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O frio das baionetas

por Fernando Zocca, em 17.08.15

 

Dilma chinelando Aécio..jpg

 

Dá-lhe Dilma!!!!
Criança mimada precisa saber respeitar as instituições, os mais velhos, os bons costumes e, principalmente, reconhecer que não pode ganhar sempre.
O PSDB e o Aécio devem aceitar o resultado legítimo das urnas e recolherem-se às suas comprovadas insignificâncias até que possam, um dia, apresentar políticas públicas melhores do que as defendidas atualmente pelo governo federal e o PT.
Chineladas no bumbum rosado, do coxinha rebelde, podem ser edificantes.
Não deixa de ser uma pretensão descabidíssima o desejo do vetusto, antiquado, caquético, e ultrapassado suplente de deputado federal piracicabano, a suplantação das normas legais asseguradoras da legitimidade do cargo da presidenta.
Já dissemos em dezenas ou centenas de artigos, publicados em nossos blogs na internet, que o PSDB de Piracicaba embarcou numa canoa furada, e que há muito e muito tempo, tem direcionado equivocadamente o restante do partido por todo o Brasil.
Como defender a tese de que um grupo de coxinhas pretensiosas travestidas de músicos, - formadores de uma pseudo banda - possam, atropelando a legislação municipal, que proíbe ruídos depois das 22 horas, ter razão, ao avançar madrugada a dentro, com as horripilantes e danosas cacofonias?
Nem com o tráfico de influência, o poderio econômico, o abuso de autoridade ou a violência, patrocinados pelo latifundiário urbano vencido nas urnas, haveria o ganho da causa infame.
O PSDB piracicabano deve mesmo fazer um exame seríssimo de consciência, arrepender-se dos seus equívocos, principalmente os relacionados com as inúmeras irregularidades licitatórias, com as ambulâncias do ministério da saúde, e dar-se por satisfeito por ainda conseguir eleitorado que lhe garanta a prefeitura durante tanto tempo.
Nem com uma, ou 2647 luas, pode o equivocado PSDB piracicabano, e seus apoiadores, transgredir normas constitucionais sem que com isso deixe de sentir, nas entranhas, o frio das baionetas.
As investigações dos crimes administrativos, - escândalos licitatórios - cometidos no decorrer das construções dos Metrôs e trens de S. Paulo e Brasília, durante os governos tucanos, (Mário Covas, José Serra, Geraldo Alckimin) podem ser adiadas, e ficarem longe da opinião pública, mas o povo sabe muito bem quais são as ações governamentais que lhe são favoráveis.
Esse cavalo de batalha - corrupção -, usado incansavelmente pela oposição, perde sua força na medida em que a sucessão dos fatos, no decorrer do tempo, mostra que a história não era bem assim.

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publicado às 13:16

O Santo Cristo

por Fernando Zocca, em 21.07.15

 

 

 

Rio de Janeiro 03 07 a 18 de 07 de 2015 036.JPG

 

