Se no Brasil, agora nesse princípio de século XXI a manifestação do pensamento expressa em publicações nos blogs, gera reações furibundas, das chamadas forças de controle social difuso, imagine então o que não ocorre em Cuba, na China e na Coréia do Norte.
Se você estivesse lá em Havana, não poderia publicar num blog, suas ideias diversas do pensamento vigente no bairro.
Entendemos por “controle social difuso” a expressão de contrariedade e censura manifestada por vizinhos, parentes, amigos e autoridades. Num lugar onde contar piada sobre o prefeito pode gerar prisão e até fuzilamento, imagine como deve ser sofrida a vida das pessoas.
Pra você ter uma idéia do que seja a proibição da manifestação dos sentimentos, imagine-se no Maracanã durante a partida cujo vencedor será o campeão. Você não poderá xingar o árbitro, os bandeirinhas e, nem meter o pau na organização do campeonato, sob pena de ter voltado contra si os olhares condenadores das autoridades. É mole?
É o que acontece em Cuba. Lá meu amigo, se souberem que você não aprova os governantes, podem lhe arrumar problemas sérios tais como prisão e até fuzilamento.
A centralização do poder nas mãos de uma pessoa só leva ao arbítrio e cometimento de injustiças muito graves. Veja o que acontece hoje em dia na Venezuela, onde Hugo Chaves tira o controle particular das indústrias que produzem as riquezas do pais.
Chaves fecha canais de televisão, jornais, rádios, coloca agentes seus na direção das grandes empresas produtoras dos bens de consumo, manipula o Legislativo, o Judiciário e, arma-se com material bélico importado da Rússia. Pode ter bom senso uma política dessas?
Hugo Chaves é daqueles que numa reunião fala sozinho, não admitindo a manifestação do outro; ele tem dificuldades para ouvir; ele manda e está mandado. Isso não deixa de ser uma característica de quem seja injusto, cultive preconceitos e tenha mentalidade pétrea.
O Brasil já passou por isso, especialmente durante a vigência do regime militar que durou 21 anos (1964/1985), tempo suficiente para criar maneiras de pensar opressoras que ainda resistem até hoje.
Fernando Zocca.