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Respeito é bom e todos gostam

por Fernando Zocca, em 25.10.13

 

Obama, o fuxiqueiro mundial, quis saber, às escondidas, da vida de todos os governantes do planeta. 


O sujeito agiu igual aquelas comadres gorduchas e desocupadas das cidades pequenas. 


Ele, o abelhudo, invadiu a privacidade alheia com a maior naturalidade, como se as pessoas e as coisas de toda a terra fossem dele.


Obama, cara de pau: seria o complexo de superioridade que o faria agir assim?


Talvez a certeza de que não haveria nenhuma punição para seus crimes lhe desse a segurança que o levou a violar os limites do bom senso, da legalidade.


O enxerido esticou seus ouvidos para saber, sem que fosse notado, sobre o que falavam e faziam os governantes da maioria dos países da Europa e da América do Sul.


Quem dissesse que esse comportamento irresponsável assemelhou-se ao daqueles playboys inconsequentes, tripudiadores sobre a ingenuidade alheia, não estaria errado.


Se levado a julgamento por uma corte internacional, que punições sofreria o autor dessa patuscada  vergonhosa?


É chegada a hora de criar juízo, doutor Obama. A invasão de países, o uso de equipamento militar contra civis, e toda a sorte de injustiças praticadas contra pessoas, governos e países dão aos Estados Unidos um azar tão intenso, tão forte que não seria duvidoso afirmar que o tempo de glória do império norte-americano já passou.


Quantos países seriam invadidos, quantos governos derrubados e quantas toneladas de bombas seriam usadas em represália contra aqueles que ousassem interceptar as ligações telefônicas das autoridades norte-americanas?


Qual seria a reação dos dirigentes ianques se descobrissem e provassem que os e-mails e as ligações telefônicas dos secretários de estado, altos funcionários do governo e das empresas estratégicas estariam monitoradas?


Respeito e consideração são bons e todos gostam.

 

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publicado às 10:43

A árvore dos frutos de ouro

por Fernando Zocca, em 24.10.13

 

 

Da mesma forma que os ovos têm na sua composição os elementos da ração ingerida pelas galinhas, os frutos das árvores podem conter os elementos acrescidos aos adubos.

 

Vi numa reportagem do telejornal Hoje que os eucaliptos de uma região do sul da Austrália, plantados num solo onde havia minas de ouro, tinham nas suas folhas partículas do mineral.

 

Segundo a reportagem, as raízes das árvores desciam até o subsolo onde absorviam a água em que havia o ouro.

 

Os pesquisadores colhiam as folhas, trituravam-nas e, com as técnicas posteriores desenvolvidas, obtinham grandes quantidades do metal precioso.

 

Ora, se as plantas possuem na sua composição biológica partes do material inanimado existente no local, que na verdade é o resultado da sua "alimentação", por que não "aditivar" os adubos das árvores frutíferas, da mesma forma com que é feito com a ração destinada às aves e aos mamíferos?

 

Já imaginou o tipo de fruta produzida naquele terreno cuja adubação pode ser mais rica em ferro, cobre ou outro mineral específico?

 

Os pesquisadores sabem que as experiências devem ser feitas com dois grupos semelhantes.

Num deles deve-se aplicar o adubo especial enquanto que no outro, o de controle, os cuidados são somente os usuais, comuns, do tipo dos tidos até o presente.

 

Quando eu era moleque gostava da história infantil na qual havia um rei que ao tocar as coisas as transformava em ouro. Havia outra em que um fazendeiro muito pobre possuía uma galinha que botava ovos do mesmo mineral.

 

Sem entrar no mérito das mensagens morais das histórias eu me indagava se poderiam existir aves que botassem ovos daquele tipo.

 

Do jeito que caminha a ciência, a tecnologia e a evolução humana na terra, não dá mais para duvidar que possa haver a galinha dos ovos enriquecidos.

 

E se há as galinhas dos ovos com ouro, por que não haveria as árvores dos frutos de ouro? 

 

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publicado às 15:37

São Paulo e os trens

por Fernando Zocca, em 16.10.13

 



Em julho de 1983 a Revolução Constitucionalista, que levou São Paulo a bater-se contra o Brasil, completava 51 anos.


