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Deixe que digam, que pensem e que falem

por Fernando Zocca, em 13.01.10

 

               A minha casa é minha casa, agora, minha vida pode muito bem ser vivida em outro lugar. A existência não dependerá somente do ter uma casa. Quanta gente não perdeu o que tinha e mesmo assim continuou vivendo?
                Seria mesmo a manifestação da falta de bom senso dizer que estaria a vida acabada só pelo fato de ter a casa ruída, ou tomada pela lama. Pra tudo se dá um jeito nessa vida.  E olha: considero muito crítico esperar tudo do governo federal.
                Tudo bem que o Brasil tenha uma história peculiar, diversa da maioria dos seus vizinhos, mas aguardar do “paizão” a casa, a bolsa disso, a bolsa daquilo é mesmo passar um recibo de incompetência homérica.
                Imagine você uma família com numerosos filhos, todos reclamando por causa da escassez. O pai muito bravo resolve proíbir as reclamações. Ele então “baixa” uma ordem impedindo os queixumes.
                É claro, meu amigo, minha amiga e senhoras donas de casa, que o silêncio daquele povo todo, não modificará a situação lamentável. A diferença é que as demais pessoas da vizinhança não terão tanta certeza do que realmente se passa naquele lar tão oprimido.
                O homem poderá desfilar então pela vizinhança, assim como Fidel Castro desfilava na União Soviética, passando aquela impressão de que estava tudo muito bom, tudo muito bem. Ora, veja.
                O autoritarismo resiste até onde chega o seu líder totalitário. Acabou-se a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e logo em seguida Cuba deixou de ter o seu parceiro comercial.
                Agora, na Venezuela surge Hugo Chaves, o homem que deseja acabar com a inflação usando o poderio militar. Será que Fernando Collor de Mello, não conseguiu tal façanha, com semelhante estratégia, por ter somente “uma bala na agulha”?
                Lula segue os caminhos do Chaves, que por sua vez anda por onde andou Fidel. Não será surpresa nenhuma, se daqui uns 50 anos, as gerações futuras vejam o pais do Chaves vivendo  situaçôes semelhantes as de Cuba do Castro.
                É preciso diálogo. Saber ouvir também faz parte da interação. O ditar lá de cima, durante horas, sem ouvir depois as impressões dos ouvintes, pode mais complicar do que ajudar na manutenção do todo.
                O mal do ditador é que ele não suporta opiniões contrárias às suas. Isso seria um desrespeito tamanho que implicaria até em perda de prestígio. Imagine o Lula querendo fazer a transposição do rio São Francisco, e a sociedade toda, por meio dos seus veículos de comunicação social, dizendo que não concorda por não ser certo.
                Então o ditador fechando rádios, televisões, jornais, revistas e blogs, poderia fazer o que quisesse sem ter que ouvir os queixumes impertinentes. Saddam Hussein era assim. Hitler também foi.
                O calar a boca de alguém não compete às pessoas civilizadas.
Fernando Zocca.   
                 
                  
               

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publicado às 16:57

SEMAE cava fundo

por Fernando Zocca, em 12.01.10

 

              Uma equipe do Serviço Municipal de Águas e Esgoto (SEMAE) de Piracicaba esteve hoje à tarde, defronte à casa 186 da Rua Napoleão Laureano, onde com uma retroescavadeira, cavou até o encanamento  condutor que abastece de água a residência.
                O vazamento foi observado pela moradora do local que notou, na manhã de hoje, a água saindo da pena da calçada. Na noite anterior (11), por volta das 19 horas, não havia qualquer sinal de irregularidade. Quando percebeu o vazamento a munícipe ligou para o Serviço Municipal de Águas.
                A animosidade imperante no quarteirão faria supor a criação de objeções que  objetivariam a negociação de condescendências.  O SEMAE é presidido por Wlamir Augusto Schiavuzzo, integrante do PSDB, partido do prefeito Barjas Negri.
                A equipe conseguiu sanar o problema no mesmo dia.
O pessoal do SEMAE trabalhou bem e resolveu o problema de vazamento

