por Fernando Zocca, em 29.09.09
Quanta maldade!
Quando eu era criança ouvi muito que deveria respeitar os mais velhos. E de fato, nunca hostilizei os que tinham mais idade do que eu. Nós sabemos que uma das características dos jovens é o de contrariar, contraditar e rebelar-se contra tudo que está estabelecido, consolidado.
E não deixa mesmo de ser uma tremenda falta de educação ofender outras pessoas, que por méritos próprios, muita dedicação e empenho chegaram a conquistar tudo aquilo que provoca a tal inveja, naqueles que não tiveram tanta sorte.
Mas o que devemos fazer diante dos jovens rebeldes, às vezes acometidos por doenças, fixações e que sitiam a outrem?
Existem diversas correntes que cuidam do assunto, sugerindo soluções. Na Bíblia, por exemplo, podemos observar que a crueldade só pode ser amenizada pela consciência e aceitação do amor de Jesus Cristo.
Para psicólogos o sujeito adoecido pela pertinácia pode ser aconselhado e, se tiver substrato favorável, poderá recuperar-se. Para a psiquiatria o paciente dotado de personalidade querelante, reinvidicativa e que vive em permanente estado de beligerância sitiante, poderá adaptar-se depois que tiver efetivadas algumas mudanças na sua bioquímica cerebral.
O objetivo dos procedimentos médicos psiquiátricos seria o de proporcionar o conforto ao padecente insurreto.
Havia os que criam estar a solução, para os tais problemas, numa boa sova contundente e inesquecível. Mas isso não é recomendável por ninguém que conhece o assunto. A violência redundaria em mais violência até os limites indesejáveis.
No presente momento, aqui no Brasil, observa-se a escalada do crime e se a sociedade, por meio das suas instituições próprias, não reagir, o perigo de desagregação tornar-se-á mais acentuado.
À semelhança dos corpos estranhos num organismo vivo que o infeccionam, os maus caracteres tendem a gangrenar o enteado, a família, a vizinhança, o bairro, a cidade e até o país. E tanto num exemplo quanto noutro, se não houver a profilaxia, com certeza, instalam-se os valores dissociativos.
Tanto a prostituição, como os crimes contra a vida, os assaltos e a agressão verbal contra crianças sinalizam um estágio enfermiço da família. Observa-se que os praticantes da tirania, às vezes recebem o respaldo dos pais e demais parentes, numa demonstração de valores inadequados para a convivência pacifica e produtiva.
A violência verbal contra idosos ou crianças é sempre condenável. E o adulto que tem a incumbência de cuidar das pessoas de pouca idade, ao agir de forma opressiva demonstraria inadequação estando sujeito às sanções da comunidade.
O menino agredido verbalmente hoje, será o adulto agressor de crianças do amanhã. Acredita-se que para quebrar essa corrente nefasta só mesmo a educação poderia.
Fernando Zocca.
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por Fernando Zocca, em 26.09.09
Você que é blogueiro e adora o que faz, tendo vivido momentos deliciosos com essa atividade, acumulado páginas e mais páginas da mais legítima expressão própria, já imaginou o que seria se de um dia pro outro visse que todo aquele seu trabalho foi simplesmente deletado?
Pois é amigo! Isso pode acontecer. Se você tem muita gente importante perturbada pelo que é escrito, saiba que esse pessoal possui o maior interesse em detonar suas manifestações.
Os detentores da sua senha conseguida por programas conhecidíssimos, assim de um momento pro outro, podem decidir que você não deve mesmo deixar rastro na internet.
E desejando que sua passagem pela existência virtual seja semelhante às marcas deixadas pelas nuvens no céu, pelos traços feitos pelas quilhas das embarcações nas águas do mar, eles não desistiriam enquanto não o vissem completamente zerado.
Quando eu era menino e morava à Rua Benjamim Constant, 1528 havia numa casa vizinha, que tinha pedriscos verdes incrustados na parede externa, um casal formado por dois irmãos já bem idosos. O homem era calvo, alto, branquelo e chamava-se Salvador. Ele tinha uma irmã com problemas mentais. Seu nome era Angelina e ela era impedida de sair às ruas. Ela babava e não se expressava de forma usual.
Angelina andava descalça pela casa e descabelada, com aqueles vestidos esvoaçantes, emitia grunhidos enquanto se agitava na habitação.