A geração nascida em 1951 surgia à luz depois de passados 19 anos do fim daquele embate, no qual o Estado Paulista, sofreu a mais vergonhosa derrota militar de toda sua história.

 
Mas, - perguntaria meu nobilíssimo leitor - a causa dessa revolta frustrada teria sido uma ocupação irregular das terras alheias como aconteceu em 1948, quando Israel apropriou-se, com o apoio do governo norte-americano, da parte do território palestino?


Não. A causa da insurreição paulista deu-se pela preterição do candidato do Estado de São Paulo à ocupação da presidência da República. 


Todos nós sabemos, ou quase todos, que a República foi proclamada no dia 15 de Novembro de 1889. Desta data até 1930 o cargo de presidente era ocupado alternativamente por políticos paulistas, representantes dos latifundiários produtores de café, e dos mineiros, representantes dos fazendeiros, produtores de leite.


Esse "esquemão" conhecido como política do "café com leite" que continha fraudes eleitorais grosseiras, foi interrompido a "Manu militari" por Getúlio Vargas em 1930, quando a vez de ocupar a presidência e gozar de todos os seus privilégios, era dos paulistas.

 
A indignação da classe dirigente frustrada, por meio das rádios, dos jornais e outras formas usuais de comunicação, fez a opinião pública acreditar, que o Estado de São Paulo se bateria por uma causa nacional justa que seria a obtenção da Constituição da República.


Fazia parte do arsenal dos paulistas um trem considerado imbatível, pois podia transitar por quase todo o estado, armado com canhões, transportando carros, caminhões e tropas.


Acontece que, em sendo a teoria na prática, outra coisa bem diversa, deu-se muito mal o Estado de São Paulo, no confronto com o Exército Brasileiro, formado por contingente maior e mais bem equipado.


Parece que o trem, que outrora fora esperança de vitória dos políticos paulistas, volta agora para demonstrar que os fatos não são como aparentam ser e que há algo de bem podre na suposta solidez do governo PSDB do Estado de São Paulo.


Desde 1932 o Brasil não elege um candidato paulista a presidente da República.

 
Diante dos fatos, e ao que tudo indica se depender dos senhores Antônio Carlos Mendes Thame, Barjas Negri, Geraldo Alckmin e muitos assemelhados, o Estado de São Paulo passará outros 82 anos sem ter um filho seu eleito presidente da República.

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publicado às 18:32

APERTANDO O BOTÃO

por Fernando Zocca, em 12.10.13

 

 




"Do mesmo jeito que os escravos, no tempo do Império, morriam nos canaviais dos senhores de engenho, morrem hoje os cortadores de cana, nos canaviais das usinas de álcool." (Frase atribuída a E. Mail, antes de cair desacordado, no boteco da tia Cris, vitimado pelo coma diabético)

 


Van Grogue, já atordoado pela ingesta da água-de-briga, entrou naquela tarde de segunda-feira no bar da tia Cris. O ambiente estava às moscas. Não havia freguês e o balcão desguarnecido. 

 

Do rádio velho, postado numa prateleira acima da pia, onde a dona lavava os copos, vibrava uma canção. Era do tempo em que Roberto Carlos andava de calças curtas na periferia de Cachoeiro de Itapemirim.

 
Grogue foi avançando, avançando e, sentindo necessidade de fazer xixi, resolveu ir ao banheiro. Ao fechar a porta, ouviu uma espécie de zum-zum. Eram vozes de moças que se divertiam com alguma coisa. Depois de fechar o zíper da calça, lavou as mãos e não contendo a curiosidade resolveu investigar o que era aquele auê.

 
Aproximou-se devagar, pé ante pé e viu quatro jovens sentadas em torno duma mesa circular. Elas falavam ao mesmo tempo e tinham seus dedos indicadores acima do fundo dum copo emborcado. Um círculo formado pelas letras do alfabeto limitava os movimentos da vasilha. Pelo que ele pode perceber, o copo movimentava-se respondendo as perguntas das meninas, parando defronte as letras, formando as palavras das respostas.

