirim, encontrei-me com um cidadão residente no local, que descansava num dos bancos ali existentes.

Depois de eu ter tomado a ducha super gelada, já bem seco e vestido, ao passar por ele, o cidadão puxou prosa.

E você sabe: o assunto predominante nestes dias é a sacanagem dos políticos.

O pacato e aposentado eleitor me dizia ter perdido a fé nessa gente que pede voto, e depois que é eleita, começa a roubar descaradamente prejudicando até mesmo as pessoas que votaram nela.

Então eu confirmei essa noção do meu colega dizendo que lia sempre as notícias na Folha de S. Paulo, um jornal até agora conceituado, que comunicava os fatos de corrupção.

Para o meu espanto o experiente e conceituado sexagenário, há algum tempo aposentado, garantiu que existia jornal que não servia nem mesmo pra ser usado como papel higiênico ou embrulhar peixe por tão nociva ser aquela sua consistência nojenta.

Não querendo polemizar, mas antes de tudo concorde com as opiniões do conceituado morador da cidade, disse-lhe que se o judiciário não conseguisse punir os safados, que drenam os recursos públicos, para as suas próprias contas particulares, essas instituições políticas estariam seriamente desacreditadas e consequentemente desnecessárias.

Concordes nesses aspectos e, em vista das nuvens ameaçadoras, que se formavam naquele momento, nos ajustamos também sobre as ações da natureza: em alguns lugares há chuvas em abundância, enquanto que em outros falta. E não é violando normas que as ações do tempo enriquecem uns minguando outros.

- Uma coisa é bem certa – garantiu-me o eletricista aposentado – hoje em dia você não precisa de jornal nem pra embrulhar peixe. A gente compra enlatado.  

 

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publicado às 15:32

O que é bom para os Estados Unidos, não é bom para o Brasil

por Fernando Zocca, em 10.12.15

 

 

 

 

guerra do vietnã.jpg

 

Existe coisa mais hilária do que um jogo de vôlei entre gazelas? E haveria algo mais triste do que a atuação nociva de alguns políticos no desenvolvimento do Brasil?

O cidadão esfalfava-se para pagar os impostos que deveriam ser usados na melhoria de vida da população e, no entanto o que a gente vê é o enriquecimento de alguns poucos espertos.

Em 1975 a maior potência mundial - os Estados Unidos - sofreu a sua maior e vergonhosa derrota militar ao ser expulso do Vietnam.

E não foram os feitos militares dos comunistas os maiores fatores determinantes da vitória.

Os vietnamitas do norte usaram a comunicação social - imprensa - para, divulgando nos Estados Unidos, as imagens dos horrores da guerra, mobilizar a opinião pública contra a atuação do seu governo, ali naquela parte conflituosa do mundo.

Recentemente o presidente Obama disse que não enviaria tropas para combater o Estado Islâmico porque era isso mesmo o que eles - os terroristas - desejavam.

Obama e seus comandados perceberam que a estratégia usada no Vietnam poderia repetir-se nesse novo confronto. Não podendo impedir, por causa da constituição federal, a livre expressão do pensamento, impondo restrições à imprensa, o melhor mesmo seria a evitação do envio de tropas terrestres.

Então, por isso tudo, conclui-se que a comunicação social também tem um peso enorme, tanto no desenvolvimento, quanto no atraso de uma cultura, de um povo, de uma nação.

Agora, se esse conglomerado de veículos de imprensa encontra-se em simbiose a serviço dos políticos responsáveis pelos descaminhos do Brasil, então são todos cúmplices nos desmandos subdesenvolvimentistas.

O que a gente tem notado muito, mas muito mesmo, é a significativa deterioração das entidades destinadas à garantia dos direitos constitucionais do povo.

Então você percebe a tremenda confusão - principalmente no Estado de São Paulo - do sistema de ensino público.

Notável também são os absurdos acontecidos com a segurança, o saneamento básico, o fornecimento de água e energia elétrica.

Todos esses direitos, obrigações, instituições e serviços são feitos por pessoas, cujos caracteres e moral possibilitam, dentre outros fatores, a formação e manutenção das famílias.

Ora, se a comunicação social pode decidir sobre a sorte de uma guerra, não pode também mudar os conceitos de família, sua preservação e agregação social?

A gente tem visto e, há muito tempo já, que as novelas influem de forma preponderante no comportamento das pessoas. E pelo andar da carruagem, essa influência não é bem no sentido da formação e manutenção familiar.

A desculpa de que a ficção retrata a realidade - a vida imita a arte ou a arte imita a vida - não deixaria de compor um ciclo vicioso em que a exposição da vivência deteriorada geraria mais e mais desconstrução.

Essa desestruturação dos costumes, conceitos de honestidade, desonestidade, contida nas pessoas que decidem sobre a sorte do Brasil, contribui significativamente para a geração desse caráter do "dinheiro pouco, meu cofrinho primeiro".

Isso é inegável. Os fatos recentes sobre a corrupção no Brasil estão aí para todo o mundo ver.

 

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publicado às 17:04


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