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Procurador do Estado de São Paulo é preso em flagrante

por Fernando Zocca, em 30.04.10

                                  O procurador do Estado de São Paulo Antônio Domingos Thiengo, 57 foi preso na quinta-feira (29), por manter ilegalmente em sua chácara, no município paulista de Água Branca e no seu apartamento em Piracicaba (SP), cerca de 16 armas de fogo e munição de diversos calibres.

                               Segundo a polícia, a prisão foi possível devido a denúncia de um pedreiro que teria sido ameaçado pelo procurador. O denunciante trabalhou numa obra na chácara de Água Branca e não tendo recebido o valor combinado, foi ameaçado por Domingos depois de cobrá-lo.

                               Recebidos pela mulher do procurador na  chácara, os policiais encontraram um fuzil, duas espingardas de pressão, cinco pistolas, três revólveres e muita munição de vários calibres.

                               A equipe de policiais informados pela mulher, que Antônio Domingos Thiengo estava em Piracicaba, prendeu-o em flagrante transferindo-o depois para a cadeia pública de Água Branca.  No apartamento foram encontradas mais duas armas de fogo.

 

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publicado às 16:06

PSICOSE

por Fernando Zocca, em 29.04.10
Quando cheguei em casa naquele dia, estava realmente cansado. Não tinha sido nada fácil lá na empresa. Mas tirei o paletó jogando-o no sofá. Desapertei a gravata. Escutei um ruído que vinha do meu quarto. Fazia nove meses que havia me separado e não poderia ser minha mulher que estivesse ali. Tenso caminhei pé ante pé até a porta que ficou entreaberta. Não acreditei no que vi. Ela estava deitada de calcinha, na minha cama. Massageava a púbis e com as pernas fechadas fazia movimentos de quem tinha orgasmos.

Não provoquei nenhum barulho. Esperei com o coração aos pulos que ela terminasse. Ela logo depois virou-se para o seu lado direito e pareceu dormir, ajeitando os cabelos.

Mas quem seria? Estava ficando louco? Estaria eu na minha casa? Busquei reconhecer os objetos a mim familiares. Sim, ali era tudo meu conhecido. Mas quem era aquela mulher seminua na minha cama?

Completamente aturdido pensei em algo para fazer. Ficaria bem quieto e a observaria sem que me notasse.Os minutos passavam agoniadamente. Sentia certa atração por ela, mas o medo também estava presente. Depois que ela acordou levantou-se e vestiu sua minissaia. Penteou os cabelos calçou os sapatinhos delicados. Ajeitou novamente os cabelos e saiu do quarto. Tomou uma chave que tinha em sua bolsa e abrindo a porta da rua com naturalidade, caminhou como se tivesse saindo de sua própria casa.

Meu queixo caído e meus olhos vidrados não se moviam. Babei. Minha respiração ofegante foi se acalmando. Meus batimentos cardíacos voltaram ao normal.

Entrei no quarto e pude sentir o cheiro do seu perfume. Havia um aroma gostoso de xampu caro. Não conseguia ordenar os pensamentos. Fui até a cozinha e tomei um copo d'água gelado. Peguei o telefone e disquei o primeiro número que me apareceu na memória. Era de Suzana, minha gerente geral. Ela não demonstrou surpresa. Perguntou se eu havia bebido. Pediu para que eu descansasse mais. Disse para que não me preocupasse muito com as contas a pagar. Desliguei embasbacado.

Tomei um banho rápido. Quando saía o telefone tocou. Uma voz sensual de mulher sussurrava palavras que me produziram um arrepio na espinha. Perguntei quem era. Não me respondeu. Eu ficava aterrorizado a cada momento. Abri a porta do quintal e lá no fundo minha cachorra jazia morta. Seus dentes estavam expostos na boca entreaberta. Uma descarga motora me arrebatou.

