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Usos e costumes

por Fernando Zocca, em 21.09.14

 

 

 

 

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) tinha como objetivo, durante o seu segundo mandato, aquele de privatizar o INSS. 

Não soa estranho dizer isso para todos os que conhecem as diretrizes norteadoras dos tucanos: quanto menos a participação do Estado nos negócios da nação, melhor.

A concretização dessa política o eleitor nota na particularização do setor das telecomunicações, dos pedágios nas estradas, no fornecimento da energia elétrica, no abastecimento de água (que ainda não ocorreram no Estado de S. Paulo).

Na área da saúde, a disseminação dos planos de saúde, modelo de empreendimento semelhante ao utilizado nos Estados Unidos, teria a função de avocar os serviços prestados pela autarquia federal, o INSS. 

Essa concorrência toda, que vem se demonstrando problemática e ineficiente, não alivia ou desonera a instituição federal de cumprir com as suas funções constitucionais. 

Um dos motivadores de FHC ao eleger o INSS como alvo da privatização - ou pelo menos os serviços por ele prestados - seriam os desmandos, desvios, corrupção e a disfunção da entidade. 

A concentração da riqueza por parte de alguns segurados, advinda de situações legais desequilibradas, seriam um dos norteadores da tal política tucana naquele tempo.

Funcionários do INSS não contribuíam com parcelas dos seus salários para as próprias aposentadorias que se davam em lapsos de tempo menores do que os exigidos dos contribuintes comuns. 

Outro fato que pesava bastante, no prato privatizador da balança tucana, eram as perenizações dos benefícios concedidos às filhas solteiras dos funcionários falecidos.

A lei dizia que as moças solteiras, filhas de servidor autárquico, teriam o direito de receber os proventos do pai até que se formassem ou se casassem.

Esse dispositivo autorizava, no entanto, a milhares de dependentes solteiras, manterem a vida como se casadas fossem, inclusive com prole; a finalidade exclusiva desse tipo de união era a de conservar as polpudas somas mensais. 

Ou seja, a filha do funcionário falecido, além de se formar em duas ou três faculdades, viver maritalmente com seu parceiro, educar os filhos, estabelecer-se com atividade comercial própria, não deixava de receber os polpudos rendimentos, estando o segredo disso tudo, no fato de não casar-se legalmente. 

Por esses  e outros diversos motivos, o INSS a cada ano, obtém saldo negativo nas suas contas: ele paga mais do que recebe. Mais e mais trabalhadores adquirem seus direitos de receber os benefícios da entidade, e muito menos se inscrevem para pagar as contribuições mantenedoras do sistema. 

Entretanto, nos Estados Unidos, onde como já dissemos, os serviços de saúde são prestados pelas empresas particulares, o presidente Obama, pretende fazer valer os serviços do Estado, para cuidar da saúde do cidadão norte-americano. 

Enquanto um partido (PSDB) deseja desmontar o maquinário institucional aqui, o outro pretende montá-lo lá.

Se o setor empresarial aprender a usar aqui o sistema particular empregado no solo norte-americano, e seu governo utilizar, sem os defeitos existentes na autarquia federal daqui, talvez as duas nações mantenham - para o bem dos usuários - os sistemas competidores nesta área. 

Mas há quem duvide que isso possa dar certo. As culturas são diferentes, as origens, a história do povo são bem diversas; o clima e as experiências das nações, os usos e costumes, durante os séculos, não são nada semelhantes. 

O fracasso nesse setor pode significar marcantes derrocadas eleitorais.

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publicado às 02:47

O besouro desocupado

por Fernando Zocca, em 16.09.14

 

Existem certas perturbações mentais que desproveem seus portadores de todo e qualquer tipo de sono. 

Esse tempo livre e desconfortável, durante as madrugadas, enseja também, dentre outras, aquelas manifestações conhecidas como as DR ou "Discutir a relação".

As tensões daqueles momentos sofridos fluem nos lamentos, mas também nas brincadeiras que se faz com o ronco da vizinha gorda. 

O insone doido possui tanta energia que considera ter poderes para controlar até o pobre cachorro pernas curtas do velho besouro desocupado.

Há os que, depois das arengas das madrugadas, se aquietam, diferentemente dos hiperativos incansáveis, querelantes reinvidicativos, na verdade psicóticos incuráveis. 

Sob a análise do especialista, desnuda-se a origem genética do mancebo ignóbil, acrescida à má educação, ao analfabetismo, ao uso dos estupefacientes e da acumulação de toda a crueldade do mundo. 

Com exceção dos "loucos de todo gênero", dos menores e incapazes, todos são responsáveis e respondem por seus próprios atos. 

Essa positividade legal decorre da presunção do legislador de que a pessoa comum teria o chamado livre arbítrio. Ou seja, o sujeito diante da escolha entre o bem e o mal, é livre pra decidir. 