Se não me engano corria o ano de 1959 quando o Salvador, na garagem contígua da sua casa, fez uma loja onde vendia aqueles produtos de armarinho. Ele passou a negociar linhas, agulhas, cortes de tecido, elásticos, e todo aquele aparato que se encontra nos locais assemelhados.
Lembro-me que o Salvador quis que eu trabalhasse pra ele e eu realmente permaneci por algumas horas, de um dia qualquer, atrás do balcão aguardando os possíveis fregueses. Mas eu não gostava mesmo de ficar parado. E por isso, depois da primeira experiência nunca mais voltei.
Sei que as meninas vizinhas Regina, Marlene e Marina passaram pela loja do Salvador onde aprenderam o trato com o público. Esse aprendizado foi-lhes útil quando se empregaram nas lojas maiores da Rua Morais Barros e Governador.
Logo depois que Salvador e Angelina mudaram-se dali, a casa foi ocupada por uma senhora que tinha duas filhas, se não me engano. Elas – mãe e filhas - trabalhavam no mercado municipal, onde obtiveram a concessão de uma banca em que vendiam pastéis.
Ao que me recordo a mãe das moças, vendedoras dos pastéis no mercado municipal, fora abandonada pelo marido. E ela conseguira a concessão, segundo os comentários dos teclados peçonhentos, por meio da benesse política ofertada por um ocupante da Câmara de Vereadores.
Naquele tempo ainda não existia a figura do divórcio. A separação legal chamava-se desquite sendo que toda a reprovação social recaia na pessoa da mulher desquitada. Porém esse fenômeno não impedia a ocorrência dos distanciamentos. Havia muita gente que se separava.
Lembro-me que no ginásio, algumas colegas tinham pais separados. Não me sai da memória o dia em que, ao chegar à casa de uma delas, pra fazer um trabalho escolar, presenciei a mãe chorando na cozinha. A explicação que me deram foi a de que ela se lembrava do marido que fora morar com outra mulher.
Na verdade, aqueles olhos vermelhos, túmidos, o lenço branco e as assopradas raivosas de nariz, lembravam alguém num velório a chorar por um conhecido morto. É claro que a dor seja maior quando o abandonador, por ocupar um cargo público eletivo, tendo muito prestígio, popularidade, fama e dinheiro, esteja sempre presente nas recordações da prejudicada.
Pois veja que aqueles que pretendem apagar da face da terra os vestígios da sua existência, sejam motivados pelo desejo de não se lembrar mais de você ou das coisas que tenha feito, falado ou escrito.
Pode ser que você lhes provoque o sentimento de culpa com o qual sofrem muito. E enquanto eles não aprenderem algo sobre a remissão dos pecados, talvez você realmente, corra algum perigo.
Fernando Zocca.
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por Fernando Zocca, em 24.09.09
Instituto paga mais do que recebe
O Ministério da Previdência Social informou na quarta-feira (23), que o déficit do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) atingiu R$ 29,9 bilhões só nos oito primeiros meses deste ano. A despesa foi 14.8% maior do que a de igual período de 2008, cujo resultado negativo chegou a R$ 26 bilhões.
Por outro lado, a arrecadação de janeiro a agosto de 2009 somou a importância de R$ 111,8 bilhões, tendo aumentado cerca de 5,02% em relação ao mesmo período do ano passado, que chegou a R$ 106,49 bilhões. As despesas com o pagamento de benefícios previdenciários cresceram de R$ 132,5 bilhões para R$ 141,7 bilhões, tendo aumentado 6,95%.
O ministro da Previdência Social, José Pimentel, disse que o déficit do INSS avançou neste ano principalmente por conta do aumento do salário mínimo, que subiu 12%, de R$ 415 para R$ 465 em 2009. Com o reajuste do mínimo, subiu também o pagamento dos benefícios previdenciários.
Segundo o Ministério da Previdência Social, o aumento do déficit do INSS de julho para agosto se deve à antecipação da primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas, com impacto de R$ 1,62 bilhão em agosto. O valor total da antecipação é de R$ 7,98 bilhões. A diferença foi paga no início do mês de setembro.
Em agosto deste ano, por sua vez, o déficit do INSS somou R$ 5,19 bilhões, o que representa um crescimento de 22,4% frente ao mesmo mês do ano passado, quando totalizou R$ 4,24 bilhões. Na comparação com julho deste ano, o resultado negativo chegou a 67,4%. Isso porque, no mês retrasado, o déficit somou R$ 3,1 bilhões.