Caí desfalecido. Quando acordei a enfermeira me olhava sorridente. Disse que tivera uma síncope nervosa. Perguntei por minha cachorrinha e ela me acalmou dizendo que estava tudo bem. Falei-lhe do que havia ocorrido e ela disse que estava estressado. Que tudo não passava de ilusão. Seria alucinação provocada pela tensão nervosa dos momentos difíceis nos negócios.

Eu me consolei. Estava sozinho no quarto. Quando olhei para a porta, ela a bonitona da minha cama lançou-me um sorriso ajeitando os cabelos. Deu-me adeusinho e virou-se caminhando com aquela minissaia reveladora.

Chamei a enfermeira. Gritei desesperado. Estava enlouquecendo? A moça surgiu afoita. Quando me viu assim agoniado buscou logo ali na enfermaria uma injeção que me aplicou no braço. Naquele momento um pensamento estranho me passou pela cabeça: gostaria que colocassem o meu nome num prédio de entidade pública enquanto ainda vivesse. Era uma loucura. Mas eu estava mesmo louco.

Meu problema era compreender o que estava se passando. Teria tudo isso a ver com o pessoal da caixa d'água?

Estariam tais fatos relacionados com A Seita Maligna do Dr. Val?

Quem é que sabe? Disfarcei então toda aquela minha ignorância e procurei mostrar-me como que se nada de anormal estivesse acontecendo. Como poderia classificar aquele surto psicótico? Qual seria sua etiologia? Teria algum nexo causal com Gertrudes ou com sua magia negra? Eu comecei a crer que não teria tantas respostas assim. Não naquele dia e enquanto o relógio não deixasse de indicar 16:19, o momento fatídico em que aquela mulher pedante e de canelinha fina, com seu carrão potente, trafegando pela contramão, se esborrachou toda na Rodovia do Açúcar defronte um caminhão de areia.

Nos escombros o pessoal do resgate encontrou o velocímetro que congelado no momento do impacto indicava: 174 km por hora.

Fatal.

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publicado às 18:18

Os Males da Vagabundagem

por Fernando Zocca, em 28.04.10

                          Hoje tem jogo do Corinthians e quando isso acontece fico muito nervosa. A angústia me arrebata de tal forma que preciso transferi-la pra alguém. Para me acalmar eu usava a estratégia de jogar  dentro da  garagem, do vizinho cachaceiro,  um ou dois folders que sempre deixava guardados.

                               Hoje não foi diferente, o tormento me assolou. Se você não sabe, digo-lhe que eu já não saia de casa por causa dos meus pés rachados e da minha barriga que engrossa cada vez mais.

              Entretanto o doutor Wemaguete, que trata minha pressão altíssima, tendo-me aconselhado a andar pelo menos  meia hora todos os dias, assegurou que  o problema com os calcanhares rachados eu resolveria facilmente se os pusesse numa bacia com água quente, e depois lixasse a pele grossa. Assim  a feiúra dos pés não seria impedimento para as andanças matinais. Numa consulta ele me disse:

                - Olha dona Marli: se a senhora não se cuidar a coisa fica bem preta pro seu lado. Veja só essa pança. Do jeito que a coisa está indo, daqui a pouco precisará de algo muito mais substancioso do que remédios homeopáticos.

                Então acreditando nisso, fiz ontem à noite o que ele mandou e hoje, logo pela manhã, vesti a camisa branca, a bermuda preta e calcei aquele chinelão velho; chamei meu amigo balofo, vizinho de longa data, que também padece com os males da vagabundagem e, iniciamos a caminhada pelas ruas do bairro.

                Quando passamos defronte ao palacete de uma jovem que tinha sido catadora de papelão, pudemos observar o carro importado exuberante – azul pavão - que ali permanecia inerte até que as necessidades da sua dona o mobilizasse. Que luxo!