Nestes 16 dias que estivemos na cidade do Rio de Janeiro, tivemos a oportunidade de assistir celebrações religiosas em Igrejas distintas de lugares diversos.
Numa delas foi na do Santo Cristo (foto). Na peregrinação em que "As raposas tem suas tocas e as aves do céu seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça", não é incomum encontrar pessoas com a sorte semelhante.
Depois de uma missa sentei-me num dos bancos da praça onde antes ali havia um cidadão já acomodado.
Os diálogos, que nestes casos, começam sobre o tempo e a temperatura, naquele momento principiaram com o lamento choroso de quem dizia ter perdido todos os seus bens em decorrência de alguns atos escusos praticados por seus familiares.
Subnutrido, mal vestido, sem banho há dias, o homem explicava que a confiança que depositara em seus irmãos, numa questão de herança, valeu-lhe a perda da parte que lhe cabia, restando-lhe somente o sofrimento.
Suas lágrimas embargavam-lhe as palavras e sua questão principal era saber o que teria feito - e em qual momento da sua vida - de tão ofensivo assim à irmandade.
Expliquei-lhe que independente dele haver ou não feito algo que ofendesse profundamente os irmãos, o caráter deles seria o determinante das condutas justas ou injustas, relacionadas às questões de herança.
Desta forma, expliquei, se tivessem eles mais crueldade nos corações, do que compaixão, certamente que não seria este ou aquele erro, este ou aquele acerto, os determinantes das atitudes corretas relacionadas aos bens da herança.
O homem seguiu dizendo que com alguns documentos seus e seu nome, abriram contas bancárias, fizeram aquisições no comércio e depois, sem pagar, sumiram deixando-lhe somente a reputação de estelionatário.
Ele dizia-se temeroso quanto ao futuro. Sem ter para onde ir, o que comer, o que fazer, e a quem recorrer, indagava-me se podia ajudá-lo.
Sem dúvida nenhuma este - dentre outros milhares - era mais um caso para a assistência social do município, para as caridosas almas cristãs e o predomínio do reino dos céus.

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publicado às 12:48

A Caixa

por Fernando Zocca, em 05.06.15

 

Dinheiro é um papel impresso, emitido pelo governo federal, e que tem um valor correspondente em ouro.
Esse papelzinho colorido substitui os objetos produzidos facilitando assim a troca das coisas.
Se você planta tomates e precisa de pneus para o seu trator, é bem mais fácil trocá-los por dinheiro e, logo em seguida, substituí-lo pelos pneus, do que trocar os frutos diretamente pelas coisas necessárias.
Para conseguir tanto os tomates quanto os pneus é indispensável mover algumas coisas. Então o lavrador precisa revolver a terra fazendo sulcos, lançar as sementes, irrigar e esperar o tempo do ciclo natural da planta.
A confecção dos pneus implica em mover-se no sentido de retirar da seringueira a borracha, manipulá-la de um jeito tal que o resultado final tenha a forma, a cor e a consistência do objeto que conhecemos como pneu.
Da mesma forma acontece com os alimentos, as roupas e os demais acessórios consumidos pelas pessoas.
A confecção dessas coisas todas chama-se trabalho. A forma do domínio, do emprego do trabalho, isto é, da propriedade do empreendimento de produção, é que varia um pouco.
Por exemplo: no comunismo as empresas todas pertencem ao estado. Inexiste a iniciativa particular, própria. Não tem empresário dono desta ou daquela fábrica, desta ou daquela emissora de TV, deste ou daquele jornal.
Com esse modelo, atualmente há a China, a Coréia do Norte e alguns outros países. Uma característica desse sistema de produção é a nulidade da competição interna.
As empresas que produzem tratores, tecidos, roupas, equipamentos eletrônicos, não duelam entre si para a obtenção das maiores vendas.
No capitalismo a gente observa que é a iniciativa do interessado que move a produção, a comercialização e a prestação dos serviços à sociedade.
Há uma "briga" pela conquista dos consumidores. Ou seja, a TV tal, do bispo tal, procura fazer programas, tanto religiosos quanto mundanos, de um jeito que abranja a maior quantidade de pessoas dispostas a pagar por eles, ao comprarem as coisas exibidas nas telas.
É o que acontece com as fábricas de automóveis. Elas procuram fazer produtos mais confortáveis e baratos a fim de venderem mais. Competem entre si para a sobrevivência no mercado.
Durante o surgimento dessa fase conhecida como ciclo industrial, na Inglaterra, por volta de 1750, as primeiras fábricas empregavam pessoas que trabalhavam de forma degradante, e que enriquecia somente os donos do empreendimento.
Hoje com a automação das máquinas houve a redução das jornadas, a diminuição dos postos de trabalho, e o aumento da produção.
Ocorre que sem o consumo a produção não tem efeito. Ou seja de que valem pátios inteiros lotados de carros, das fábricas de automóveis, se não há a aquisição deles?
De que adianta a fabrição de esmaltes, cílios, maquiagem, roupas, música e o escambau, se não há a troca deles por dinheiro?
Se o produtor das mochilas, perucas, tintas para cabelo, não troca os seus produtos por moeda sonante, como pagará as contas do condomínio?
Um jeito muito antigo de ganhar dinheiro sem produzir nada, nenhum trabalho, é a imposição da obrigação de pagar tributos.
Desta forma os governos ajuntam bilhões e bilhões de dólares em troca de quase esforço nenhum. Teoricamente, essa montanha de dinheiro seria destinada à melhoria da vida dos que pagam.
Mas o que a gente tem visto, durante o decorrer do tempo não é bem assim que acontece.
O desvio de função, que era a exceção, tornou-se a regra. E é assim, com o suborno e a corrupção, que muitos conseguem ter muitas coisas e os variadíssimos movimentos na sua caixa.