Pagando mais do que recebe, a expectativa do governo é de que o pagamento dos benefícios previdenciários totalize R$ 223,2 bilhões neste ano e que a arrecadação líquida do INSS fique em R$ 181,7 bilhões.
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por Fernando Zocca, em 22.09.09
Luisa Fernanda a gerente mais perfecionista que seus colegas de banco jamais viram, naquela tarde de quinta-feira, olhando sobre as cabeças de uma dezena deles, buscava alguém que pudesse lhe resolver a dúvida, suscitada pelos papéis que mantinha na mão.
A mulher estava de pé, no local amplo, ocupado pelos parceiros presos diante das telas dos computadores. Os cabelos curtos da bancária estavam penteados com esmero, e não impediam o destaque dos óculos de grossos aros negros, mantidos sobre o nariz.
No balcão, apesar de haver seis postos de trabalho, as filas se formavam diante de apenas três caixas que atendiam. A demora na atenção ao público gerava reclamações e alguns usuários chegaram a se queixar na rádio, causando alvoroço na diretoria. Mesmo assim, Luisa não se convencera de que a convocação de mais um funcionário, para agilizar o atendimento, seria mais rentável aos patrões.
Com o nariz empinado ela procurava manter-se concentrada no trabalho, mas as lembranças do marido Célio Justinho, obsedado pela mania de tentar tocar de orelhada o hino do Corinthians, depois de bêbado, a preocupava muito. Luísa recebera inúmeras reclamações do barbeiro vizinho sobre os “atentados” do ébrio.
Não encontrando ninguém que pudesse lhe informar sobre qual carimbo usar naquelas vias verdes das notas fiscais, ela olhava ora para o lado direito, ora para o esquerdo, em busca duma fonte da informação salvadora. A diretoria do banco mudara recentemente a cor da papelada de amarelo para o verde. Porém, apesar da oficina de doze meses que fizera, para assimilar a troca, Luisa ainda abrigava dúvidas.
Ao manter seguros os papéis com a mão esquerda, ela naquele momento de angústia, levou o indicador da mão direita aos lábios, como se perguntasse: “Quem me ajudaria agora com isso?” Mas ninguém podia deixar de fazer o que fazia para atender a companheira.
Luisa Fernanda recordou-se que o marido, numa ocasião em que promovia um daqueles seus churrascos famosos, com muita gente bêbada e barulhenta, dissera pra galera hilária que ela, a chefe da casa, trocava com freqüência, os remédios tarja preta indicados pelo psiquiatra.
Quase ninguém acreditou que Luísa pudesse tomar, ao deitar, os comprimidos receitados para o depois do café da manhã. E que ao acordar, ela pudesse ingerir aquelas drogas prescritas para quando fosse dormir.
Apesar da confusão mental que a dominava com freqüência, Luisa Fernanda conseguia manter o cargo, menos por mérito próprio, do que pelo poder da influência dos seus padrinhos.
Mas agora ali, naquele momento de grande burburinho na agência, ela não podia conter a vontade de sair correndo, deixar pra trás aquela perturbação toda e mergulhar na piscina de águas esverdeadas lá do seu quintal.
E foi só pensar em penetrar portão adentro, da casa doada pelo pai do Célio Justinho, que a recordação da amiga e seu marido, assassinados friamente por um visitante, lhe aflorou à consciência.
Como Luisa Fernanda não encontrasse, naquele instante, alguém livre que a pudesse auxiliar, resolveu tomar um café, dirigindo-se então para a cozinha. Ela não conteve as lembranças do crime: o casal amigo, que ganhara bebê há pouco tempo, preparava-se para sair num sábado à tarde, quando alguém acionou a campainha. Olhando pelo olho-mágico, o homem reconheceu ser uma pessoa amiga que o procurava. A vítima despreocupada abriu o portão, alegrando-se pela presença do recém-chegado. Mas ao dar-lhe as costas, foi atingida por dois disparos na cabeça, dados à queima-roupa.
O grito de dor, bem como o baque do corpo caindo ao chão, chamaram a atenção da esposa da vítima que chegou correndo à sala. Da mesma forma que o marido, ela foi atingida por outros dois disparos que a mataram.