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publicado às 20:05

Os Tempos Bons Não Voltam Mais

por Fernando Zocca, em 12.01.10

 

                            Onde você estava e o que fazia em 1964? Eu particularmente vivia em Piracicaba, estava com 13 anos de idade e como quase todo moleque rueiro do interior, pouco me importava com as críticas dos adultos que se preocupavam com o nosso futuro.
                               Não tínhamos televisão em casa e o rádio era usado por mim, mais para ouvir as radionovelas do que curtir as canções da época. Eu achava que Lupicínio Rodrigues, Maysa, Dalva de Oliveira, Nelson Gonçalves e os bambas do samba daquele tempo, tocavam músicas digamos, tristes para o nosso gosto.
                               Então além das aulas ginasiais no Jerônimo Gallo, da piscina no Clube de Regatas, dos passeios de catraia pelo rio Piracicaba, dos filmes nos cines Broadway, Palácio, Politeama e Colonial, das visitas aos colegas da vizinhança, nós curtíamos também  as caminhadas a pé e as praças onde se podia descançar.
                               Numa ocasião um moleque vizinho, filho de um comerciante de armarinhos da Rua Governador Pedro de Toledo, na praça que fizeram defronte ao grupo escolar Barão do Rio Branco, trouxe um disco de um “conjunto” novo que fazia sucesso.
                               Na eletrola portátil, que minha mãe comprara pra ouvir os discos do Roberto Carlos, da Wanderléia, do Erasmo Carlos e toda aquela turma da Jovem Guarda, ouvimos aqueles caras que provocavam muito frisson entre as meninas.
                               Eram os Beatles.
                               Nós não entendíamos nada de política, renúncia do Jânio Quadros, de golpe de estado, militares tomando o poder, perseguição e morte de terroristas, muito menos compreendíamos o inglês. Mas o ritmo, a sonoridade e a alegria que se percebia no som daqueles caras, nos contagiou de imediato. Não é preciso dizer que ouvímos o LP mais de uma vez naquela tarde.  
                               Os Beatles marcaram um momento de mudança nos costumes daquele tempo. Antes deles era todo mundo muito comportado, cabelos curtos, roupas discretas, os tabus eram tabus mesmo e um simples relar de braços ou dedos no braço ou dedos da irmã do nosso colega, quando sentados no sofá da sala, podia significar intenção de compromissos eternos.
                               Foram tempos muito bons e que não voltam mais. Pra você que viveu aqueles momentos lindos, relembre-os ouvindo a sonoridade que os carinhas aí do vídeo transmitem.
 
Os Beatles marcaram a transição dos costumes de muitos países na década de 1960

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publicado às 13:12

Subindo pela contramão

por Fernando Zocca, em 11.01.10

 

                               Isso é que é um serviço bem feito e respeito pela propriedade alheia. Ninguém pode mesmo reclamar. A responsabilidade chegou e se instalou no local. E perceba que ainda nem começaram a usar o compressor de ar.
                               Quem é o herói, com coragem suficiente, para deixar o seu carro na mão de um “funileiro” desses? O serviço, depois de terminado, apresentará um resultado na lataria, bem pior do que quando chegou à oficina.
                               Note que o tal “funileiro” usa até um enxadão para desamassar o pára-lamas do carro.
                               Não seria de estranhar se essa “oficina” estivesse instalada numa ladeira, onde para subir é necessário trafegar na contramão.
 
