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Não é possível deixar de acreditar que ainda há capitalistas frustrados, que adoram adjetivar de pedófilos, os chamados socialistas, com base naquelas assertivas equivocadas de que os comunistas são "comedores de criancinhas".
Na década de 1960 fazia parte da guerra fria, entre capitalistas e comunistas, a disseminação entre o povo, por aqueles, que estes, devoravam crianças.
Esse fato proporcionava situações em que as supostas vítimas de abusos sexuais, oriundas de lares desajustados (onde predominava o alcoolismo, as agressões físicas, a toxicomania e a prostituição), responsabilizavam bodes expiatórios que se tornavam os "causadores" dos tais dramas familiares.
E não faltava político esperto, oportunista, para, apresentando "soluções" ao problema, eleger-se ou manter-se no cargo por mais outro mandato.
Quando os comunistas assumiram o poder na Rússia em 1917, uma das primeiras ações opressivas foi a de reprimir a igreja. O mesmo aconteceu em Cuba.
Então pequenos industriais interioranos, comerciantes, latifundiários, empreendedores, prestadores de serviço e grande parte do funcionalismo público, adeptos da economia de mercado, não economizavam esforços na disseminação das ideias e conceitos repulsivos contra os comunistas.
A hostilização inclemente, aos adversários dos capitalistas, feitas por laranjas malignas, era constante, servindo os sofrimentos todos impostos, de bálsamo para os desequilibrados sádicos vingadores.
As frustrações nos negócios eram logo compensadas pela satisfação proporcionada pelas notícias de que mais um "comunista comedor de neném", sofria os efeitos das chibatas dos coros homéricos.
A fabricação, as vendas de barcos, de caramelos, e de sorvetes iam mal? A freguesia da alfaiataria escasseava? Os chefes das repartições públicas andavam nervosos, exigentes e briguentos por me dá cá aquela palha?
A culpa era do comunista comedor de infante. Descontava-se nele (da mesma forma que os Judeus faziam com os bodes, soltando-os depois no deserto), toda a frustração que pudesse causar os insucessos nos empreendimentos profissionais.
E criavam-se os boatos, os falsos testemunhos, as armadilhas, as ciladas. Não foi pouca a gente vitimada pela deserdação e a indigência.
Parece mentira, mas ainda há os resquícios daqueles tempos nebulosos.
Quero dizer que não sou comunista e que as ocorrências de crimes, de qualquer natureza, devem ser imediatamente comunicadas às autoridades competentes.
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