 
Grogue viu que não foi notado. Aproximou-se das moças. Elas faziam perguntas e o copo mexia-se dentro do círculo. Uma delas perguntou se um parente subiria na vida. Enquanto viam os movimentos do copo, Grogue achou que poderia muito bem passar por trás delas e, subindo aquela escada de madeira, entrar na casa da tia Cris, sem que elas percebessem. Resolveu arriscar. Degrau por degrau foi ascendendo. Logo depois, quando estava quase lá em cima, olhou para baixo e elas animadas viram que o copo dizia que, aquele parente de uma delas, não ficaria muito tempo nas alturas do sucesso.

 
Van Grogue achou que aquilo tudo era uma brincadeira sem graça e vendo que poderia enganar as moças começou a descer as escadas.


Quando passou novamente atrás delas, foi chamado para participar da brincadeira. Ele disse que não achava graça nenhuma naquilo e se afastou.

 
Uma das jovens disse então pra tia Cris que aquela brincadeira servia para medir a sugestionabilidade dos sujeitos.

 
Van Grogue entrou no salão do boteco e aguardando a proprietária, para ser servido, parou na porta do estabelecimento. Na rua um velho subiu à sua carroça e tomando as rédeas nas mãos, incitou o animal ao movimento. Ante a indiferença do burro em mexer-se, o velhote não perdeu a pose e disse: "Esse não é movido a álcool, mas também é difícil na partida".

 
Grogue, em resposta gritou: "Ô Edgar G. Anta... você não é o Noel, mas também não deixa de ser um bom velhinho." 


Tia Cris entrou no salão e ouviu o pedido do Grogue. Ele queria pinga. A moça considerou aquele freguês um chato. Passava horas e horas sentado à mesa com um mísero copo de pinga. Não gastava, não consumia, e ainda enchia o saco de todo mundo. Ela então resolveu aplicar uma variante da brincadeira do copo: simularia uma conversa ao telefone. E foi assim, falando, falando que ela fez aquele tonto ir embora.

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publicado às 05:18

Agilidade física

por Fernando Zocca, em 12.10.13

 



Os pecados da gula e da preguiça têm os seus castigos. Deles decorrem a obesidade, a pressão alta, o diabetes, o infarto do miocárdio e o acidente vascular cerebral.


Além dessas verdadeiras punições o obeso enfrenta problemas de relacionamento social. Ou seja, o gorducho, nas disputas esportivas não se dá muito bem.


No relacionamento afetivo não lhe resta muita alternativa a não ser um parceiro também rechonchudo.


O fofão atrai os olhares do pessoal mais fino. No ponto do ônibus muitos ficam à espreita para ver como se sairá o corpulento ao atravessar a catraca.


Durante a aquisição de peças do vestuário poucas alternativas têm o reforçado. Camisas, calças, cuecas, calcinhas, camisetas e sapatos, às vezes, precisam ser feitos por encomenda.


Imagine o fofucho tentando se encaixar na poltrona do cinema ou teatro. Tudo ficará pior se houver abelhudos à espreita do comportamento constrangido da pessoa.

 

Se fosse um país o gorducho seria aquele cuja economia está inflacionada, a produção industrial prejudicada e o comércio reduzido.


A política externa do Estado semelhante ao gordo é aquela que importa mais do que exporta.


Em consequência do acumulo de tecido adiposo, gordura, a lentidão faz do gordo uma característica própria, inseparável.


Geralmente o gorducho, por não dispor de agilidade física desenvolve outras como a de bom conversador e contador de piadas.


Na infância e adolescência podem sofrer com a perseguição e a gozação dos colegas. Não poucos reagem com violência às provocações insuportáveis.


Além desses dois pecados gula e preguiça, a pessoa que se torna obesa pode desenvolver os de ciúmes e inveja.


A inveja que lhe desperta os magros com suas habilidades físicas e o encanto que provocam nas pessoas do sexo oposto podem torturar o gordão.


O ciúme lhe fará tanto mal quanto maior for a sua dificuldade para atrair e manter o afeto da pessoa que o encanta.