                                
                                

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publicado às 15:25

Fazendo Pontes

por Fernando Zocca, em 10.01.10

 

                  - Tá vendo no que dá fumar, seu burro? Agora fica ai deitado nessa cama, largado feito uma trouxa. Muito homem, né? Cadê o machão que queria matar, fazer e acontecer? Está doendo o peitinho, neném? Recebí o recado daquela sua sobrinha. Mas isso não modifica em nada essa  situação deplorável. Que vergonha! Um macho desse porte e agora ai derrotado por um infartozinho. Vamos fazer umas pontes nesse coraçãozinho?
                A enfermeira, aos pés do leito de Charles Bronchon, observava as reações que suas palavras causavam naquele paciente sedado. O soro gotejava lentamente ingressando na corrente sanguínea pela veia do braço esquerdo.
               Este poderia ser o começo de mais uma história sobre o tabagismo, o alcoolismo e suas consequências.
                O alcoolismo é uma doença terrível que torna suas vítimas praticamente uns loucos insones, capazes de uma miríade de maldades sem fim. O álcool tem essa característica de fazer do seu usuário um sujeito cruel, insensível, insensato e bastante prejudicial para si, aos seus familiares e aos vizinhos.
                Na grande maioria dos casos o alcoólatra é um medroso, incapaz de  falar diretamente sobre seus problemas. O uso da projeção faz dele um “craque” quando alucinado. Além da agressividade física, a violência moral o faz também insultar à distância. O distanciamento das suas vítimas  lhe proporciona uma certa segurança para agir.
                Um louco desses é capaz de permitir, que da sua funilaria vaze tinta spray, usada na pintura de automóveis, durante a madrugada toda. No dia seguinte, com a maior “cara de pau” ele estará pronto para negar qualquer irregularidade.
                O alcoólatra praticamente nunca está sozinho, ou melhor num grupamento familiar, pode haver mais alguns dos seus componentes, acometidos pela doença. Eles se reforçarão usando no feedback, o material dos desafetos colhido nas conversas anteriores.
                Essa doença transforma suas vítimas em seres improdutivos. Não são raros os casos em que parentes próximos, geralmente funcionários públicos, sustentam o grupo familiar adoecido, com as sobras dos salários e cestas básicas.
                O teor das manifestações verbais do alucinado é composto também por elementos obtidos nas entrevistas de partidários seus com os desafetos. A regra de que deveria haver sigilo entre os interlocutores não impede muita vez, que os assuntos ouvidos na confissão, ultrapassem seus limites, servindo de munição para os litígios intermináveis.
                Quando o alcoólatra não é acometido por surtos alucinatórios agudos, durante os quais poderá atacar qualquer um que se lhe apresente, estará sujeito à erosão contínua dos seus substratos biológicos.
               Veja o que diz a Bíblia sobre o alcoolismo:
               Ai da coroa soberba dos bêbados de Efraim, da flor murcha que usam como enfeite e que cresce no alto do vale fértil! Ai dos que estão encharcados de vinho. Is 28, 1.
                A senhora insensatez é irriquieta, é uma ingênua que não conhece nada. Ela fica sentada na porta da casa, num banco de onde domina a cidade. Daí ela chama os que passam e vão seguindo o caminho reto. Ó ingênuos venham aqui. Quero falar aos que não tem juízo.  A água roubada é mais doce, e o pão comido às escondidas é mais gostoso. Ela não sabe que na casa dela estão os mortos, e que os seus convidados irão para o reino dos mortos. Pr 9, 13-18.
 
O alcoolismo é uma doença e precisa ser tratada. Os cuidados objetivam proteger os familiares, os vizinhos e o paciente dele mesmo.

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publicado às 04:41

Questão de Saúde Pública

por Fernando Zocca, em 08.01.10

 