O neném recém-nascido foi encontrado horas depois pela mãe do homem assassinado. A polícia suspeita que o crime tenha sido cometido por uma ex-noiva do morto, ex-nora da vovó que se incumbiria de cuidar da órfã.
Enquanto Luisa Fernanda, na cozinha, segurando um copinho de café ruminava suas recordações, alguém a avisou que o expediente havia terminado e que a agencia só aguardava sua saída para fechar.
A gerente nunca sentiu tanta felicidade ao voltar para casa.
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por Fernando Zocca, em 22.09.09
O seu blog favorito recomenda hoje a leitura de As Chaves do Reino do escritor escocês Archibald Joseph Cronin (A.J. Cronin).
Mas, quem é o autor? Cronin nasceu a 19 de julho de 1896 em Cardross Escócia, tendo falecido a 6 de janeiro de 1981 em Montreux, Suíça. Foi médico e um dos escritores mais populares das décadas de 40 e 50. Além de As Chaves do Reino escreveu também A Cidadela, Almas em Conflito, O Castelo do Homem Sem Alma, Anos de Tormenta, Anos de Ternura, Sob a Luz das Estrelas, Noites de Vigília, Algemas Partidas, Os Deuses Riem, Pelos Caminhos da Minha Vida (autobiografia), dentre outros que compõe o conjunto de 17 obras publicadas.
Cronin teve os livros traduzidos para quase todas as línguas do mundo, vendeu milhões de exemplares e, alguns trabalhos foram adaptados para o cinema.
Os livros podem ser encontrados nas bibliotecas e, nos Sebos comprados por, em média, R$ 20,95.
Bom divertimento.
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por Fernando Zocca, em 21.09.09
Telma caminhou a manhã inteira pelas ruas, logo depois de chegar à rodoviária de São Paulo. Exausta pensou em entrar numa lanchonete onde pediria uma Coca.
Pisou com o pé direito na soleira do boteco, torcendo por não encontrar oposição. Ao sentar-se num daqueles bancos contíguos ao balcão, notou que espantara algumas moscas chegadas antes.
Quando fez o pedido, tocou levemente o bolso onde sabia estar o maço das notas. O envelope pardo envolvente do numerário fora dispensado logo depois dela ter deixado a casa da velha: "Ô mulher chata! Dormia com a boca aberta, escancarada mesmo, e roncava feio!" - pensou a adolescente colocando um canudinho verde e outro amarelo dentro da lata recém servida.
O rádio emitia uma canção suave: nela pedia-se um pouco mais de malandragem. "Será que ao detetizarem o ambiente não teriam respingado coisa ruim na latinha?" O pensamento fugaz não a impediu que percebesse a fome.
Quando ela fitava o recipiente dos salgadinhos, um motorista de táxi entrou no recinto fazendo estardalhaço:
- E aí Cláudio... Tudo certo por aqui? - perguntou o jactante ao balconista sorridente.
Como acontece nesses casos, a própria figura do freguês induz respostas esperadas, sem nem mesmo haver a expressão dos pedidos verbais corriqueiros: o dono do botequim colocou sobre o balcão um copo americano onde despejou a piribita. Em ato contínuo botou, ao lado da azuladinha, um maço de LM.
O motorista vangloriou-se:
- Rapaz... Ontem comi um filé de pescada que me deu gosto! - Seu interlocutor respondeu:
- Eu prefiro filé à parmeggiana.
Telma ao deglutir o derradeiro gole do refrigerante por pouco não engasgou. Suas cordas vocais constritas tornaram quase inaudível o pedido da conta.
Ao sair caminhando pela rua ensolarada teve a convicção de que não suportaria nem mais um minuto aquele sufoco. Suas forças esmaeciam.
O ruído causado pelos veículos, o cheiro do combustível queimado e a luminosidade levaram-na a buscar o ansiolitico na mochila.
Passou defronte uma loja. O pensamento de que deveria embarcar imediatamente para a Bahia assaltou-a. As pessoas aglomeradas ali, naquele horário, observavam uma dezena de televisores ligados simultaneamente.
Numa das telas planas da TV de 29" uma chamada para a próxima novela mostrava parte da trama envolvente. Seria a história do alquimista desejoso de livrar-se das amarras, a ele impostas, pelo prefeito da cidade. O mago planejava vencê-lo usando os poderes ocultos da alquimia.
