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Palavras boas atraem coisas boas

por Fernando Zocca, em 29.06.12

 

Não tem mesmo jeito. Para atrair coisas boas pra si e sua família, você não pode deixar de usar as palavras mágicas, relacionadas à saúde, ao bem estar e à amizade.


Como é que alguém pode se ver livre dos azares da vida se não cuida do que fala?


Palavras que demonstram respeito, boa vontade, admiração e simpatia têm o poder de "chamar" essas coisas pra perto de si, fazendo com que você e seus parentes tenham melhor sorte nos negócios, relacionamentos familiares e conforto pessoal.


Já imaginou o sujeito que só diz palavras relacionadas à morte, destruição, vingança e desejos maldosos em relação aos outros?


O que você acha que acontece com quem está nesse nível de vibração? Pode ter certeza que coisa boa nunca se achegará ao que se mostra desse jeito negativo.


É por isso que se torna necessária a tal da "reforma" interior. A pessoa precisa aprender a frequentar as celebrações religiosas, praticar a caridade, respeitar os mais velhos, os mais novos e louvar o que deve ser louvado.


Os males sofridos não são culpa de ninguém. É a própria pessoa que ainda não conseguiu dominar o seu espírito, tornando-se mais sociável, mais humano e disposto a agir com boa vontade, a verdadeira causa dos dissabores pelos quais ela passa.


De nada adianta descontar as frustrações no cachorro, na enteada, na mãe, no cunhado ou no tio. Agindo assim pratica-se injustiças graves, pois essas pessoas nada teriam a ver com os seus fracassos.


Então já é chegada a hora de parar de jogar a culpa nos outros. Você não está bem na vida afetiva, ao lado da sua companheira? Seus enteados revoltam-se contra tudo o que você fala ou faz?


É o momento de parar, pensar e, se não quiser perder tudo o que conquistou até o presente instante, dedicar-se a praticar a tal reforma interior, aprendendo, por exemplo, a magia das expressões "por favor", "com licença", "desculpe" e até "muito obrigado".


Agindo assim você não precisará bater em ninguém, ficar bravo com as crianças ou maltratar o seu chefe no serviço.


Olha, quando ocorrem mudanças desse tipo até o mau humor pode desaparecer. Sabe aqueles momentos de ressaca em que você percebe que nada está bom, nada presta e que acha que deve fazer maldades pra alguém, a fim de se sentir melhor?


Então, até isso pode passar.


Mas veja que você deve querer participar da construção desse novo caminho, que o levará a lugares mais sossegados, tranquilos e não muito distantes.


Não são bem melhores os dias e as noites sem conflitos, altercações, discussões, desentendimentos e muito respeito dos enteados, da mulher, da mãe e do tio?


Você foi agraciado por Deus com todos os atributos necessários para ter uma vida boa, saudável e feliz.


Se isso não está acontecendo na sua vida, com certeza, depois que você mudar seu modo de ver as coisas, tudo mudará ao seu redor.


Às vezes não recebemos as instruções necessárias, dos nossos antepassados, para nos relacionarmos bem aqui, neste pequeno mundo, onde tudo passa.


Você se lembra do seu pai, dos seus avós, da sua mãe e dos demais parentes, que conheceu quando ainda era menino e que corria atrás dos caminhões de lixo, dizendo que desejava ser lixeiro, quando crescesse?


Recorda-se do que eles faziam? Saiba que quem sai aos seus não degenera.


Você tem saúde, bons braços pra trabalhar, para relacionar-se bem com todos. Por que não age sensatamente?


Chegou a hora da sua "reforma" interior.


Vamos lá?


29/06/12

 

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publicado às 19:49

O Finório

por Fernando Zocca, em 27.06.12

 

 

Todas as manhãs agora eram assim: choradeira infindável e lamentações provocadas, no mancebo arrependido, pela visão daquele rosto mal dormido, da concubina que já tinha sido quenga.


Pois haveria acicates maiores, do que as lembranças dos tempos da gandaia, daquela sua amada, provocadas pelas visões dos seus antigos amores?