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publicado às 14:45

Retrovisor

por Fernando Zocca, em 03.06.15

 

retrovisor.jpg

 

Corrupção é que nem gripe. A gente controla, combate os vírus, ela passa, mas volta.
Esse tipo de doença social não é privilégio só do poder público. Nas empresas, da iniciativa privada, ela também é comum.
É a exceção da regra, o caminho mais curto, o jeitinho mais fácil de trazer para si, ou para outrem, o que é do alheio.
Semelhante a outra aberração social, a prostituição, a corrupção enriquece poucos, deteriorando a qualidade da vida de muitos.
Quando não existe a punição dos culpados ela torna-se comum, e leva os que não a praticam, a serem condenados pelos que dela fazem uso.
Tanto a prostituição infantil, quanto o tráfico das drogas, os desvios das verbas públicas, precisam ser combatidos; os condenados devem ter a consciência de que a sociedade toda participa do conhecimento dos fatos.
Os corruptos de uma cidade, geralmente, quando percebem a aproximação perigosa da polícia, da imprensa, procuram logo despistar as atenções com problemas mais sensíveis e comuns.
Então não é novidade o desencadeamento das campanhas de caça aos pedófilos - por exemplo - por aqueles que com o rabo preso, nas maracutaias municipais, vê a pressão social aumentar perigosamente pro seu lado.
A dinâmica assemelha-se àquela que ocorre numa família com muitos irmãos. Quando um deles suspeita que a mãe está prestes a descobrir que ele anda comendo as bananas às ocultas, de madrugada, aguça as atenções da genitora sobre o usuário oculto, dos seus batons e cílios, como o verdadeiro meliante a ser punido naquela casa.
Quem não deve não teme, mas precisa ter o cuidado com os enredamentos que os verdadeiros culpados tecem para, nas contas dos bodes expiatórios, lançarem as culpas e sossegarem a consciência.
Hoje em dia, quando um candidato à maracutaia municipal, estadual ou federal, olha pelo retrovisor do tempo, não vê nenhum dos seus paradigmas ter se dado mal.
Quando a visão dos espelhos retrovisores mostrarem que as leis foram cumpridas, os suspeitos processados, os culpados punidos e as penas executadas, teremos a esperança de que o mundo será bem melhor para as próximas gerações.

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publicado às 18:15

O prefeito mágico

por Fernando Zocca, em 04.05.15

 

Telégrafo.png

 