               Tenho dito que num bairro periférico sempre há os loucos mais atrevidos. Desse tipo que atira tijolos sabe-se que o desconforto no próprio lar é um fator enlouquecedor de estresse. A  imundície nas dependências da casa, o aglomerado de muita gente e a crença nas seitas satânicas, torna a vida, especialmente das crianças, bastante sofrida.
                Quando o pai e a mãe já não conseguem mais o controle do filho problemático e da nora analfabeta, percebe-se que a atividade econômica do patriarca, encontra-se numa encruzilhada, prestes a cerrar as portas.
                O sustento do tal núcleo familiar problemático, que gera desconforto aos vizinhos, dependerá então, da pensão alimentícia que um dos filhos da concubina percebe, por força da decisão judicial. A própria comunidade, alertada para os transtornos emergidos naquele centro, e distribuidos ao bairro todo, se precaverá ao prestar auxílio material até que o comportamento se coadune com as normas da boa educação.
                Uma enorme discussão envolvendo o fechamento dos hospitais psiquiátricos, ocupou a atenção dos especialistas do setor, durante algum tempo, levando boa parte deles a conclusão de que o simples servir como asilo ou “depósito de loucos”, não seria humanitário e nem mesmo terapêutico.
                Então como proceder nesses casos de comportamento desviante, reinvindicativo, hostil, ameaçador e inconformado? Pode uma comunidade sujeitar-se às suscetibiidades do grupamento malfeitor que se escora nas crenças do satanismo?
                Na vizinhança desse modelo de família problemática, a rotatividade das pessoas que alugam as casas, mudam-se e logo depois partem, rescindindo os contratos, é enorme. Considera-se neurotizante, enlouquecedor até, a contiguidade a esse tipo de associação. Poucas famílias conseguem ficar por muito tempo, nas proximidades.
                O poder público pouco se importa com a existência dos confliltos. As possíveis soluções não serviriam como troféus ou conquistas a serem exibidas nas prováveis campanhas eleitorais futuras.  Não renderiam prestígio e muito menos votos.
                Paciência, dizem alguns. É preciso ter paciência com crueldade alheia. O alcoolismo, considerado uma doença relevante, geradora desse tipo de situação, precisa ser tratado. A integridade moral, física e patrimonial das demais pessoas, viventes no entorno, depende da argúcia dos terapeutas públicos.
                Na verdade o problema é um desafio  àquelas autoridades sanitárias do município que se preocupariam, de verdade, com o bem estar da população. Antes mesmo da ufania que a metástase dessa infecção, possa causar nas ideologias políticas do momento, a cura poderá trazer consigo a distinção e os méritos reservados aos bons médicos.
 
 

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publicado às 11:46

Surucucu: a serpente da mata Atlântica

por Fernando Zocca, em 07.01.10

 

A surucucu (Lachesis muta) é a maior cobra do continente americano e uma das maiores do mundo, pertence à família das Veperidae e à ordem Squamata. Este animal pode atingir até 4,5m de comprimento e suas presas chegam a medir 3,5cm.
 
O corpo é marrom e marcado com desenhos que lembram losangos marrom-escuros, revestidos por faixas esverdeadas. A cauda não tem guizos, como a cascavel, mas é capaz de emitir um determinado som, quando esfrega, contra a folhagem, um pequeno osso (parecido com uma espinha) que possui no extremo da cauda. Assim, como a cascavel, a surucucu também dá sinal de que está incomodada por terem invadido seu território.
Esta serpente é encontrada nas florestas úmidas da América Central e do Sul. Normalmente se alimenta, à noite, de pequenos animais e roedores como ratos. A surucucu é capaz de identificar o calor dos animais que caça, assim sendo, segue o rastro térmico de suas presas. Este acurado sensor de calor é a membrana que reveste internamente os orifícios entre as narinas e os olhos. (fossetas loreais)
A surucuru vive na mata atlântica dos estados do nordeste, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. É também encontrada no Vale do Rio Doce (na divisa de Minas gerais com o Espírito Santo). Dependendo da região, pode ser conhecida como bico-de-jaca, surucutinga, surucucu ou surucucu-de-fogo. O encontro entre homens e surucucus se dá habitualmente na beira de regiões que estão sendo desmatadas.
O comportamento da surucucu é agressivo e ela é capaz de dar um bote com aproximadamente um terço do tamanho do seu corpo. De outubro a março é que ocorre seu período de reprodução. Este animal põe ovos e o tempo de incubação é de 76 a 79 dias (em cativeiro).
É raro o encontro desta serpente com o ser humano (graças ao baixo número de gente no habitat natural deste animal), mas quando picado por uma surucucu, o homem apresenta o seguinte quadro: queda na pressão arterial, inchaço e dor no local da picada, diminuição da freqüência cardíaca, alteração de visão, sangramentos na gengiva, pele e urina, vômito, diarréia, necrose e insuficiência renal. O veneno da surucucu, de ação neurotóxica, é extremamente letal, deve-se procurar rapidamente ajuda médica no caso de um acidente. O soro utilizado contra a picada desta serpente é o antilaquésico/antibotrópico laquésico.
 

