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Esse Carlinhos Cacheira está dando o que falar. Na sessão da CPI, que investiga o suposto envolvimento do senador Demóstenes Torres com o tráfico de influência e o uso de dinheiro, oriundo da contravenção, ele foi chamado até de múmia.
A senadora Katia Abreu (PSD-TO) perdendo a paciência com a mudez e as esquivas do depoente, disse também que não estava ali para dar “ouro pro bandido”. Imagine.
Se os interrogantes ao invés de se descabelarem, esmurrarem as mesas, ou vociferassem, determinassem que o silêncio do interrogado presumiria a sua concordância com as afirmações da CPI, o Cachoeira “jorraria” fácil, fácil.
Até o conceituadíssimo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), chamando o senhor Carlos Augusto de marginal, depois dos dribles do depoente, considerou estar ele "tomado da arrogância de quem é livre, e não preso".
Esse “esquemão”, da corrente de água que se despenha, foi trazido à lume por investigações que se utilizaram de escutas clandestinas de telefones.
Se não estavam previamente autorizadas por quem de direito, diz a lei, elas, as tais escutas, são nulas. E se nulas, todos os atos investigativos subsequentes também o seriam.
É a lei.
Mas e aí, como é que ficamos? Transgride-se a lei pra investigar e punir, ou a respeitamos permitindo que os crimes compensem?
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