O calor sufocante fazia exsudar as gotículas de suor na sua pele alva. Ao passar a mão pelo ventre percebeu ter engordado. Desanimada viu-se sem destino. Talvez uma favela pacífica.
Quando se pôs a caminhar novamente, um mendigo cercou-a no meio da calçada. A proximidade daquele ser conspurcado fez com que ela sentisse seu bafo hediondo.
O branco dos olhos do bêbado mostrava-se congestionado; manchas vermelhas enormes denunciavam a intoxicação danosa. Ao esquivar-se do pingueiro, Telma abaixou, sem querer a cabeça. No chão jaziam algumas chaves tetra.
A incidência direta da irradiação solar sobre seu cocuruto congestionou-o fazendo-a perder os sentidos. Quando desabou na calçada quente atraiu a atenção dos transeuntes. Nenhum deles, porém se dispôs a socorrê-la.
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por Fernando Zocca, em 18.09.09
Você que está enfadado de tanta praia, shopping e baladas que tal mudar um pouco a rotina do entretenimento?
Nada melhor do que um passeio para conhecer outros lugares, outras pessoas, sotaques e costumes. Quando desejar variar um pouco, inserindo novas emoções no seu dia a dia, venha à Piracicaba, uma linda cidade, acolhedora e pacífica do interior do Estado de São Paulo.
Tenha a certeza de que será bem recebido e muito bem tratado. A educação é um dos destaques da urbe. Tanto é assim que houve um tempo em que “A Noiva da Colina” era conhecida como a “Atenas Paulista”. Você acredita?
Em Piracicaba você poderá visitar os campos verdes e extensos da ESALQ, a famosa Escola Superior de Agricultura Luis de Queiros. É um programão. E depois, você poderá visitar ainda a Rua do Porto. É uma avenida que margeia o rio Piracicaba ao longo da qual existem inúmeros bares pra você matar a sede.
Não perca mais o seu tempo! Chega de praia, shopping e baladas ensurdecedoras. Visite Piracicaba.
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por Fernando Zocca, em 17.09.09
O jornal Herald Sun, de Melbourne, Austrália, informou que um homem foi preso em fevereiro, depois da denúncia feita por sua filha, de que ele a estuprava quase que diariamente, desde a década de 70, tendo quatro filhos com ela. O caso aconteceu no Estado de Victoria.
O homem iniciou os abusos sexuais quando a filha tinha 11 anos, mantendo-a calada, impedindo-a que contasse para alguém se não a agrediria. Segundo as informações publicadas, as quatro crianças nascidas do relacionamento incestuoso, tiveram problemas de saúde, sendo que uma delas morreu.
A vítima do degenerado teria denunciado o caso já em 2005, mas depois com medo, recusou-se a colaborar com a polícia. No ano passado ela denunciou novamente, quando então as autoridades realizaram exames de DNA comprovando os fatos.Foram feitas 83 acusações formais contra o ofensor.
A verdadeira esposa do criminoso, mãe da vítima, disse que nunca suspeitou que o marido mexia com a criança, informando ainda que a filha desconversava, quando perguntada sobre o pai dos seus filhos.
A família era acompanhada por assistentes sociais ligadas ao governo e por isso o caso ganhou repercussão, tendo inclusive havido pressões para que a ministra de Serviços Comunitários da Austrália Lisa Neville fosse demitida.
Por ter este caso semelhança com o do austríaco Joseph Fritzl, que manteve a filha presa num porão por 24 anos, tendo filhos com ela, a imprensa chama o agressor de “Fritzl australiano”.
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por Fernando Zocca, em 16.09.09
O governo do Estado de São Paulo, no último sábado (12), desistiu de implantar as 49 cadeias planejadas para as cidades paulistas. Para os experts em política, a decisão estaria fundamentada no fato de que em 2010, ano de eleição presidencial, os tais “presentes” não atrairiam os muitos votos necessários ao candidato do partido.
A oposição ao governo de Barjas Negri (PSDB) em Piracicaba, composta pelo PT e mais alguns vereadores do PR comemorou a decisão, que foi atribuída ao movimento contrário a essa pretensão descabida.
De fato, em junho deste ano, os vereadores José Pedro Leite da Silva (PR), José Antônio Fernandes Paiva (PT) e Laércio Trevisan (PR) lideraram passeata, fizeram um abaixo assinado com mais de 18.000 assinaturas e promoveram debates públicos com os quais expuseram os perigos da empreitada desarrazoada.