Era só saber que um daqueles homens, que um dia andaram, nas noitadas da vida, (com a agora parceira), passaria defronte a sua casa, para emergirem naquela cabecinha miúda, as manifestações do ciúme doentio e desmedido.


O finório, que chiava e chiava, achava que o seu chororô minimizava aquele mal estar, o tal sofrer que já não tinha mais fim.


Na verdade ele estava com certa razão. Mas ninguém poderia apagar da existência dos fatos, a autenticidade que o consumia.  E todas as manhãs era isso: uns blá-blá-blás incansáveis e sem fim.


Tinha coisa mais chata?


A mãe do espertalhão, desacorçoada, nem se importava mais com as recomendações da vizinha que, durante as caminhadas pelo bairro, arriscava garantir ser de bom alvitre levar o inquieto a um psiquiatra.


Nem mesmo as afirmações de que a concubina já não possuía aquelas atitudes, que um dia a fizeram merecedora da hospitalidade da Maria Machadão, nos Bataclãs da vida, sossegavam o javardo.


- Mas será que com um bombom, logo depois que ele acorda o nervoso não passa? - perguntou, numa ocasião, a vizinha barriguda pra mãe do atormentado, quando a viu nervosíssima por causa da agitação da criatura.


- Imagine!!!!! Nem com pinga a goteira passa. - respondeu-lhe a mãe, que durante os passeios matinais, carregava sempre consigo um saco plástico com alguns pedaços de tijolo. Era uma espécie de simpatia que lhe ensinaram, pra afastar os azares que ela julgava perseguirem-na.


- Mas que nada minha dona. Uma temporada num hospital especializado pode resolver esse problema. - garantiu certa vez o especialista pra mamãe preocupada.


- E daí, vizinha? Decidiu o que fazer? - indagou a colega de caminhadas, depois da consulta ao médico.


- Já resolvi. - respondeu a mãe cansada de tanto sofrer. - De hoje em diante levanto a âncora e, remando, vou cumprir a determinação do doutor.


- É a democracia, né comadre?


- É. Democracia é isso.  

 

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publicado às 14:45

O Tucano Júnior

por Fernando Zocca, em 25.06.12

 

 

Todo mundo sabe, e nos meus textos essa temática é praticamente dominante, que "o cabeça de jegue" faz as malvadezas dele pra impressionar os familiares, mantendo assim a admiração e o respeito daqueles que o rodeiam.


Sem as "aprontadas", "o boca de sapo" é logo desrespeitado pelos ingênuos, podendo até perder a posição de chefe do ninho.


Veja que o tal "xarope" age mais com as hostilizações aos vizinhos, para entreter os dependentes (geralmente oprimidos também pela violência física e abuso sexual), do que com o uso de qualquer outro meio de distração.


Por trás dessa criatura há sempre aqueles familiares, religiosos, políticos, apoiadores e cúmplices dos crimes cometidos também contra as crianças indefesas.


Razão versus emoção? Cérebro versus coração?


A razão seria um atributo do intelecto que se desenvolve com o uso das palavras.  Sem as palavras o sujeito torna-se móbile só das emoções e, nos casos bizarros, há o predomínio de algumas fixas, tais  como o ódio, a inveja, o ciúmes e o desejo de vingança.


Na verdade, o tal que reverbera estereotipias, desrespeita os mais velhos, os mais novos e não está nem aí com as simples regrazinhas da boa educação, não passa de um legítimo representante do fracasso da pedagogia, da orientação política, e também da religiosa, proposta pelos senhores "responsáveis".


Portanto a compaixão que muitos sentiriam quando se denuncia as ações criminosas desse tipo psicótico, deveria transformar-se em algo mais concreto, como levá-lo pra casa, cuidando das suas sandices, das suas alucinações.


Por que não?


O senhor deputado federal (um verdadeiro tucano júnior) "representante" do município e suas pretensas entidades assistenciais receberam, do povo, muito mais do que o necessário pra acomodar a situação vergonhosa, que se arrasta há décadas.


Como é que se pode justificar a subserviência de alguns funcionários do estado (que mentem, falsificam documentos, tentam deturpar os ritos burocráticos), a esse político desonesto, se não for pela retribuição ao favor que lhe concedeu o emprego público?