No final da década de 1960 havia uma agência dos correios na esquina das Ruas Alferes José Caetano e 13 de Maio.
Nela trabalhava um funcionário responsável pelo telégrafo. Atrás de um guichê ele ouvia as palavras das mensagens que o remetente desejava transmitir, e manipulando o equipamento, as transmitia até a agência da localidade onde morava o destinatário.
Por volta de 1837 as comunicações por esse meio só eram possíveis graças às conexões dos pontos distantes, por fios e cabos. Mas depois do aparecimento do telégrafo sem fios houve a abolição dessa forma inicial, digamos, mais concreta.
Numa ocasião eu estava passando defronte aquela agência quando uma senhora, já bem idosa, me abordou pedindo que eu escrevesse, numa folha, as palavras que ela ditaria.
A mulher queria comunicar-se com uma parente distante e tinha ido àquele local dos correios para tal fim.
Acontece que o funcionário mandou ela escrever a mensagem num papel, que ele então a transmitiria, usando o código morse, pelo telégrafo.
Mas como ela tinha dificuldades com as palavras escritas, pediu logo pra mim, o primeiro que passava na sua frente, que as escrevesse.
Então ela começou a falar e eu a garatujar: "Neném, para com essas atrapalhações, com esses enganos todos, com essas histórias de Mandraque. Que coisa mais feia, minha filha. Não presta enganar os outros desse jeito. Tem prefeito mágico que faz sumir o dinheiro da prefeitura. Mas você pensa que ninguém vai saber? É claro que vai, minha filha. Para de sacanagem. Você precisa arrumar um marido decente, que goste de você e que tenha coragem de trabalhar para te sustentar. Cria vergonha na cara, minha filha. Olha, o povo todo já sabe desse seu negócio de ser, de dia, Maria e, de noite João. Arruma um serviço decente, minha nega. Passou o tempo da vadiagem."
Depois de grafadas as palavras no papel entreguei a ela, que logo em seguida passou ao funcionário. Quando ele viu o tamanho do texto, ficou abismado. Disse que a transmissão custaria uma fortuna, porque o valor a ser cobrado baseava-se na quantidade das palavras da mensagem.
Bom, voltando o texto para mim eu comecei a compactá-lo. Risca ali, rabisca aqui e pronto; achando que agora tudo ficaria dentro das possibilidades, passei o comunicado ao funcionário.
Mesmo assim, dizendo que a tarifa seria bem alta, ele resumiu ainda mais a mensagem da velha senhora que ficou mais ou menos assim: "Vai trabalhar, minha filha. Esse negócio de cinema não combina muito com você".
Por ter saído do lugar, durante as tratativas entre a usuária e o encarregado, não fiquei sabendo se houve ou não a transmissão do conselho.

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publicado às 13:37

Revelando Segredos

por Fernando Zocca, em 20.07.14

 

 

Nas reuniões dos grupos onde não há a sinceridade é muito comum a troca da identidade de um ou outro componente quando então se fala dele, na presença dele mesmo, sem que ele nem perceba.

Por exemplo: o José foi ao Fórum durante a tarde e, à noite, quando participa da reunião da associação dos moradores do bairro, pode ouvir durante longos minutos, a arenga de que o "Joaquim" ficou o dia todo no Fórum "mexendo" com papéis e "aprontando" alguma coisa. 

Se a Maria, mulher do José, por um motivo ou outro deixou de mandar capinar o quintal, o José poderá ouvir que a "Márcia" é uma "braço curto", preguiçosa e que na casa dela nem mesa e cadeira tem.

Quando o filho do José bate de forma estrepitosa na porta do banheiro da sua casa, haverá a possibilidade de o José experienciar os comentários de que o filho do "Joaquim" é agressivo e violento.

Essa simulação toda, perdurante por anos e anos a fio, teria por base a crença de que o tal José seria portador de um segredo, de uma verdade criminosa, sobre a qual, se perguntado diretamente, ele, com certeza, negaria.

Essa troca de conformidade ocorre também nos delírios psicóticos nos quais o doente elabora uma situação na qual ele "faz" o outro experienciar o que ele mesmo está sentindo.

Assim, se a comunidade aplaude o José, por seus feitos, o Laerte, com ciúme, dirá que, na verdade, o José está abandonado, isolado, sendo sua presença completamente dispensável.

O que o Laerte faz, com essa projeção, é compensar - para manter o seu prestígio, e a liderança, no grupo familiar - algumas deficiências que podem ser estruturais, (morfológicas) e culturais como o analfabetismo.