A pessoa obesa, para ficar legal, deve malhar e muito. Ela deve se acostumar e aprender a tolerar o desconforto físico que produz a atividade física. Afinal é o excesso de conforto que leva ao sedentarismo e aos pecados causadores de tantos castigos.

 

Texto aumentado e revisado.

11/10/13

 

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publicado às 04:08

O apaziguamento dos conflitos

por Fernando Zocca, em 10.10.13


 

Quando Jesus demonstra sua predileção pelos pobres Ele se refere aos oprimidos, aos que não podem se defender, e não aos meliantes maldosos, que não cessam com as suas maldades.


A esses malignos o Mestre pede a conversão e chega a solicitar que durante uma demanda entrem em acordo com o credor sob pena deste os mandar para a prisão, de onde só sairão depois de pagarem até o último centavo.


Ao pecador ensina-se que confesse seus erros, arrependa-se e se comprometa a não mais cometê-los.


A quem não faz esses procedimentos não se pode garantir nada mais do que as penalidades da lei dos homens e o fogo do inferno.


Os educadores sabem que as lições não são aprendidas quando não sejam muito significativas para os educandos.


Se uma nota baixa afeta o bom estudante, mas é inofensiva para o negligente, como pode o mestre corrigir os erros educando eficientemente?


A chamada "pecunia doloris", ou seja, a punição em dinheiro pode ser muito mais eficaz do que o castigo corporal em que o réu tem a sua liberdade tolhida.


É claro que nas aberrações da personalidade nem mesmo os castigos financeiros podem fazer ver ao delinquente que está praticando ações erradas, contrárias ao bom senso existente entre a maioria das pessoas de bem.


As limitações dos educadores ocorrem, às vezes, pela agressividade e violência dos educandos, que inconformados com as determinações sensatas, rebelam-se partindo para a irracionalidade.


Num quarteirão pode-se encontrar praticamente a mesma situação do que numa sala de aulas. Há sempre um pequeno grupo mais afeito à irresponsabilidade do que a maioria compromissada com a ordem, a sensatez e ao bem-estar geral.


Para esse tipo baderneiro, vandálico, não importa se o volume do som em que ele gosta de ouvir suas músicas atrapalhará ou não o vizinho. Para ele tanto faz. Que se danem todos os que estão ao redor.


A comunidade também, temerosa de se envolver com pessoas violentas, geralmente adapta-se aos agressivos, livrando-se desta forma, de qualquer ameaça que possa sofrer.


Até prova em contrário, crê-se que o julgamento das infrações legais seja suficiente para o apaziguamento dos conflitos emergentes.


10/10/13

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publicado às 19:37

Explorando fulano

por Fernando Zocca, em 05.10.13

 

0 que você responderia para alguém que lhe dissesse "o dinheiro é meu e o dou a quem eu quero"?

O ciúme que tal disposição de vontade faria emergir não autorizaria ninguém a reter, a título de compensação, importâncias posteriores destinadas ao mesmo beneficiário.

Ou seja, as atitudes baseadas no raciocínio "Ah, ele recebeu o que não era dele, explorou fulano ou cicrano, e por isso eu não vou repassar", enquadraria o sujeito no crime de apropriação indébita.

Na verdade o camarada que assim age não faria, outra vez equivocadamente, nada mais do que a justiça pelas próprias mãos.

O sentimento de "injustiça" que doações em dinheiro provocariam no indignado, impediriam-no de compreender que as propriedades legítimas podem ser destinadas a quem melhor aprouver os seus donos.

Em outras palavras "cada um faz o que quer com o que lhe pertence", até o momento em que seja declarado jucidialmente incapaz. 

"Dar a cada um o que é seu" fundamenta o raciocínio jurídico, embasa o equilíbrio e promove a pacificação.

Eu não me sentiria nada bem se mantivesse comigo algo que não me pertencesse. Para manter a saúde e o bem-estar procuraria devolver, o mais rapidamente possível, tudo o que não fosse meu.

Ninguém poderia dizer ser proprietário de algo cuja aquisição não fosse legitima.

Mas há quem não se preocupe muito com isso. Cada um sabe de si.

É ou não é?

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publicado às 14:50


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