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publicado às 11:22

Arruda se defende com ironia

por Fernando Zocca, em 06.01.10

 

              O governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, na primeira  reunião com seus liderados, na terça-feira (5/1), na sede do governo, defendeu-se das reações provocadas pelas publicações dos vídeos, em que aparece recebendo propina, do secretário Durval Barbosa. Com ironia Arruda diz ser “culpado até da Mega-Sena’.
                Esse mais novo episódio da corrupção, observada entre políticos brasileiros, foi trazido à luz, no dia 27 de novembro, pela operação Caixa de Pandora da Polícia Federal, e foi batizado de Mensalão do DEM.   
                No inquérito policial, José Roberto Arruda é indicado como o mentor de um esquema de corrupção e distribuição de dinheiro público, entre os deputados distritais e aliados.
                O encontro com o secretariado, em que não foi permitido fazer perguntas, serviu para informar que as contas do governo estão em dia e que nenhuma obra pública estaria parada. A assembléia legislativa do distrito federal, a quem cabe julgar os pedidos de impeachment, feitos contra os atos ilícitos, flagrados pelas câmeras de Durval Barbosa, é composta por deputados aliados ao governador.
                Notícias publicadas no jornal O Estado de S. Paulo reportam que na cidade de Águas Claras,  próxima de Brasília, a sogra, a mulher e os filhos de José Roberto Arruda, no período de três anos, adquiriram aproximadamente R$ 1,3 milhões em imóveis.  
                Ainda conforme O Estado de S.Paulo, a sogra teria comprado um apartamento de 93m2 e uma quitinete avaliada em R$ 140 mil, no mesmo prédio onde a mulher do governador também obteve um apartamento.
 

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publicado às 12:19

Os tranca-ruas

por Fernando Zocca, em 05.01.10

 

                O funileiro maluquete que insiste em provocar o vizinho, lançando na sua casa a tinta spray, usada na pintura de automóveis, prossegue com a sanha demencial diária. O doente não tem serviço na funilaria, mas pra não ficar quieto, provoca com a poluição do ar, com o barulho e as vibrações nas paredes.
                O imbecil tem parentes funcionários públicos, que garantem as sacanagens por ele promovidas.  Já disseram que a besta não é galinha, mas que também não tem nenhum dente na boca. Isso todo mundo sabe.
                Na verdade o cara é desocupado, um meliante frustrado, que começou a construção de um sobrado, num bairro próximo e depois de muito tempo, não conseguiu concluir. As estruturas apodreceram; se não fosse a parentela funcionária, que o ajudou na venda dos escombros,  a múmia tabágica teria perdido tudo. Veja como é louco, como não sabe calcular.
                Um de seus filhos também desocupado, vadio e sem educação, amancebou-se com uma carroceira, catadora de papelão. Ela já tinha filhos de outros relacionamentos e vivia vagando pelas ruas, em busca do tal lixo reciclável.
                Essa jovem envolveu-se com um metalúrgico casado e já aposentado, com quem teve uma criança adulterina.  A pensão alimentícia que o vovô fanfarrão paga mensalmente à bastarda, é usada pelo vagabundo amancebado, no sustento dos seus próprios vícios.
                Os tranca-ruas vivem bêbados, sentados nas sarjetas e calçadas, promovendo desordens e arruaças. Num tempo que não vai muito longe, era mania de um deles, incendiar móveis, portas, paus e outros lixos que encostava numa parede do terreno,  situado em frente à casa deles.
                Há muitos anos havia uma senhora idosa, viúva que residia sozinha numa casa vizinha dos meliantes. A pobre velha era atormentada dia e noite até que se mudou. Mas você pensa que a loucura dos degenerados cessou? Enquanto não viram as três casas que pertenceram à infeliz, completamente vandalizadas, em ruínas,  eles não sossegaram.
                Essa gente é do tipo que não dorme sem antes ter feito o mal para alguém. Mas para os parentes, frequentadores da Igreja do bairro, eles são uns santos, vítimas de muita incompreensão.
                O uso das drogas pesadas não é novidade entre eles. Há uma criança que padece em decorrência de  afecção pulmonar crônica, adquirida no contato constante com o clima poluído pela fumaça dos cigarros dos malucos.  
                O ambiente é fétido, empestado, sujo, mal ventilado e mal iluminado.  Há muita gente para pouco espaço. A tensão emocional é diuturna. As autoridades públicas do município não se importam muito com isso. Parece que pontes e asfalto das ruas, já os ocupa bastante.