Assim, o bater com violência, frequentemente a porta da tapera, tossindo ruidosamente, sem ter doença nenhuma, com a intenção, única e exclusivamente de mexer com a vizinha roncadora, não teria outra motivação do que a escolha da maldade existente nas próprias entranhas abusadoras. 

Da mesma forma o velhote, besouro antigo, que durante as madrugadas insones se dedica a praguejar e a amaldiçoar os proprietários da casa da qual ele - o inseto coleóptero - deve pagar os alugueres, tem como motivador a escolha das próprias malignidades que lhe habitam o íntimo.

Os equívocos ou erros de quem quer que seja não são autorizadores das ações vingativas. 

O chamado "exercício arbitrário das próprias razões" é crime e faz parte dos linchamentos vergonhosos decorrentes do descrédito nas autoridades constituídas.

Mesmo que os eleitores desejem jogar no lixo aquele politico sanguessuga, ou espancar o padrasto irresponsável, que violentou o enteado e deflorou a enteada - menores de idade -, não convém que isso seja feito. 

Aos trogloditas idiotas, as consequências legais das suas idiotices. 

 

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publicado às 23:21

Padrão de Vida

por Fernando Zocca, em 12.09.14

 

 

 

 

Os embustes demoníacos do PSDB, em Piracicaba, foram ineficientes para destruir os que lhe fizeram oposição. 

Há alguns anos estes senhores, que há décadas ocupam os postos de mando político na cidade, prendiam, arrebentavam e matavam os que ousassem dizer-se-lhes contrários. 

Hoje, devido as mudanças tecnológicas, sociais e políticas o expediente mais empregado - em oposição aos que protestam contra a destruição do meio ambiente, os engarrafamentos nas grandes cidades - ainda é, dentre outros, a desagregação familiar. 

E para isso não economizam energia na criação dos factoides causadores de rejeição, bem como na instigação das situações destruidoras das formações familiares.

Apesar de não haverem ainda condenações judiciais, nos casos de superfaturamentos, nas obras dos metrôs e trens de São Paulo e Brasília, ocorridos nos governos de Mário Covas, José Serra e Gerando Alckmin - todos do PSDB -, os indícios são de que sem os tais ilícitos não haveria a conclusão dos projetos. 

Nesta guerra entre PSDB e PT, (elite, empresários, empreiteiros, latifundiários, industriais, versus o proletariado), que desgasta, cansando parte da mídia, surge uma terceira alternativa representada por Marina Silva.

Mas o que faria a mais, esta candidata, se não fosse manter a representação e as diretrizes das políticas propícias aos interesses dos que embasam o atual governo federal?

O que pode mais fazer a senhora Marina, que se for para o segundo turno com Dilma, certamente receberá o apoio do derrotado Aécio Neves, além do que tem feito o PT, em benefício da população menos contemplada financeiramente?

Bolsa escola, família, vale cultura, faculdades de medicina, programa mais médicos, minha casa minha vida, transposição das águas do rio São Francisco, que arrepiaram os cabelos dos que ouviram pela primeira vez as propostas, antes das implantações, podem deixar de ter as características populares, feições próprias dos seus criadores? 

Trocando o certo pelo duvidoso, quem garantiria que as orientações desenvolvimentistas não fossem mais direcionadas aos trabalhadores e sim às elites proprietárias, industriais, fazendeiros e donos das grandes áreas de terras?

Quando oposição o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) pregava (escrevendo livros, artigos nos jornais, nas revistas, lecionando e discursando), a política objetivadora de mais conforto e bem-estar para as classes mais humildes.

Entretanto ao assumir o poder, que o fez por oito anos, privatizou instituições, favoreceu ações que hoje em dia resultam na intransitabilidade das grandes capitais, e da consequente deterioração dos padrões de vida.   

Ou seja, mudou de opinião o então presidente da república; pediu que esquecessem o que ele escreveu e pregou. Foi ouvido e o PSDB governou por tanto tempo chegando ao que chegamos agora. 

Depois do senhor Henrique Cardoso, Lula governou por dois mandatos. O sucesso da sua política ensejou a eleição de Dilma, cujas ações políticas autorizam-na a conduzir a nação por mais uma gestão. 

Mentira tem pernas curtas. Os conceitos embasadores das opiniões dos senhores políticos tucanos de Piracicaba são equivocados. Laboraram e governaram durante todos esses anos fundados em falsidades. 

Excluíram, segregaram e se omitiram nos vergonhosos assédios morais, baseados nas patranhas. Cometeram injustiças terríveis, irreparáveis.

Devem dar a vez aos que, apesar de terem companheiros atingidos, sempre tudo fizeram em benefício do povo brasileiro. 

 

 

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publicado às 20:49


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