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A costela quente

por Fernando Zocca, em 03.07.09

Sai do Nosso Bar com a cabeça em remoinho. Estava difícil aturar Andréia Luísa bêbada daquele jeito. Além de abusar da bebida, ela não se importava muito com o que pudesse lhe acontecer fumando um maço de cigarros por dia.


Ultimamente vinha insistindo comigo para que fosse a uma das festas lá na casa da Luísa Fernanda, onde se praticava o suingue. Ela repetia, repetia e repetia o pedido. Lembrava um papagaio monocórdico, que à distância, objetivava desassossegar seu vizinho, na floresta.

 
Andréia Luísa era um ônus que eu devia suportar; era uma espécie de cruz que eu tinha de carregar; era a mala sem alça, que por minha única e exclusiva culpa, ignorância e ingenuidade, eu agüentava com estoicismo.


Mas eu gostaria muito de saber quais seriam as causas daquelas impertinências todas com as quais ela se mostrava. Será que tinha algo a ver com o fato de que sua mãe não fora casada formalmente com seu pai? Será que a mancebia dos pais tornara seu jeito de ser assim tão chato?


A mãe de Andréia morava num bairro afastado da região central de Tupinambica das Linhas. Naquele tempo, em que a Wanderléia era ainda uma donzela núbil, lá só se chegava de bonde ou carroças. Quando conheceu o doutor Zeuskar, ele vivia o processo longo e angustioso do desquite.


A paixão do Zeuskar pela índia continha elementos de vingança, satisfação, companheirismo e uma querença enorme de sossego. E tanto foi assim que tiveram uma dúzia de filhos. Apesar da tropa ser grande e onerosa, o casal não encontrou dificuldades pra mantê-la. Zeuskar era funcionário público, lotado na administração duma fazenda estadual oligárquica.


Um dos irmãos de Andréia era o Tonico Pelamulta, que por não ter crescido igual aos outros, submetera-se a um tratamento médico a fim de que sua estatura aumentasse. A única satisfação que o Tonico tivera com aqueles medicamentos todos, fora ver o tamanho do seu pipi ampliado em 15 cm além da conta corriqueira.


Mas Andréia Luísa não se cansava de me falar da casa de Luísa Fernanda. Ela dizia-me que lá havia piscina, esteira ergométrica, alteres, churrasqueira e um gramado lindo onde se podia tomar sol à vontade.


Dizia-me que nas festas que a amiga dava, aparecia um monte de gente. Eles estacionavam seus carrões nos dois lados da rua, ocupando o quarteirão todo. Lá dentro, depois que ela recebia os convidados com beijinhos e piscadelas marotas, embalava-os com muita caninha, cerveja, e vinho.Ouviam sons sertanejos e, descontraídos, deixavam-se levar pelo clima romanesco que pintava. Os casais então trocavam seus pares, consumindo-se nas esbórnias que se seguiam; eram as verdadeiras bacanais, dignas dos festins pagãos.


De tanto que ela me falava eu já estava propenso a conferir. Mas devia tomar cuidado com certos comportamentos verbais da minha amiga. Afinal, seu vizinho o Kol, bem conhecido como o da mumunha, alertara-me que todos os demais integrantes da família dela, por não precisarem trabalhar, (viviam ainda com a aposentadoria deixada pelo velho pai), desenvolveram uma espécie de mitomania defensiva com a qual tentavam se desvencilhar da pecha de carrapatos sugadores dos úberes estatais. Kol tinha uma certa razão: aquela negadinha toda estava já com mais de cinqüenta anos e nenhum deles trabalhara um único dia, inteiro, sequer dentre todos os de suas vidas.


Pituca de Oliveira, o combatente ferrenho das injustiças sociais, ficaria feliz ao saber que aquela gente sadia era desocupada, só por causa de algumas leis propiciadoras do vagabundismo, sustentado pelas contribuições dos trabalhadores comuns.


O assunto seria usado como munição nos discursos que ele faria durante a campanha eleitoral que se aproximava. Naquele ano o Rei Momo seria prefeito. Nem mesmo seu intestino pedroso impediria.


Esperando então, por um dia mais propício, no qual sua ressaca não fosse obstáculo aos bons contatos sociais, eu observava, curioso, Luísa Fernanda, a pé-de-cana, uma das mais queridas e íntimas amigas da Andréia Luisa, a precipitada.


Se você ainda não sabe, meu nobre leitor, cientifique-se já que essa tal de Luísa Fernanda, uma bofélia ignominiosa e dos infernos, tinha também parentesco com o Rei Luís XXIV, o pavão mocréico, que experienciou, pessoalmente, as agruras da Revolução Francesa de 1789.