                A moçoila tinha cabelos pretos, tez morena, andava sempre de short e camiseta simples pela redondeza. Meu amigo Baleia Júnior, que a cada cinco passos dava com o dedão numa toceira da calçada, contou-me aos sussurros,  que a ex-carroceira vestia-se assim, com tanta simplicidade para não atrair  a cobiça dos malandros do quarteirão.

                Meu camarada garantiu-me que a jovem fizera-se passar por deficiente mental a fim de comover os pais, também catadores de lixo, de que aquele tipo de serviço não era o ideal pra ela. Segundo o Baleia Júnior a menina babava com tanta intensidade e frequência que convenceu mesmo seus pais de poupá-la das agruras da rua.

                A mocinha submeteu-se a tratamentos homeoterápicos a fim de que seus males e aquela perpétua unha encravada retrocedessem e foi isso mesmo o que aconteceu. Logo depois ela conheceu um sujeito metido a desenhista que roubara a herança da mãe e dos irmãos. Eles se juntaram e essa era a explicação da existência do reluzente automóvel caríssimo ali naquela garagem.

                Então quando cheguei em casa, durante a despedida do Baleia Júnior, algum maroto passou  com uma velha perua DKW  e depois de um assovio estridente esgoelou:

                - Que roubada hein dona Marli? Viu só no rolo que a senhora se meteu?

                Eu não poderia explicar o que significava aquilo. Talvez fosse fofoca da vizinhança. Mas o melhor mesmo era deixar isso pra lá. Hoje tem jogo do Corinthians.

                 

Atrasados mentais

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publicado às 20:59

Carol Dieckmann volta às telas

por Fernando Zocca, em 27.04.10

Os fãs de Carol Dieckmann aguardam ansiosos a estréia da próxima novela das oito. É Passione escrita por Silvio de Abreu e dirigida por Denise Saraceni.

 

Carolina encarna Diana, uma estudante de jornalismo que está dividida entre Gerson (Marcello Antony) e Mauro Santarém (Rodrigo Lombardi).

 

Irene Ravache viverá Clô, esposa de Olavo (Francisco Cuoco), uma típica emergente que usa roupas das melhores lojas, sempre num tom a mais do que deveria. Por ser casada com o dono de uma empresa de reciclagem de lixo, muitos a chamam de “Rainha do Lixo” fazendo-a sofrer.

 

Além de Carol Dieckmann fazem parte do elenco atores e atrizes consagradas como Fernanda Montenegro, Maitê Proença, Mauro Mendonça, Mariana Ximenes, Reynaldo Gianicchini, Irene Ravache e Francisco Cuoco.

                  

 

 

 

Passione estréia no dia 17 de maio de 2010.   

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publicado às 20:08

O babá Pimenta

por Fernando Zocca, em 26.04.10

                           Donizete Pimenta era um babá muito complicado. Ele tinha sob seus cuidados quatro crianças, mas quem o conhecia podia garantir ser ele incapaz de cuidar de  si próprio. Como ter a certeza de que os infantes tutelados por alguém que confundia “a Leila na Câmara” com “a lei lá na câmara” seriam pessoas normais?

                               Se a causa dos equívocos fosse a mania de beber, como ocorria com o Van Grogue, pelo menos havia  a esperança de que a supressão do elemento danoso, equilibrasse o seu comportamento.

                               Mas não era bem assim. Donizete tinha alguns parafusos a mais, entornos e contornos menos acentuados, que o diferençavam das demais pessoas do quarteirão. Semelhante a um rádio defeituoso que não se podia desligar, Pimenta com uma dinâmica irrefreável, delirava dia e noite.

                               Os surtos alucinatórios que o acometiam deixavam sua velha mãe numa situação de dúvida. Como proceder diante daquele estado que já perdurava quase uma década? Afinal seu filho era tomado por maus espíritos, estando  portanto obsedado, ou sofria mesmo de uma doença psiquiátrica?

