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Nem ligue

por Fernando Zocca, em 28.08.13

 

Você já percebeu quanta verdade existe na frase "Só o amor constrói"?


Construção se faz para que haja o desenvolvimento das pessoas, das famílias, da sociedade e das nações.


Acontece que, em certas situações, para que haja o pleno progresso e desenvolvimento, é necessário a ocorrência das demolições.


Às vezes, os planos maiores não podem ser executados se não houver a coragem para demolir o que não está bem feito ou o que poderia prejudicar ainda mais se continuasse do jeito que estava.


O desabamento de um imóvel de dois andares, ocorrido ontem em São Paulo é uma prova disso.


Alguns trabalhadores já haviam alertado aos responsáveis pela obra, de que a construção, que estava na fase final, apresentava sinais de colapsamento.


Isto é, alguns pedreiros identificaram sinais de que os trabalhos não terminariam bem.


Com um pouco mais de bom senso, zelo, cuidado e respeito, os engenheiros e encarregados poderiam então interromper os serviços, para pelo menos, certificarem-se da veracidade das suspeitas.


Com alguma coragem a mais, tomariam a decisão de por tudo abaixo.


Se a interrupção dos trabalhos e a demolição tivessem ocorrido, não haveria a desgraça que houve e as famílias envolvidas não chorariam, como agora choram, as mortes dos seus entes queridos.


Portanto podemos concluir que, às vezes é bastante necessário, demolir as velhas estruturas, ou até mesmo as novas, que não demonstram segurança, para que os danos maiores não venham a ocorrer.


Perceba que um dos erros pode estar na combinação dos materiais. Não se pode utilizar elementos considerados de qualidade inferior para a formação de estruturas importantes.


A perícia constatou que na argamassa e concreto do prédio Palace II, que desabou no Rio de Janeiro, havia areia do mar. Ou seja, o material era impróprio para os fins que os construtores desejavam.


Além do barateamento do custo das obras, o que mais poderia indicar essa combinação equivocada de material, do que a negligência?


Sabe aquela velha forma de pensar "Ah, isso não dá em nada" ou "É assim mesmo, nem ligue" indicativa da negligência? Pois ela, com certeza, é também responsável pelas tragédias que poderiam ser evitadas.


Há quem afirme que esse tipo de mentalidade é consequência da impotência para a solução dos problemas. E o "nem ligue" conclusivo seria o reconhecimento de que não se pode mesmo fazer nada e que não seria má ideia deixar de lado as preocupações indo, na boa, tomar uma cerveja no bar da esquina.


Como punir os responsáveis?


Nada melhor do que as sanções pecuniárias para, em substituição das notas zero, das provas de cálculos estruturais, fazer ver aos responsáveis, que eles foram vergonhosamente reprovados.

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publicado às 18:48

O Exercício Arbitrário das Próprias Razões

por Fernando Zocca, em 07.08.13


Para quem pintava automóveis sem atender aos padrões da boa técnica, causando com isso a poluição ambiental, o desconforto inegável aos vizinhos, e que agora pinta unhas, até que a mudança foi bem significativa.


É bastante interessante notar que nestas duas atividades um componente comum faz-se distinto: o pintar.


Com base nas atitudes e comportamentos das pessoas pode-se saber perfeitamente sobre suas intenções. Os desejos de maltratar, de oprimir e de machucar brotam com frequência dos cérebros doentes, equivocados, de gente que julga, condena e pune o semelhante por conta própria.


Psicopatas autossuficientes, convencidos erroneamente sobre supostos atos condenáveis de alguém, não raro, exercem a loucura de aplicar a justiça pelas próprias mãos.


Daí não haver outra alternativa satisfatória, para as vítimas dos opressores, do que a de valer-se do amparo das leis. 


A aplicação das penas previstas na legislação existe também para ensinar os sociopatas a se comportarem na sociedade. Sem o castigo, especialmente o pecuniário, acredita-se que a reiteração dos atos lesivos seria tão certa quanto o retorno do porco à lama, logo depois de banhado.

 

A paz é um fruto da justiça e esta não deixa de ser a imposição das penas das leis aos comportamentos delitivos.


Se os pais não ensinam, se a escola não consegue adestrar corretamente, se a Igreja não tem como conduzir ao bom caminho as "ovelhas desgarradas", cabe ao Judiciário a aplicação dos corretivos.


O julgamento é a melhor oportunidade para o bairro todo, a comunidade, os vizinhos, parentes e os próprios equivocados, de inteirarem-se de como proceder quando encontrarem-se diante de situações semelhantes.


Hostilizar pessoas, por "saber" serem elas "merecedoras" de castigos não só incorre os agressores nos enquadramentos penais como os caracterizariam como pretensos poderosos superdotados autossuficientes justiceiros do quarteirão.


O sujeito equivocado, o "dono do quarteirão", o "xerife do pedaço", o mandachuva, o tranca-ruas, o pelintra, geralmente agride cães, gatos, crianças e não raro, o tio gay.

 

É comum ouvir dos agressores criminosos a frase: "não sei porque estou batendo, mas ela sabe porque está apanhando".


Os vizinhos não se envolvem, ou frequentemente apoiam os sociopatas, mais por medo das represálias do que por senso de justiça.


É chegada a hora de mudar essa escrita: punição institucional para quem merece. 

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publicado às 14:47


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