Afinal, meu amigo leitor, o que mais pode significar aquele velho argumento de que a razão deve dar lugar à emoção, se não à vergonhosa desculpa pelo fracasso na frenação das atitudes hostis do tal psicótico?


Basta de balelas, de lero-lero pra boi dormir.


É chegada a hora de atender as políticas que sirvam ao bem-estar do povo e não só ao das elites.

 

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publicado às 12:40

Os Alfabeticamente Prejudicados

por Fernando Zocca, em 22.06.12

 

 

Qual tipo de personalidade você acha que teria a pessoa que, vendo-se completamente sem razão, procura ignorar ou deturpar as regras do jogo, com o fim de manter as situações injustas?


Com certeza não seria das mais equilibradas. O mandonismo teria como base o execrável machismo que, no princípio, manifesta-se na opressão da mulher, dos enteados, da mãe e também dos filhos.


Aliado a essa ideologia do macho, estaria o analfabetismo mantenedor das suas vítimas no maior e mais completo desconhecimento das palavras socializadoras, contidas inclusive, nas escrituras sagradas.

 

O autoritário, para manter a sua teimosia, falsifica documentos, promove sabotagens, mente com a maior cara de pau, procura mudar ilegalmente os ritos processuais, e não vê dificuldades em usar a violência física.


Esse pretenso "dono da bola" julga que pode até trocar as regras do jogo durante a partida. O tal tipo, de cabecinha condenada, não sentiria o menor constrangimento se, durante a partida de futebol, em que estivesse perdendo, determinasse, de uma hora pra outra, a inexistência das penalidades para as faltas cometidas por seus jogadores.


Essas atitudes despropositadas deveriam ser tratadas com condescendência, por terem origem nos alfabeticamente prejudicados, ou a sociedade organizada se incumbiria de mostrar-lhes, por meio das suas instituições, que estariam plenos e bem repletos de ilegitimidade?


Não são raros os casos em que pra "puxar o tapete" alheio fazem-se de sonsos. Veja que esses tipos geralmente agem mais com a fala pronta do que se manifestam espontaneamente.


O camarada só aparece na reunião se tem "o texto" na ponta da língua, se sabe o que vai falar.


Se no decurso dos trabalhos, aquela "fala" com que ele veio municiado, perde a relevância, o tal cabecinha arruína-se no emaranhado das ideias, desligando-se do princípio geral das coisas. É nesse momento que surge o macho promovendo a injustiça.


E pra justificar depois as atitudes machistas constrangedoras, o tal falseia criando inverdades sobre seus oponentes.


Os tomados por esse tipo comportamental promovem, sem o menor medo de castigo, as maiores desordens num quarteirão. Fazem arruaças, motins de rua, agridem vizinhos, depredam casas, pixam paredes, arrancam os arbustos ornamentais e invadem os quintais alheios, garantindo dessa forma, o desassossego público.


Até quando?

 

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publicado às 20:07

Deseducando os educados

por Fernando Zocca, em 21.06.12

 

Para que haja paz numa comunidade é necessário que a orientação espiritual seja no sentido de educar os deseducados e não em deseducar os já educados.


Mas nem sempre isso é possível. Se os líderes não conseguem discernir o que seja sensato, o que é verdade ou mentira, imaginação ou fato real, então o progresso educacional e material das pessoas de um quarteirão, estará fadado a não ser tão relevante.


Para alguns é até mais fácil demolir as personalidades menos dedicadas às atividades mundanas, do que tentar "santificar" os que se dedicam às perversões.


Quando isso ocorre salienta-se o fato de ser incompetente a pedagogia empregada, a orientação política e até mesmo a ausência de certa sintonia com a coerência.


Como é que você, sendo professor, ou aquele que ocupa qualquer cargo público de responsabilidade, pode deixar de censurar o mal educado, que não presta serviços à comunidade, que não participa das cerimônias religiosas e que agride diuturnamente o cidadão prestante que assim age?


Omitindo-se assim, os lideres ou responsáveis, por essa 'engenharia humana" tentariam compensar, a anomalia social, nivelando por baixo, buscando deseducar os educados e não ensinando os bons modos aos mal educados, para que haja a necessária convivência pacífica.


