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Virtudes

por Fernando Zocca, em 24.09.15

 

 

A primavera chegou e as oportunidades para passar longos momentos ao ar livre estão favorecidas.

Desta forma a frequência às piscinas, praias, caminhadas, corridas e passeios de bicicleta está mais propícia para a manutenção da boa saúde.

Nessas situações o surgimento dos surtos de timidez causados pela expectativa da opinião das outras pessoas, sobre o nosso corpo, é mais comum do que se imagina.

Assim as manobras objetivando a evitação do bullying podem ser postas em prática.

A garota que tem a pele bonita, alva, a fim de evitar a zoação de quem se sente incomodada com isso, pode, de uma hora pra outra, descaracterizá-la com tatuagens inúmeras.

Além da camuflagem da pele, o alvo das atenções maldosas pode também, buscando livrar-se das mortificações, transformar os cabelos lindos, recebidos de uma herança genética admirabilíssima, em feitos satisfatórios da mais pura inveja e ódio alheios.

O pior acontece quando depois de mudados todos os atributos invejáveis, a crueldade, ao invés de cessar ou amenizar o assédio, aumenta terrivelmente.  

Eu considero tudo o que é original, isto é, nascido com a própria pessoa (inato) muito mais saudável, digno de admiração do que as transformações feitas na aparência invejável, que não tenham motivação profissional.

É claro então que a caracterização das personagens para as encenações no teatro, cinema e TV, não seriam tão depreciativas das qualidades naturais.

Por outro lado, há momentos em que não são reprováveis, de forma nenhuma, as modificações feitas em substituição das virtudes físicas dos que envelhecem.

Assim, as perucas, os óculos, as lentes de contato, os aparelhozinhos contra a surdez, as próteses dentárias, e as unhas postiças teriam a função de devolver às pessoas a autoestima combalida pelo desgaste do transcorrer dos anos.

Cada um faz o que bem entende da sua vida. Mas perseguir alguém depois de pegá-lo em armadilhas infames é fruto dos perversos, deficientes, que buscam, no sofrimento imposto à vítima, a compensação da ausência dos atributos que julgam não ter.   

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publicado às 21:57

Aprender para viver

por Fernando Zocca, em 18.09.15

 

O telejornal Hoje, da Rede Globo, exibiu nestes dias, reportagens sobre alguns resultados da alfabetização de crianças na fase do aprendizado das primeiras letras.
A constatação de que meninos e meninas, com 10 anos ou mais, regularmente matriculados e frequentadores das salas de aula, com sérias dificuldades para concluir as mais elementares operações matemáticas e de leitura, poderia causar estranheza, mas nem tanto.
A análise concluiu que do universo do grande número de crianças com limitações do aprendizado, faz parte o analfabetismo dos responsáveis.
Desta forma os adultos como pais, padrastos, avós e tios incumbidos da manutenção e educação dos pequeninos, sob sua reponsabilidade, não teriam como conduzir eficazmente a alfabetização deles, por indisporem das noções básicas sobre o assunto.
Assim, como poderia alguém falar de algo que desconhece para outrem com o intuito de, educando-o, inserí-lo nas relações sociais deste mundo moderno?
Crianças com 10 ou 11 anos, no mínimo, já deveriam saber ler fluentemente, contar moedas e notas de pequeno valor.
Essa deficiência, se não corrigida a tempo, gera adulto inábil para concorrer a qualquer vaga de emprego. Se adicionarmos a esse fator limitante o fato de que a automação das máquinas, irreversível entre os atos humanos, na indústria e no comércio, podemos concluir que o futuro da criança, que não aprende, será bastante tenebroso.
Uma colheitadeira de cana faz o trabalho de uma centena de homens. Caixas eletrônicos, que não exigem aumentos salariais, férias, e nem faltam ao trabalho, por dores de cabeça, ocupam os lugares de quem antes exercia o ofício de caixa de banco.
Da mesma forma, máquinas que vendem jornais, refrigerantes e cervejas, instaladas nas ruas, fazem o trabalho de muitos que antes poderiam dedicar-se às ocupações de camelô.
Quem há alguns anos passados vivia do emprego de cobrador, nos ônibus circulares, hoje vê as máquinas eletrônicas exercendo a função.
Oficiais de pintura, nas fábricas de automóveis, eram considerados de extrema importância para o resultado positivo dos produtos finais.
Hoje robôs enormes pintam os carros com a mesma eficiência. Eles trazem também, aos bolsos dos industriais, aquelas verbas todas que seriam utilizadas no pagamento dos salários e demais encargos trabalhistas.
Portanto para as crianças de hoje, que não teriam a compreensão da língua mãe, do português, falado em nosso país, de que valeriam os computadores, tablets e outras maravilhas da tecnologia, se não conseguem utilizá-los nem ao menos para o desfrute nos momentos de lazer?
Para os meninos e meninas que, projetando fugir da escola, com a certeza de no futuro sobreviverem como taxistas, a notícia destacada é a de que automóveis sem motorista já circulam no mundo todo.
Sem a educação fica dificílimo o relacionamento pessoal.

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publicado às 20:11


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