                               A senhora idosa, um tanto quanto que barriguda e de calcanhares rachados, não podia garantir ser aquele homem, do seu ventre nascido, um exemplo de saúde mental perfeita, mas não admitia a ideia de que convivia com um psicopata agitado.

                               Para  a mamãe do Pimenta a culpa da intranquilidade do fiho era de uma vizinha que o fazia confundir “a Paula traz” com “ a pau lá atrás”. A velha senhora viúva, que “perdera o marido oleiro para a pinga”, desconfiava que não teria tantos momentos felizes, depois que o Donizete decidiu trazer para dentro de casa a fogosa Helena Cristina.

                               A nora vinha de outro relacionamento e trazia consigo três filhos de pais diferentes. A consciência de que a nova companheira tinha direito a três gordas pensões alimentícias, pagas pelos pais biológicos, foi muito mais preponderante, na decisão do Pimenta de aceitar a mulher, do que propriamente os seus encantos físicos.

                               Portanto diante de uma situação financeira confortável, Pimenta pôde dispensar o trabalho. E como permanecia dentro de casa sem ter o que fazer, foi incumbido pela mãe e amásia, de entreter as crianças.  Donizete era então  o babá oficial da família.

                               Mas como as crianças educadas pelo Pimenta já apresentavam problemas de saúde e comportamentais,  tanto sua mãe como a mãe das crianças passaram a confabular, com mais frequência,  sobre uma possível deterioração mental do pobre Donizete.

                               O fato de Pimenta agir com muita agressividade contra os enteados fazia os parentes mais próximos acreditarem que um dia ele mesmo seria espancado com força semelhante ou até maior.

                               Mas se o Pimenta seria ou não esculachado, do jeito que fazia com quem não podia se defender, era um problema que não cabia a ninguém decidir.  A não ser por suas vítimas, é claro.

 

 

Artista precária

 

Padre dá catequese através da Internet

 

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publicado às 15:25

Pintor é detido por pichar o Cristo Redentor

por Fernando Zocca, em 23.04.10
O pintor Paulo Souza dos Santos, 28, foi detido ontem (22) após admitir ter pichado a imagem do Cristo Redentor no Rio de Janeiro. Ele foi ouvido durante três horas na Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, no bairro São Cristóvão, zona norte da cidade, sendo liberado em seguida.
 
Na delegacia o pichador esteve acompanhado pelo cantor Waguinho, pelo pastor evangélico Marcos Pereira e pelo advogado Alexandre Magalhães Braga. No seu depoimento que durou três horas, Paulo Souza dos Santos confirmou a participação de Edmar Batista de Carvalho, o Zabo.
 
Souza dos Santos disse que na noite de quarta-feira (14), ele e Edmar Batista de Carvalho subiram até o Cristo Redentor pelos trilhos do bonde que leva até o monumento, aproveitando os andaimes, instalados em virtude de uma obra de restauração, para alcançar o rosto da estátua de 33 metros de altura. Os dois picharam mensagens como “cadê a engenheira Patrícia?”, “Cadê Priscila Belfort?” e “Quando os gatos saem, os ratos fazem a festa”, além das assinaturas “Zabo” e “Aids”.
 
Depois do crime Paulo procurou a igreja evangélica Assembléia do Deus dos Últimos Dias (ADUD) em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde foi aconselhado pelo pastor Marcos Pereira a se entregar às autoridades.
 
Segundo o advogado, que também pertence à igreja, Edmar Batista de Carvalho entrou em contato com a ADUD, mas não retornou. Espera-se que ele se apresente à polícia no início da semana que vem.
 
Diante da delegada titular Juliana Emerique de Amorim, o criminoso se disse arrependido, afirmando que sua intenção não era a de profanar ou ultrajar o cristianismo. Depois disso ele teria pedido desculpas ao povo fluminense e à arquidiocese do Rio de Janeiro.
 
Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o trabalho de limpeza das pichações deve durar 15 dias.