Nesse relacionamento fingido, desleal, entre a associação dos moradores do bairro e o indivíduo, os feedbacks alimentados por mexericos são danosos e, se não obstados a tempo, podem tornar-se boatos causadores de danos morais terríveis. 

Da calúnia pode surgir o assédio moral criminoso (objetos do tráfico de influência nas entidades de classe e governamentais), exercido pelo próprio grupo frequentado pela vítima.

Não há dúvidas de que a personalidade machista-intolerante-excludente, da maioria dos integrantes grupais, é refratária aos ensinamentos cristãos.

Nessa vicissitude, a frase "Deus me livre dos amigos, porque dos inimigos cuido eu", é bem propícia. 

 

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publicado às 13:38

O saguizinho bigodudo

por Fernando Zocca, em 17.07.14

 

 

Muita gente considera as reeleições sucessivas - às vezes cinco ou seis - dessa gente habituada a usufruir os bônus dos cargos públicos, como resultado das fraudes magistrais. 

No passado não muito distante, da história brasileira, houveram até revoluções onde muitos pereceram, ou foram mutilados, quando da preterição dos seus direitos às sinecuras centenárias. 

Há quem agradeça, entretanto, a redução sensível, do nível da violência empregada usualmente nesta área da atividade humana.

O chavão "manda quem pode, obedece quem tem juízo" usado durante séculos pelos coronéis do sertão e interior do Brasil, expressa a realidade inegável do uso da força bruta para a manutenção do poder. 

As mudanças tecnológicas, de certa forma, proporcionaram a troca gradativa do uso das pancadas, lesões corporais e até das mortes, por satisfações emocionais (e libidinais) frenadoras das oposições ferrenhas. 

Os anticoncepcionais, as camisinhas e a miríade de opções do arsenal farmacológico, a disposição do controle das doenças venéreas, vieram facilitar as estratégias de apaziguamento dos inconformados. 

Hoje, faz-se mais amor do que guerra. Isso é bom pelo fato de também alavancar tudo o que envolve as situações. A mídia se farta com os assuntos, a indústria de cosméticos vende horrores, viagens realizam-se facilmente, conceitos e opiniões pululam nos meios de comunicação, roupas e modas reformulam-se desenvolvendo as atividades construtivas. 

E o nosso saguizinho bigodudo ainda continua lá, na cadeira da presidência, por mais quatro anos e seus 48 salários.

A carência da vocação para safadezas é, de certa forma, um óbice à candidatura de gente que gostaria de vivenciar esse lado profissional da arte de ganhar muito dinheiro e não fazer nada. 

O cidadão comum levanta cedo, toma um café chinfrim, espera durante horas o ônibus, sacoleja-se durante outras horas sofridas no trajeto para chegar ao trabalho, produz bens de consumo palpáveis e, no fim do dia submete-se à mesma rotina torturante em troca de, no final do mês, um salário risível. 

O nosso homem político, ao contrário, com as verbas de gabinete, salários e falcatruas mil, que recebe em troca dos lero-leros parlamentares, pavoneia-se, exibe-se, humilha o povo, faz e desfaz.

Você já imaginou quanta incivilidade poder-se-ia reduzir usando os salários de um deputado federal ou senador?

O dinheiro usado para pagar esses políticos profissionais é muito mal empregado pela sociedade brasileira. Se fosse utilizado para melhorar os salários dos professores responsáveis pela educação e civilização das crianças, excepcionais ou não, o sucesso do Brasil seria mais louvável. 

Ou seja, um senador ou deputado federal ganha muito pra não fazer nada ou fazer menos do que faria o professor responsável pelo polimento das crianças.

Civilidade, bons modos, respeito aos mais velhos, às mulheres, às crianças, são mais indispensáveis à coesão social, do que um senador ou deputado federal. 

 

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publicado às 13:03

Cardume de piranhas

por Fernando Zocca, em 14.05.14

 

 

 

 

Você já imaginou o quão poderosa seria a força resultante da união entre os presidiários petistas, cumpridores das penas a eles impostas, e os corruptos tucanos, envolvidos nas fraudes licitatórias dos metôs e trens?