Mas, não era mesmo, um show?

 

 

Fernando Zocca.

 

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publicado às 20:29

O semelhante monitorado

por Fernando Zocca, em 02.07.09

 

                                   Não se sabe por que cargas d´água o PT insiste em ver a problemática José Sarney com tanta condescendência. Seria retribuição por qualquer gesto político ofertado, em passado recente, ao partido do Lula?
                                   Será que Lula e seus correligionários, objetivando as próximas eleições presidenciais, não desejariam remexer muito a sujeira que surge, aproveitando o momento para, oferecendo amparo, utilizarem-se disso na campanha?
                                   Pois não seria melhor para o PT extirpar logo os males e receber os créditos por isso, do que carregar a etiqueta de leniente com o semelhante monitorado?
                                   Abafar o caso, não seria mesmo muito mais vergonhoso do que espionar alguém e depois de descobertas as falcatruas, tentar acalmar tudo fazendo acordos?
                                   Em minha opinião o PT deve providenciar o que preconiza a lei nesses tipos de ocorrência. Houve a materialidade do delito, ou seja, houve crime? Sabe-se quem é o responsável por ele?
                                    Ora, se não houver dúvida quanto a isso e não forem tomadas as medidas determinadas na legislação, então, meu amigo, incompetentes são também as autoridades responsáveis que cuidam do assunto.
                                   É bom lembrar sempre que a ausência da punição gera a mentalidade da inconseqüência, da negligência. Do “Ah, isso não dá em nada” constrói uma espécie de certeza de que pode-se delinqüir sem temor de castigo.
                                   O que seria da mãe de família que, ao ver a integridade moral de seu filho ameaçada e, ao postular no Judiciário uma reparação, fosse frustrada por essa corrente da inconseqüência?
                                   Independente do que possa resultar a decisão política do PT, deve ele abraçar as normas instituídas sob pena de bagunçar ainda mais o coreto. Os preceitos fundamentais devem ser reforçados e defendidos sob pena instalar-se o desgoverno.
                                   Os sentidos de indignação, da equidade, o senso do justo, do correto, como não se transformariam em ressentimento e frustração diante dessa tentativa de acomodação, feita pelo PT?
                                   “Ora a lei! Aos meus amigos tudo. Aos meus inimigos a lei”, já dizia Getúlio Vargas. Será que é isso mesmo Lula?
 
 
 
Fernando Zocca.
 
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publicado às 23:31

Vendo o derrière dela

por Fernando Zocca, em 01.07.09

 

A nadadora italiana Flavia Zoccari passou por uma situação constrangedora durante os Jogos do Mediterrâneo, em Pescara, na Itália. Quando estava prestes a subir no bloco para disputar os 200 m livre, seu maiô rasgou deixando à mostra o derrière. A atleta olímpica acabou desistindo da prova e saiu da piscina chorando. Zoccari usava o polêmico maiô Jaked, modelo liberado recentemente pela Federação Internacional de natação, informou hoje o site globo.com.
 
 
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publicado às 21:48

Suposta vítima de abuso sexual fala a verdade

por Fernando Zocca, em 01.07.09

Jordan Chandler, o jovem de 13 anos que em 1.993, foi o primeiro a acusar Michael Jackson de abuso sexual, agora depois da morte do Rei do Pop, resolveu contar a verdade sobre os acontecimentos, informou hoje o site La libre. be.

 
 
A pretensa vítima dos propalados crimes sexuais, afirmou “Michael Jackson não fez nada. Meu pai me pediu para mentir para ser rico”. Estas declarações foram publicadas no site norte-americano transhselector, secundado por scooppeople. Fr.
 
O pai de Jordan Chandler, aproveitando o fato de que Michael dizia publicamente que gostava de dormir com adolescentes, pediu ao filho que mentisse, a fim de se tornar rico. Foi então que abriram um processo contra o cantor.
 
Estas acusações de pedofilia perturbaram gravemente a carreira do super pop. Michael Jackson então, tentando acalmar as coisas e, para resolver a questão amigavelmente, fez um acordo de milhões de dólares que foram pagos à família da vítima.
 
Hoje, Jordan Chandler confirma e repete suas declarações: "Eu nunca quis mentir ou destruir a vida de Michael Jackson, mas o meu pai me pediu para dizer mentiras. Agora eu não posso dizer ´Michael me desculpe` e saber se ele me perdoa.”
 
 
 

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publicado às 12:55

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