 

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publicado às 15:17

Prostituição infantil: Ministério Público aciona o Executivo

por Fernando Zocca, em 22.04.10

 

O Ministério Público exigiu do Poder Executivo Municipal de Campestre que seja criado uma casa de passagem para abrigar menores em situação de risco no município. A exigência tem como base o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e foi motivada pela existência um grupo de meninas que estão se prostituindo e drogando em uma casa na cidade.

 

 A denuncia foi realizada pelo Conselho Tutelar ao Ministério Público, que constatou que a menor E.M. C. de 17 anos estava usando sua residência como ponto de consumo de drogas e prostituição. A menor foi abandonada pela mãe, que não suportou mais a filha envolvida com as drogas. A casa onde reside a menor foi então transformada em um ponto de bordel freqüentada por homens e traficantes.

 

A garota chegou a ser internada, mas liberada 45 dias depois voltando ao convívio de traficantes e vivendo da prostituição. Diante da situação, o MP, enviou a prefeitura de Campestre um ofício para que crie com urgência uma casa de passagem para resgatar as adolescentes que estão se drogando e prostituindo na pequena cidade. (06/03/2010 12h00min. Blog Mozart Luna)


 Vítima de prostituição infantil acusa jogadores franceses

  

Karim Benzema na prostituição

 

Porteiro da escola de Leandro sujeito a processo disciplinar

Exploração de menor

 

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publicado às 14:59

Gabriel, o porco, aparece no Mais Você

por Fernando Zocca, em 21.04.10

 

Gabriel um porco pesando quase 200 kg, medindo 1 m de altura e 1,60 m de comprimento, com três anos de idade, apareceu no  quadro Meu dono de Estimação, do Mais Você, exibido no dia 14 de Abril.  Josemar Melo, da Barra Funda, zona oeste de São Paulo, é o dono do bicho mais feliz e lindo do mundo. O animal cor de rosa come ração, abóbora e frutas;  ele faz xixi e cocô na rua. O bicho, que adora melancias, por ser temperamental, não deixa ninguém entrar no seu quarto.

Veja no vídeo abaixo o porco Gabriel.

 

 

 

Polícia divulga retrato falado do suspeito de matar professora no ABC

 

 

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publicado às 15:47

Criando escândalos

por Fernando Zocca, em 20.04.10

                              Há crianças  previamente instruídas de forma direta ou indireta, pelos pais vivenciadores de situações de miséria, que podem seduzir adultos, criando  uma ocorrência transformadora  da sorte de todos os envolvidos.  

                               São armadilhas condutoras do adulto a imaginar que, por ter sido instigado pelo menor, não será por ele denunciado.  

                               O adulto vulnerável pode ser convidado a exibir seu órgão genital, com o qual o provocador comparará ao seu. Depois disso a pessoa que se deixou levar estará à mercê do menor e das pessoas que o instruíram.

                               Essa estratégia não é nova e serve para vexar, expor ao clamor público, a vítima do grupamento ofensor.

                               Na verdade o convide do pré-adolescente ou mesmo da criança ao adulto poderia servir de justificativa para o crime. Não existe desculpa. A pessoa madura que se deixa seduzir por menores de idade, responderá criminalmente por seus atos.

                               O que mais acontecia, depois da consumação do delito, era a manutenção do segredo com o qual as “vitimas” e até mesmo coronéis ou partidos políticos, obtinham proveitos perenes.

                               A criação do escândalo passa por diversas fases. A primeira delas é o ambiente tenso, pobre, subdesenvolvido e sujo habitado pelas pessoas. A segunda seria a certeza de que não teriam futuro nenhum se não fizessem alguma coisa que comovesse os outros. A terceira etapa consistiria em aproveitar o surgimento da sexualidade nas crianças destinadas à indução do erro, provocando nelas, de forma direta ou mesmo indireta, o interesse pelo sujeito a ser atingido.