Na verdade o que ocorre é bem isso mesmo: há uma certa incapacidade dos responsáveis, tanto parentes mais próximos, quanto vizinhos, professores e demais autoridades, na transmissão dos valores sensatos, para quem não está assim tão disponsto a assimilá-los.


Numa sociedade em que o fracasso dos alunos não envergonha seus mestres, como é que se pode cobrar comportamentos humanizados?


Não compartilhamos a opinião de que os psicóticos, que não controlam nem a própria língua, sejam refratários à boa educação, aos bons modos.


Mas nessas comunidades negativas até mesmo as ações e omissões positivas, praticadas dentro dos preceitos cristãos são deturpadas fazendo-se com que se voltem contra os que se destacam. Para os que rejeitam, até os suspiros dos rejeitados ofendem.


Acho que tudo depende da boa vontade dos envolvidos, direta ou indiretamente, nos conflitos entre as pessoas de uma mesma comunidade.


Afinal o que é que se pode esperar de um quarteirão, de um bairro, de uma cidade se não houver, entre as pessoas, a tal da boa vontade?

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publicado às 12:48

Os Novos Caminhos

por Fernando Zocca, em 20.06.12
Acho muito esquisitas essas atitudes críticas que ocorrem sempre diante das escolhas que se deve fazer. Geralmente quem "mete o pau" não tem em mente a motivação e o objetivo dos que escolhem.

Por exemplo: um projeto governamental determna a construção de uma estrada de uma cidade à outra. Ocorre que, justamente num determinado local, haveria algumas árvores protegidas pela lei.

A enorme polêmica que pode se formar por causa desse conflito seria logo minimizada se os autores do projeto expusessem com a maior clareza e frequência possível, todos os benefícios que trariam a construção do novo caminho e também da manutenção das árvores.

A estrada possibilitaria desafogar o trãnsito complicado, facilitaria a circulação dos produtos das indústrias, o comércio, a prestação de serviços e a integração das pessoas.

Por outro lado, as árvores, apesar de serem indispensáveis para a qualidade mais saudável de vida, poderiam ser replantadas, em maior quantidade compensatória, em outros locais.
 
Portanto a finalidade das ações governamentais, o grau de utilidade que elas teriam, para a população, deveriam merecer um peso maior no momento das "malhações".

Seria mais econômico para os cofres públicos, desviar essa estrada do conjunto de árvores, ou retirá-las replantando-as em outro local?

Ciente de que não é possível agradar a todas as tendências, as ações daqueles que são responsáveis pela condução do país, não deveriam deixar de ter em mente o consecução dos objetivos.

Mesmo que isso implique em alguma mudança na geografia do local. Quem pode negar a importância, para o desenvolvimento do nordeste, a conclusão das obras para a transposição de parte das águas do rio São Francisco?

Qual alma negaria a possibilidade de melhoria do padrão de vida, do conforto das pessoas das cidades a serem servidas pela energia produzida pela Usina de Belo Monte?

O bem-estar dos cidadãos está ligado diretamente á algumas mudanças no meio ambiente. Sem dúvida nenhuma.
 

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publicado às 16:17

O Filho do Casal

por Fernando Zocca, em 17.06.12

Alguns especialistas, dentre eles psicólogos, sociólogos e também antropólogos atribuem a extremada popularização do futebol à inegável equiparação entre o gol e o ato sexual.

Em alguns casos o fanatismo é tão arraigado que o torcedor, diante da situação tensa, nos momentos em que antecedem a uma grande decisão, crendo que a prática da cópula, levará seu time à marcação no placar, sem dúvida nenhuma, se dedica a esse ato.

Uma torcedora paulistana "assoprou-me" que, por admirar o Alan Kardec, afeiçou-se ao Santos Futebol Clube e que seu namorado carioca, apesar de fã de um time do Rio de Janeiro, torcia para que o Corínthians conseguisse sagrar-se campeão da Taça Libertadores da América.