Também participou da campanha contra a edificação da masmorra piracicabana o deputado estadual Roberto Felício do PT. “Evidente que não dá para ter certeza sobre o que realmente motivou a decisão do governador, mas dá para dizer que a pressão popular foi sentida e contribuiu”, disse ele numa entrevista publicada ontem no jornal a Tribuna.
Atualmente a intenção do governo do PSDB, no Estado de São Paulo é oferecer 40 mil vagas nas 49 unidades prisionais, com as quais quer contribuir para o progresso, do mais importante estado da união.
Ainda com relação ao adiamento do início das obras do governo estadual, o deputado Roberto Felício (PT) analisou como sendo a provável necessidade de esperar a passagem da época das eleições, para então prosseguirem com o projeto. “É bem possível que seja uma forma de a administração deixar baixar a poeira sobre o presídio e, assim, não ter de enfrentar um debate como esse justamente num ano de eleição”, definiu Roberto.
A assessoria da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) divulgou no dia 12 à tarde, o comunicado oficial sobre a decisão do governo de cancelar temporariamente as licitações das 49 unidades prisionais. A pasta declarou que há um trabalho constante de combate ao crime no estado e que esses presídios fazem parte deste planejamento do governo estadual.
“O processo de pré-qualificação foi revogado por conta de apresentar uma série de peculiaridades, inicialmente não previstas, em especial no que tange a localização das obras, valor do investimento, formas de financiamento e cronograma de execução, carecendo de ampla cooperação com diversas secretarias de estado para o andamento deste programa” informou o comunicado.
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PIRACICABA É NOTÍCIA
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por Fernando Zocca, em 15.09.09
O absenteísmo em alguns setores do serviço público é um fato incontestável. Pareado com esse fenômeno, causador da lentidão da máquina burocrática, há também a emissão de atestados médicos que certificam inverdades prejudiciais ao estado.
Como pode o burocrata ausentar-se do serviço e não ter os dias descontados? Um simples mal estar, provocado pela congestão nasal, justificaria o afastamento do servidor por mais de trinta dias?
Claro que o empregador ao pagar os salários no final do mês e, não tendo a contrapartida em forma de produção, deixada de ser entregue pelo funcionário ausente, sofreria o desequilíbrio na relação, que na pior das hipóteses, levaria o órgão prestador de serviços à morosidade.
Por sua vez o responsável pela emissão do documento justificador da falta, ao atestar moléstia inexistente, cometeria o crime de falsidade ideológica, no mínimo.
Até que ponto pode a ausência do responsável, por uma entidade não particular, prejudicar os sujeitos destinatários da prestação dos serviços públicos?
Se o professor ausenta-se da sua classe por vários dias, alegando a existência de mal estar causado por viroses, atestado fraudulentamente por agente habilitado para tal, não estaria ele – o professor - na verdade sinalizando, aos seus pares, que seu interesse pelo cargo diluiu-se e que prefere o empreendorismo?
O descontentamento do servidor, com aquela sua atividade pública, pode se revelar também quando contraria alguns costumes como, por exemplo, usar roupas esportivas na repartição, onde comumente se trabalha de paletó e gravata.
A crítica freqüente contra a burocracia pode assinalar a inadaptação, ou o desajuste do servidor às normas regentes das atividades do setor onde ele atua.
O enfado, os aborrecimentos diários e a ausência de compensações enfraqueceriam o interesse do agente já de longa data, prestando serviços ao estado. Com a apresentação dos atestados médicos, o funcionário se eximiria de comparecer ao trabalho, porém a administração não se livraria de pagar os salários por serviços que não recebeu.
Não é incomum a prática de atividades paralelas, pelo funcionário do estado: um professor pode atuar também como corretor de imóveis, barbeiro ou comerciante. Quando o responsável pelo cargo público atende clientes na sua loja, barbearia, ou imobiliária, nos horários em que não serve ao estado, em tese, não infringiria qualquer dispositivo legal permissivo.
O conflito entre as atividades geraria a necessidade de justificar as ausências com atestados médicos inverídicos. Então o barbeiro, também funcionário público, que ao atender os fregueses na barbearia, deixando de comparecer à sua repartição, cometeria um crime gravíssimo ao justificar a ausência, com atestados médicos falsos.
Não seria esse o momento oportuno para o cidadão escolher entre o serviço público e as atividades econômicas particulares?
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