 

Há quem afirme que, a exemplo do que acontece ao boi, atacado por um cardume de piranhas, não restaria da entidade pública, onde eles atuariam, nada mais do que os destroços das estruturas.

 

Mas afinal o que existe em comum entre os componentes dos dois grupos?

 

Um dos fatores é a consciência da existência das riquezas a serem acrescidas aos seus patrimônios particulares. Outro elemento comum é a crença de que a impunidade superaria qualquer flagrante ou execração pública que pudesse haver.

 

E, certamente, a ocupação dos cargos públicos proporcionaria a chance de por em prática o vetusto ditado "a ocasião faz o ladrão".

 

Eu já disse várias vezes, neste vosso blog mais querido, que o ladrão vale-se tanto das pequenas, quanto das grandes coisas.

 

Assim, aquele ladrãozinho principiante pode satisfazer-se subtraindo para si textos copiados da Internet e publicados depois em seu nome.

 

O ladrão mais escolado pode levar na conversa famílias inteiras, deixando-as na penúria extrema, ao desviar para si ou para outros, os bens de uma herança. 

 

Você sabe que esse - o furto - é um jeito existente, capaz de  acrescer às suas, as coisas que não deveriam ser. É uma forma antiga de enriquecimento ilícito.

 

Por falar em enriquecimento, não podemos deixar de lembrar dos nossos queridos vereadores. 

 

Eles não fazem nada, praticamente nada, além de nomear ruas, loteamentos, e passar horas e horas discutindo coisas que qualquer cidadão comum faz, e de graça, nos assentos das praças.

 

A diferença entre os nossos edis e o povo, que conversa nas praças, é o salário. 

 

Não digo que os votos recebidos sejam diferenciadores porque não se pode duvidar da possibilidade da compra deles. A negociação feita com o pessoal capaz de aumentar ou diminuir - na apuração - o número dos votos, de qualquer candidato, pode gerar uma vida pública bem longa.

 

Nós temos aqui na cidade pessoas que vivem dos salários pagos pelo povo há mais de 20, 30 anos.

 

Quando comparamos o vereador a um operário da indústria percebemos que durante um ano o trabalhador pruduziu - por exemplo - 436 bicicletas, em troca de um ou dois salários mínimos mensais. 

 

Já o nosso homem público esperto não fez nada além de reunir-se, uma ou duas vezes por semana, no plenário da câmara municipal, para discutir assuntos de somenos importância, ou outorgar afagos públicos, recebendo em troca quase R$15 mil mensais. 

 

Mas o meu querido e inteligente leitor poderia perguntar: se é assim por que então o operário não se candidata aos cargos eletivos?

 

Ora porque, pra entrar nessa "panela", o sujeito tem de ter o caráter suscetível às desonestidades. Se não o tiver, que pelo menos, não impeça os despojamentos feitos pelos circundantes, quando a ocasião for propícia. 

 

Você sabe: muita gente boa morreu ao tentar "dedurar", impedir ou negar-se a participar das sem-vergonhices. 

 

Por isso meu amigo, se você é petista, tucano ou componente de qualquer outra entidade, apta a disputar as próximas eleições, saiba que o pessoal desse vosso blog quer estar alheio, bem alheio, a essa patifaria toda. 

 

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publicado às 11:09

É o jogo

por Fernando Zocca, em 21.03.14

 

 

Eu sabia que era impossível a inexistência de uma "treta” tão grande, grave e riquíssima, por trás daquele zunzunzum inquietante.

O PSDB é a cristalização da chamada livre iniciativa, do empreendedorismo, das ações que formam grandes latifúndios, fazendas e empresas particulares.

Durante a vigência do estado de exceção, quando os militares assumiram o governo central, a ideologia tucana era expressa pela sigla ARENA que significava Ação Renovadora Nacional.