Ela "segredou-me" que não podia imaginar o porque da tamanha insistência dele em levá-la pra cama, justamente naquela tarde em que o Corinthians enfrentaria o Santos na Vila Belmiro, durante a primeira partida, da série de duas, que definiria quem seguria para a próxima fase da competição.

Havendo ou não, alguma relação entre o  sexo praticado entre eles, naquela tarde, no apartamento dela, e o gol marcado pelo Corinthians, na casa do adversário, a coincidência só fortaleceu a crença do "corintiano" na tal simetria.

Algum tempo depois, já convencida da "veracidade" da correspondência, a moça garantiu que, se toda vez que se dedicasse â prática sexual, seu time vencesse, ela certamente se entregaria à luxúria sem pejo nehum.

Com a desculpa de que o que ela queria era "ser feliz e que o resto  se danasse", a moça justificava a prática sexual, com o namorado, mesmo que isso significasse a vitória do time dele.
 
Ora, se ambos eram solteiros e concordes com as tais práticas, o que lhes restava era somente manter o cuidado para que não se contaminassem mutuamente.

E já que viviam intensamente essa situação, em que a cada ato sexual praticado, equivalia a um gol do time do coração, por que não equiparar a taça conquistada, no final do campeonato,  ao neném, provável filho do casal? 

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publicado às 07:19

Carlinhos pode ser solto pela justiça

por Fernando Zocca, em 13.06.12

 

 

O desembargador Tourinho Neto do Tribunal Regional Federal da 1º Região julgou inservíveis as provas, colhidas pela Polícia Federal, que incriminariam o contraventor Carlinhos Cachoeira.


O blog laranjanews já previra essa posição com o texto "As Tais Escutas", publicado no dia 24 de maio.


Na ocasião dizia-se que "... esse esquemão da corrente de água que se despenha, foi trazido à lume por investigações  que se utilizaram de escutas clandestinas de telefones.


Se não estavam previamente autorizadas por quem de direito, diz a lei, elas, as tais escutas, são nulas. E se nulas, todos os atos investigativos subsequentes também o seriam."


Veja que o julgamento pelo Poder Judiciário é diverso das apurações e conclusões obtidas pela CPI, que também investiga a violação do decoro parlamentar, pelo senador Demóstenes Torres, por seu suposto envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira.


As provas contra o bicheiro são claríssimas, inegáveis. Ocorre que foram colhidas de um jeito não autorizado pela lei.


Se fossem aceitas pelos julgadores, estariam eles, em tese,  negando os preceitos constitucionais que determinam as formas de como elas devem ser coletadas.


Apesar de não serem admitidas pelos juízes, as escutas demonstram que o senador tinha mesmo transações com o contraventor Carlinhos, e que por isso, teria infringido as normas do decoro parlamentar.


A CPI mista pode cassar o mandato do senador Demóstenes Torres, diante das evidências inegáveis dos tais negócios com o bicheiro.


O julgamento político ocorreria antes, e não estaria adstrito às formalidades semelhantes ao do judiciário, que se não observadas, ensejariam nulidades.


Para a decisão final do Tribunal Regional Federal ainda faltam os votos dos demais desembargadores.

A decisão estaria ainda sujeita à avaliação do Supremo Tribunal Federal.

 


 

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publicado às 13:36

Lero-lero pra boi dormir

por Fernando Zocca, em 11.06.12

 

 

Tem balela mais tosca do que dizer serem os recursos hídricos do planeta limitados?

A maior parte da terra é composta por água salgada, mas quando ocorre a evaporação, há a formação de nuvens de água doce; portanto nada mais falso do que  dizer ser finita essa forma da matéria.

O que se finda facilmente são os recursos do poder público, destinados à tornar a água potável, a reciclagem e o tratamento de esgotos.

Os desvios dessas verbas, promovidos por administradores públicos desonestos, ou que os aplicam em pontes e viadutos desnecessários, comprometem a saúde pública, sem dúvida nenhuma.

Sob o efeito do calor solar, as águas dos mares e oceanos evaporam-se, voltando depois em forma de chuva, que ao chegar ao solo, podem formar os rios, os lençóis freáticos, e serem absorvidas pelos vegetais.