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publicado às 10:59

Conversando a gente se entende

por Fernando Zocca, em 03.01.10

 

                              Desrespeito gera desrespeito. Isso fica muito mais grave se você usa a crença das pessoas para difundir boatos cujos objetivos seriam os de segregar suas vítimas. São coisas muito feias e não devem mais ser feitas.
                               Se você não consegue se defender numa ação judicial, seria cretinice pura, um atestado de burrice, tentar pela manipulação da opinião pública, aniquilar seu adversário. Não que isso seja ineficaz. Mas não deve ser feito com base nas inverdades; as pessoas são muito mais inteligentes do que você pode imaginar.
                               Se a sua indignação, posta nos autos, não conseguir sensibilizar o julgador e achar que a desistência do processo, pedida pelo proponente, significa uma vitória das suas teses saiba que, talvez, o recuo tenha sido para o desistente, o mesmo que foi a retirada da Laguna para o Brasil, durante a Guerra do Paraguai.
                               Todos sabem que devemos fazer aos outros o que desejamos para nós. E que não façamos aos demais aquilo que não queremos para nós mesmos. Essas regras são seculares. É secular também o conhecimento de que se alguém não interromper a tal da “reciprocidade” em algum momento, todos sucumbirão.
                               Ou seja, nessa história de “olho por olho, dente por dente” se alguém mais sensato não interromper a devolução do mal recebido, a pendenga vira logo uma carnificina descomunal.
                               E você pode agora imaginar quem foi que, pelo exemplo, ensinou isso pra humanidade? Isso mesmo. Foi aquele que recebeu toda a maldade do mundo, carregou nas costas, todos os pecados e mesmo assim não revidou. Ou melhor: revidou pedindo ao criador do universo que relevasse aquelas grosserias, pois os estúpidos não sabiam o que faziam.
                               Bondade gera bondade. Você não precisa enlouquecer para saber que a gentileza gera também gentileza, não é verdade?
                            A preguiça, a disposição para o alcoolismo e a crueldade, podem levá-lo a crer em  teorias equivocadas que redundarão nas situações bastante desagradáveis. É por isso que eu digo, e repito: para conhecer a Deus, você precisa chegar antes em Jesus Cristo. Mas para se aproximar de Jesus, é necessário conhecer o Evangelho de Matheus, Thiago, João e Lucas.
                               Sem isso você pode cometer equívocos do tipo, enganar-se com o vizinho, a caixa d´água, a estrada, o caminhante, os murmúrios, e a difamação, podendo depois terminar sozinho, numa praça feia, suja e abandonada.
                               A teimosia pode levá-lo, e a todos os que tentarão te ajudar, a experienciar momentos constrangedores, durante os quais lhes serão revelados  a própria ausência de juízo.
                               Que 2010 seja um ano bom, com mais sensatez, menos álcool e tabaco, para o seu próprio bem e o de sua família. São os votos do pessoal do seu Blog mais querido.
                               Compreende?
 
 

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publicado às 09:40



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