Contrapondo-se aos proprietários empreendedores, há os trabalhadores que nada mais teriam do que a força do trabalho. 

Estas duas vertentes sociais estão no poder há algum tempo. Os trabalhadores, representados pelo PT, ocupam o governo central, enquanto que  o partido dos patrões governa São Paulo há décadas.

Contra os trabalhadores houve a comprovação de crimes em desfavor da administração pública. Punições exemplares foram executadas e os culpados sofrem as consequências. 

Mas, como ninguém é perfeito, surgem agora revelações na Europa e também para as autoridades judiciais brasileiras, sobre a existência de crimes de formação de cartel e outras irregularidades nas licitações para a construção de metrôs e trens de várias cidades brasileiras. 

Todos os crimes cometidos durante a administração do PSDB, e que lesaram os cofres públicos em bilhões de dólares, saciaram a poucos, bem poucos, empobrecendo, por outro lado, milhões de brasileiros. 

Corrupção semelhante você, meu querido leitor, pode notar no governo deposto da Ucrânia. Lá Viktor Yanukovich e seu gabinete, com tendências pró-Rússia, enriqueceu empobrecendo o povo, até o momento em que  este reagiu depondo-o.

Viktor Yanukovich pediu ajuda à Moscou e Putin, presidente Russo, invadiu com suas tropas a Criméia, parte do território ucraniano. 

O presidente norte-americano Barack Obama e os representantes da União Europeia, aparentemente derrotados neste cabo de guerra, não puderam impedir a grave perda de território, sofrida pela Ucrânia.

Perceba que a perda do domínio sobre uma vasta extensão de terras está relacionada à corrupção de um grupo de traidores.

Viktor Yanukovich, sua quadrilha e o governo Russo gozarão as delícias das riquezas roubadas, enquanto que o povo ucraniano sentirá na pele, durante longos anos, os gravames da escassez.

Tanto aqui no Brasil, quanto lá, na Ucrânia, as coisas são parecidas. 

É o jogo.   

 

 

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publicado às 14:53

Respeito é bom e todos gostam

por Fernando Zocca, em 25.10.13

 

Obama, o fuxiqueiro mundial, quis saber, às escondidas, da vida de todos os governantes do planeta. 


O sujeito agiu igual aquelas comadres gorduchas e desocupadas das cidades pequenas. 


Ele, o abelhudo, invadiu a privacidade alheia com a maior naturalidade, como se as pessoas e as coisas de toda a terra fossem dele.


Obama, cara de pau: seria o complexo de superioridade que o faria agir assim?


Talvez a certeza de que não haveria nenhuma punição para seus crimes lhe desse a segurança que o levou a violar os limites do bom senso, da legalidade.


O enxerido esticou seus ouvidos para saber, sem que fosse notado, sobre o que falavam e faziam os governantes da maioria dos países da Europa e da América do Sul.


Quem dissesse que esse comportamento irresponsável assemelhou-se ao daqueles playboys inconsequentes, tripudiadores sobre a ingenuidade alheia, não estaria errado.


Se levado a julgamento por uma corte internacional, que punições sofreria o autor dessa patuscada  vergonhosa?


É chegada a hora de criar juízo, doutor Obama. A invasão de países, o uso de equipamento militar contra civis, e toda a sorte de injustiças praticadas contra pessoas, governos e países dão aos Estados Unidos um azar tão intenso, tão forte que não seria duvidoso afirmar que o tempo de glória do império norte-americano já passou.


Quantos países seriam invadidos, quantos governos derrubados e quantas toneladas de bombas seriam usadas em represália contra aqueles que ousassem interceptar as ligações telefônicas das autoridades norte-americanas?


Qual seria a reação dos dirigentes ianques se descobrissem e provassem que os e-mails e as ligações telefônicas dos secretários de estado, altos funcionários do governo e das empresas estratégicas estariam monitoradas?


Respeito e consideração são bons e todos gostam.

 

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publicado às 10:43


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