Transformadas em seiva, alimento das plantas, tornam a evaporizar-se novamente sob o efeito da irradiação solar. O ciclo não se interrompe por ação da natureza e nem mesmo por vontade humana.

O problema é o abastecimento das cidades. Ai sim a maldade, a insensibilidade e a ganância dos homens, responsáveis pela gestão pública, podem causar danos gravíssimos.

Quem não se lembra da SANASA de Campinas? Como os responsáveis pela administração da cidade poderiam cumprir com as obrigações assumidas no dia da posse, se as falcatruas praticadas deixavam os cofres arrasados?

Então, essa conversa de que a água pode acabar não passa de lero-lero pra boi dormir.  O abastecimento de água das cidades não pode estar ameaçado a não ser pela ação criminosa das pessoas desqualificadas, eleitas para a administração..

Imagine o absurdo existente na ideia de que a produção de uma simples xícara de café importaria no consumo de milhares de litros de água.

Pode uma coisa dessas?

De conversa fiada o eleitor já anda cheio. É preciso oferecer oportunidade de trabalho pra quem quer se ocupar.

Afinal nem mesmo a criação e a manutenção de coelhos, com todas as suas despesas, pode ser realizada, se o cidadão, sem renda, não pode gastar, consumir.

Político medíocre, mal informado, ou que labora sobre premissas falsas, quando se vê contraditado, gosta de promover choques, colisões. Contra seus opositores eles valem-se usualmente das insinuações de racismo e preconceitos.

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publicado às 12:23

A Viagem

por Fernando Zocca, em 09.06.12

 

 

 

A menina aproximando--se lentamente do leito de morte, da velhinha querida e, vendo inserido, numa das narinas dela, aquele longo tubo fino de borracha, que saia de um orifício da parede, acima da cabeceira da cama, sentiu um forte desejo de saber o que era.

- Olha, não mexa nessa cânula, que é oxigênio, ouviu?  E não faça barulho se não você vai acordá-la. - decretou a enfermeira, que acabava de chegar, depois de saber que a paciente, sob seus cuidados, recebia a visita de uma criança.

A guria, com a experiência que lhe proporcionava os nove anos de vida, nada respondeu.

Quando ficou só, a neta percebeu que a avó abriu os olhos dirigindo-lhe em seguida, o olhar que expressava serenidade.

- Oi vó. - disse timidamente a garota, cujas mãos estavam geladas.

- Oi, bem. Você por aqui? Cadê sua mãe?

- Ela está lá na portaria do hospital, conversando com a mulher do escritório. A senhora melhorou?

- Estou bem. Eu me preparo agora para o fim da viagem, a grande viagem.

- Como assim vó? A senhora vai viajar?  Pra onde? - quis saber a jovem sentindo alguma alegria.

- A vida da gente é quase igual a uma viagem, às vezes, longa, outras vezes, bem curta. Sabe... Tem o ponto de partida, o transcurso e depois o fim, a chegada.

Sem poder compreender o que dizia a avó, a menina calou-se entristecida.

- Você sabia que quando nascemos todos os nossos entes queridos riem de satisfação, e só a gente chora?

Espantada, a jovenzinha fixou o olhar, na face tranquila da idosa.

- Olha meu bem... Viva a vida de um jeito que, quando você morrer, todos os que te amam chorem, e só você sorria. Entende?

Percebendo que a avó fechou novamente os olhos e, ouvindo a sororoca que principiava a menina com medo, deu um passo pra trás.

A mocinha sentiu e voltou-se assustada, quando alguém lhe tocou, levemente, o ombro direito.

- Vamos embora. Não podemos fazer mais nada. - disse-lhe a mãe, com a voz num tom baixo e bem triste.

Depois de fecharem, com muito cuidado, a porta do quarto, mãe e filha caminharam, devagar e juntas, pelos gélidos corredores vazios do hospital, em direção à saída ensolarada.

Ao trafegarem pelo pátio, passaram por um chafariz, ornado com dois peixes brancos de mármore, e donde jorrava também, para cima, alguns fiozinhos de água.

No tanque, a transparência da água deixava ver os três pequenos peixes vermelhos, que serpenteavam submersos.

 

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publicado às 20:11

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