                               Na quarta fase o menor se aproximando da vítima exporia seus desejos fazendo crer que por ter sido dele a iniciativa, não haveria nenhuma conseqüência penal.

                               Hoje em dia, para o bom proveito midiático, os adversários produzem a ampla divulgação do resultado das armadilhas adrede preparadas.

                               As consequencias da divulgação dos fatos podem influir na carreira, na saúde, e na fortuna do adulto vitimado. Não se poderia afirmar terem sido os adultos acusados, vítimas de falsas acusações se se deixaram levar pela lascívia do provocador.

                               Uma das motivações para a elaboração de planos dessa ordem seria a econômica. Da mesma forma que há mudança na sorte material da mulher que aciona o pai do seu filho na justiça, exigindo a pensão alimentícia, haveria também transformações financeiras na vida dos denunciadores dos escândalos sexuais

                               O exercício do poder num determinado lugar pode muito bem ser outro motivador da elaboração desse tipo de ardil.

  

 Compressores de ar

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publicado às 17:54

A casa de orates

por Fernando Zocca, em 19.04.10

                              Na casa de orates a discórdia atravessa a noite e pela manhã acirra os ânimos. Agridem-se uns aos outros os insanos e atribuem a alguém a causa de tanta loucura.

                               Eles não têm sossego. Não passam um minuto sequer usufruindo a paz que teriam, não fosse a doença neles inserida. Mal sabem o que fazem na terra. Insultam-se mutuamente por não terem alguém de fora a quem lesar.

                               Buscam nas fontes incompetentes as explicações de tanto pesar, porém nunca se satisfazem. O bem estar dos insanos estaria no sofrimento expresso das vítimas incautas.

                               Destroem os parentes próximos, logo em seguida os vizinhos e se não interrogados, surgem nas câmaras municipais e prefeituras donde perpetram a mesma odienta política.

                               Os mais loucos valem-se da imaturidade e fraqueza dos enteados e animais, no lombo dos quais descarregam o mau humor. São viciados; num eterno circulo de agredirem a si mesmos com substâncias tóxicas lançando depois a maldade nos indefesos, voltariam à toxidez perpetuadora da loucura.

                               Limitados por alguns princípios religiosos não chegam a cometer delitos nem contra a pessoa nem contra o patrimônio. São loucos que não se aceitam a si mesmo. Não se conformam com os quinhões genéticos herdados.

                               Em defesa deles a certeza de que são criaturas feitas por Deus, mas contra tais mentes assassinas, portadoras das atitudes infames,  a certeza de que não estão com Deus. Os malignos buscam na sujeição alheia a própria satisfação. As pessoas do entorno que se cuidem.

                               Tomados pela inveja, ódio e muita ignorância, os vampiros influem nas desistências, nos abandonos e no insucesso dos que neles causam sentimentos de inferioridade.

                               Ao invés de melhorarem a si próprios, procuram destruir os que lhes sugeririam a pequenez.  Não é raro essas mentalidades encontrarem apoio nas lideranças políticas decadentes e comprometidas com a corrupção.

                               A teimosia impede-os de admitirem os equívocos próprios, de reconhecerem a própria culpa e por isso mesmo seguem causando transtornos. Esses tranca-ruas, tranca-caminhos, não saem eles mesmos do lugar e praguejam contra quem queira ver as normas obedecidas por todos.

                               Não se pode negar serem esses espíritos os resíduos do autoritarismo, do mandonismo, da prepotência equivocada que se propunha a decidir os destinos alheios. Não passam de loucos desejosos de se saciarem com a danação alheia.

                               São os vampiros, os mortos-vivos habituados às trevas, que tudo tomam e nada fazem por si mesmos.

 

 

Compressores de ar comprimido

 

O contabilista bêbado, a bancária neurótica e os funileiros assassinos

 

Solenidade Comemora Semana de Cultura Árabe

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publicado às 15:36

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